Desde que as tropas de Putin invadiram a Ucrânia muito se tem falado em Armas Nucleares Táticas... sabem o que são?
Armas nucleares táticas ou armas nucleares de uso tático são armas nucleares de pequeno poder explosivo, geralmente na faixa de 0,5 a 5 kilotons, destinadas a alvos específicos, como tropas, agrupamentos de blindados, bases militares, grupos de navios ou porta-aviões. Geralmente seu uso tático é muito específico e envolve utilizar apenas uma das principais formas de energia libertada pela bomba: ou o poder de destruição e calor ou o pulso eletromagnético. Mesmo com poder explosivo reduzido estas armas têm efeito radioativo, o que sempre dificultou seu amplo emprego. O uso de armas nucleares táticas seria destinado principalmente para o emprego contra as forças armadas do adversário. Esta função seria de importância maior se as forças-alvo se encontrassem próximas às forças que estão lançando a bomba, já que isto impediria o uso de uma arma de grande poder destrutivo, que ao explodir, pudesse atingir também a força lançadora.
Luis Barata - Ahhh... então destas podem usar! Sem problema... É isso?... Ok! Siga! Francamente... Está a branquear o efeito das armas nucleares, a apoiar o Putín, ou quê!?...
David Ribeiro - A forma como o Luis Barata está a interpretar este meu post é ofensiva, mas vou considerar que fui eu que não fui suficientemente explícito ao tentar dar a conhecer o que é aquilo com que Putin está a ameaçar o Ocidente. As Armas Nucleares Táticas com que os déspotas do Kremlin nos estão a ameaçar são armas poderosíssimas, com potencial radiativo, mas não são as destruidoras de cidades, como por aí se diz.
David Ribeiro perfeitamente. É que convém também esclarecer as posições dos comentaristas. Morrer uma pessoa de um tiro, ou 10 de uma bomba fraquinha ou 100 cirurgicamente aniquilados por um qualquer mini obus atómico ou uma bomba atómica que arrasa uma metrópole é realmente diferente. Mas apenas na dimensão cataclistica, não na intenção. Essa permanece a mesma. Atroz.
Putin só utilizaria uma arma deste calibre, se território russo fosse atacado, continua e consecutivamente, com o propósito de chegar a Moscovo e derrubar o regime. De outra forma é só conversa de embalar. Ao contrário do que muitos pensam Putin, não é o pior que os russo lá têm e mete qualquer lider ociental no bolso do casaco. Qualquer um.
Vao passar dos pexibeques para os aneis de prata. Vejam lá se nao ficam sem os dedos !!!
JN de 24set2022 - Os maiores desastres nucleares da História
Kyshtym (1957) – Rússia - Após a Segunda Guerra Mundial, a União Soviética patrocinou uma série de programas para o desenvolvimento da insdústria atómica, para alcançar o poderio nuclear dos Estados Unidos. Na central de Mayak, a segurança foi negligenciada e esteve na origem da falha no sistema de refrigeração do compartimento de armazenamento de resíduos nucleares. A explosão libertou toneladas de material radioativo para a atmosfera. Cerca de 10 mil pessoas foram evacuadas.
Windscale (1957) – Reino Unido - Na corrida ao armamento nuclear verificada após a II Guerra Mundial, a Inglaterra também quis construir uma bomba atómica o mais rápido possível. Na mesma urgência, o Reino Unido registou o pior acidente nuclear da sua história, na cidade de Windsdale. A 10 de outubro de 1957, uma falha técnica incendiou um dos reatores da central, levando à libertação de materiais radioativos.
Three Mile Island (1979) – Estados Unidos - Em março de 1979, o colapso parcial de um reator da central nuclear de Three Mile Island, perto de Harrisburg, capital da Pensilvânia, causou o acidente nuclear mais grave da história dos Estados Unidos. Na altura, foi aberta uma válvula para aliviar a pressão do reator, mas o escape não voltou a fechar e causou o transbordo de água sobreaquecida e contaminada.
Chernobyl (1986) – Ucrânia (ex-URSS) - O desastre de Chernobyl ocorreu no reator 4 da central nuclear. As explosões libertaram na atmosfera um volume de partículas radioativas 400 vezes maior que o libertado pela bomba atómica lançada pelos EUA em Hiroshima, no Japão. Mais de 200 mil quilómetros quadrados foram contaminados. Milhares de ocorrências de cancro registadas na Ucrânia, na Bielorússia e na Rússia foram relacionadas com o desastre de 26 de abril de 1986.
Fukushima Daiichi (2011) – Japão - Em março de 2011, um terramoto devastador, seguido de tsunami, danificou a central nuclear japonesa, gerando um acidente de nível 7 na escala da AIEA, o segundo pior, atrás do de Chernobyl. As ondas gigantes destruíram o sistema de refrigeração e causaram o colapso de três reatores. O desastre provocou fugas radioativas e contaminação das águas. Obrigou à evacuação em massa de trabalhadores e moradores das regiões afetadas. Mais de 60 mil pessoas foram desalojadas.
E assim vai a visita dos inspetores da AIEA à Central Nuclear de Zaporizhzhia. Durante o dia de ontem pareceu haver descoordenação entre os decisores políticos que aceitaram esta visita e aquilo que se passa no terreno, não havendo confirmação por fontes independentes se os ataques a localidades próximas da central nuclear são de forças russas ou ucranianas. Importante, mas muito difícil ao que parece, era a desmilitarização da zona em torno desta central nuclear, a maior da Europa e a nona maior do mundo.
Ao fim do dia de ontem alguns elementos da equipa de inspeção da Agência Internacional de Energia Atómica deixaram a central nuclear de Zaporizhzhia, depois de terem passado várias horas no local, de acordo com a Reuters. Quatro dos nove veículos envolvidos na missão deixaram as instalações da central nuclear, segundo a agência de notícias russa Interfax. O líder do órgão de vigilância nuclear da ONU, Rafael Grossi, admitiu que a equipa conseguiu reunir "muitas" informações em poucas horas, tendo observado “elementos-chave” que era necessário ver. “Conseguimos, nessas poucas horas, reunir muita, muita informação. As principais coisas que eu precisava ver vi." Não foi especificado quantas pessoas permanecerão no local e por quanto tempo.
Inspetores da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) permanecerão na Central Nuclear de Zaporizhzhia para verificar os danos causados pelos repetidos bombardeamentos no complexo, disse o chefe da agência da ONU. A Ucrânia acusou a Rússia de bombardear Enerhodar (cidade satélite da central nuclear), bem como a rota acordada da equipa da ONU. Enquanto isso, o Ministério da Defesa da Rússia acusou “sabotadores” ucranianos de tentar capturar a central nuclear.
John Hendren, correspondente da Al Jazeera em Kiev, diz que a Rússia pode estar pronta para facilitar uma visita da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) à central nuclear de Zaporizhzhia, sendo isto um “passo em frente” perante o crescente alarme internacional sobre a possibilidade de um desastre na instalação. “O que aconteceu até agora é que nos últimos dois dias a instalação foi atingida duas vezes durante os combates entre as forças russas e ucranianas”, disse Hendren. "Rússia e Ucrânia culpam-se uma à outra pelos ataques, mas a preocupação da comunidade internacional é que esta é a maior instalação nuclear da Europa e um desastre seria um problema não apenas para a Ucrânia, mas para toda a Europa", acrescentou.
A Central Nuclear de Zaporizhzhia é a maior da Europa e está entre as 10 maiores centrais nucleares do mundo em capacidade instalada e em produção de energia. Está localizada na Ucrânia, próxima da cidade de Enerhodar. Tem 6 reatores de água pressurizada do tipo VVER-1000, cada qual gerando 950 MW, para um total de 5 700 MW de capacidade instalada. Os primeiros cinco reatores foram ligados entre 1985 e 1989, o sexto foi adicionado em 1995. A central produz quase metade da eletricidade do país derivada de energia nuclear e mais de um quinto da eletricidade gerada na Ucrânia. A Energoatom é a dona e operadora da central nuclear, os reatores foram fornecidos pela Atomstroyexport. (in Wikipédia)
O nuclear na Ucrânia
O Dia da Vitória ou 9 de Maio é um feriado ofical russo que marca a capitulação da Alemanha Nazi para a União Soviética na Segunda Guerra Mundial.
Neste mesmo dia - 9 de Maio - é também comemorado o Dia da Europa para festejar a paz e a unidade do continente europeu. A data assinala o aniversário da histórica «Declaração Schuman», que expôs a visão de Robert Schuman de uma nova forma de cooperação política na Europa, que tornaria impensável uma guerra entre os países europeus. Considera-se que a atual União Europeia teve início com a proposta de Robert Schuman.
Para comemorar o 77º aniversário da vitória no que a Rússia chama de Grande Guerra Patriótica, milhares de soldados marcharam pela Praça Vermelha em Moscovo nesta segunda-feira, seguidos por tanques, veículos blindados e lançadores de mísseis. Estava previsto a Praça Vermelha ser sobrevoada por 77 aeronaves, incluindo o raramente visto avião Il-80 Doomsday que é capaz de resistir a um ataque nuclear, mais oito caças MiG-29 formando a letra Z (símbolo da campanha militar da Rússia na Ucrânia), mas a compenente aérea do desfile do Dia da Vitória foi cancelada por causa da meteorologia, de acordo com o Kremlin. No terreno, a Rússia exibiu também seu hardware com capacidade nuclear, incluindo os mísseis nucleares intercontinentais Yars e os sistemas de mísseis balísticos de curto alcance Iskander.
Discurso de Vladimir Putin nas celebrações do Dia da Vitória
“Agora, nestes dias, vocês estão a lutar pelas nossas pessoas em Donbas, pela segurança da nossa pátria, a Rússia” (...) “Estão a lutar para que a memória da segunda guerra mundial não seja esquecida, vamos punir os nazis”.
“Dia 9 de maio de 1944 entrou na história como o Dia da Vitória do nosso povo unido. O nosso povo soviético unido. O Dia da Vitória é importante para cada um de nós. Na Rússia não há nenhuma família que não tenha sido atingida pela guerra”.
"Nós temos muito orgulho da geração dos vencedores. De sermos herdeiros dos vencedores. E o nosso dever é preservar a memória, para assegurar que os horrores da guerra não se vão repetir".
"A Rússia vai sempre apoiar a segurança" (...) "A NATO não queria ouvir a Rússia, porque tinham outros planos e estavam a preparar uma operação em Donbas contra o povo de Donbas" (...) "A NATO começou a explorar as nossas fronteiras e criaram uma ameaça para o nosso país".
Perante o que disse Vladimir Putin no seu discurso nas comemorações do “Dia da Vitória” - Hoje, as milícias do Donbass, juntamente com o exército russo, estão a lutar nas suas próprias terras. Agora dirijo-me às nossas tropas e milícias em Donbas: estão a lutar pela sua pátria, pelo seu futuro, para que ninguém esqueça as lições da Segunda Guerra Mundial, para que não haja espaço para os nazis – estou cada vez mais convencido que a "operação militar especial” se vai ficar pelo Donbas.
E porque não?... Mais vale prevenir do que remediar.
CNN Portugal - 23abr2022
Ordem dos Médicos apela à criação de task force para medicina de guerra (e esclarece a questão dos comprimidos de iodo)
Bastonário defende que esta nova task force tem de estar ligada à segurança nacional. Para Miguel Guimarães, trata-se de "um debate importante e que tem de ser feito no país". Há uma guerra em curso a centenas de quilómetros e ainda ninguém sabe se é uma guerra que ficará a essa distância ou se será uma guerra que terá a NATO - e consequentemente deixará de haver centenas de quilómetros a separar a paz dos atos bélicos. Mas há uma pergunta que se aplica a esta guerra ou a qualquer outra guerra futura: Portugal é capaz de prestar cuidados médicos a um elevado número de feridos num curto período de tempo? A pandemia da covid, para a qual ninguém estava preparado, deixou uma base nova - a famosa task force. A Ordem dos Médicos defende que essa aprendizagem, que esse mecanismo da task force, deve ser replicado - e já - para que o país seja capaz de responder devidamente às necessidades das vítimas de um conflito armado. "Não estamos preparados, temos de nos preparar", diz à CNN Portugal o bastonário da Ordem dos Médicos.
Logo nos primeiros dias da invasão russa à Ucrânia, a procura por comprimidos de iodo aumentou. Estas pílulas foram vistas por alguns como uma mais-valia para sobreviver a um ataque nuclear - mas será mesmo assim? Miguel Guimarães começa por explicar que "estamos a falar de comprimidos especiais de cloreto de iodo, cuja dose se faz para proteger a tiróide". O bastonário realça que a tiróide é um órgão que mais facilmente retém radiação e que isso pode levar a casos de hipotiroidismo nos casos de exposição. "Para evitar isso, toma-se os tais comprimidos de iodo, que são dois comprimidos doseados a 65 miligramas", explica, lembrando que tal não será suficiente perante um míssil nuclear. "Não é. Não se pode pensar 'como tomei os dois comprimidos, posso andar aí à vontade com a radiação toda no ar', não é assim", alerta o bastonário. O propósito deste tratamento é fazer com que o paciente seja capaz de "resistir mais tempo", impedindo que "a tiróide entre em colapso", porque se tal acontecer o organismo começa a falhar de forma global. Contudo, os dois comprimidos "não evitam os efeitos letais da radiação". "Numa guerra nuclear, a única proteção que as pessoas têm é ficarem fechadas em bunkers à prova de radiação, em abrigos atómicos" - como os que existem destinados a presidentes de alguns países do mundo.
Putin já tem as forças de dissuasão nuclear da Rússia em alerta
Em finais de fevereiro deste ano Putin ordenou que o ministro da Defesa e o chefe das Forças Armadas colocassem as forças de dissuasão nuclear num “regime especial de dever de combate”, numa dramática escalada de tensões com o Ocidente sobre a invasão da Ucrânia por Moscovo. Putin justificou esta sua atitude com as “declarações agressivas” das principais potências da NATO, ao imporem sanções financeiras contundentes contra a Rússia e ele próprio. Os últimos exercícios nucleares ocorreram em 19 de fevereiro, quando Putin realizou grandes exercícios em toda a Rússia para testar o programa nuclear do país e a sua prontidão. O Kremlin disse na altura que testou com sucesso mísseis hipersónicos e de cruzeiro no mar e em alvos terrestres. O presidente bielorrusso Alexander Lukashenko, aliado de Putin, também supervisionou os exercícios militares. Os Estados Unidos responderam ao anúncio de Putin, acusando o líder russo de fabricar ameaças para justificar “mais agressão”.
Chico Gouveia - Propaganda. Intimidação. A estratégia de Putin é a intimidação, a mentira, a ameaça, os bombardeamentos sem oposição aérea. De cada vez que Putin ameaça, é sinal de que as coisas não lhe estão a correr bem. E estão a correr muito mal. Externa e, principalmente, internamente. "Putin só mente, é incapaz de cumprir com a sua palavra, e é mestre em intimidar e amedrontar. Quem tiver medo de Putin, perde" - Petro Poroshenko, ex-Presidente da Ucrânia.
David Ribeiro - Óbvio que é "propaganda" e "intimidação", Chico Gouveia... mas já não estou tão certo que "as coisas não lhe estão a correr bem (...) principalmente, internamente". Há seguramente grande contestação ao Kremlin, mas Putin ainda goza de larga popularidade, principalmente na Rússia profunda, ou seja, fora das grandes cidades.
Chico Gouveia - David Ribeiro, exactamente nas zonas mais atrasadas do país. É sempre assim. No dia 24 de Abril de 1974, 90% dos portugueses concordavam com Marcelo Caetano. No dia 25 viu-se. Putin tem as cadeias cheias de oposicionistas, e a forma como está a apertar ferreamente o controle dos cidadãos, é o sinal mais do que evidente que está aflito. Eu acho que esta guerra devia, e podia, ter sido travada logo no início. Mas a Europa e os Aliados ocidentais, não podem continuar a cometer o mesmo erro com Putin: ter medo dele. E muito menos tolerá-lo. Estas ameaças nucleares á Europa são parte da única estratégia que conhece e que usou sempre. E depois, quanto a poderio nuclear, ninguém sabe ao certo como está o mundo. Mas uma coisa sei que lhe posso garantir: basta a Finlândia para fazer Putin tremer. A Finlândia deve ser o país com melhor estratégia de defesa, e ataque nuclear, do mundo. E veja a dimensão deste país. Isto de nuclear tem muito que se lhe diga, e o que se sabe é quase nada. O poderio nuclear de Putin é com o seu poderoso exército: um bluff. Se a Ucrânia tivesse algum armamento aéreo moderno, já tinha acabado com esta guerra. O problema é que não lho dão. Não querem dar á Ucrânia capacidade ofensiva. Adivinha-se porquê.
David Ribeiro - Estima-se que a Rússia tenha mais do que 144 milhões de habitantes (Moscovo 11,6 milhões; São Petersburgo 4,9 milhões; 10 cidades c/ entre 1 e 1,5 milhão de habitantes; 7 cidades c/ entre 500 mil e 1 milhão de habitantes). E os habitantes (em milhões) nos mais populosos países europeus são: Alemanha 83,2; Turquia 71,5; Reino Unido 61,1; França 59,8; Itália 58,8; Ucrânia 48,4; Espanha 45,1; Polónia 38,6.
Joaquim Barbosa - o que ele vai levar é um balázio valente, antes de ter a veleidade de fazer alguma coisa.
Mário Paiva - Joaquim Barbosa, mas é preciso cuidado, não vão os nossos desejos bater-nos à porta...
Joaquim Barbosa - Mário Paiva precisamente para não bater à porta é que digo isto ou prefere que seja o Putin o primeiro?
Mário Paiva - Joaquim Barbosa, o problema é que por mais que eu prefira, estas coisas não dependem das minhas vontades... de todo o modo - preferência por preferência - depois de ter combatido em 2 guerras, preferia não ter de assistir a mais nenhuma...
Pois é!...
Na província de Salamanca, a cerca de 40 kms da fronteira com Portugal.
Em causa está a construção de uma mina de urânio em Retortillo, a cerca de 40 quilómetros da fronteira, e a potencial contaminação radioactiva pelo ar ou pela água através do rio Douro. Segundo informação prestada recentemente ao Governo português, as autoridades espanholas aprovaram a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) do projecto mineiro em 2013 e a Junta de Castella Y Leon licenciou-o em 2014; porém, a documentação só chegou à Agência Portuguesa do Ambiente em abril de 2016. Apesar do Ministério do Ambiente ter entendido que “o projecto poderia ser susceptível de ter efeitos ambientais significativos em território nacional”, nas missivas trocadas desde então as autoridades espanholas entenderam “não ser necessário realizar consultas transfronteiriças”, argumentando que “a concessão da licença de exploração se encontrava já concluída, não sendo possível a pronúncia de Portugal”. No entanto o Ministério dos Assuntos Exteriores de Espanha argumenta que a mina só avançará quando uma série de outros procedimentos estiverem salvaguardados. Entre estes consta a aprovação de uma unidade de processamento de urânio, que depende de luz verde do Conselho de Segurança Nuclear espanhol. Segundo o ministro vão avançar com a instalação de uma estação de monitorização radiológica no Douro, como a que existe no Tejo por causa da central nuclear de Almaraz. A dona da mina, a empresa australiana Berkeley, já anunciou que pretende começar a extrair urânio de Retortillo em 2019. No local, já foi iniciado o derrube de árvores e a terraplenagem de uma área dentro de um perímetro de 27 quilómetros.
Só podia ser… Como é que num país onde a maioria do povo passa fome se conseguia atingir o propalado poder bélico-nuclear?
Apesar da Coreia do Norte ter lançado um novo míssil balístico intercontinental na última semana, com uma altitude do voo no ponto máximo de 4.475 quilómetros e 950 quilómetros de faixa de voo, durando 53 minutos e que caiu na zona económica exclusiva do Japão a 250 km da cidade de Aomori, os riscos de uma guerra de facto ainda são pequenos, mesmo com todas as retóricas de Kim Jong-un e Donald Trump. Eu ainda não acreditar que o regime de Pyongyang já possua tecnologia suficiente para equipar um míssil com uma ogiva nuclear, mesmo de tamanho reduzido, mas seguramente o armamento norte-coreano já representa uma ameaça real para a Coreia do Sul e para o Japão. Mais uma vez o presidente chinês Xi Jinping tem a faca e o queijo na mão, pois como todos bem sabemos a Coreia do Norte continua altamente dependente do petróleo fornecido pela China.
No passado mês de Novembro a Coreia do Norte efectuou o lançamento de um míssil balístico Hwasong-15, projéctil que demonstrou capacidades impressionantes em comparação com seu antecessor, o Hwasong-14, considerando os especialistas que o alcance máximo do míssil recém-elaborado se situa entre 10.500 e 13.000 kms, uma ameaça não só para os países do leste asiático mas também para uma grande parte do território dos EUA. Analisando com cuidado as imagens e os comunicados oficiais do regime de Kim Jong-un vê-se que o camião de 18 rodas que transporta o míssil parece ser de fabrico nacional, o que demonstra que o país conseguiu autonomia na produção dessas máquinas sofisticadas. Os anteriores veículos eram de oito eixos - WS-52100 - adquiridos à China para uso industrial. Porém em 2012, uma vez que os WS-52100 apareceram no desfile militar em Pyongyang como plataformas móveis, o governo de Pequim cessou as exportações desses veículos à Coreia do Norte. É também de tecnologia mais sofisticada o sistema de propulsão deste novo míssil, dotado de asas e motores auxiliares, com dois estágios e medindo de 20 a 22 metros de comprimento e um ou dois metros de diâmetro, sendo seguramente capaz de levar uma ogiva nuclear superpesada. As imagens divulgadas do lançamento do míssil comprovam que o motor possui duas câmaras de combustão e carece de mecanismos auxiliares para mudar de direcção, o que representa um nível muito avançado de tecnologia.
Começam amanhã e duram até ao dia 8 de Dezembro os «Vigilant Ace», exercícios conjuntos de Washington e Seul, que contarão com a participação de mais de 1.200 militares dos EUA, 230 aviões, incluindo caças F-22 Raptor e F-35. A diplomacia norte-coreana já qualificou esta demonstração de força como um "prelúdio para a guerra nuclear".
Espero bem que as declarações muito duras de Kim Jong-un e de Donald Trump não sejam senão efeitos da “sealy season” da península coreana. O líder da Coreia do Norte fala em "acções físicas" contra os Estados Unidos e o inquilino da Casa Branca responde com ameaças de "fogo e fúria" sem precedentes. Tudo isto é capaz de dar “trolha”, mas não deverá chegar a um conflito nuclear, até porque quer a Rússia quer a China nunca permitirão que isso aconteça.
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«João Greno Brògueira» - Ainda hoje ouvi na CGTN que é a TV oficial da China que nunca poderiam ficar neutrais porque a Coreia do Norte fica muito perto de algumas províncias Chinesas e o efeitos duma guerra nuclear seriam muito nefastos. Mas entretanto já anunciaram a suspensão das importações de carvão e minério de ferro da Coreia do Norte.
Foi na parada militar russa comemorativa do 70º aniversário do “Dia da Vitória” que foi visto pela primeira vez o RS-24 Yars, um míssil balístico fabricado pela “Russian Federation Enterprises”, uma arma estratégica com um alcance de 11.000 km, uma precisão de 50 metros, velocidade de 24.000 km/h, um peso total de 49 toneladas (ogiva com um peso de 1.200 kg) e um comprimento de 20,9 metros. As ogivas são múltipla e do tipo nuclear, com um sistema de orientação Inercial + satélites GLONASS.
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