"Devido à velocidade da luz ser superior à do som, algumas pessoas parecem inteligentes até as ouvirmos."

Quarta-feira, 15 de Dezembro de 2021
Liceu Alexandre Herculano... no meu tempo era assim
Oh pá!... Eu só entrei no Alexandre dois anos depois... mas continuava a ser a mesma coisa, um pouco estranha, vista aos dias de hoje, mas na época era o MÁXIMO.

  Texto publicado no Facebook por Eduardo Lage… que teve a simpatia de me permitir a partilha

29695067_1858105114207882_5388760739450957079_n.jpA época de Natal quando frequentava o 1º ano, no longínquo ano de 1958, era um tempo especial, onde se misturava a alegria dos 11 anos com a expectativa da afixação das classificações académicas para o 1º período, alguns com olhar ansioso no "Quadro de Honra" onde nunca estive. Uma grande árvore de Natal, enfeitada e iluminada, estacionava junto à sala dos professores onde só entrávamos para receber uma qualquer reprimenda. Sentia-se o prazer da época nos próprios professores cheios de sorrisos enquanto se dirigiam para as salas. A professora de Português, uma jovem que nos ensinava a ler em voz alta o "Romance da raposa", aproveitava a oportunidade para nos fazer estudar textos sobre o Natal de grandes escritores portugueses (aquela professora suicidar-se-ia no ano seguinte). O professor de Francês, Dr. Cobeira, também nos fazia ler textos natalícios de autores franceses e mesmo o professor de Matemática, Dr. Pedrosa Afonso (o Popi, porque dizia "popiedades") dava-nos problemas onde o Natal aparecia como mote transversal (se X recebe 4 prendas, Y o triplo e Z metade, quantas prendas foram dadas?), mas tinhamos que os resolver "de cabeça", sem recurso àquele caderno designado por sebenta que comprávamos na papelaria do Liceu. No Desenho, eram inevitáveis temas natalícios brilhantemente coloridos pelos lápis da Viarco. Canções de Natal eram obrigatórias no Canto Coral sob a tutela do Prof. Regadas que nos dividia em A (melhores vozes) e B (eu era 😎 e chamava um de nós para accionar o pedal do pequeno piano porque ele era manco, arrastando-se de bengala pelos corredores. No último sábado antes das férias, perfilados no grande pátio, cantávamos o hino nacional trajados à Mocidade Portuguesa: calção castanho, camisa verde e bivaque!
O que mais recordo desses tempos é a alegria exuberante que nos fazia correr nos pátios durante os 10 minutos dos intervalos, com início e fim assinalados por estridente campaínha, os risos sonoros quando partilhávamos os maiores disparates, o jogo da "laranjnha só praticado no exterior enquanto alguns aguardavam a boleia que os levaria ao almoço em casa e os faria regressar no princípio da tarde. Esta camaradagem, onde condições sociais eram irrelevantes, perdurou para todo o futuro, sempre evocada quando o acaso nos faz encontrar o antigo colega, já tão raro. Foi essa a maior lição que tivémos no LAH, aprendendo, sem o saber, o lema dos Três Mosqueteiros. Uma semana antes do Natal, quando começavam as respectivas férias, segredávamos as prendas que cada um ansiava receber, alheios ao ar triste daqueles para quem não havia Pai Natal.
E é assim, com o espírito que o grande Liceu nos educou, que vos desejo umas Boas Festas e um Ano Novo cheio de saúde e alegria.



Publicado por Tovi às 07:07
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Quarta-feira, 21 de Março de 2018
A C.M.Porto salva o Liceu Alexandre Herculano

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Lá teve que ser a Câmara do Porto a salvar o Liceu Alexandre Herculano, quando deveria ter sido o Governo Central… este e os anteriores foram altamente negligentes.

 

A decisão da transmissão da titularidade da obra do liceu Alexandre Herculano para Câmara do Porto foi ontem à noite aprovada por unanimidade em sessão extraordinária da Assembleia Municipal. Para este órgão autárquico, a cidade resolveu um problema há muito adiado pelo Estado central.
Trata-se da melhor solução encontrada para as obras que são prementes na Escola Alexandre Herculano, admitiram os deputados municipais na sessão extraordinária da Assembleia que decorreu nesta segunda-feira.
Satisfeitos com o acordo agora alcançado - porque, acima de tudo, resolveu um impasse que se prolongava desde 2009, altura em que o primeiro projeto de requalificação, no valor de 15 milhões de euros, foi apresentado - os deputados municipais divergiram, contudo, na admissão de responsabilidades do Estado central na condução deste dossiê.
Para o PS, na voz do deputado Tiago Barbosa Ribeiro, há motivos para a cidade "regozijar pela celebração deste acordo entre o Governo e o Município, que vai permitir requalificar e modernizar uma das escolas mais emblemáticas da cidade", até porque, em 2011, referiu, o "projeto foi suspenso pelo anterior Governo". Neste contexto, salientou, vive-se um "clima favorável à descentralização".
Opinião divergente manifestou a deputada da CDU, Joana Rodrigues, que lembrou ser necessário continuar a "pressionar a Administração Central a cumprir com as suas responsabilidades", lamentando a condução deste processo por parte dos governos do PSD e PS, que não assumiram uma obra que seria sua, alijando o ónus da empreitada para a autarquia. A propósito, alertou também para a "necessidade de reabilitação da Escola Profissional Infante D. Henrique", uma "entidade formadora de confiança, com características únicas".
Por seu turno, da bancada parlamentar do PSD, Francisco Carrapatoso quis "recordar os factos", dizendo que o projeto apresentado pelo PS era "megalómano" e que se tratava de uma "manifesta ousadia vir agora reclamar os louros". Além do mais, lembrou que o investimento será dividido em partes iguais entre Estado central e Município.
Do movimento independente Rui Moreira: Porto, o Nosso Partido, André Noronha afirmou que houve um "Governo trapalhão que calçou uma bota que não lhe cabia e que a Câmara do Porto descalçou" e que "agora aparecem todos a perfilhar um filho que não é seu". Isto porque, como explicou, o Município viu-se obrigado a assumir uma obra que não era sua, porque só assim seria desbloqueada a verba para a obtenção de fundos comunitários (sabendo-se que o anterior Governo fez a inscrição da obra em nome da autarquia, sem o seu conhecimento).
Face a esta explicação, declarou: "Regozijemo-nos sim, porque foi a Câmara do Porto que resolveu o problema". 
Bebiana Cunha, em representação do PAN, congratulou-se pela requalificação do liceu Alexandre Herculano, mas avisou que estará atenta para que "que não se permita um arboricídio" decorrente da intervenção.
Pela parte do Bloco de Esquerda, Pedro Lourenço recordou as palavras de Rui Moreira,aquando da assinatura do acordo, referindo que se revê nelas: "Este momento não é o da celebração. Sê-lo-á quando as obras ficarem concluídas".
Embora também tenha confirmado que a sua força política era favorável ao acordo, entendeu que a solução agora encontrada não pode justificar da parte do Governo uma "desresponsabilização nesta matéria". 
Em representação do presidente da Câmara que, pela primeira vez em dois mandatos, esteve ausente numa Assembleia Municipal (para participar na cimeira sobre descentralização), o vice-presidente, Filipe Araújo, lembrou que o primeiro projeto de requalificação para o liceu Alexandre Herculano era, de facto, "demasiado ambicioso", sendo que também entendia que não avançou depois "devido à situação de crise".
No entanto, salientou que não aceitava a crítica de que a autarquia poderia ter tido um papel mais célere, quando "sempre se ocupou em levar o processo a bom porto". Aliás, acrescentou, "para chegar ao ponto que hoje aqui estamos a discutir, comprometendo a Câmara do Porto até meios financeiros".



Publicado por Tovi às 10:16
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Quinta-feira, 1 de Março de 2018
É desta que o Alexandre vai para obras

O Governo e a Câmara do Porto acordaram hoje os termos do acordo que permite reabilitar o Liceu Alexandre Herculano.

 

   Rui Moreira, Presidente da Câmara do Porto

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Como sempre disse, estávamos disponíveis para ajudar o Estado nesta tarefa, desde que o projecto fosse adequado e o financiamento sustentável, além da parte financiada pelo Portugal 2020. Agora, a Câmara já pode lançar concurso e preservar aquela que é uma parte da história da cidade. Com contas à moda do Porto.



Publicado por Tovi às 14:10
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Quinta-feira, 29 de Junho de 2017
O Arco de Sant’Ana

O-Arco-de-Sant-Ana bbb.jpgNão me recordo do “Rapa Côdeas” (aka Gaspar da Costa), meu professor de Português no liceu Alexandre Herculano, alguma vez me ter mandado ler O Arco de Sant’Ana, mas embora soubesse vagamente qual o enredo deste romance de Almeida Garrett só agora, já sessentão, me deu para o ler e me deliciar com a evocação da vida social e política do burgo portuense, agitada pelos motins dos mesteirais, conduzidos pelo jovem Vasco e apoiados pelo rei D. Pedro, numa luta contra a oligarquia política, encarnada pelo bispo e seus acólitos, em especial Pêro Cão, cobrador de impostos.

E dei comigo a pensar que já está na hora – décimo sétimo ano do século XXI - de nos tornarmos todos MESTEIRAIS cá pela Cidade Invicta. Não estará?

 

  O Arco de Sant’Ana

Porto Editora
Depósito Legal: 321475/11
ISBN: 978-972-0-04980-3



Publicado por Tovi às 12:01
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Sábado, 28 de Janeiro de 2017
Os culpados do estado a que chegou o “meu” Liceu


Liceu Alexandre Herculano 2Mar2012.jpg
Vejam a data deste documento e lembrem-se de quem era Primeiro-Ministro e Ministro da Educação nessa altura. Tudo a ver com o descalabro a que chegou o Liceu Alexandre Herculano.

  Comentários no Facebook

«Karla Afonso» - Eu tenho para mim que entre a "contenção de custos" de Nuno Crato e a "festa" de Lurdes Rodrigues devia ter havido bom senso e sensibilidade face a algo simples- o colectivo, logo, público, logo equidade, equidade sem tratar igual o que é desigual. Ora bolas! O puxador de autor (autor do autor, se bem entendido) da porta da Aurélia de Sousa dava para comprar telhas, ou telas, gesso cartonado, ou... porca miséria!

«Rogerio Parada Figueiredo» - Ainda tiveram a lata de dar, hoje, um documento à imprensa a causar António Costa. O ex primeiro não merece o vencimento de deputado!

 

Liceu Alexandre Herculano 21Jan2017 aa.jpg
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«Karla Afonso» - ... há meses.

«David Ribeiro» - Rui Moreira sempre esteve preocupado com o “destino” do Liceu Alexandre Herculano… destino que tinha vindo a ser traçado há muito tempo por vários governos e de cores diferentes. Regionalização, já!

«Nuno Santos»há 5,1 milhões de euros para a obra nos fundos. A Câmara assume uma obra de 15,8 milhões e quem paga o resto? De quem é a escola?



Publicado por Tovi às 08:28
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Quinta-feira, 26 de Janeiro de 2017
Ao que chegou o "meu" Liceu

Liceu Alexandre Herculano 26Jan2017 aa.jpg

Estou farto do Terreiro do Paço… Quero a Regionalização, já!...

E Tiago Brandão Rodrigues também podia ir para casa… que de ministros destes estamos fartos.

 

  Comentários no Facebook

«José Camilo» - Incompreensível.

«Nanda Gomes» - É de lamentar, se fosse em Lx era diferente. Porêm agora a Invicta tem alguém que bate o pé... e que venha logo, ontem já era tarde.

«Manuela Calafate Mota» - Vai ser outra escola das belas artes... um edificio de autoria de Marques da Silva está-se mesmo a ver o business...

«Alexandra Magalhães» - Estudei neste liceu e realmente é uma tristeza ver o estado em que se encontra... [Emoji frown:(] é um liceu muito bonito e o edifício tem muito potencial... espero que seja recuperado...

«Maria Amelia» - Não é so deste governo mas de todos os outros que por lá passaram, mas que é uma pela lá isso é.

«Jose Riobom» - ....bem eu serei mais comedido desta vez... acho que uma qualquer especulação imobiliária naquela zona ficava bem... talvez um hotel de 5 ***** calhava a matar… a mim até daria jeito de vez em quando iria lá cagar que é um coisa que gosto de fazer nas casas de banho dos hoteis dessa classe no Porto... uma escola? um liceu? tem lá algum jeito? para que serviria num pais de carneiros e burros que comem e calam? ...ficaram a saber que quando me virem a entrar num desses hoteis é sinal que a bexiga ou a tripa clamam por assistência.... à porta duma tasca bem isso é reabastecimento. Viva o Alexandre Herculano vivam os Alexandrinos....

«Jorge Veiga» - Eu continuo a dizer que um hotel fica bem no sítio (não é José Riobom?). O estado de degradação a que chegou é tal, que fica mais barato fazer outro de raíz, do que recuperar este. Só que não sou inginheiro e portanto só dou palpites.

«Jovita Fonseca» - Inadmissível... Um edifício de qualidade a degradar-se há tanto tempo, a chegar a um ponto em que não é possível ser utilizado para aulas! O governo central prefere pôr alunos e professores em pré-fabricados...

«Karla Afonso» - O que me doi é ver o resultado do festim de excessos da Parque Escolar em escolas da mesma cidade e depois, algo tão necessário como cuidar e manter o existente para que todos tenham a dignidade possível... mas o que estou para aqui a dizer, é preciso fazer dinheiro, não é verdade?

«Jota Caeiro» - eles irão dizer que as responsabilidades da 'educação' passaram para as autarquias. vão dizer que se queremos empregar os meios necessários para o ensino teremos de arcar com as despesas das infraestruturas. tá-se mesmo a ver. e deixem-se de ser regionalistas que isso já pena: sejam separatistas e todos juntos reconstruamos tudo aquilo que devemos e é realmente nosso.

«David Ribeiro» - As escolas secundárias não são da responsabilidade das autarquias, mesmo assim a Câmara do Porto disponibilizou-se, em reunião tida com o Ministro da Educação há vários meses, para o co-financiamento destas obras.

 

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Então?... Quando é que o PS-Porto nos diz algo sobre isto?... É que já lá vão uns meses largos… e o Liceu até já está ENCERRADO.

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«Jorge Veiga» - Já ouvi dizer que vai ser arranjado com urgência. Pergunto é se antes ou depois de cair...

«Adao Fernando Batista Bastos» - Estou decepcionado com a falta de notícias do Tiago Barbosa Ribeiro e do Manuel Pizarro ! Claramente bons protagonistas pelas causas do Porto e do Norte, algo de estranho se passa com o assunto LAH! Infelizmente.

«Zé De Baião» - O momento do encerramento foi oportuno. Esperamos agora soluções urgentes

«David Ribeiro» - Vergonhoso – sim!... é vergonhoso – o facto de um Ministro da Educação necessitar que alunos e professores decidam encerrar uma escola para dar início à reabilitação do edifício. Por muito menos já foi pedida a demissão de políticos responsáveis por áreas importantes da governação.



Publicado por Tovi às 08:27
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Sábado, 10 de Dezembro de 2016
Sabem o que é que vou pedir ao Pai Natal?... #1

Vou pedir obras no Liceu Alexandre Herculano… É que se não for o barbudo das renas a tratar do assunto a obra nunca mais se faz.

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«Jose Bandeira» - Grande escola, grandes professores, que inevitavelmente gerou grandes cidadãos. O que mais me marcou foi a total ausência de barreiras sociais dentro das suas paredes; éramos todos colegas.

«Jovita Fonseca» - Vamos todos pedir ao Pai Natal..."grandes liceus", ali não havia cunhas nem diplomas comprados! O meu ao lado, o Rainha, já foi transformado em posto de Polícia...Belos tempos em que os rapazes não passavam da esquina...para não se aproximarem das meninas! Somos uma geração de gente bem comportada...

«Jose Bandeira» - Lá íamos nós em peregrinação assistir ao desfile na hora da saída 😊

«Adao Fernando Batista Bastos» - David Ribeiro é melhor pedir(mos) também ao Menino Jesus!

«David Ribeiro» - A esse ando há anos a pedir uma coisa e ele nunca me deu [Emoji smile:-)]

«Adao Fernando Batista Bastos» - Eu nem peço...

«Jorge Veiga» - Deixei de pedir. QUERO que façam obras no LAH (essa do Secundário para mim não dá). Se não as quiserem fazer, fica a marca nos governantes que deixam cair um edifício emblemático da cidade do Porto. Se fosse um edifício dum particular, não poderia ir abaixo, porque aí estava a lei da protecção dos edifícios com histórico. Sendo público, sabe lá Deus o que é que lhe querem fazer...



Publicado por Tovi às 15:58
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Terça-feira, 24 de Maio de 2016
Não deixem cair o Liceu Alexandre Herculano

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  Não deixamos cair o Alexandre!

A Escola Secundária Alexandre Herculano é uma referência histórica da cidade do Porto. Construído em 1906 com um projeto do arquitecto Marques da Silva, o magnífico edifício onde está instalada a escola foi classificado como imóvel de interesse público.

Nela estudaram sucessivas gerações para quem esta escola é o seu «liceu». Mantém um projecto educativo de enorme relevância na rede de ensino público, servindo de forma determinante uma vasta população da zona oriental do Porto.

Agora, o Alexandre Herculano precisa do nosso empenho e mobilização cívica.

Vários anos de incúria e opções divergentes em torno da utilização dos recursos financeiros na Educação levaram esta escola a um estado de grande degradação.

Em 2009, a Parque Escolar reconheceu que eram necessárias obras urgentes e aprovou o seu projeto, da autoria dos arquitetos Alexandre Alves Costa e Sérgio Fernandez. Mas, o anterior Governo ditou a sua suspensão no final de 2011 sem apresentar qualquer alternativa. De então para cá, a escola deteriorou-se ainda mais.

A comunidade educativa enfrenta actualmente um quotidiano letivo em que chove nas salas, há laboratórios fechados, o piso abateu em vários corredores, existem infestações de ratos e outras pragas, e de uma forma geral a escola exibe condições incompatíveis com os padrões de qualidade de ensino e de dignidade que se impõem à Escola Pública.

O Porto e o país precisam do Alexandre. Não o deixamos cair!

Os signatários desta petição apelam ao Ministério da Educação para que inicie as obras de requalificação da Escola Secundária Alexandre com a máxima brevidade e convocam todos os cidadãos para que se envolvam neste movimento pela Escola Pública e pelo Porto.

Porto, 23 de Maio de 2016

  Assine a Petição

 

  José Pacheco Pereira no “Público”

Salvar o Liceu Alexandre Herculano - As casas que transportam memória não podem ser perdidas sem nos empobrecer a todos.

Circula na Internet uma petição com título de “Não deixem cair o Alexandre!”. Tem um ponto de exclamação no fim, e bem merecido é. O Liceu Alexandre Herculano foi o “meu” Liceu e como muitos outros que por lá passaram, fomos ali que fomos “feitos”. O conhecimento do estado lamentável em que se encontra, com tectos a cair, ratos a passear por todo o lado, chuva nas salas e uma deterioração acentuada de todo o edifício, exige urgência e muita urgência. Por isso, esta é a minha maneira de assinar a petição.
O Liceu Alexandre Herculano é um edifício classificado, obra de um dos arquitectos mais importantes da época, Marques da Silva, e vai fazer 100 anos. Foi pensado como um liceu modelo, com fachadas com dísticos, inscrições, e molduras em pedra, colunas no interior, grandes corredores e janelas e tudo aquilo que não era comum encontrar a não ser nos grandes liceus “centrais”. Tinha vários recreios, piscina, auditórios, laboratórios, um museu, biblioteca, ginásios e um refeitório. Foi tudo feito com granito, mármore, madeiras, cada detalhe estudado e realizado, seja a ombreira de uma porta, seja um corrimão, e tinha enormes espaços e era banhado por toda a luz nas suas enormes janelas nas salas de aula e nos corredores. Foi feito para durar, mas, como todas as coisas, ameaça não durar. Foi caro de fazer, caro de manter e hoje, após anos de incúria, ainda mais caro de recuperar.
Ainda o conheci no seu esplendor, já nos anos escuros da ditadura. O liceu mantinha a glória dos seus primeiros anos. As aulas de Química e Física eram dadas nos laboratórios onde os bicos de Bunsen estavam implantados nas bancadas de lousa e mármore, para suportarem fogos acidentais e derrames de materiais perigosos. Nos grandes armários dos laboratórios havia instrumentos científicos e frascos com ácidos, sódio e potássio, e outros elementos mais complicados de pôr ao ar e à luz. Tinha um museu com uma série de animais empalhados e alguns em formol, mas, enquanto os laboratórios funcionavam, o museu era uma mera exposição nalgumas salas a que não era comum aceder. Havia uma biblioteca, mas como quase todas as bibliotecas da época estava bastante morta. Não era fácil pedir livros e muito menos saber o que lá estava. Era uma sala com o ambiente que se considerada normal numa biblioteca da época, escura, “encadernada” em encadernações, com os livros fechados em armários. Apenas quando um professor de Inglês deu algumas aulas na biblioteca para usar o gravador de fita que lá estava se usou a biblioteca, na verdade como paisagem.
O liceu era cuidadosamente patrulhado pelos contínuos e os espaços interditos aos alunos eram muitos. Havia corredores em que só se entrava quando qualquer coisa corria muito mal. Esses espaços incluíam a secretaria, a sala dos professores e acima de tudo o proibidíssimo espaço da reitoria onde estava o gabinete do reitor e a sua casa, visto que habitava no próprio liceu. Aí os veludos e madeiras trabalhadas, sinal da pompa e autoridade, dominavam um gabinete onde várias vezes tive de ir para ouvir as admoestações do reitor contra o conteúdo do jornal do liceu, o Prelúdio, que dirigi. Aí ele me explicou que não se podia falar de Fernando Lopes Graça, nem publicar poemas sem pontuação, nem reproduzir um quadro de Picasso do período azul em que um rapaz nu segurava um cavalo (perguntei-lhe uma vez se era porque o cavalo estava nu), porque o jornal era também vendido no Rainha, o liceu das raparigas ao lado. O Alexandre era um sólido bastião masculino e fornecia um contingente de voyeurs, que esperavam em frente da saída do Rainha, que só tinha raparigas, meninas, mulheres. Não por acaso era um ao lado do outro, mas o Rainha era novo e o Alexandre já vetusto.
Como liceu com todos os pergaminhos na cidade e que competia apenas com o Liceu D. Manuel II, no PREC crismado de Amílcar Cabral e hoje Rodrigues de Freitas, os professores eram altamente prestigiados e alguns muito competentes, outros menos. Mas de um modo geral eram characters, personagens temidos e amados, ou as duas coisas ao mesmo tempo. Entre os meus professores tive o dr. Agostinho Gomes — os nomes não são concebíveis sem o “dr.” —, que era uma coisa rara, porque era “escritor”, tinha livros publicados e oferecia aos melhores alunos os seus livros. Hoje está completamente esquecido. Havia o dr. Cruz Malpique, uma personagem muito especial, professor de Filosofia, que estava no liceu desde 1948. Não sei bem quantos livros escreveu, mas deve ultrapassar a centena de títulos, e escrevia um novo livro no verso das provas do anterior. Encontrava-o muitas vezes na Biblioteca do Porto, a trabalhar com mangas-de-alpaca para não estragar a camisa ou o casaco. O dr. Malpique era um impressionista, não sabia muito de filosofia, mas transmitia o gosto pela filosofia e pelo pensar e isso é que caracteriza um professor. Havia o terror dos terrores o “Rapa-côdeas”, o dr. Gaspar da Costa, meu professor de Latim, e que era universalmente temido pelo modo destemperado com que caía em cima de qualquer infeliz que não soubesse as declinações. Havia igualmente algumas personagens pícaras, como o professor Godofredo, que dava aulas de Canto Coral, e era completamente incapaz de manter a disciplina nas aulas. Devo-lhe ter conhecido pela primeira vez, a vez que mais conta, o francês falado no Québec, porque ele via-se aflito em fazer cantar gente que tinha aprendido francês da metrópole, o sotaque do francês do Canadá. E havia o reitor, Martinho Vaz Pires, professor de Alemão, autor da gramática canónica da língua, dirigente da União Nacional e da Mocidade Portuguesa, antigo deputado à Assembleia Nacional. Foi ele que me disse que o jornal não podia publicar poemas sem pontuação nem maiúsculas, porque isso era obra de comunistas. Demorei anos até perceber que o reitor, que nos seus anos de formação visitara a Alemanha nazi, estava a falar da Bauhaus e da sua tipografia, considerada “degenerada” pelos nazis.
O reitor era da “situação”, mas muitos dos professores que me marcaram eram da “oposição”, gente que se relacionava com Namora e Ferreira de Castro e que convivia com a elite literária do neo-realismo e tinha prestígio na sua função de professores, entre outras coisas porque eram professores do Alexandre. As paredes do Alexandre Herculano são o local físico onde ainda habitam e aos seus tectos a cair pertencem a todas estas memórias. Não pertencem aos ratos, que esses estavam no laboratório, digamos que na forma de “não-ratos”.
Mas eu não pretendo salvar o Alexandre por causa das minhas memórias, nem de qualquer nostalgia, mas porque o liceu merece-o por si, pela sua qualidade edificada e pelo papel que teve na vida do Porto e pode tornar a ter. Nele se inclui ter deixado “memórias”, quase todas elas fortes, em por quem lá passou. Não é pequena coisa neste mundo demasiado esquecido e que faz do esquecimento um programa cultural, social e político. As casas que transportam memória ou memórias, e nelas a história interior de muita gente, não podem ser perdidas sem nos empobrecer a todos.



Publicado por Tovi às 14:39
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Sábado, 29 de Setembro de 2012
Arq. Marques da Silva - Liceu Alexandre Herculano

A Associação Portuguesa para a Reabilitação Urbana e Proteção do Património (APRUPP) realizou hoje na Escola Secundária Alexandre Herculano (antigo Liceu Alexandre Herculano) uma tertúlia dedicada ao Arquitecto Marques da Silva, autor do projecto deste estabelecimento de ensino da cidade do Porto considerado Monumento de Interesse Público e cujo estado de conservação é crítico.

Neste evento, integrado nas Jornadas Europeias Património 2012, foram oradores: Professor António Cardoso da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Arquitecto Rui Ramos da Fundação do Instituto Marques da Silva e Arquitecto Alexandre Alves Costa do “Atelier 15”.

Alguns apontamentos do que por lá se disse:

Prof. António Cardoso – Falou-nos da importância de Marques da Silva no património material e imaterial da arquitectura do Porto nos finais do século XIX e princípios do século XX. Marques da Silva era filho de um marmorista e daí a importância que dava ao cinzel, como se pode constatar em toda a sua obra. Quando Marques da Silva vem de Paris trás debaixo do braço o projecto de uma estação central de caminhos-de-ferro para ser construída no centro da cidade, o que para a época era uma inovação em termos urbanísticos portugueses, e assim nasceu a Estação de São Bento. Também foi da École Nationale et Spéciale des Beaux-Arts que trouxe a ideia da construção de edifícios escolares de certa envergadura, como é o caso do Liceu Alexandre Herculano.

Arq. Rui Ramos – O facto de Marques da Silva ter decidido ir estudar arquitectura para Paris foi importante para o seu futuro, não só como artista mas também como técnico de construção. A filosofia de Marques da Silva ao regressar ao Porto foi de transformar a cidade, começando por demolir um convento e construir nesse lugar uma estação de comboios. Marques da Silva achava um absurdo que uma cidade fosse unicamente um conjunto de monumentos. Para ele era mais importante uma visão cosmopolita para as grandes cidades. Foi o arquitecto mais racionalista da cidade do Porto no século XX. Quem quiser conhecer o espólio da Marques da Silva pode visitar a Fundação, na Praça Marquês de Pombal, nº30-44, na cidade do Porto.

Arq. Alexandre Alves Costa – Ainda não se sabe o que vai acontecer à necessidade urgente de recuperação do edifício do Liceu Alexandre Herculano, projectado por Marques da Silva. O edifício está arruinado, tendo em conta que é Monumento de Interesse Público. O Liceu Alexandre Herculano foi construído de 1914 a 1931, seguindo a topologia dos liceus franceses da época: Salas de aula espaçosas, corredores largos, pátios de recreio abertos e cobertos, laboratórios, anfiteatro, biblioteca, capela, equipamentos desportivos incluindo piscina e pavilhão polidesportivo, áreas administrativas e residência do Reitor.


«António Henrique Teixeira» in Facebook >> Tive aqui dois momentos fantásticos. Primeiro, como aluno e mais tarde como professor. Que saudades.



Publicado por Tovi às 19:23
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Sexta-feira, 28 de Setembro de 2012
Jornadas Europeias Património 2012

 Arq. Marques da Silva

Já estou inscrito para a Tertúlia e Visita guiada que terão lugar na Escola Secundária Alexandre Herculano (antigo Liceu Alexandre Herculano - Porto), amanhã, sábado, entre as 14h30 e as 18h00. Foi neste estabelecimento de ensino classificado como Monumento de Interesse Público, um dos mais notáveis exemplares de arquitectura escolar nacional, que eu fiz os meus estudos liceais, já lá vai quase meio século.


«Ricardo Castro Ribeiro» in Facebook >> Pena que não posso estar presente....fazia-me bem recordar bons tempos vividos nesse lindo Liceu. Bons tempos...

«Joe Medicis» in Facebook >> Está a cair, esse magnifico edifício :(

«António Henrique Teixeira» in Facebook >>  Se eu pudesse, também lá estava. E para tornar a coisa mais real, até ia de comboio e depois subia Pinto Bessa e á volta descia pelo Heroismo. Até talvez encontrasse já perto de Campanhã o Toninho do peixe.



Publicado por Tovi às 07:28
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Sexta-feira, 16 de Dezembro de 2011
Lampreia à Bordalesa

Realizou-se ontem, no Restaurante Nova Era (rua Ferreira Cardoso no Porto), o Jantar de Natal do núcleo duro dos menbros da Associação dos Antigos Alunos do Liceu Alexandre Herculano. E foi neste jantar de convívio de amigos que comi a primeira Lampreia à Bordalesa deste ano... e que divinal ela estava. Ainda bem que o João Cardoso me recomendou este prato. Penso que nunca comi "Lampreia" antes do Natal... normalmernte só em meados de Fevereiro é que é usual encontrar este "manjar" nos restaurantes da cidade Invicta.


«João Pedro de Carvalho» in The Wizard Apprentice >> Veio do Canadá ... :)

«David Ribeiro» in The Wizard Apprentice >> Não me digas que é "magistério de influência" do Ministro Álvaro Santos Pereira... ;-)


«Fernando Kosta» in Facebook >> Sempre com os pés debaixo da mesa. Que guloso!

«David Ribeiro» in Facebook >> Por falar em ser guloso... Ando a organizar um grupo para fazer uma petição ao Vaticano afim de ser despenalizado o pecado da gula.

«Manuel António Sarmenro Silva» in Facebook >> David, eu comi um cabritinho que estava óptimo: O Nova Era continua a ter uma excelente cozinha tradicional.

«Manuel Ribeiro da Silva» in Facebook >> David Ribeiro aqui p'ra nós, como sabes cheguei tarde e quando vi que tinha esse petisco... ah!... alguém disse "tem juízo há todo ano, claro que é congelado"  fiquei-me com o meu desconsolo, claro,... fiz mal!... Oh tragédia!!!!!!

«David Ribeiro» in Facebook >> Não sei se era congelada ou não, mas que estava muito boa, lá isso estava.

«Pataxó Lima» in Facebook >> Oh my God...!! Que belezura de prato...  Lindo e perfumado... Hummmmmmmmmmmm... Delícia pura... rs!!




Domingo, 27 de Novembro de 2011
Antigos Alunos do Liceu Alexandre Herculano

Na passada sexta-feira realizou-se no Espaço Mantra, em Matosinhos, o jantar anual de confraternização da Associação dos Antigos Alunos do Liceu Alexandre Herculano (*) e, como sempre, foi maravilhoso… É bom sentarmo-nos à mesa com Amigos.

(*) A Associação dos Antigos Alunos do Liceu de Alexandre Herculano (AAALAH) foi legalizada, juridicamente, em 24 de Abril de 1992, tem a sua sede na sala Cruz Malpique, no Liceu Alexandre Herculano e “tem por objectivo agrupar os antigos alunos do Liceu Alexandre Herculano e fomentar as relações de amizade, cooperação e contacto mútuo entre eles, cuidar dos seus interesses e cumprir os deveres de relacionamento e cortesia com as autoridades locais e regionais. No âmbito de tais objectivos cabe, nomeadamente à Associação, organizar actividades de carácter social, cultural, desportivo ou recreativo para os seus associados.” (artº 3º do Regulamento Interno).


«Manuel António Sarmento Silva» in Facebook >> É verdade, David Ribeiro, apesar das diferenças e diversidades de opinião, a AMIZADE é mais forte! É excelente o culto da amizade! É importante que mais alexandrinos se juntem a este grupo.



Publicado por Tovi às 10:04
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Sexta-feira, 17 de Dezembro de 2010
Jantar de Natal da AAALAH

 Liceu Alexandre Herculano

O Arroz de Cabidela do Restaurante Nova Era (Rua Ferreira Cardoso nº 56, no Porto) foi o meu jantar de ontem... e estava mesmo bom. Neste Jantar de Natal da Associação dos Antigos Alunos do Liceu Alexandre Herculano fquei entre dois "faicebookianos", o Sarmento que me acompanhou nesta lide de "deitar abaixo" um frango de cabidela, e o Flórido, que comeu outra coisa qualquer que já não me lembro. Como sempre o melhor do jantar foi o combíbio (sim, cá pela cidade do Porto escreve-se com "b"). E apesar de andarmos todos na casa dos sessenta, estamos ainda rijos que nem uns peros.


«Manuel António Sarmento Silva» in Facebook >> Tens toda a razão! É óptimo encontrar um grupo de uns vinte e tal "Alexandrinos" em franco "combibio", a essência do encontro, embora o acessório, no nosso caso o pica-no-chão do NOVA ERA não tenha sido de "botar" fora. Espero que continuemos a fazer destes encontros um COMBIBIO de boa disposição, e que se vá juntando mais gente a este grupo da boa disposição!

«Flórido Tó» in Facebook >> Ó meu eu kumi figuedu!!!!! de cebolada!!!!! tába uma kateguria!!!!! Bom o COMBIBIO é o que interessa e nós os "OS VIVANTES" sempre que possível lá ou noutro lugar estaremos. É  que os que estão já (infelizmente) do outro lado têm o curso completo do egoismo!!!! não dizem nada se é bom ou mau, mas + tarde ou mais cedo será o nosso destino!!! o que importa é o terreno. O abração do Flórido.

«Manuel António Sarmento Silva in Facebook >> Temos de continuar a andar por cá em amenas cavaqueiras e jantaradas, vendo o nosso Porto, lembrando os nossos amigos que partiram, mas procurando fugir aos comnvívio deles. Um grande abraço.

«Ana Alyia» in Facebook >> cabidela? sangue??? blarghhhh já chega o que me dão



Publicado por Tovi às 07:45
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Segunda-feira, 12 de Abril de 2010
Padre Mário da Lixa

Grande homem é o Padre Mário da Lixa!... Foi professor de Religião e Moral no Liceu Alexandre Herculano (Porto) quando por lá andei nos anos sessenta de século passado, mas nunca fui seu aluno.

 O presbítero Mário Pais de Oliveira, nasceu na freguesia de Lourosa (Santa Maria da Feira) em 8 Março 1937. É o último de três filhos, tendo a sua mãe sido jornaleira nos campos e o pai operário numa fábrica de serração de madeiras, anos mais tarde, emigrante em Moçambique. Em Outubro de 1950: deu entrada no Seminário da Diocese do Porto. Tendo sido em 5/8/62 ordenado padre, na Sé Catedral do Porto. Em Outubro 1962: começou a ser coadjutor na Paróquia de Santo António das Antas (Porto), mas, antes do primeiro ano terminar, já o respectivo pároco, incomodado com a sua maneira popular e evangelicamente desestabilizadora de exercer o ministério, estava a pedir ao Administrador Apostólico da Diocese a sua remoção. Em Outubro 1963: iniciou-se como professor de Religião e Moral primeiro no Liceu Alexandre Herculano (Porto) e dois anos depois no Liceu D. Manuel II, Assumiu, ainda, por essa altura funções de assistente diocesano da JEC (Juventude Escolar Católica). Em Agosto 1967: foi abruptamente interrompido nesta sua missão pastoral pelo Administrador Apostólico da Diocese, por suspeita de estar a dar cobertura a actividades consideradas subversivas dos estudantes (concretamente, por favorecer o movimento associativo, coisa proibida pelo regime político de então). Foi nomeado capelão militar, sem qualquer consulta prévia, foi obrigado a frequentar, de imediato, durante cinco semanas, um curso intensivo de formação militar, na Academia. Em Novembro 1967 desembarcou na Guiné-Bissau, como alferes capelão mas logo em Março do ano seguinte já regressava à sua Diocese depois de ter sido expulso de capelão militar, por ter ousado pregar, nas Missas, o direito dos povos colonizados à autonomia e independência. As nomeações e exonerações prosseguiram. Em Outubro de 1969 começou a paroquiar a freguesia de Macieira da Lixa (Felgueiras). Em Julho 1970: foi preso pela PIDE/DGS, tendo saído de Caxias em Março do ano seguinte, depois de ter sido julgado e absolvido pelo Tribunal Plenário do Porto. Em Março 1973 voltou a ser preso pela PIDE/DGS, tendo saído em liberdade quase 1 ano depois, no termo do 2º julgamento no mesmo Tribunal. Esta nova detenção custou-lhe a paróquia de Macieira da Lixa. No dia 25 de Abril 1974, em casa dos seus pais, concede a sua primeira entrevista ao Jornal de Notícias. Em Janeiro 1975 passou a ser jornalista profissional na delegação do Porto, do saudoso vespertino "República". Em Outubro 1975: ficou sem qualquer ofício pastoral na Igreja do Porto, em consequência de ter sido aceite pelo Bispo da diocese o pedido de demissão dos três párocos (Sé, S. Nicolau e Miragaia) que coordenavam a Equipa Pastoral da Zona Ribeirinha do Porto que o Padre Mário integrava desde Maio do ano anterior. Actualmente, é director do Jornal FRATERNIZAR, desde a sua fundação, em Janeiro de 1988. Reside actualmente em Macieira da Lixa e subsiste da sua parca reforma de jornalista.




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