Requiescat in Pace
Nação pequena que foi maior do que os deuses em geral o permitem, Portugal precisa dessa espécie de delírio manso, desse sonho acordado que, às vezes, se assemelha ao dos videntes (Voyants no sentido de Rimbaud) e, outras, à pura inconsciência, para estar à altura de si mesmo. Poucos povos serão como o nosso tão intimamente quixotescos, quer dizer, tão indistintamente Quixote e Sancho. Quando se sonharam sonhos maiores do que nós, mesmo a parte de Sancho que nos enraíza na realidade está sempre pronta a tomar os moinhos por gigantes. A nossa última aventura quixotesca tirou-nos a venda dos olhos, e a nossa imagem é hoje mais serena e mais harmoniosa que noutras épocas de desvairo o pôde ser. Mas não nos muda os sonhos. (Eduardo Lourenço in "Nós e a Europa ou as duas razões" - 1988)
Maria Armanda da Silva Santos (1jul1926 - 10out2020)
As Panteras empataram ontem na visita ao Nacional (3-3) no jogo de início da Primeira Liga de Futebol 2020-21. O Boavista adiantou-se no marcador por intermédio de Sauer (19’), mas Riascos (28’) e João Victor (36’) viraram o resultado a favor do Nacional, tendo Mangas (45+2’) enviado tudo igual para os balneários. No segundo tempo, Sauer (61’) bisou e parecia ter dado o triunfo à equipa de Vasco Seabra, mas foi já nos descontos que João Camacho (90+2’) restabeleceu a igualdade final.
Outros resultados da jornada
Famalicão 1 - 5 Benfica
Porto 3 - 1 Braga
Requiescat in Pace
Estou destroçado...
Requiescat in Pace
Requiescat in Pace
Freitas do Amaral teve uma longa e intensa vida política, com cerca de cinco décadas de intervenção pública: foi fundador e primeiro presidente do CDS, fez parte de governos da Aliança Democrática, entre 1979 e 1983, e foi primeiro-ministro interino após a morte de Sá Carneiro. Foi também candidato nas históricas presidenciais de 1986, contra Mário Soares, e, já neste século, foi ministro dos Negócios Estrangeiro num governo PS (2005-2006) como independente, após ter saído do CDS em 1992.
Nascido em 21 de Julho de 1941, na Póvoa de Varzim, Diogo Freitas do Amaral passou a infância entre Guimarães (de onde era natural o pai) e a Póvoa de Varzim (a terra da mãe), mas os primeiros anos foram muito marcados pela morte dos dois irmãos mais velhos, ainda crianças. Queria ser engenheiro, mas, sem jeito para Matemática, deixou-se convencer por dois tios que estudaram Direito e lhe “falavam das suas aulas com os professores Marcello Caetano e Galvão Teles”, contou em entrevista à Sábado em 2017. Acabou por se formar em Direito da Universidade de Lisboa. Obteve o grau de Doutor em Direito (Direito público) em 1967 e ensinou na faculdade até 1998.
Na apresentação do seu terceiro livro de memórias políticas, intitulado Mais 35 anos de democracia - um percurso singular, em junho passado, Freitas revelou que o que mais o marcou na vida foi a sua “militância democrata-cristã”, “com a preocupação de ajudar os outros”. Na ocasião, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa descreveu-o como “um dos quatro pais líderes dos partidos estruturantes da democracia portuguesa”, juntamente com Mário Soares, Francisco Sá Carneiro e Álvaro Cunhal.
Comentário no Facebook de Rodrigues Pereira
" Yes, I did it my way ! " ***
Ao Professor Doutor Diogo Freitas do Amaral
Não. Não irei falar do político, do co-fundador (e a que custo) da nossa Democracia, do insigne jurista e professor, do único português a ocupar o cargo de Presidente da A. G. das Nações Unidas, etc, etc ...
Vou falar de mim... e do homem.
1994. Bairro Alto, Lisboa. Uma noite de Domingo. Estava a jantar, sozinho, num restaurantezinho italiano, que hoje já não existe. Entretido com a revista do Expresso, já que nessa altura ainda não havia telemóveis para nos infernizarem as refeições.
Com o restaurante meio vazio, não me foi difícil aperceber-me da entrada da família Freitas do Amaral, au complet. A mulher, Maria José, as duas filhas e os dois filhos.
Tinha combatido contra ele nas presidenciais de 1986, com Mário Soares. As tais que levaram Álvaro Cunhal a exortar os seus militantes a cobrir os olhos, mas a votar em Soares...
Nunca tive com Freitas do Amaral qualquer contacto, mas sempre o respeitei como um homem livre e livre-pensador, sem ideias pré-concebidas.
E nessa noite, naquele restaurantezinho meio vazio, apercebi-me de que, naquela mesa de família, havia um zum-zum quase conspirativo, acreditando eu que seria o alvo. Ora enquanto mero e insignificante apoiante de Soares nas presidenciais, já ocorridas há bastantes anos, não me parecia credível que daí viesse o contexto da "conspiração".
Continuei, por isso, a minha solitária manducação, acompanhado da - na altura - a melhor sangria de Lisboa e arredores. E o tempo foi passando, clientes foram saindo, restando eu e a referida família.
A certa altura, o Professor levanta-se e - espanto meu - aborda-me : - «Dá-me licença que me sente ? Gostava de falar consigo ... »
Levantei-me - surpreendido - e quase que mecanicamente, cumprimentei-o e disse "concerteza".
"Sabe - disse-me - a minha filha reconheceu-o da televisão, daquele programa que fez com a Manuela Moura Guedes sobre a SIDA. Eu também vi. E como achei a sua prestação muito boa e nada percebo do assunto, gostava - se me permitir - de, acerca dele, conversar consigo... "
E conversamos...
A certa altura, pede desculpa, vai ter com a mulher e entrega-lhe a chave do carro.
"Assim, ficamos mais à vontade ..."
E ali ficamos, sob o olhar cúmplice do dono do restaurante, a conversar sobre a SIDA e o VIH, durante, seguramente, mais de duas horas. Eu, com a minha amêndoa amarga, ele com sucessivas águas das Pedras.
No final, ainda me ofereci para o levar a casa - ele vivia na Quinta da Marinha, em Cascais - e eu estava a 200 metros de casa. "Era o que faltava ! Apanho um táxi." E lá fomos os dois, até ao Camões, como se dois velhos amigos se tratasse.
Voltei a revê-lo - e a conversar - muitas vezes aos almoços tardios de Domingo, no restaurante do Golf da Quinta da Marinha (onde, um belo dia, ía matando o nosso Ministro dos Negócios Estrangeiros, com uma bola que me saiu com um slice estranho) . Comíamos ambos uma extraordinária salada de pato fumado, que ainda hoje me está no paladar ...
Na primeira conversa, disse-me para deixar cair o "Professor" e o tratar apenas por Diogo. Nunca consegui !
Foi, de facto, um Professor eminente, latu sensu !
Vou ter saudades, Senhor Professor Doutor Diogo Freitas do Amaral !
MRP, 4 de Outubro de 2019
PS 1 - Uns tempos depois de Soares ter ganho as presidenciais, Mário Soares, numa conversa no Hotel Infante de Sagres, confessou-me : " Oh Rodrigues Pereira : a Presidência também teria ficado muito bem entregue ao Freitas do Amaral ... "
PS 2 - *** - As últimas palavras de Freitas do Amaral, aquando da apresentação do seu último livro, citando uma canção de Frank Sinatra. Não podia estar mais de acordo...
Requiescat in Pace
Aureliano Veloso morreu aos 95 anos. Foi o primeiro presidente a ser eleito para a Câmara do Porto, como independente pelo PS, nas primeiras eleições autárquicas após o 25 de Abril.
Requiescat in Pace
Já não há muitos como ele no PCP.
Requiescat in Pace
Requiescat in Pace
Júlio Pomar (Lisboa, 10 de janeiro de 1926 - Lisboa, 22 de maio de 2018) pertenceu à 3ª geração de pintores modernistas portugueses, sendo autor de uma obra multifacetada, centrada na pintura, desenho, cerâmica e gravura, com importantes desenvolvimentos nos domínios da tridimensão (escultura; assemblage) ou da escrita.
Requiescat in Pace
Faleceu ontem António Arnaut. Não foi um homem consensual, mas os melhores raramente o são. Mas a democracia portuguesa deve-lhe muito. Foi ele o principal obreiro da mais sólida e transversal realização do regime pos-25 de Abril. Falo, obviamente, do SNS. Atrevo-me a sugerir que é o cimento mais forte que ainda o mantém de pé e que ao mesmo tempo é um importantíssimo factor de coesão da nossa sociedade. Todos teremos opiniões, umas mais positivas, outras menos, todos o quereremos mudar de alguma forma, uns com maior realismo outros com tons mais utópicos, uns com o conhecimento do profissional, outros com o sentir do doente, mas não conheço ninguém hoje em dia em Portugal que conceba a possibilidade de viver sem ele. Para mim, o SNS tem sido um dos focos de toda a minha vida adulta, como profissional que fez toda a sua carreira no seu âmbito, tanto na vertente pública como na privada/convencionada (e nunca em simultâneo, por opção pessoal, não por imposição). Tem sido também um motivo de orgulho enquanto cidadão, pois com todas as suas falhas (e muitas são) é reconhecido internacionalmente como mais uma demonstração de como nós, portugueses, conseguimos nas poucas ocasiões em que remamos para o mesmo lado, ser capazes, ser grandes. Confesso que fui reticente no início, a criação do SNS pareceu-me a mim, jovem estudante de Medicina crescido num ambiente de práctica médica privada e muito lucrativa, uma agressão ao meu futuro, mas em poucos anos e vendo como o nível de cuidados prestados aos doentes cresceu exponencialmente não só em acessibilidade mas também em qualidade, rendi-me ao projecto e à sua enorme importância social e humana. Hoje, como os outros todos, não consigo conceber um Portugal sem o seu SNS, motivo de orgulho e tranquilidade. Os desafios que se colocam hoje ao SNS são muitos e difíceis. Não quero neste espaço entrar na discussão desse campo, mas quero pedir a todos os intervenientes que, seja qual for o sentido em que evolua, nunca possa perder os princípios que nortearam António Arnaut quando o ajudou a criar. Por isso e hoje, por esses princípios que ainda hoje se mostram tão importantes e válidos e pela energia e visão necessárias para lutar pela sua concretização, quero dizer muito obrigado, António Arnaut. (Raul Vaz Osório no “Um novo norte para o Norte”)
Requiescat In Pace
Wikipédia
Belmiro Mendes de Azevedo era o mais velho dos oito filhos de Manuel de Azevedo, carpinteiro e agricultor, e de Adelina Ferreira Mendes, costureira.
Na instrução primária em Tuías, reprovou na primeira classe, segundo o próprio, por culpa de um professor incompetente. No entanto, graças ao professor ali colocado no ano seguinte, Carlos da Silva, recuperou o tempo perdido, chegando a fazer os quatro anos lectivos em apenas três. Uma vez que não existia no concelho do Marco nenhuma escola de ensino secundário, Belmiro de Azevedo mudou-se para o Porto por volta dos 11 anos, para poder prosseguir os estudos no Liceu Alexandre Herculano. Nesta cidade foi viver com o seu tio e padrinho, Belmiro Pinto da Mota, fiscal de obras, que além do nome de baptismo lhe deu alojamento nos estaleiros de obras onde trabalhava.
Depois dos estudos secundários, Belmiro de Azevedo seguiu para a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Em 1959, porém, teve de interromper os estudos, ao ser chamado a cumprir o serviço militar obrigatório. Em 1964 completou a licenciatura em Engenharia Química. Durante a juventude praticou andebol, no Centro Desportivo Universitário do Porto e no Futebol Clube do Porto.
Ainda estudante, Belmiro de Azevedo entrou para a Efanor (Empresa Fabril do Norte), localizada na Senhora da Hora. Pouco depois ingressa na Sonae (Sociedade Nacional de Estratificados), cujo controlo viria a assumir em 1974. Durante anos, foi polémico o conflito judicial entre Belmiro de Azevedo e a família de Afonso Pinto de Magalhães, fundador da empresa.
Sob o seu comando, a Sonae estendeu a sua actividade a novas áreas como a dos hipermercados (Continente e Modelo), a das comunicações (jornal Público) e a das telecomunicações (Optimus). Posteriormente, o grupo procurou expandir-se internacionalmente e apostou no retalho especializado (Bonjour, Vobis, Worten, Sportzone, etc.). A partir de 1985, a Sonae passou a ser cotada na Bolsa de Valores e Belmiro torna-se accionista maioritário do grupo.
Em 1975, nos Estados Unidos da América, obteve um diploma de especialização em Gestão de Empresas, na Universidade de Harvard, e, uma década depois, em 1985, diplomou-se no Financial Management Program da Universidade de Stanford.
Em paralelo com a actividade empresarial, criou, em 1991, a Fundação Belmiro de Azevedo, que desenvolve a política de mecenato da empresa, nas áreas da Educação, das Artes, da Cultura e da Solidariedade, em acções de parceria com indivíduos e entidades e contando com os colaboradores da empresa em acções de voluntariado. Em 2008, esta fundação abriu em Matosinhos o Colégio Efanor, no lugar das velhas instalações fabris onde Belmiro deu início à sua carreira profissional.
Belmiro de Azevedo é conhecido também pelo seu carácter empreendedor, pela sua ousadia e pela frugalidade que cultiva pessoalmente e que estende à gestão e à cultura do Grupo.
Com a morte de António Champalimaud, Belmiro de Azevedo tornou-se em 2006, no único português a figurar na famosa lista da revista Forbes, com um fortuna avaliada em 1,6 mil milhões de euros.
Considerado durante alguns anos o cidadão mais rico de Portugal, foi Presidente do Conselho de Administração do grupo Sonae. Sua fortuna, que em 2007 era estimada em 3 mil milhões de euros, o que ainda lhe dava a liderança entre as fortunas do país, caiu mais de 50% em dois anos, passando para 1,4 mil milhões de euros em 2009.
Foi adepto do Futebol Clube do Porto e sócio honorário do Futebol Clube Marco de Canaveses.
Foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Mérito Civil de Espanha a 22 de Março de 1999, com o grau de Comendador da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul do Brasil a 4 de Maio/21 de Setembro de 2000 e com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique a 5 de Janeiro de 2006.
Requiescat In Pace
A Canicultura está de luto... morreu Diogo Ramalho, prestigiado Juiz "All Rounder" do Clube Português de Canicultura.
Clube Português de Canicultura
Com pesar anunciamos o falecimento do nosso socio Eng Diogo Ramalho. Canicultor de longa data, juiz internacional, ocupou diversos cargos na Canicultura nacional entre os quais destacamos o de Delegado do CPC no Norte e Presidente da Mesa da Assembleia Geral do CPC. Editou o Jornal O Mundo Canino e foi um grande impulsionador das Raças Caninas Portuguesas com destaque para o Cão da Serra da Estrela.
Requiescat In Pace
Morreu hoje ao princípio da tarde na Maia, D. Manuel Martins, bispo de Setúbal entre 1975 e 1998, tendo na altura ficado conhecido como "Bispo Vermelho", pela sua acção de denúncia das situações de fome e de injustiça social. Nascido a 20 de Janeiro de 1927, em Leça do Balio, Matosinhos, e ordenado sacerdote em 1951, Manuel da Silva Martins foi pároco na freguesia de Cedofeita nos anos 60, no centro do Porto, já depois de ter frequentado o curso de direito canónico na Universidade Gregoriana em Roma.
Comentários no Facebook
«Pedro Baptista» - Morreu Manuel Martins, dia de Festejar a vida de um grande homem. A este não me importo de apostar o Dom. Sim. D. Manuel Martins. Mas isto não é para todos: como dizia aquele de que foi discípulo e colaborador, D. António Ferreira Gomes: "De joelhos perante Deus, de pé perante os homens". Face à sua vida, na hora da sua morte, todos, de pé, nos curvamos...
«Henrique Seruca» - Foi com grande pesar que tive conhecimento do falecimento hoje de D. Manuel Martins. Tinha o maior respeito e admiração pela sua figura. Foi o celebrante do meu casamento, em 1965, na Igreja Românica de Cedofeita, onde ele era pároco. Já nessa altura essa muito querido dos paroquianos, pela sua grande cultura, simplicidade e, acima de tudo, grande bondade. Como bispo de Setúbal notabilizou-se pela defesa intransigente dos mais fracos, dos desempregados, dos mais pobres, das crianças exploradas., Para ele havia dois tipos de padres: aqueles que exerciam segundo o exemplo de Cristo e os que eram simples funcionários da Igreja. Na defesa dos mais fracos, no distrito de Setúbal, teve grandes dissidências com Cavaco Silva e com Mário Soares, que negavam as misérias de que ele era testemunha diária. Chamaram-lhe "bispo vermelho", quando ele se limitava a seguir a sua consciência e o que devia ser a prática da sua religião. Foi Homem e Bom. A sua voz contundente faz falta. Que descanse em paz.
«Jota Caeiro» - EM SUA MEMÓRIA - EM CONVERSA COM DOM MANUEL MARTINS - até vem mesmo a calhar!... (de Julho de 2013, pouco antes das últimas autárquicas)
1 - Qual a interpretação que faz do país social.
Sinto que estamos em marcha acelerada para uma nova civilização. Os padrões de vida transformam-se de tal modo e a tal velocidade, que nós, os de ontem, temos a sensação que mudámos de casa. Tais padrões passam por individualismos, por uma filosofia económica desenfreada, e tendo em conta o ímpeto dado à marcha da vida pela globalização, sinto-me com a dolorosa impressão que não estamos bem e que temos de parar para uma grande e profunda reflexão a fim de podermos atingir uma vida com alguma dignidade.
2 - Quem define como principais agentes responsáveis pela condição precária do país?
Portugal faz parte do mundo, mas claro que tem a sua história, a sua alma, a sua idiossincrasia próprias. E olhando-o com atenção, sinto que estamos mal, que estamos muito mal. Até tenho medo de que estando a pedir e a recomendar a esperança, mais esteja a contribuir para uma certa alienação. Não temos tido, na generalidade, Governos à altura, a nível de competência, de preocupação pela missão, de isenção, de pedagogia.
O governante tem que ser especialista no verbo e no advérbio, isto é, no fazer e no fazer bem. A idóneos Governos que não temos tido, juntava uma diabólica filosofia económica super-hiperliberal que nos inquieta no presente e nos assusta quanto ao futuro. Os Direitos Humanos não são minimamente respeitados, bastando para tanto passar os olhos pelos Direitos, Liberdades e Garantias da Constituição (art.ºs 24-79). É também de não perder de vista a falta de preocupação por um sistema de educação sadio. Resumindo: temos a sensação que nos perdemos e que nem sequer queremos encontrar o caminho, haja em vista o que vem acontecendo com o comportamento dos grupos “políticos” a que vamos dando o nome de “partidos”.
3 - O Senhor viveu um período de convulsões político-sociais importantes em Setúbal. Equaciona algum paralelismo com a actual sociedade portuguesa?
É verdade. E é para esquecer: valia a pena aqui perguntarmo-nos o que foi isso do 25 de Abril e o que traria escondido no ventre. Aquele PREC é de leitura muito difícil.
O que vi, o que vivi, o que experimentei não dá para contar.
Não obstante, tenho para mim que tudo aquilo aconteceu sem projeto, antes, como um tubo de ensaio para o foi ocorrendo a seguir. Quem está na máquina, quem anda no chão, não vislumbra caminhos de solução. O grande princípio de ação continua a ser (por quanto tempo?) o do Salve-se quem puder.
Mas vamos dizer que na altura, em Setúbal o problema encontrou solução, com muitos atores e fatores que se deixaram tocar pela força da boa vontade.
Sim, Setúbal viveu um período que foi vencido. Agora sofre as consequências de um país que não quer vencer.
4 - Que proposta faria a um futuro Primeiro Ministro?
Tem que ser um quadro inteligente, conhecedor dos problemas; deve rodear-se de bons colaboradores sem nunca se deixar tentar pelo boyismo; deve hierarquizar os problemas e procurar resolvê-los sem falsas promessas; deve ser um Homem que não se deixe influenciar nem por pessoas, nem por interesses. Uma pessoa em que todos se revejam com orgulho.
Acrescento só que este meu aparente pessimismo é ditado pelo amor que tenho ao meu país e ao contributo que do fundo do meu ser queria oferecer para muito em breve Portugal ser um país justo, fraterno, solidário, progressivo, feliz. A tanto não chegará, mas, depois e até por causa da via dolorosa que agora percorres, dias melhores, com toda a certeza, irão chegar.
Requiescat In Pace
D. António Francisco dos Santos, Bispo do Porto desde Fevereiro de 2014, morreu hoje de manhã, aos 69 anos, vítima de ataque cardíaco. Era natural da freguesia de Tendais, concelho de Cinfães, Viseu. Foi nomeado bispo auxiliar de Braga em Dezembro de 2004 e, dois anos depois, foi indicado para bispo de Aveiro. Serviu a diocese de Aveiro durante mais de sete anos, nomeadamente durante as celebrações do seu 75.º aniversário de restauração. A sua ordenação episcopal ocorreu em Março de 2005, na Sé de Lamego. Foi ordenado padre em Dezembro de 1972.
Há coisas que mil anos que se viva nunca se esquecem
Um certo dia, no hall de entrada do Teatro Rivoli, fui descontraidamente cumprimentar o Chefe Hélio Loureiro – Olá, Chefe, está bom? – e já mesmo a um metro dele reparei que quem o acompanhava era o Bispo do Porto. Educadamente cumprimentei-o e pedi-lhe desculpa pela forma como tinha interrompido a conversa que mantinha com o meu amigo Hélio. Foi de uma educação e simplicidade fantásticas e na curtíssima conversa que mantivemos deu para perceber que estava a léguas daquilo a que uma certa hierarquia eclesiástica nos habituou. Há Homens que nos ficam na memória pela diferença.
Comunicado
A candidatura «Rui Moreira - O Nosso Partido é o Porto» cancelou todas as acções de campanha previstas para hoje, amanhã e quarta-feira, devido à morte do Bispo do Porto. Rui Moreira comunicou já que todas as acções de campanha previstas estão canceladas, nomeadamente, o jantar desta noite com comerciantes e os almoços previstos com candidatos às Freguesias, bem como arruadas e encontros. O candidato voltará a participar publicamente em acções de campanha na próxima quarta-feira à noite no debate da RTP.
Comunicado
Manuel Pizarro manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento do bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos, e cancela todas as iniciativas de campanha durante os próximos dois dias.
O presidente da Câmara do Porto decretou três dias de luto, a partir de hoje, pela morte de D. António Francisco dos Santos.
(Comentando esta foto disse Joaquim Pinto Lobão em Abril de 2014: “Ao novo paradigma que invadiu a CMP, junta-se-lhe também um estilo singular do novo bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos. Retrato desta nova mundividência da igreja do Papa Francisco, é a humildade na apresentação de cumprimentos ao Presidente Rui Moreira, onde o Bispo e o Vigário Geral, Pe Américo Aguiar, meu amigo de infância e colega de carteira, se deslocaram a pé até aos Paços do Concelho. Com cortesia, Rui Moreira, Miguel Pereira Leite, Presidente da AM e Antonio Jose Fonseca, Presidente das Juntas de Freguesia do Centro Histórico, devolveram a simpatia e acompanharam o prelado até ao Paço Episcopal.”)
Passam hoje quarenta anos sobre a morte de Elvis Presley, cantor, músico e actor norte-americano, um dos ícones do rock-and-roll da minha juventude, aquele que ficou na história como "O Rei". Dos sessentões como eu quem não se recorda de temas como “Always on My Mind”, “Love Me Tender” ou “It’s Now or Never”?
Por onde eu ando...
Nova Crítca - vinho & gastronomia
PINN (Portuguese Independent News Network)
Meus amigos...
A Baixa do Porto (Tiago Azevedo Fernandes)
Antes Que Me Passe a Vontade (Nanda Costa)
Caderno de Exercícios (Celina Rodrigues)
Cerâmica é talento (Pataxó Lima)
Clozinha/and/so/on (Maria Morais)
Do Corvo para o Mundo!!! (Fernando Pimentel)
Douro de ouro, meu... (Jorge Carvalho)
Douro e Trás-os-Montes (António Barroso)
Escrita Fotográfica (António Campos Leal)
Let s Do Porto (José Carlos Ferraz Alves)
Life of a Mother Artist (Angela Ferreira)
Marafações de uma Louletana (Lígia Laginha)
Matéria em Espaço de Escrita com Sentido (Mário de Sousa)
Meditação na Pastelaria (Ana Cristina Leonardo)
Memórias... (Boaventura Eira-Velha)
Mente Despenteada (Carla Teixeira)
Nortadas (Francisco Sousa Fialho, João Anacoreta Correia e outros)
O Portugal Futuro (Tiago Barbosa Ribeiro)
O Porto em Conversa (Vitor Silva)
Os meus apontamentos (Vitor Silva)
Renovar o Porto (Rui Farinas e Rui Valente)
Reportagens de Crítica, Investigação e Opinião (Tron)
Que é que se come por aqui (Ricardo Moreira)
Servir o Porto (Pedro Baptista)
Um Rapaz Mal Desenhado (Renato Seara)
Vai de Rastos (Luís Alexandre)
(IN)TRANSMISSÍVEL (Vicente Ferreira da Silva)
Adoradores de Baco...
Site de Prova de Vinhos (Raul Sousa Carvalho)