Requiescat in Pace
Morreu Nuno Ortigão, Presidente da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde.
Foi decretado pelo Presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, um dia de luto municipal, a respeitar amanhã, 29 de abril.
Jorge Afonso Morgado, Diretor de Comunicação da Metro do Porto
O Nuno Ortigão dizia que tinha um único defeito, que era o de ser vaidoso. Por vezes, não tinha mesmo qualquer problema em reconhecer ser bastante vaidoso. A verdade é que tinha razões mais do que suficientes para o ser.
A verdade é que, no momento da sua partida e olhando para o legado que fica, o Nuno foi até humilde e contido na manifestação do seu orgulho.
O presidente de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde deixa uma bela obra no território das freguesias marítimas do Porto. Lembro-me do contentamento com que aceitou o convite do Rui Moreira e do Nuno Botelho para a missão de concorrer à presidência da União e da felicidade que todos tivemos com as suas expressivas vitórias. Com o Rui Moreira na Câmara, o Nuno tinha motivos para ser vaidoso pelo notável trabalho que produziu e de que a cidade se pode orgulhar.
Foi sempre homem de causas difíceis e de projetos desafiantes. Também por eles, era justo que fosse vaidoso. Esteve na transformação da imagem da Sonae, com Belmiro de Azevedo. Assumiu a modernização da STCP, nos mandatos de Carlos Brito, abrindo a empresa à cultura (no Museu do Carro Eléctrico) e rejuvenescendo uma marca centenária. Com Oliveira Marques, ajudou a construir o Metro do Porto, cujo posicionamento de qualidade e a reputação de excelência muito lhe devem. Esteve na comunicação da AIP, da Liga de Clubes e da Câmara da Maia, ao mesmo tempo que dava aulas no IPAM. Onde esteve, apresentou resultados e deixou admiração.
Tinha vaidade na família em que nasceu e na família que, por opção e amor, criou. Tinha vaidade nos amigos e, sobretudo, no sucesso dos amigos. Tinha uma dedicação intensa e serena que colocava nas causas a que se dedicava. Sem que o exibisse, foi um exemplo de educação e cavalheirismo. Sem perder a lucidez na análise, teve sempre uma atitude positiva perante os problemas, alguma esperança face à estupidez humana e uma imensa tolerância nas dificuldades.
A vaidade do Nuno nunca foi um defeito. Foi uma característica, bastante rara, de quem acredita no mérito e na obrigação de fazer as coisas bem feitas. Obrigado, Nuno.
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