Trabalhei em Luanda para o Ministério dos Petróleos nos anos de 1985 e 86, ainda o MPLA lutava contra a UNITA, e nunca me pareceu que a culpa da miséria fosse do Povo. Seria da nomenclatura do poder instalado, mas muito mais dos europeus a quem toda a situação era financeiramente favorável.
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«João Greno Brògueira» - Principalmente da ELF que estava muito bem instalada nessa altura lá. Eu estive em Luanda durante a FIL no hotel turismo antes da sarrabulhada entre o MPLA e a UNITA.. David Ribeiro ainda visitei o Mercado Roque Santeiro acompanhado dum sujeito do MPLA. ;) Diz lá se não ia uma lagosta da foz do kuanza grelhada acompanhada dumas cucas. ;)
«David Ribeiro» - Cucas já não havia no meu tempo, bebíamos Stella Artois. Lagostas na Barra do Kuanza eram fabulosas, arranjadas ali mesmo na praia, junto do farol. O mercado Roque Santeiro visitava-o todos os sábados. No meu tempo a Elf ainda lá estava mas quem dominava o petróleo era a Fina belga.
«Mario Ferreira Dos Reis» - Só mudaram as marcas as lagostas são as melhores
Depois de uma “Luta Armada de Libertação Nacional” de 13 longos anos e uma descolonização atabalhoada, a que se seguiu uma guerra fratricida entre MPLA e UNITA, com início em 1975 e que só terminou em Abril de 2002 com a morte de Jonas Savimbi, o regime angolano chefiado por José Eduardo dos Santos sempre lidou mal com as liberdades fundamentais dos cidadãos. Esta semana Angola condenou 17 activistas do “direito à oposição” a penas de prisão efectiva, que vão de dois anos e três meses a oito anos e meio, por “co-autoria de actos preparatórios para uma rebelião e atentado contra o Presidente da República, por falsificação de documentos e associação criminosa”. Se o regime angolano tratasse mas é de acabar com a pobreza dominante entre uma riqueza chocante, é que fazia bem.
Penas aplicadas pelo tribunal de primeira instância:
Domingos da Cruz Maninho, oito anos e seis meses de prisão efectiva;
Luaty Beirão, cinco anos e seis meses de prisão efectiva;
Nuno Álvaro Dala, Sedrick de Carvalho, Manuel Chivonde Nito Alves, Inocêncio de Brito, Laurinda Manuel Gouveia, Fernando António Tomás “Nicola”, Mbanza Hamza, Osvaldo Sérgio Correia Caholo, Arante Kivuvu, Albano Evaristo Bingo, Nelson Dibango Santos, Itler Samassuku e José Gomes Hata, quatro anos e seis meses de prisão efectiva;
Rosa Conde e Dito Dalí (Benedito Jeremias), dois anos e três meses de prisão efetiva.
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«Zé Carlos» >> Complicadas as coisas em Angola
«David Ribeiro» >> São e sempre foram Zé Carlos. Em 1985, estava eu a trabalhar no Ministério dos Petróleos em Luanda, o II Congresso Ordinário do MPLA determinava a “necessidade de o Partido elevar a formação política e ideológica dos seus membros e melhorar a capacidade de direcção dos seus quadros” esquecendo-se completamente das necessidades básicas do Povo. Nos meses seguintes a cidade de Luanda era invadida pelos “da mata”, soldados combatentes que vinham ocupar os lugares de polícia da capital e nos lugares de chefia da hierarquia do Estado era exactamente a mesma coisa. Era a altura, na minha opinião de simples “estrangeiro residente”, de se iniciarem as transformações políticas, económicas e sociais necessárias, mas a guerra com a Unita desculpava tudo… e também ainda havia cubanos e soviéticos por lá, o que fazia toda a diferença. Mas a guerra civil acabou e as coisas até pareciam ir levar outro rumo… mas continuou tudo praticamente na mesma: os ricos cada vez mais escandalosamente ricos e os pobres cada vez mais na miséria. Até quando?
«Zé Carlos» >> Pois, uma tragédia nunca vem só e a transferencia de soberania para as ex colónias foi um desastre, para os que lá estavam e para os que tiveream de fugir
«Humberto Moreira» >> Estes anormais cavam a sepultura do proprio regime e crian o seu proprio golpe de estado que os destituirá !
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