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«Mario Ferreira Dos Reis» - O maior entrave da regionalização a Norte não são os votos dos Lisboetas mas a massiva desconfiança dos votantes que são do Norte mas não são do Porto. A haver sucesso regional só separando o Norte em 2 ou mesmo 3/4 regiões. O medo de ficar dependente do Porto é real. Onde mais se nota esse medo é sem Dúvida Trás os Montes e alto Douro que têm uma forte identificação separatista em relação ao Porto. Qualquer tentativa de aglomerar uma região com Trás os Montes e Porto vai ser falhada e contra produtiva!
«David Ribeiro» - Essa tacanhez anti-regionalista não é só de Trás-os-Montes, verifica-se também no Minho, e por si só justifica o atraso considerável a nível económico e social destas sub-regiões. Ainda lhes custa entender que uma cidade como o Porto terá que ser forçosamente o centro nevrálgico de uma futura Região Norte, independentemente do local onde se vierem a instalar os diferentes organismos do poder regional.
«Diamantino Hugo Pedro» - O grande Porto tem que ser uma região separada tal como a grande Lisboa.
«Raul Vaz Osorio» - Isso é tacanhez e mais um argumento falacioso inventado pelos centralistas. Nenhum verdadeiro regionalista quer criar no Porto uma nova Lisboa regional. Nenhum verdadeiro regionalista quer que o Porto seja mais do que o pólo econômico principal do Noroeste Peninsular. Os poderes executivo, legislativo e judicial regionais podem e devem ficar sediados noutros locais, ou numa única capital que, em minha opinião, seria Vila Real, ou então distribuídos à moda dos Açores, por 3 cidades diferentes, eu sugeriria então novamente Vila Real, Bragança e Viana do Castelo O eixo Aveiro-Porto-Braga já tem a predominância economica e demográfica e não precisa de mais nada. Nova Iorque, Chicago, Los Angeles, Milão, Genève ou Munique não precisam de ser capitais para serem cidades importantes. Ver as coisas dessa forma é não só de um provincianismo atavico, como acima de tudo, um erro trágico e um tiro no pé.
«Paulo Barros Vale» - Gosto de Guimarães! Uma coisa estou certo, o Porto não precisa nem deve ser capital administrativa da Regiao
«Raul Vaz Osorio» - Pensei em Guimarães, até pelas raízes históricas, mas acho que é parte integrante do tal eixo Aveiro-Porto-Braga é por isso chutei a coisa para Viana
«David Ribeiro» - Andarmos constantemente a discutir onde será a capital do Norte é "chutar para canto" a Regionalização. A futura e mais que desejada nova divisão administrativa é muito mais do que o local do Poder Regional.
«Mario Ferreira Dos Reis» - Pois eu concordo em parte, mas conheço bem demais a desconfiança que o interior Norte tem do Porto!
Um jornal do Norte... um jornal desinibido... ou será outra coisa?
Requiescat In Pace
Morreu ontem Maria Hermínia Paes, a dona do Palácio da Brejoeira, a escassos vinte e dois dias de completar 98 anos de idade. Vai seguramente haver grande disputa pela posse legal desta propriedade mítica do Alto Minho, pois ao que parece há várias e diferentes interpretações sobre quem são os herdeiros deste palácio. Um Amigo meu, José Tomaz Pereira de Mello Breyner, escreveu não há muito tempo: “Feliciano dos Anjos Pereira foi meu Avô, e viveu em união de facto com Maria Hermínia de Oliveira Paes durante 48 anos. Separou-se da minha avó antes de eu nascer, e juntou-se com a Maria Hermínia com quem viveu até morrer. Aquando da falência do Pai desta, Francisco de Oliveira Paes, foi meu Avô que vendeu uma propriedade que tinha em Almada, a Quinta do Brasileiro, para ir resgatar o Palácio da Brejoeira à praça. Foi nessa altura, e uma vez que lá tinha colocado o seu dinheiro, que o meu Avô tomou a iniciativa de desmatar a propriedade, plantou 18 hectares de vinha (casta alvarinho) construiu uma adega e criou uma marca de sucesso. Neste momento o Palácio pertence à Maria Hermínia e aos herdeiros do meu Avô pois ele antes de morrer fez uma sociedade com sua companheira em que lhe doou 50% do Palácio da Brejoeira.”
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«Luiz Paiva» >> Oh, oh, abriu-se a caixa de pandora...
«Cristina Barosa Slotboom» >> O Palácio da Brejoeira é lindo de morrer.
NORTE – REGIÃO AGROPOLITANA
Ao longo da história, o território minhoto manteve-se muito semelhante. Atualmente, (classificação NUTS e censos 2011) agrupa a sub-região Minho-Lima com 2255 km2, 244.836 habitantes e dez concelhos; a sub-região Cávado com 1198 km2 e 410.149 habitantes em seis concelhos; a sub-região Ave com 1238 km2 e 511.737 habitantes em oito concelhos.
O Minho é uma região com enormes características de adaptação e sacrifício. É a região das pequenas e médias empresas que gloriosamente surpreende pela inovação industrial a procura de novos mercados dentro e fora da Europa, em zonas exóticas, adaptando os seus processos às mais avançadas tecnologias e à cooperação com as universidades locais. Foi a zona que aprendeu a arte da construção civil, que se impôs em todo o território nacional mas que agora assiste à queda estrondosa do setor na última década.
O Minho é, também, a terra da gente que não espera quando o horizonte é de estagnação. Desde 2009 emigra em massa, como já o fez antes para o Brasil, nos séculos XIX e XX. Os níveis de desemprego nos vales do Ave (têxteis),Cávado, Lima e Minho têm como efeito quase imediato um enorme êxodo para outras economias — europeias ou africanas (Angola), ou americanas (Venezuela, Colômbia, Equador) e até asiáticas.
Assim, como por toda a parte surgem casos de sucesso na indústria química, no calçado e no têxtil técnico, as quedas de população nos entornos de Braga, Guimarães e Viana do Castelo são verdadeiramente alarmantes. Não é de excluir a instabilidade social iminente com a continuação de desindustrialização em zonas mais tradicionais.
Recordemos que sendo uma região politicamente conservadora, também é verdade que a última guerra civil a que assistimos em Portugal foi iniciada na Póvoa de Lanhoso, bacia do Cávado, com uma revolta popular liderada por mulheres. A revolta da Maria da Fonte e a Patuleia que a continuou só terminaram com a intervenção de tropas estrangeiras.
Integrando-se no chamado noroeste peninsular de Portugal, o Minho que em tempos idos continha uma parcela esmagadora da população portuguesa, é também uma zona completamente prendada por vastos recursos hídricos, que escasseiam em todo o país, enorme potencial hidroelétrico, enormes recursos humanos de artes e ofícios e uma rede de navegação interior muito densa em quase todos os seus rios.
A articulação do litoral com o hinterland assume um desenvolvimento muito intenso das atividades económicas. Os portos de pesca são também dos mais importantes do país com Caminha, Viana do Castelo e Esposende em destaque.
O património cultural é riquíssimo tanto na arte sacra e nos conventos como na arquitetura civil dos solares, da arquitetura popular tradicional, arquitetura castrense e edifícios do Estado. Infelizmente, assistimos nos últimos anos a uma degradação muito relevante da paisagem rural e urbana em toda a região, fruto de um licenciamento urbanístico sem o controlo apropriado a uma região tão rica do ponto de vista do espaço rural de génese milenar.
O Minho estancou numa encruzilhada. Enriquecido por uma rede de autoestradas e vias rápidas, encontra-se numa situação de algum isolamento relativamente aos seus mercados de destino. A rede ferroviária tradicional de penetração na Europa, a linha do Douro através da Trofa foi cortada. A saída pela Galiza é impraticável em boas condições. O planeamento das linhas férreas de ligação à rede nacional para Guimarães e Braga não foram pensadas numa perspetiva estratégica de longo prazo e são um beco sem saída. O acesso a Leixões e ao aeroporto também é deficiente. Por último, desde que as SCUT, rede de autoestradas sem portagem, foram portajadas assistiu–se a uma monumental perda de procura.
Será de extrema importância dos gabinetes de planeamento central a ligação da rede minhota ferroviária à futura ligação de Aveiro a Salamanca e à rede francesa sob normalização plena europeia e eletrificada.
Numa altura em que bem se assinalou a importância da economia do mar, Viana do Castelo está à beira de perder a capacidade técnica dos seus estaleiros que há vinte anos atrás estavam no cume da excelência mundial. A perda de competitidade tem sido atribuída a falta de ligação efetiva com a universidade na formação de altos e médios quadros técnicos, deixando morrer as antigas gerações que tanto saber acumulado foram conservando.
Contrariamente a outros setores exportadores de maior relevo na balança comercial, como o ramo automóvel ou o petroquímico, as pequenas e médias empresas do Minho têm uma enorme incorporação de valor acrescentado nacional, com especial destaque para as industrias têxteis, de malhas e de confeção de grande qualidade, de calçado, empresas químicas, metalomecânicas e de reparação naval.
Apesar de votado à falta de sensibilidade dos gabinetes centrais e do problema essencial de falta de crédito e liquidez para as pequenas e médias empresas, o dinamismo do Minho tem todas as condições para retomar o crescimento económico e a repovoação.
TRÁS-OS-MONTES E DOURO – REGIÃO AGROPOLITANA
Alto Trás-os-Montes é uma sub-região estatística portuguesa, parte da Região Norte. Limita a norte e a leste com a Espanha, a sul com o Douro e a oeste com o Tâmega, o Ave e o Cávado. Ocupa uma área total de 8171,6 km2. Em 2011, tinha 204 381 habitantes e catorze concelhos.
O Douro é uma sub-região estatística portuguesa, parte da Região Norte. Limita a norte com o Alto Trás-os-Montes, a leste com a Espanha, a sul com a Beira Interior Norte e o Dão-Lafões e a oeste com o Tâmega. Tem uma área de 4112 km2 e uma população de 205.902 habitantes em 2011 e dezanove concelhos.
Antigo enclave dos nossas origens no Reino de Leão de que herdámos a nossa única língua regional, que é o mirandês, integrando os Distritos de Vila Real, Bragança e grande parte do Alto Douro e Douro internacional, Trás-os-Montes é uma das zonas com mais carisma identitário do país, historicamente reconhecida como alfobre dos nossos mais bravos soldados e a mais conhecida gastronomia.
Depois de terem desaparecido grandes proprietários ilustres, como Guerra Junqueiro, José Beça, Sarmento Rodrigues, Cavaleiro Ferreira e Camilo Mendonça, a região perdeu a força de representação política que encontrava em Lisboa. Sendo uma região setentrional, recusa ma coordenação territorial por parte da cidade do Porto e da chamada Região Norte, havendo inclusivamente recriminações de «colonialismo» a respeito da questão dos vinhos do Douro e produtos mediterrânicos.
Trás-os-Montes atravessa um momento de profunda crise demográfica, embora contrariada por evidentes sinais de relançamento económico. A população cai a cada censo. Contudo, os seus campos e vales mais dotados renovam permanentemente as culturas do nosso melhor vinho, melhores culturas mediterrânicas. A produção de vinhos de altíssima qualidade e de muito boa relação de qualidade-preço, que aumenta a um ritmo impressionante e evidencia também cada ano que passa um importante ritmo de exportações em mercados longínquos e emergentes.
A navegabilidade do Douro encontra grande recetividade nas atividades turísticas e as novas plantações de vinha, amendoeira, oliveira e fruta no Alto Douro estão a transformar a paisagem de forma impressionante me extensiva. Já é notória a atração de trabalhadores do terceiro mundo para essas duras atividades. É expectável que a médio prazo, devido a alguma desilusão com o litoral, Trás-os-Montes venha a ser motivo de atracão para novos habitantes.
A atual rede de autoestradas transmontanas atravessa uma fase de impasse financeiro que atrasa o desenvolvimento, dado tratar-se da região com mais difícil acessibilidade.
Trás-os-Montes agrupa o maior centro da produção hídrica nacional e uma alta densidade de aproveitamentos hidrolétricos. Contudo, debate-se com falta de água em período de estio e tem dificuldade em pagar as faturas energéticas domésticas.
Sendo a região portuguesa mais próxima da Europa, foi ao longo das ultimas três décadas da III República amputada da grande linha ferroviária do vale do Douro, cortada no Pocinho, e recentemente das linhas do Corgo, Sabor e Tua. A construção das barragens do Tua e do Sabor e do sistema do Baixo Tâmega levantam grande celeuma entre os trasmontanos. Bragança pode mesmo vir a ser, num futuro muito próximo, a primeira cidade portuguesa a estar ligada à rede de Alta Velocidade Espanhola, que está a menos de 30 km de distância.
A expectável reativação das minas de ferro de Moncorvo e de ouro de Jales irá provocar nova discussão pública sobre a temática das linhas regionais ferroviárias do Sabor e do Corgo e como se equacionam o reavivar das minas de ouro e de ferro que os romanos tão intensamente exploravam já em tempos longínquos. Este facto decerto que inverterá a crise demográfica.
(Guerra Peninsular - Portugal, Torre do Tombo, documento de proveniência desconhecida)
De 1808 a 1811 a vida económica portuguesa foi gravemente perturbada pelas campanhas da Guerra Peninsular. Uma boa parte do território português esteve ocupada por estrangeiros que a não pouparam. Inimigos e aliados, franceses e ingleses, todos esgotaram os recursos das regiões que atravessaram e, como se ainda fosse pouco, às requisições das tropas somavam-se as destruições sistemáticas destinadas a dificultar o avanço do inimigo. Expulsas de Portugal as tropas francesas, as povoações e os campos viram regressar os seus moradores, mas muitos deles voltavam na miséria, sem possibilidades de tornarem a cultivar as suas terras e de remediarem os estragos que a guerra fizera. A acção governativa empenhou-se em combater os males a que estava sujeita a agricultura, a principal vítima da guerra, e esses cuidados consistiram em prover de sementes os lavradores que tinham interrompido o cultivo das terras, fornecendo-lhes também as ferramentas de que careciam. Foi essencialmente na Estremadura e nas Beiras que estas providências vieram ajudar as populações, não havendo registo de qualquer tipo de apoio aos lavradores do Minho, Trás-os-Montes e Douro, gente que também foi altamente prejudicada com as Invasões Francesas.
«Graça Cavadas» no Facbook >> Obrigada por estas lições!
«Diamantino Pedro» no Facebook >> Bons temos em que se apoiava a agricultura em tempos de desgraça com sementes e material. Hoje, quando existe alguma catástrofe, abrem-se linhas de crédito com o objectivo de escravizar, quem necessita de ajuda, ao Juro !
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