Não, não é assim... Seria muito mais correto dizermos: "A única forma de travar a Rússia é chegar à paz".
Cláudio Pereira - David Ribeiro tal e qual, haja alguém com bom senso.
Leopoldo Delgado - David Ribeiro e como é que se consegue isso se ainda ontem o Peskov disse que não vão devolver os 4 territórios anexados de um estado soberano. Diga lá
David Ribeiro - Tudo isso, meu caro Leopoldo Delgado, só poderá ser resolvido à mesa de negociações.
Leopoldo Delgado - David Ribeiro Putin não negoceia, já ouviu ele a comentar alguma coisa do plano chinês. As negociações a Putin é do gênero tem que ser assim como eu quero. Ela tem histórico fala por ele
David Ribeiro - Leopoldo Delgado, todos sabemos quem é Putin e também não se sabe ainda o que o Kremlin está disposto a negociar, mas que neste conflito já se negociou, e bem, um acordo importantíssimo para a exportação de cereais, ninguém o pode negar.
Leopoldo Delgado - David Ribeiro isso foi graças ao Guterres e porquê também é do interesse da Rússia
Carlos Bispo - David Ribeiro, é uma excelente mensagem a passar aos nossos filhos. Se invadiram a tua casa e te expulsarem de lá, se esse alguém for maior do que tu, vai negociar com eles para ficares com alguma coisa. E se conseguires, dá -te por contente.
David Ribeiro - Caro Carlos Bispo... a sua analogia não tem sentido, porque se invadirem a nossa casa o que devemos fazer é chamar a polícia e não ir pedir armas ao vizinho para desatar aos tiros aos ocupantes.
Carlos Bispo - David Ribeiro, então e quem é a polícia da Ucrânia??? Não tem direito a defender-se?
David Ribeiro - O Carlos Bispo seguramente que sabe o que se viveu no leste da Ucrânia desde 2014 até à invasão das tropas de Putin. E a "polícia" para estes casos é o Conselho de Segurança da ONU, que, diga-se de passagem, já deveria ter sido remodelado há muito.
Leopoldo Delgado - David Ribeiro sem dúvida
Carlos Bispo - David Ribeiro , sabe muito bem que Putin nunca aceitará nada, a não ser a anexação total da Ucrânia. A ONU, ou aceita ou não aceita. E se não aceitar, vai ter de ativamente entrar no conflito. Não é a armar os Ucranianos e a adiar o inevitável.
José Franco - David Ribeiro chegar á paz? A Rússia se tirar partido do que fez na Ucrânia nunca mais pára. Em que mundo você vive?
Rui Paredes - David Ribeiro muito bem .... E como se chega à paz com alguém que não hesitou um segundo em invadir e destruir o país vizinho?
David Ribeiro - Meus caros José Franco e Rui Paredes... só se chega à PAZ (mesmo que esta seja periclitante) em negociações e nunca com "tiros, bombas e murros nas trombas".
Rui Paredes - David Ribeiro isso é muito discutível, pois depende muito de quem está do outro lado. Ditam as leis da guerra que antes de um ataque deve ser feito um ultimatum com condições para evitar o ataque. Isso não aconteceu, no caso da Rússia. Não foi feito qualquer aviso nem impostas condições, o que demonstra que não havia nada que a Ucrânia pudesse oferecer em troco de paz, a não ser o próprio país e os territórios desejados pelo adversário.
Carlos Rodriguez - Camarada David Ribeiro a paz seria com o sacrifício da Ucrânia, isto é a oferta de território para contentar o agressor.
Fernando Hugo Jose - David Ribeiro correcto pessoa que tèm Rasusinio
Albertino Amaral - Como se dirá Paz em russo????? Será que eles conhecem o termo?
João Pedro Baltazar Lázaro - Se para alcançar a paz a Ucrânia tiver de ceder ainda mais territórios, então a Rússia estará a estabelecer um perigoso precedente para outros países que queiram, no século XXI, expandir o seu território. Aqui está uma lista de barris de pólvora à espera de uma oportunidade para explodirem. "Just saying". List of territorial disputes
Jorge Lira - Vocês andam todos a ver mal. O problema não é a Rússia, é Putin. Não se chega a paz com Putin, como com Hitler. A única forma de fazer a paz com tipos dessa estirpe é derrotar os mesmos. Não há outra solução. O resto, ceder, é adiar o problema e dar mais força ao inimigo.
Antony Blinken, secretário de estado norte-americano reforçou que se Putin estivesse disposto a “esforços diplomáticos concretos“ os EUA eram “os primeiros a trabalhar nesse sentido“.
Moçambique defende a paz na Ucrânia, “como todo o mundo”, mas privilegia como caminho para lá chegar uma “pressão positiva”, considerando infrutíferas resoluções a condenar a Rússia, disse esta terça-feira [28fev2023] em Bruxelas a chefe da diplomacia moçambicana. Em declarações à Lusa e RTP após ter dirigido os trabalhos de uma reunião extraordinária dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e Timor-Leste (PALOP-TL) com a União Europeia, Verónica Macamo, que durante a sua intervenção no encontro lamentou a “destruição da Ucrânia” e a “violência sem dó nem piedade”, rejeitou qualquer contradição entre as palavras e ações, quando confrontada com as sucessivas abstenções de Moçambique nas resoluções da Assembleia-Geral das Nações Unidas a condenar a agressão militar russa. “Não, não há contradição, porque estamos como todo o mundo está”, em defesa da paz, e “o problema são os caminhos” para a alcançar, disse, apontando que “Moçambique acha que é importante” que seja exercida “uma pressão positiva para que a Ucrânia e a Rússia se sentem à mesa para ultrapassar o problema”, pois todos os conflitos só terminam na mesa de negociações.
Eduardo Miranda - Quanto tempo levou esta gente a reconciliar-se com a Renamo? Que regime criaram? Onde colocaram os interesses superiores do Povo? Como é possivel negociar com um psicopata com ambições territoriais e imperialistas?
Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, acusou hoje [2mar2023] o Ocidente de “destruir descaradamente” o acordo para a exportação de cereais no Mar Negro, que permite a exportação de produtos agrícolas ucranianos, nota a agência russa RIA Novosti. Segundo o ministro, o Ocidente não estará a ter suficientemente em conta os interesses dos agricultores russos no âmbito do acordo, alcançado inicialmente em julho de 2022. Como nota o “The Guardian”, uma das razões citadas por Lavrov prende-se nas exportações russas de fertilizante, que continuam a ser limitadas pelas sanções ocidentais. O acordo, mediado pela Turquia, terá que ser renovado este mês, sendo necessária a aprovação da Rússia e Ucrânia. Kiev, por sua vez, já manifestou interesse em estendê-lo por mais um ano.
A China juntou-se à Rússia esta quinta-feira na recusa ao texto final da reunião do G20 na Índia, rejeitando os pedidos de retirada das forças russas da Ucrânia que constam do documento. Os dois países foram os únicos membros do G20 a não querer assinar a declaração que exige “a retirada completa e incondicional da Rússia do território da Ucrânia”.
Gilberto Santos - Deixaram-se finalmente do "nim". Precisam da Rússia quando fizerem o mesmo a Taiwan...
Carlos Miguel Sousa - «Retirada completa e incondicional», seria a morte de Putin. Face aos acontecimentos, é uma declaração no minimo, irresponsável, para não dizer naif & infantil. Estando a China empenhada em procurar uma saída para a PAZ, que sabemos todos jamais poderá passar pela derrota pura e simples da Rússia, á natural que não comprometesse esse objetivo assinando uma «brincadeira» destas.
Fernando Duarte - E os outros que assinaram, vão fazer o quê contra estes dois?
A delegação da Ucrânia presente na Conferência da ONU sobre Desarmamento assegurou hoje que o país continuará a lutar contra “a agressão genocida russa” porque “não tem outra alternativa”, frisando ainda que “não aceitará a paz a qualquer preço”. “Não aceitaremos algo que mantenha os nossos territórios ocupados e o nosso povo à mercê do agressor”, assegurou a embaixadora ucraniana na ONU em Genebra, Eugenia Filipenko, no decurso da Conferência sobre Desarmamento que decorre esta semana na cidade suíça e que hoje também contou com a intervenção do vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Riabkov. As declarações de Filipenko surgem num momento em que diversos países, com destaque para a China, avançaram com propostas para pôr termo ao conflito.
Jorge Veiga - além de ofensivo é idiota, tentando fazer os outros passar por parvos.
David Ribeiro - Se derem uma vista de olhos por alguns jornais de referência nos EUA -The New York Times, Observer ou Daily News - verão muitas das opiniões propaladas por este Major-general português. A "informação" cá pela Europa anda pelas horas da desgraça, muito ao estilo José Milhazes e Nuno Rogeiro.
Jorge Veiga - David Ribeiro diga-me só uma coisa: Quem foi que invadiu quem?
David Ribeiro - Jorge Veiga, não é isso que está em causa... o que estamos a "permitir" é que a comunicação social deturpe o dia-a-dia da invasão russa da Ucrânia e nos tente "convencer" que mais armas para o Governo de Zelensky será a solução, quando esta só poderá passar por negociações de paz.
Carla Afonso Leitão - David Ribeiro, o estilo pode ser discutível, os factos não.
David Ribeiro - Exatamente, Carla Afonso Leitão... e os factos raramente são aquilo que gostaríamos que acontecesse.
Jorge Veiga - David Ribeiro conversação de paz em que termos? Nos da Rússia ou nos da Ucránia. Como tiveram comportamentos diferentes, gostaria de saber como se podem sentar à mesa e a negociar como e o quê.
David Ribeiro - Jorge Veiga, as conversações para a paz são o que ambos conseguirem à mesa das negociações. Tudo o que Putin e Zelensky dizem agora não passa de "bitaites". E terá que ser forçosamente a uma mesa de negociações que acabarão os confrontos. É mais fácil as tropas do Kremlin (ou os mercenários ao seu serviço) derrotarem os ucranianos do que estes retirarem Putin do poder.
Jorge Veiga - David Ribeiro negociar com Putin é o mesmo que negociar com o diabo.
David Ribeiro - E qual é a solução, Jorge Veiga?... Continuar aos tiros, bombas e murros nas trombas?
Jorge Veiga - David Ribeiro Não me parece que as tropas do Putin estejam a ganhar muito no terreno. Pode ser que o número de mortos comece a impor bom senso no Kremelin.
David Ribeiro - Isso é o que todos gostaríamos que acontecesse, Jorge Veiga, mas não é a realidade. A popularidade de Putin só está "abalada" numa pequena parte da população das grandes cidades (Moscovo, São Petersburgo e pouco mais), gente mais esclarecida. Mas a Rússia é enorme e os senhores do Kremlin são o garante para muitíssima gente de pão na mesa.
Jorge Veiga - David Ribeiro ...e nas terriolas pequenas e afastadas de Moscovo, foi onde arrebanhou os desgraçados mobilizados à força e que são a carne para canhão...Lá devem sentir a força de Putin na quantidade de mortos dos filhos da terra.
David Ribeiro - Mas afinal, Jorge Veiga, qual é o número de mortos nas fileiras russas que tens como verdadeiros? É que de tantos mortos se tem ouvido que apesar de eu estar convencido que são demasiados, a verdade é que não sei quantos foram. O mesmo digo para os mortos do lado ucraniano. E olha que consulto os dois lados da barricada praticamente todos os dias.
Carla Afonso Leitão - David Ribeiro, qual a solução? Visitar a história e aprender com os melhores. Deixo Um. WE SHALL NEVER SURRENDER speech by Winston Churchill (We Shall Fight on the Beaches)
David Ribeiro - Carla Afonso Leitão, olha que os russos, nessa guerra, também foram um dos melhores.
Carla Afonso Leitão - David, vejo-os como uma metáfora do 25 de Abril, derrotam o mal para fazer vingar outro, Estaline tem mais mortos no armário.
David Ribeiro - Ó minha querida amiga Carla Afonso Leitão... essa comparação com o 25 de Abril é de um reacionarismo de bradar aos céus.
Carla Afonso Leitão - Não meu caro, é pura constatação de factos. Rosa Coutinho e companhia não são invenção minha e tenho memória. Reacionarismo é o revisionismo histórico.
David Ribeiro - Sem dúvida, Carla Afonso Leitão, que não fazemos a mesma leitura do que foi o 25 de Abril, mesmo admitindo eu que houve quem fizesse asneiras.
Carla Afonso Leitão - Não temos e não temos a mesma vivência da história. Não há mal nenhum, a não ser o que poderia ser o da catalogação por efeito de cliché. Tenho memória e não esqueço.
No norte de Moçambique qual será o próximo objetivo do Al-Shabab (A Juventude), organização filiada no Estado Islâmico?
15h56 de 24mar2021 - Google News
Grupos armados atacaram nesta quarta-feira a cidade de Palma, no norte de Moçambique, o centro urbano mais próximo de empreendimentos do setor de gás no país, avaliados em cerca de 51 mil milhões de euros. Segundo a agência Reuters, duas fontes confirmaram os ataques, que estão acontecendo a uma distância cada vez menor dos empreendimentos, que já tiveram que ser paralisados por problemas de segurança. A cidade de Palma está situada a menos de 25 quilômetros de um campo de construção de empreendimentos de gás liderados por grandes empresas petrolíferas, como a francesa Total. O ataque aconteceu no mesmo dia em que a empresa francesa anunciou que retomaria gradualmente as obras no local, após suspendê-las devido aos ataques nas proximidades.
20h30 de 26mar2021 – Nuno Rogeiro no Facebook
Uma coluna de 23 veículos da ONU acaba de chegar a Pemba, incólume, vinda do Norte de Cabo Delgado, onde recolheu pessoal de vários programas de assistência em zonas atacadas. Quanto à vila-mártir de Palma, continuam intensos combates. A situação mais grave era no hotel Amarula: o recinto vinha sendo flagelado por fogo do Daesh, e o perímetro de segurança foi violado. Entretanto, a evacuação foi-se dando, discreta e com sucesso, embora haja um problema maior a lamentar (PS 2). A propósito da ONU: uma iniciativa urgente sobre o que se passa era necessária. Para ontem.
PS- Ministérios da Defesa Nacional de Portugal e Moçambique e Primeiro Ministro português estiveram em teleconferência
PS2- Desde as 14.00 de Lisboa que circulam muitos relatos sobre o destino das pessoas que decidiram sair do Hotel Amarula. Há pelo menos três grupos distintos. Podemos confirmar, para já, infelizmente, cinco mortos, todos moçambicanos.
PS3- Ofensiva militar em curso, ou para muito breve. Esperemos que com resultados.
PS4- Não se confirma o boato da tomada de navios reféns pelo bando atacante.
11h20 de 27mar2021 - LUSA
Acaba de ser noticiado pela LUSA que um português ficou gravemente ferido numa operação de resgate de Palma, vila sob ataque de rebeldes armados desde quarta-feira, junto aos projetos de gás natural de Cabo Delgado, norte de Moçambique. O ferido está a caminho de Pemba, capital provincial de Cabo Delgado, 250 quilómetros a sul, por via aérea, a partir do aeródromo do recinto do projeto de gás natural, na península de Afungi, para onde foi resgatado juntamente com outras pessoas.
18h00 de 27mar2021 - Expresso
"A situação neste momento é crítica em Palma. Estamos sob ataque desde ontem, quando eles começaram a atacar pessoas com catanas, a partir das 15h foi ataque armado, já estamos há 24 horas sob fogo cruzado. Não sabemos como a gente vai sair daqui. Não sabemos se vamos chegar ao mar, se vamos ser evacuados, quando, a que horas, como e por quem”. O relato é de um dos cidadãos que se refugiaram no hotel Amarula Lodge, em Palma, na província moçambicana de Cabo Delgado. “Os helicópteros estão a sobrevoar a zona do Amarula Hotel para terem a certeza de que a estrada está livre para a gente tentar chegar até à praia para apanhar um batelão, mas conforme estão a ouvir não sabemos se será possível. A situação está crítica. Não temos comida, só temos água. Então… seja o que Deus quiser, seja o que Deus quiser”, relata o cidadão retido no hotel, cuja identidade o Expresso não conseguiu apurar.
O projeto Mozambique LNG, liderado pela Total, é um dos maiores investimentos em curso em Moçambique, envolvendo várias outras empresas, como a japonesa Mitsui, a tailandesa PTTEP (dona da portuguesa Partex, comprada à Fundação Calouste Gulbenkian), entre outras empresas. Paralelamente, também na região Norte de Moçambique, em Cabo Delgado, um outro consórcio, a portuguesa Galp integra com uma participação de 10% o projeto da Área 4, para a produção de gás natural no offshore moçambicano. Este consórcio é liderado pela ExxonMobil e Eni, contando ainda com participações da chinesa CNPC, da coreana Kogas e da moçambicana ENH.
10h58 de 28mar2021 - Miguel Prado, jornalista do Expresso
“Estamos a trabalhar em Palma há sete anos. A insegurança começou há três anos. A partir daí nunca ninguém dormiu descansado”, conta ao Expresso António Silva, um empresário natural da região de Pombal que há vários anos se instalou em Pemba, mais de 400 quilómetros a sul da região onde na quarta-feira um grupo rebelde se instalou e deixou um rasto de sangue e destruição, levando ao resgate de centenas de pessoas por barco e via aérea. .../... acrescenta, “a verdade nunca se vai saber”. Conta-nos que “os ataques começaram com catanas e quando os militares reagiram começou a haver troca de tiros”. Dos contactos que teve, indica que “há muitas mortes, mas ninguém sabe quem é que são”. “Houve gente decapitada”, aponta o empresário que o Expresso ouviu por telefone na manhã deste domingo. A empresa de António Silva, a ZAT, dedica-se à construção e logística, e tinha mais de três dezenas de funcionários em Palma na altura dos ataques, que começaram na quarta-feira. O empresário conseguiu resgatar todos os seus funcionários, 32 moçambicanos e três portugueses. A maior parte foram transportados para Pemba de barco e alguns por avião. .../... Segundo António Silva, na altura dos ataques haveria cerca de 15 portugueses em Palma, entre os mais de mil expatriados que aí estavam a trabalhar em vários negócios. Aquela vila tem atraído diversas empresas e prestadores de serviços, muitos deles ancorados no projeto de produção e liquefação de gás natural. .../... várias empresas portuguesas estão presentes em Palma, como as construtoras Mota-Engil e Gabriel Couto.
18h40 de 28mar - Nuno Rogeiro no Facebook
Deslocados da zona de violência em Cabo Delgado chegam a Pemba. São perto de mil e quinhentos e estão agora sob vigilância apertada, pois há um grande receio que sejam falsos deslocados, espiões ou sabotadores. Uma grande insegurança mantem-se no Norte de Moçambique.
19h55 de 28mar - LUSA
O português ferido nos ataques de grupos armados à vila de Palma, Moçambique, foi transferido para Joanesburgo, na África do Sul, para tratamento médico, confirmou este domingo à agência Lusa fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros. O gabinete de Augusto Santos Silva fez saber ainda que vai continuar "a acompanhar" a situação, sem adiantar para já outros pormenores. O Presidente da República já tinha aludido este domingo à retirada do português para a cidade sul-africana, numa nota a propósito de uma conversa que manteve com a mulher do ferido.
01h46 de 29mar2021 - JN/The Guardian
Pelo menos 60 pessoas, na maioria estrangeiros, estão desaparecidas desde que os militantes islamitas atacaram uma coluna de viaturas civis que fugia dos confrontos armados em Palma. Governo confirma dezenas de mortos. Segundo as gravações das Forças de Segurança (FDS), a que o jornal britânico "The Guardian" teve acesso, e que descrevem o que aconteceu após o ataque a Palma, apenas sete dos 17 veículos da coluna que fugiu da cidade, conseguiram chegar a uma zona segura na sexta-feira. Todos os que viajavam nos outros veículos estão presumivelmente mortos, diz aquele jornal britânico. Não foi possível perceber, ainda, se estas eventuais vítimas mortais estão incluídas entre as dezenas de mortos confirmados, este domingo, pelo Ministério da Defesa moçambicano.
15h35 de 29mar2021 - JN
O movimento terrorista Estado Islâmico reivindicou esta segunda-feira o controlo da vila de Palma, no extremo norte de Moçambique, que foi atacada na quarta-feira passada. A agência oficial do grupo terrorista, a Amaq, divulgou imagens da vila e reivindicou a ocupação do capital do distrito, junto à fronteira com a Tanzânia.
21h15 de 29mar2021 . Expresso
O Governo português vai enviar cerca de 60 militares para reforçar a ajuda na formação das forças especiais moçambicanas. “Está em planeamento o reforço da cooperação técnico-militar bilateral com Moçambique, no quadro do qual cerca de 60 militares portugueses vão contribuir para a formação de forças especiais moçambicanas”, pode ler-se na resposta enviada ao Expresso. “No quadro da União Europeia, na sequência da missão política realizada em janeiro passado e liderada pelo MNE português, decorrem os trabalhos de preparação do incremento da cooperação europeia na dimensão da segurança, possivelmente através quer de apoio em equipamento, quer de apoio em formação”, acrescenta ainda.
07h50 de 30mar2021 - Jornal de Angola
O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, reuniu-se sábado à noite, de emergência, com altos responsáveis da Defesa devido ao ataque no Norte de Moçambique que resultou na ocupação da cidade de Palma e na morte de, pelo menos, um sul-africano, além de vários desaparecidos, noticiou a televisão estatal, que admite a hipótese de uma intervenção militar caso ela seja solicitada pelas autoridades de Maputo.
8h36 de 30mar2021- TSF
Palma é neste momento uma vila isolada e deserta, de onde até os gritos de desespero demoram a fazer-se ouvir. A comunicação está cortada, mas os focos de fumo, espalhados pelo território, comunicam a devastação. A vila no Norte de Moçambique foi esta manhã sobrevoada pela investigadora Zenaida Machado, responsável da organização Human Rights Watch nos territórios de Angola e Moçambique, e é esta a paisagem que descreve, em entrevista à TSF. "Alguns jornalistas tiveram oportunidade de sobrevoar Palma e contam-nos que a cidade está completamente deserta", começa por dizer a representante do grupo ativista, que dá ainda conta de "focos esporádicos de tiros, que provavelmente são dos grupos armados a tentarem afugentar os soldados, ou então dos soldados a repelirem-nos".
15h56 de 30mar2021 - JN
Centenas de pessoas estão a chegar a Pemba, fugidos do horror dos ataques a Palma. Os sobreviventes, que chegam a pé, por mar e também por via aérea, dizem que "morreu muita gente" devido à ofensiva jiadista.
Diz-nos Marcelo Mosse, jornalista e escritor moçambicano...
Detalhes do ataque à Palma: De como os terroristas ludibriaram as FDS para alcançarem o centro da vila
Ontem [24mar2021], para lograr entrar em Palma, os “insurgentes” usaram uma tática. Bloquearam o cruzamento de Pundanhar para impedir que as FDS se reforçassem com tropa instalada em Mueda e atacaram a aldeia de Manguna. Porquê Manguna? Porque daqui o único sentido de refúgio da população seria correr em debandada para Palma. Desde há uns meses que Palma é quase que uma vila e sitiada – e só entra lá quem tenha consigo uma espécie de “guia de marcha”. Com tiros no ar e gente em fuga, esses procedimentos são letra morta.
Foi justamente isso que aconteceu. Por volta das 16 horas, os atacados de Manguna estavam a chegar a Palma com suas trouxas. Era uma situação de emergência. Devido ao ataque, as FSD foram mobilizadas para Manguna, deixando Palma de portas abertas e com proteção diminuída. Os terroristas tinham-se infiltrado no seio dos fugitivos de Manguna, entrando também em Palma com suas mochilas armadas. Dentro de Palma, abriram as mochilas, sacaram das armas e desataram a atacar alvos militares e civis.
O centro dos combates localizou-se na zona da Igreja Católica. Desconhece-se ainda a magnitude dos danos e perdas humanas e de um propalado ataque ao balcão do BCI. Ontem [24mar2021], por volta das 16 horas, a rede da Vodacom foi cortada. Tudo feito milimetricamente. Houve disparos contra a uma avioneta que descia para o aeródromo local.
Hoje [25mar2021], por volta das 10 horas da manhã, quem estivesse refugiado no principal hotel da cidade (que possui um heliporto) podia ouvir tiros dispersos. Estima-se que pouco mais de 100 terroristas estiveram envolvidos neste ataque, cujas características mostram que foi planeado com muita antecedência e... inteligência militar.
Os mercenários da DAG foram envolvidos nos combates, lançando bombas contra os terroristas. Hoje [25mar2021], um helicóptero da DAG, de 6 lugares, começou a evacuar as cerca de 200 pessoas que receberam a guarda do referido hotel para o acampamento da Total em Afungi. São os expatriados quem tem acesso aos voos, mas também moçambicanos funcionários da banca. Esta tarde [25mar2021], o exército mandou reforços de Maputo para Palma, incluindo fuzileiros navais. "Carta" obteve estes detalhes de várias fontes.
O “Grupo Wagner” é uma empresa de segurança russa, com presença no continente africano, da Líbia ao Sudão, passando pela República Centro-Africana e Madagáscar, e agora também em Moçambique, onde combate as milícias armadas jihadistas em Cabo Delgado. A violência nesta região da nossa antiga colónia localizada na costa sudeste da África começou em outubro de 2017. Em três anos e meio já terão morrido mais de duas mil pessoas, há registos de 670 mil deslocados e importantes investimentos estão a ser condicionados pela violência.
Quando tiverem uns minutos livres dediquem-nos a uma profunda reflexão sobre os gravíssimos problemas que estão a viver os moçambicanos de Cabo Delgado. Felizmente a comunicação social portuguesa já tem publicada alguma matéria sobre este flagelo.
20h30 de 26mar2021 – Nuno Rogeiro no Facebook
ÚLTIMA HORA (EM ACTUALIZAÇÃO)
Uma coluna de 23 veículos da ONU acaba de chegar a Pemba, incólume, vinda do Norte de CD, onde recolheu pessoal de vários programas de assistência em zonas atacadas.
Quanto à vila-mártir de Palma, continuam intensos combates.
A situação mais grave era no hotel Amarula: o recinto vinha sendo flagelado por fogo do Daesh, e o perímetro de segurança foi violado. Entretanto, a evacuação foi-se dando, discreta e com sucesso, embora haja um problema maior a lamentar (ver PS2).
A propósito da ONU: uma iniciativa urgente sobre o que se passa era necessária. Para ontem.
PS- MDN's de Portugal e Moçambique e PM português estiveram em teleconferência
PS2- Desde as 14.00 de Lisboa que circulam muitos relatos sobre o destino das pessoas que decidiram sair do Hotel Amarula. Há pelo menos três grupos distintos. Podemos confirmar, para já, infelizmente, cinco mortos, todos moçambicanos.
PS3- Ofensiva militar em curso, ou para muito breve. Esperemos que com resultados.
PS4- Não se confirma o boato da tomada de navios reféns pelo bando atacante.
Não restam dúvidas que no norte de Moçambique são os recursos naturais que desencadearam o extremismo violento islâmico, mas não é só no norte da nossa antiga colónia do sudeste do Continente Africano. O Estado Islâmico esta a tentar voltar a conquistar o Sinai, no Egipto, aproveitando a facto do Governo local estar em crise pela pandemia provocada pelo vírus SARS-CoV-2 (Dados da WHO para o Egipto: Total de casos confirmados até 11jun - 38.284; Total de mortes - 13,6 por milhão de habitantes). Cabo Delgado, província moçambicana onde avança o maior investimento privado de África para exploração de gás natural, está sob ataque desde outubro de 2017 por homens armados, classificados desde o início do ano pelas autoridades moçambicanas e internacionais como uma ameaça terrorista. E cá pelo nosso cantinho à beira mar plantado até parece que nesta zona de Africa nada se passa, tal é o silêncio da nossa comunicação social.
Raquel Moleiro, no “Expresso Curto” de hoje
Morreu ontem no Hospital Pedro Hispano em Matosinhos o grande artista plástico e poeta Malangatana Valente Ngwenya, nascido em 6 de Junho de 1936 em Moçambique. Paz à sua alma.
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