O que se disse ontem na conferência “Por Portugal”, na Casa da Música, que marcou os 127 anos do Jornal de Notícias:
Adriano Moreira (Jurisconsulto e professor emérito do ISCSP) – “As reformas não foram feitas. O país atingiu uma fadiga tributária que não é aceitável”.
António Vitorino (Ex-comissário europeu, advogado) – “Quem sai primeiro? A Grécia da Zona Euro? Ou Jorge Jesus do Benfica?”
Vítor Bento (Economista, conselheiro de Estado) – “A única coisa que pode salvar a Grécia é um acordo de 25ª hora.”
Paulo Rangel (Eurodeputado, advogado) – “Há-de chegar um dia em que não vai haver Portugal nem vai haver portugueses. Parece dramático mas é real.”
Rui Moreira (Presidente da Câmara do Porto) – “O ideal é deixar de ter fundos de coesão, para isso o bilhar não pode continuar inclinado para o mesmo buraco.”
Ramalho Eanes (Ex-Presidente da República, conselheiro de Estado) – “Não basta ganhar para governar (...) a legitimidade só se mantem se, no exercício de funções, mostrarem competência e eficácia”.
O que por lá se ouviu sobre “Regionalização”:
Miguel Cadilhe retomou a bandeira da regionalização “sob estritas condições de controlo financeiro central” considerando Portugal como “um dos mais centralistas” da Europa.
Rui Moreira acusou PS e PSD de mentirem quando dizem que querem esta reforma. O actual Presidente da Câmara do Porto não tem dúvida de que “a regionalização é cada vez mais urgente” (…) defendeu que não podemos ficar reféns de “uma visão romântica e futurista”, mas ir lutando pela descentralização, nomeadamente dos fundos europeus (…) o autarca independente constatou que “o eleitorado desgastado pela crise olha muitas vezes a regionalização como mais tachos”, pelo que avançar já com esta reforma seria também sinónimo de fracasso.
Rui Rio disse não fazer sentido alegar receios de que a dívida cresça com a regionalização, porque esta cabe hoje quase na totalidade à Administração Central.
No dia de hoje o Jornal de Notícias completa 127 anos e de forma a celebrar este acontecimento realiza-se a Grande Conferência JN na Casa da Música. “Por Portugal” é o conceito agregador da Grande Conferência do JN, procurando potenciar o crescente interesse por assuntos da Europa e a entrada de um novo quadro comunitário de apoio. A conferência oferecerá perspetivas inovadoras com o objetivo de refletirmos em quatro áreas-chave: Portugal no contexto Europeu e Atlântico; Portugal e os valores europeus: perspetiva e estratégia; O Portugal que temos e o País que precisamos com enfoque para os 40 anos de democracia; A região que temos, e a que precisamos. Em vésperas de mais um ciclo eleitoral, a democracia portuguesa vive um dos mais deprimidos períodos da sua história de quatro décadas. Questionam-se princípios constitucionais, o papel e a dimensão do Estado, o sistema político e eleitoral, e as soluções para problemas estruturais que comprometem o futuro das próximas gerações. À crise portuguesa juntam-se os embaraços inerentes à nossa inserção numa União Europeia tolhida pelas dificuldades em equilibrar os custos e as vantagens da globalização, da compatibilização entre o aprofundamento e o alargamento da União, no novo contexto gerado pela introdução da moeda única, pela integração dos Estados-membros da Europa Central e Oriental, e pela crise das dívidas soberanas. Eis o pano de fundo desta Grande Conferência de aniversário do Jornal de Notícias, que convoca à reflexão dos portugueses sobre os seus próprios destinos, com o prestimoso contributo de algumas das principais figuras nacionais. As comemorações terminam com um concerto de Pedro Burmester e o Quarteto de Cordas de Matosinhos, que tocará a solo obras de Frédéric Chopin e Johann Sebastian Bach. Com o Quarteto de Cordas de Matosinhos, tocará a obra de Antonín Dvorák - Quinteto com piano em lá maior, op. 81. Este concerto terá lugar na sala Suggia, pelas 22 horas.
Oradores deste Programa:
Daniel Proença de Carvalho, Presidente do Conselho de Administração da Global Media Group; Adriano Moreira, Académico, jurisconsulto, Professor Emérito do ISCSP; Luís Valença Pinto, Tenente-general, engenheiro; António Vitorino, Advogado, ex-comissário europeu; Vítor Bento, Economista, presidente do CA da SIBS, Conselheiro de Estado; Paulo Rangel, Advogado, eurodeputado; José Ribeiro e Castro, deputado; Francisco Seixas da Costa, Diplomata, ex-secretário de Estado dos Assuntos Europeus; Miguel Cadilhe, Economista, ex-ministro das Finanças; Rui Rio, Economista; Luís Amado, Presidente do CA do BANIF, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros; Emídio Gomes, Presidente da Comissão de Coordenação da Região Norte; Carlos Negreira, Alcaide da Corunha, presidente do Eixo Atlântico; Rui Moreira, Presidente da Câmara Municipal do Porto; António Ramalho Eanes, General, presidente da República, conselheiro de Estado.
Gostei de ler o que escreveu Miguel Cadilhe no JN de ontem na secção “Cronistas // Opinião da Semana” a propósito de um recente e importante manifesto intitulado Por uma democracia de qualidade - Reformas prioritárias do sistema político em Portugal e subscrito por pessoas de esquerda e de direita:
…o manifesto nada diz sobre uma outra questão constitucional que igualmente se arrasta desde 1976: descentralização política. Defendo a instituição das "regiões político-administrativas" do continente, tal como escrevi no JN de 16 de Julho. O seu contrário, o centralismo, é uma das mais marcadas e negativas características do nosso sistema político e da nossa administração pública.
Ver aqui artigo completo - O novelo dos Senhores do sistema político
«Carlinhos da Sé» no Facebook >> Nã… Este “salvador da Pátria” poderá convencer os atolambados, a mim não. Voluntariou-se para resolver o imbróglio “BPN”, mas, “O ainda presidente do Banco Português de Negócios (BPN) conseguiu garantir junto dos acionistas da instituição um plano poupança reforma (PPR) no valor de pelo menos 10 milhões de euros. Esta condição foi imposta por Miguel Cadilhe, durante as negociações de entrada no banco, de modo a poder ressarcir-se da perda da pensão que então auferia enquanto reformado do Banco Comercial Português (BCP).” (fonte: “DN” – 2000.11.05) Sai do “BPN” onde ficam os produtos (ditos) “tóxicos” para a presidência da “SLN” onde estava a chicha (como diz o Povo). Quantos contratos (blindados) com o Estado foram elaborados na sua sociedade de advogados? Todos sabem que Miguel Cadilhe, talvez instruído pelo chefe Cavaco, queria evitar a todo o custo a nacionalização do “BPN” com “injeções” de capital da “CGD”, para depois entregar o “bolo” ao “BES” ou a Isabel dos Santos? Acredito que sim. Se puxarem as pontas do novelo que Miguel Cadilhe diz querer desensarilhar vão acabar achando no meio um nó que esgana (ainda mais) os funcionários públicos, os reformados/aposentados e o que resta da classe média.
«Raul Vaz Osorio» no Facebook >> Está enganado quanto a Cadilhe Carlinhos. O plano que propôs para o BPN era bom e teria provavelmente resolvido o problema, mas houve duas necessidades que se lhe sobrepuseram: a necessidade de encontrar um caixote para o lixo tóxico da CGD (o que multiplicou por 10 o problema que nós pagámos) e a necessidade de aproveitar a oportunidade de destruir a credibilidade do cavaquismo pela destruição (inteiramente justificada) das reputações de algumas das suas principals figuras. Quanto a Cadilhe, gostava de o ver candidate a PR com um a agenda reformadora como esta. Pen so que reuniria o apoio popular necessário para vergar is senhores do sistema.
Querem uma apostinha como vai ser assim o apuramento da Seleção Portuguesa?... Ora vejam:
Uma vitória lusa por 2-0 e um triunfo germânico por 3-0; Neste cenário Portugal e EUA ficam empatados em pontos, diferença de golos e golos marcados; Como o quarto critério é o resultado do jogo entre ambos - empate a duas bolas - resta o último ponto previsto pela FIFA: sorteio. E em sorteios ninguém nos ganha.
«São Martinho Pastores Alemães» no Facebook >> Deveriam era ter jogado com GANA nos dois primeiros jogos e não com o GANA do jogo de hoje!!!!!!!
«Carlos Miguel Sousa» no Facbook >> O Triunfo Germãnico é provável.
Sempre considerei Miguel Cadilhe gente de bem, frontal nas suas atitudes e um Homem do Norte. Apesar de nesta entrevista que concedeu ao semanário Grande Porto (Edição nº 147 – 20Abr2012) muito do que por lá disse ser análise da situação política, económica e social destes últimos tempos, e como eu já ando farto que meçam a temperatura ao doente e não lhe receitem medicamentos, vou-me ficar pela citação do que considerei mais importante nesta entrevista:
Os sacrifícios devem ser distribuídos com justiça. Acho que têm faltado o que chamo “contrapesos” sociais, digo medidas para compensar as medidas de austeridade aos olhos dos relativamente ou subjectivamente mais sacrificados.
Temos o dever de ponderar as consequências sociais que advêm de coisas dolorosas para a maioria das pessoas, como profundos cortes da despesa pública, reconceituações e contenções do Estado social, aplicações generalizadas da regra utilizador-pagador, aumentos de tarifas de muitos serviços públicos, agravamentos de impostos ordinários sobre consumo, rendimento e património, subida do desemprego, e várias outras decorrências dos programas de ajustamento da troika que estão a ser executadas.
Se nada fizer, o Norte vi continuar a sofrer os efeitos de um centralismo que se alimenta a si próprio e ganha com o fenómeno da centralização.
«Paulo Pereira» in Facebook >> O apelo à abstenção do Norte não resolve nada. O Norte deve castigar nas urnas quem despreza e discrimina o Norte.
«António Alves» in Facebook >> tretas, esta "elite" do norte está morta e já fede. andam há 30 anos a dizer o mesmo mas não levantam o cu da cadeira.
«Teresa Canavarro» in Facebook >> Caro David, tendo nascido em Lisboa e lá vivido 34 anos ( a minha Mãe sempre nos disse que o lugar onde nascemos não interessa e portanto éramos transmontanos) acho que ao longo do tempo tenho mudado um pouco a minha opinião! Perdoe-me a sinceridade, mas sempre considerei que o Porto tinha uma enorme dor de cotovelo da capital, e que o que era dito não tinha qualquer fundamento! Depois de me ter mudado para o Norte, tenho aos poucos percebido que na realidade existe um centralismo exacerbado que a ninguém serve a não ser aos Lisboetas, ao Ribatejo e ao Alentejo, provavelmente! Longe de mim dizer mal da cidade linda onde cresci e que não tem culpa nenhuma do que os governantes fazem e fizeram dela, mas há que realmente pensar em como desenvolver cidades fortes que possam ser um pólo de desenvolvimento deste Norte , tão esquecido e maltratado! O Porto seria o ideal pela sua localização! Há que trabalhar para isso! Quando precisar de mim, diga!
«David Ribeiro» in Facebook >> Caríssima Teresa Canavarro... Muito me sensibilizaram estas suas palavras e gostaria de ter a sua autorização para as transcrever para o mural do Movimento Partido do Norte.
«António Alves» in Facebook >> Teresa Canavarro, nem para Lisboa o sistema é bom. Aquele povo da suburbia lisboeta que vive metido em barcos, comboios e autoestradas a abarrotar tem tudo menos uma vida boa. São os escravos que a troco de algumas benesses justificam as elites que beneficiam do sistema.
«Teresa Canavarro» in Facebook >> Quanto à abstenção sugerida pelo Dr. Miguel Cadilhe, já fazia parte da minha intenção de voto! Como dizia George Orwell "Todos os animais são iguais, mas há uns mais iguais do que outros! Como sabe, porque andamos no meio canino, parece-me que há um excesso de consanguinidade, na classe política de hoje! Não vejo como mudar isso mas se juntarmos algumas cabeças, talvez cheguemos a criar uma outra raça melhor!Abraço daqui do Douro. Pode publicar David! Obrigada pela sua coragem e frontalidade, hoje em dia, tão raras!
«Teresa Canavarro» in Facebook >> Caro David! Ainda fiquei a pensar nisto! Lá vou eu ter que gostar do Movimento Partido do Norte! Mas deixe-me que lhe diga que não entro em provincianismos bacocos de guerras Norte versus Sul, pois somos um país demasiado pequeno para não nos entendermos. O Porto tem que se deixar disso e assumir-se como diferente, único e capaz de ser uma cidade que apoie o Norte, como referência para todos nós que aqui vivemos. Lisboa será sempre, provavelmente, a Capital, será sempre mais clara, porque calcária, com melhor clima porque menos Atlântica e isso não tem nada de mal. Mal é eu só poder avançar com certos projectos de vida com o acordo de Lisboa e acima de tudo perceber que há um desequilíbrio enorme, quanto à forma de tratamento de regiões que deviam ser todas tratadas da mesma forma, de acordo com as suas características. Eu ainda tenho dinheiro para me dar ao luxo de ir a Lisboa, mas a maior parte das pessoas, fica apenas sujeita a ficar aqui sem qualquer tipo de apoio digno e merecido para qualquer português. Lisboa é uma cidade linda, mas não será melhor do que o Porto nem do que outras cidades, quanto à essência. E o Porto já fez do melhor que este país tem e no que diz respeito à intelectualidade em todas as vertentes, nem se fala. O centralismo levou muita gente do Norte para Lisboa e é isso que devemos combater, em primeiro lugar! Como o fazer, saberão melhor o David e este movimento. Pode contar comigo! Lisboa será sempre, para mim, a minha cidade que me viu crescer e que adoro na sua luz branca, nas suas ruas e principalmente nos amigos que lá deixei, mas o Porto é a cidade na qual me devia apoiar! Mais Cinzenta, mais húmida, mas com uma magia genuína que é impossível não gostar! Vamos deixar-nos de deslumbres com Lisboa e explicar às pessoas o que o Porto e o Norte podem dar a este país!
«David Ribeiro» in Facebook >> Completamente de acordo com a Teresa. Nós no Movimento Partido do Norte não somos contra Lisboa, mas sim contra o centralismo do Terreiro do Paço e defendemos como objectivo principal a Regionalização, ou seja a dotação do Norte e das outras regiões do país da sua política regional. Comprovada que está a inocuidade do centralismo em matéria regional e, pior, a sua iniquidade, só a criação de regiões político-administrativas dotadas da autonomia regional correspondente às dinâmicas económico-sociais de cada uma, pode suprir esta necessidade absoluta, no sentido de cada região se tornar o pólo de desenvolvimento que o país necessita.
Cadilhe defende imposto extraordinário sobre a riqueza - Um ano de troika conduziu à degradação da situação financeira do sector privado, diz Miguel Cadilhe. A situação social abre brechas e pode agravar-se. (...) O antigo ministro das Finanças recomenda uma tribução excecional sobre riqueza ( "imposto one shot") destinada a abater a dívida pública, reconhece que a situação financeira do sector privado se degradou e receia uma explosão social. A situação económica "é mais ou menos a que se esperava, tendo em conta a política de severíssima austeridade que tinha de subverter objectivos e instrumentos de estabilização anticíclica", diz Cadilhe.
«César Laranjo» in Facebook >> Um governo de Direita, completamente neo-liberal!
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