"Devido à velocidade da luz ser superior à do som, algumas pessoas parecem inteligentes até as ouvirmos."

Domingo, 25 de Julho de 2021
Morreu Otelo Saraiva de Carvalho

Otelo.jpg

Requiescat in Pace

Apesar de várias tomadas de posição no pós-25Abril difíceis de entender para muitos portugueses, não nos podemos esquecer que Otelo foi o responsável pela elaboração do plano global do golpe militar que pôs fim à ditadura do Estado Novo.

 

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José Maltez - Morreu Otelo. Ele foi Abril e um pedaço da ilusão do Império, filho de um alfacinha e de uma goesa, que tanto comandou o golpe que derrubou Marcello Caetano, como andou à procura de uma revolução proletária. Foi um pedaço do meu tempo e um português antigo. Quem o odiar, não nos compreende. Agradeço-lhe ter transformado em teatro político o que podia ter sido uma guerra civil. Matámo-nos menos.

João Baptista Vasconcelos Magalhaes - Morreu Otelo, mas ficará sempre como o símbolo do 25 de Abril. Quem o conheceu sabe que era um homem de ideais, mesmo quando foi polémico. A sua memória é a memória dos dias mais felizes da vida de quem conheceu uma noite de medo. Falar de Otelo tem de ser mergulhar no silêncio da memória do que ele nos trouxe de melhor, as suas utopias de um Portugal mais feliz e mais justo. Que esteja em paz!

Henrique Monteiro - Apesar de tudo, das prisões e mortes de que foi cúmplice, o 25 de Abril deve-lhe muito. Depois de saber que eu fora, com Rogério Rodrigues (melhor diria que foi ele com a minha colaboração) a denunciar que Otelo era o líder das FP25, nunca deixámos de falar. O mesmo se pode dizer de Vasco Lourenço, que no PREC não foi bem tratado por Otelo e puseram as divergências para trás. Como sempre, em Portugal, é tudo gente boa.

João Greno Brògueira - Apesar de todos os desvios, que entretanto a Democracia Portuguesa sofreu e de todos os que aproveitaram a oportunidade para assaltar o poder pós 25 de Abril... Obrigado Otelo Saraiva de Carvalho

David Ribeiro – Completamente de acordo, Brògueira… e é mesmo por isso que não posso esquecer que na madrugada de 25 de Abril de 1974 Otelo conduziu, juntamente com outros cinco oficiais, do Posto de Comando do Movimento das Forças Armadas no Regimento de Engenharia N.º 1 na Pontinha, as operações militares que derrubaram o decrépito Estado Novo. (Entre estes cinco oficiais encontrava-se o meu saudoso comandante do Batalhão de Engenharia N.º 3, o Tenente-coronel Fischer Lopes Pires)

João Geirinhas Rocha - Otelo. Assim, sem mais, uma personagem maior que o homem, luzes e sombras, utopias e delírios, bravatas e ingenuidades, coragem e fuga, muitas vidas para caber numa pessoa só. O Expresso revelou há anos que era bígamo, tinha e vivia tranquilamente com duas famílias. Não há melhor metáfora para resumir a figura.

 

Várias figuras nacionais reagiram à morte de Otelo Saraiva de Carvalho

  O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reagiu à morte de Otelo Saraiva de Carvalho, lembrando o papel central de comando na revolução do 25 de Abril e apresentando as condolências à família. "É ainda cedo para a História o apreciar com a devida distância", escreveu na nota enviada.

  "Otelo Saraiva de Carvalho foi o coordenador operacional da ação militar do Movimento das Forças Armadas, que, no dia 25 de abril de 1974, derrubou o regime do Estado Novo, pondo fim à mais longa ditadura do século XX na Europa e abrindo caminho à democracia", referiu o Governo em comunicado.

  "Se este país fosse justo, deveria ter morrido na prisão". Foi assim que André Ventura, líder do Chega, reagiu à morte do Capitão de Abril Otelo Saraiva de Carvalho.

  O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, homenageou hoje Otelo Saraiva de Carvalho, "o maior símbolo individual do Movimento das Forças Armadas", que concretizou o sonho de todos os que "ansiavam por viver em liberdade".

  A ativista política e médica Isabel do Carmo lamentou a morte de Otelo Saraiva de Carvalho, considerando que, com o desaparecimento do militar e estratego do 25 de Abril de 1974, "acaba também uma época e uma utopia". "Esta manhã [ao saber da notícia da morte] senti uma coisa, senti que acabou, que, com [a morte de] este homem, acaba também uma época, uma utopia. Senti isso, emocionalmente. Senti a perda, o desaparecimento. Já não vai ser possível falar com ele", afirmou Isabel do Carmo a agência Lusa. Para a antiga dirigente do extinto do Partido Revolucionário do Proletariado (PRP), movimento que exerceu atividade clandestina através das suas Brigadas Revolucionárias (no PRP-BR), Otelo é, juntamente com Vasco Lourenço, "o dirigente do 25 de abril [de 1974], do Movimento dos Capitães e do derrube da ditadura".

  O PCP registou este domingo o papel de Otelo Saraiva de Carvalho no 25 de Abril, considerando que o momento da sua morte "não é a ocasião para registar atitudes e posicionamentos que marcam o seu percurso político". "Sobre o falecimento de Otelo Saraiva de Carvalho deve registar-se no essencial o seu papel no levantamento militar do 25 de Abril. O momento do seu falecimento não é a ocasião para registar atitudes e posicionamentos que marcam o seu percurso político", refere uma nota do gabinete de imprensa do PCP. O Partido Comunista Português endereça ainda condolências à família e à Associação 25 de Abril.

  Tweet de Rui Rio - O dia da morte de Otelo Saraiva de Carvalho é momento para reconhecer o seu papel corajoso e decisivo no 25 de Abril e na conquista da liberdade. Competirá à História fazer, com isenção, a avaliação global de tudo que ele fez de bom e de mau. Hoje, não é o dia para isso.

  Declaração do ex-Presidente Ramalho Eanes - A notícia da morte do Otelo Saraiva de Carvalho magoou-me e surpreendeu-me. Magoou-me, por se tratar de mais um amigo que parte. Surpreendeu-me, porque estive, recentemente, com o Otelo, no funeral da sua mulher, e achei-o, naturalmente, abatido, mas, aparentemente, com vigor e saúde. Conheci o Otelo na Guiné, onde o substituí na Direcção da Secção de Radiodifusão e Imprensa do Comando-Chefe. Tornámo-nos amigos. Foi, aliás, essa amizade que me levou a testemunhar em seu favor no julgamento a que foi submetido, apesar de muitos reparos e apelos para que o não fizesse. O Otelo era um homem bom, generoso, embora, por vezes, pouco prudente, pouco realista – contraditório, mesmo. Adorava representar, até na vida real, esquecendo que a representação exige um espaço delimitado, em que tudo o que aí é normal não o é na vida real. Para mim, e apesar de todas as contradições, o Otelo tem direito a um lugar de proeminência histórica. E tem esse direito, apesar da autoria de desvios políticos perversos, de nefastas consequências, porque foi ele quem liderou a preparação operacional do 25 de Abril, a mobilização dos jovens capitães, o comando da operação militar bem-sucedida. E penso assim porque entendo que um Homem é uma unidade e continuidade, uma totalidade complexa, e que só é bem julgado quando considerando, historicamente, esse quadro e o seu contexto. Mas há homens que, num momento histórico especial, se ultrapassam, ganhando dimensão nacional, indiscutível, porque souberam perceber e explorar uma oportunidade histórica única, e sentir os anseios mais profundos do seu povo. Otelo é uma dessas personalidades. A ele a pátria deve a liberdade e a democracia. E esta é dívida que nada, nem ninguém, tem o direito de recusar.



Publicado por Tovi às 10:44
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Quinta-feira, 13 de Maio de 2021
Israel e Palestina novamente a ferro e fogo

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Nova escalada já com 83 mortes, incluindo 17 crianças, e mais de 400 pessoas feridas nos últimos dias, segundo o balanço de hoje do ministro da Saúde da Faixa de Gaza... e está para durar.

 

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Raul Almeida - A paz é a tranquilidade na ordem justa. São Tomás de Aquino definiu o mais profundo sentido da paz, o único possível e viável. Não haverá paz possível em Israel e na Palestina, enquanto um povo quiser despojar o outro de qualquer tipo de direito sobre a terra em que nasceu, por via da opressão, da perseguição, do estigma, do enxovalho permanente. A violação permanente dos Direitos Humanos, do direito internacional, de todas as convenções, só incita a guerra. Enquanto Jerusalém for alvo de ocupação agressiva e não tiver um estatuto internacional neutro, respeitado pelas três grandes religiões que ali convivem, não haverá paz. Israel deseja ardentemente estes ataques do Hamas e a revolta por desespero do Povo Palestino; é mais uma desculpa para mais ocupação, humilhação e opressão. Os Judeus têm direito à sua pátria, Israel tem direito a existir em paz. Os Palestinos têm exactamente o mesmo direito. Enquanto isto não for tratado com decência e seriedade, teremos ali uma interminável chaga, não havendo agora aliados que intervenham, que se interessem pelo extermínio frio e metódico de um Povo e de uma nação.

António Alves (citando Renato Teixeira) - Israel perdeu o controlo de Lod (Lida), uma cidade de 65 mil habitantes, que alberga o aeroporto Ben Gurion, a principal infra-estrurura de transporte internacional israelita. Não se sabe quanto tempo vai demorar Israel a retomar o controlo desta cidade mista, que além do aeroporto fica apenas a 15 km de Telavive. É a grande novidade da revolta palestiniana, que em nenhum outro momento, em nenhuma das duas primeiras intifadas, obteve tal conquista. De resto, desde 1966 que Israel não declarava nenhum Estado de Emergência nas cidades mistas, sendo que a estupefacção e o dramatismo do campo sionista foi ilustrado pelo próprio Yair Ravivo, presidente da Câmara da cidade: "Perdemos o controle da cidade de Lod". O ministro da guerra, o fanático e carniceiro Benny Gantz, chamou parte do exército que estava nas fronteiras com a Cisjordânia quer para Lod quer para as outras cidades mistas que estão no limiar de replicar a situação, como são os casos Haifa, Akka, Ramlat, Oum al-Faham, Chafa Amro, Kafar Mandat e Arabat Der al-Assad, esta na região de Jalil, na Galileia. Estamos a falar de vilas ocupadas na primeira fase da Nakba, ainda em 1948, cuja população árabe pela primeira vez está a aderir em massa à revolta palestiniana. Em várias destas cidades a resistência palestiniana removeu a bandeira israelita dos edifícios públicos, levaram à debandada dos colonos que se viram sem apoio das forças policiais e do exército israelita que não está a ser capaz de restabelecer o domínio colonial. “O meu carro pegou fogo. Para mim, isso é tudo que sei. A polícia não apareceu. Vimo-nos a lutar sozinhos”, disse um dos colonos. O aeroporto foi encerrado, o tráfego ferroviário entre Lod e Telavive interrompido e há informações que dão conta que Israel está a evacuar de algumas destas cidades os seus colonos. Netanyahu já assumiu a gravidade da situação, afirmando que "os batalhões da guarda de fronteira virão da Judeia e Samaria (Cisjordânia) para cidades mistas esta noite. (...) Ordenei agir com firmeza contra os violadores da lei e da ordem e fortalecer as forças no terreno para restaurar a calma e a ordem em Lod e em todas as regiões de Israel o mais rápido possível”.

Nuno Matos Pereira - Ocupação atroz, onde a ONU nada faz e a comunidade internacional fecha os olhos. Judeus governados por gente bárbara. Vítimas de genocídio na segunda guerra e praticantes do mesmo na atualidade.

Gonçalo Graça Moura - Isso de opinar sem conhecer a história da região ou achar que só começou em 1946, normalmente dá asneira...
Roubado de um mural aqui ao lado:
URGENTE‼EXPLICANDO O CONFLITO ‼
1. Todo ano, durante os 40 dias de Ramadan vários muçulmanos em Israel saem das rezas incitados por discursos religiosos feitos por líderes irresponsáveis, atirando pedras e fazendo protestos violentíssimos.
2 - Esse ano eles perderam de fato a mão e vários 'fiéis' começaram a linchar judeus no meio de Jerusalém e jogar pedra nos policiais do Monte do Templo. A polícia revidou e aí eles começaram a vender a ideia de que os judeus estavam invadido a mesquita. O curioso é que os judeus é que são proibidos pela própria polícia de pisar lá, o lugar mais importante do judaísmo no mundo.
2. Há algumas semanas está acontecendo um processo Civil de uma disputa de propriedades, casas, no bairro de Shimon Hazadik (conhecido por árabes como sheikh jarakh). As casas foram compradas por imigrantes judeus nos anos de 1800. Após a ocupação jordaniana de Jerusalém em 1948, árabes começaram a morar nessas casas. Quando Jerusalém foi reunificada em 1967 e judeus puderam voltar pra suas casas começou a disputa legal de propriedade. As lideranças árabes transformaram a ordem de despejo em um assunto nacionalista e começaram a vender a ideia de que os judeus estavam fazendo uma limpeza étnica em Jerusalém expulsando árabes de suas casas.
3. Hamas tentando ganhar o apoio dos árabes israelenses e dos árabes da Cisjordânia assumiu o papel de "defensor de Jerusalém" contra "limpeza étnica" e "invasão" de Al Aksa lançando mísseis sobre civis de Jerusalém.
4. Israel disse que os genocidas do Hamas cruzaram uma linha vermelha ao atirar mísseis contra civis na capital de Israel, como qualquer país do mundo reagiria, e iniciou bombardeios contra terroristas e instalações de terroristas em Gaza.
5. Hamas disse que se Israel continuasse atacando seus membros iria lançar mísseis sobre civis de Tel Aviv. Em resposta Israel destrói o centro de comando de inteligência do Hamas - um prédio de 13 andares - Usando a tática de "bater no teto" na qual mísseis sem explosivos atingem o alvo para que qualquer inocente no local posso fugir antes do ataque real.
6. Hamas lança centenas de mísseis deliberadamente sobre civis das maiores cidades israelenses, como Tel Aviv. 4 pessoas morrem (poderiam ser centenas, mas as pessoas vão dormir em bunkers e o domo de ferro abate 85% dos mísseis)
7. Israel responde ao ataque horrendo, intencional contra civis inocentes, destruindo mais um prédio de 13 andares do Hamas e atacando membros do grupo genocida incluindo oficiais de alto escalão.
8. Hamas lança um Míssil antitanque contra um carro de civis matando 1 e ferindo 3 gravemente.
9. Israel responde eliminando um membro do mais alto escalão do grupo terrorista Hamas, membros do Hamas lançando mísseis e mais instalações da organização .

 

   07h31 de 14mai2021 - JN
A maior operação israelita em Gaza, desde o início da escalada da guerra, consistiu em 50 rondas de bombardeamentos por terra e ar em 40 minutos, disse o exército de Israel. Um porta-voz militar disse que Israel utilizou esta manhã 160 aviões, artilharia e infantaria durante o ataque ao território palestiniano. Ao mesmo tempo, as milícias palestinianas dispararam 50 foguetes contra Israel durante a madrugada.

   09h57 de 14mai2021 - BBC News / Facebook
Os militares israelitas intensificaram o seu ataque a Gaza, enquanto militantes palestinianos continuam a disparar foguetes contra Israel no quinto dia das hostilidades.

   10h35 de 14mai2021 - Al Jazeera English / Facebook
Médicos no hospital Al-Shifa de Gaza estão a lutar contra a escassez de medicamentos, equipamentos e cortes de energia para salvar pacientes gravemente feridos nos ataques aéreos israelitas.

   23h03 de 14mai2021 - José Maltez / Facebook
O que mais me incomoda nestas imagens de guerra não é apenas a banalidade do mal. É o comentário a torcer por uma das partes em conflito e a desejar que os seus favoritos matem ainda mais. Até alguns pretensos cristãos, assim de fora, desejam a morte dos primitivos cristãos, nestas voltas de uma história que, com este jogo, nunca se resolverá. E tudo provocado por Dreyfus, pelo sionismo e pelo protetorado colonial britânico, como se os visigodos pudessem voltar à Lusitânia, em oposição aos Viriatos que a consideravam sua pátria.



Publicado por Tovi às 10:26
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Terça-feira, 5 de Janeiro de 2016
Marcelo Rebelo de Sousa por José Maltez

José Maltez, que ninguém pode acusar de ser ou ter sido alguma vez fascista, disse o seguinte sobre Marcelo:

Marcelo Rebelo de Sousa por José Maltez 4Jan2016.

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«Diogo Quental» >> Se os portugueses estivessem a ver os debates, penso que o Henrique Neto venceria. O MRS como presidente, pf, não! Ele é brilhante, mas não se é brilhante em todas as funções.

«Jorge Veiga» >> Diogo Quental e não se é bom PR por se "vencer" um debate...

«Diogo Quental» >> Eu não falei em vitória. Acho é que é bastante evidente a diferença entre um Chefe de Estado e um Comentador Político.

«Jorge Veiga» >> Diogo Quental Antes de comentador politico é Professor Universitário. Depois é político e só no fim é comentador. MRS já foi e é muita coisa, mas resumi-lo ao que disse é baixar a bitola da qualidade de alguns candidatos a zero, porque foram muito menos "coisas" do que ele. Uma questão de óptica, que no seu caso já estamos habituados.

«David Ribeiro» >> Eu não partilho de muitas das ideias políticas de Marcelo Rebelo de Sousa e dificilmente votarei nele nestas Presidenciais2016, mas irrita-me vê-lo apelidado de “fascista” só porque o seu pai foi ministro do Estado Novo e ele próprio ter sido afilhado de Marcelo Caetano.

«Isabel Branco Martins» >> "Mesmo assim, não leva o meu voto, por razões claramente políticas" oh sr. Maltês não serão todas as razões que levam todos e qualquer um dos cidadãos a escolher qualquer um dos candidatos CLARAMENTE políticas?



Publicado por Tovi às 09:39
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