
Liz Truss renunciou na quinta-feira ao cargo de Primeira-Ministra britânica após um desastroso mandato de seis semanas, mas assegurou que dentro de uma semana o Partido Conservador terá novo líder. A eleição do sucessor é só o último grande desafio na história recente do Partido Conservador, que vive um dos anos mais difíceis de sempre. Depois do escândalo das festas de Boris Johnson durante a pandemia — que provocou uma onda de indignação entre britânicos de todas as simpatias políticas dada a severidade das medidas restritivas que o ex-primeiro-ministro impôs ao país mas não a si mesmo —, passando pela aprovação de um plano económico apoiado em mais empréstimos e, por isso, mais dívida que os mercados rejeitaram assim que Truss o anunciou, a confiança dos britânicos numa liderança conservadora pode ter saído profundamente abalada.
Azeredo Lopes na CNN Portugal em 20out2022 às 17h21
Caiu Theresa May mesmo antes do Brexit, caiu Boris Johnson depois, caiu Liz Truss agora, e a cada queda o que mais se discute é se vai ser mais rápida do que a do antecessor. Caiu o crédito do país nos mercados, subiram as taxas de juro, faleceu a Rainha e subiu ao trono o filho, a Escócia quer novo referendo para a independência já para o ano e, como se tudo isto não fosse amplamente suficiente, Ronaldo não tem jogado e ontem até foi irritado para os balneários antes do fim do jogo, quando compreendeu que já não ia entrar. (...) Mal chegou a Primeira-Ministra, Liz Struss cometeu o pecado capital de apresentar um plano económico que correspondia, ponto por ponto, ao que prometera como candidata à liderança do Partido Conservador. Sim senhora, cumprira aquilo que anunciara. Simplesmente, o plano era tão mau que os “mercados” decretaram que aquilo que se propunha fazer era um disparate, como o jogador compulsivo que, no casino, pede um empréstimo milionário para recuperar a fortuna que perdeu na roleta. (...) O certo é que, desde o Brexit, o Reino Unido está pior, mais instável, e de nenhum modo se confirmaram os eldorados que foram prometidos quando da decisão. Perdeu as almofadas institucionais que a União lhe garantia. Sim, a UE tem muitos defeitos. Mas, por estas bandas, ainda ninguém inventou melhor, e muito menos o Reino Unido. (...) Quem está a rir é Vladimir Putin. Depois de Mario Draghi, dois a zero (Boris Johnson e Liz Truss), e ainda aqui estou, deve estar a dizer para com os seus botões. [Notícia completa aqui]
EuronewsO provérbio português "Atrás de mim virá, quem de mim bom fará" assenta que nem uma luva a Boris Johnson que, apenas seis semanas depois de ter sido obrigado a demitir-se, volta a ser uma hipótese a considerar pelos tories na chefia do governo. A corrida está de novo aberta e Boris Johnson, que estava de férias nas Caraíbas, está de regresso a Londres para uma fim de semana que se prevê bastante movimentado na busca de apoios. Rishi Sunak, que tinha sido derrotado por Truss e Penny Mordaunt, líder da câmara dos comuns também aspiram à chefia do partido e do governo. Todos eles terão de assegurar até à próxima segunda-feira o apoio de pelo menos 100 deputados conservadores. Se só um conseguir será automaticamente nomeado primeiro-ministro. Se não, o voto online é lançado na sexta-feira, 28 de outubro, para que os tories escolham.
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Disse um amigo meu e com toda a razão: "Se aquilo fosse uma República, a esta hora um Presidente eleito já tinha demitido o governo e devolvido a palavra aos eleitores."
A primeira-ministra britânica, Liz Truss, invocou esta sexta-feira o “interesse nacional” e a necessidade de estabilidade económica no Reino Unido para demitir o ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng. “A minha prioridade é garantir a estabilidade económica que o nosso país necessita. Foi por isso que tive de tomar as decisões difíceis que tomei hoje”, explicou numa conferência de imprensa. Truss garante que mantém a missão de "elevar os níveis de crescimento económico” do Reino Unido, mas admitiu que, "em última análise, é necessário garantir a estabilidade económica", pelo que teve de "agir no interesse nacional". Numa declaração inicial, Truss disse ter “imensa pena” de perder o “grande amigo” Kwarteng que partilha a sua "visão de colocar " o Reino Unido "no caminho do crescimento”. Para o lugar nomeou Jeremy Hunt, "um dos ministros e parlamentares mais experientes e amplamente respeitados”, o qual será responsável por apresentar o plano fiscal a médio prazo em 31 de outubro. De forma a acalmar a volatilidade nos mercados financeiros observada após a apresentação do plano de crescimento económico em 23 de setembro, a primeira-ministra aceitou aumentar de 19% para 25% o imposto sobre as empresas em abril de 2023.
Sebastião Bugalho na CNN Portugal - 15out2022
Há uma mulher de direita a destruir uma democracia europeia (e ainda não é a senhora Meloni) - Não é o sr. Sánchez e as suas intermináveis geringonças, o sr. Macron, que ficou sem maioria na Assembleia Nacional, o sr. Scholz, às avessas com meio partido russófilo, o dr. Costa, sem um mês órfão de casos desde a reeleição, nem mesmo a sra. Meloni, herdeira da tradição fascista e contestatária da União Europeia. Há um governo no velho continente cujo radicalismo e incompetência provocaram a autêntica ruína política, económica e financeira do seu país: o britânico. A democracia parlamentar mais antiga da Europa, a terra do liberalismo, da revolução industrial, da City, admirada pelas suas tradições democráticas, invejada pelo seu poderio empresarial, está, neste momento, à beira de uma intervenção do FMI com um governo incapaz do ato de governar. O mais extraordinário é que Liz Truss o conseguiu fazer no curto espaço de 37 dias. Se a isso subtrairmos o luto e as cerimónias de despedida da Rainha Isabel II, o desaire concretizou-se em menos de três semanas. Como escrevia com alguma graça a Economist: menos tempo de vida do que uma alface.
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