"Devido à velocidade da luz ser superior à do som, algumas pessoas parecem inteligentes até as ouvirmos."

Domingo, 19 de Fevereiro de 2023
"Não à Guerra"... nas paredes de Moscovo

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Pedro FerreiraSe o povo russo tivesse "tomates" já podiam ter feito uma revolta.
David RibeiroTanto quanto me é dado saber a "contestação" a Putin é só nas grandes cidades (Moscovo, São Petersburgo e pouco mais)... e a Rússia é muito grande.
Pedro Ferreira
David Ribeiro E mesmo assim pouco fazem.

 


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Faz lembrar outros tempos... Uma mulher caminha perto de um prédio residencial que abriga a filial local do partido do governo russo - Rússia Unida - com o urso no seu emblema, num mural patriótico na parede da cidade de Chekhov, perto de Moscovo.

 


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A Ucrânia, esta sexta-feira 17fev2023, disse ser imprescindível os cerca de seis mil civis, que segundo as autoridades de Kiev ainda se encontram em Bakhmut, abandonarem "imediatamente" a cidade, alvo de ataques das forças russas.

 

  Conferência de Segurança de Munique
A Conferência de Segurança de Munique é uma conferência de segurança internacional, realizada desde 1963 e visitado anualmente por políticos de segurança e defesa, militares e industriais de defesa. Ao longo das últimas décadas a Conferência de Segurança de Munique tornou-se a mais importante nesta área. Todos os anos proporciona a participantes de alto nível de todo o mundo um fórum para a discussão intensa sobre os desafios atuais e futuros, no âmbito da política de segurança.
Captura de ecrã 2023-02-17 153447.jpgOlaf Scholz garantiu que a Alemanha vai continuar a ser o maior fornecedor de armas do continente europeu à Ucrânia. A garantia foi feita esta sexta-feira [17fev2023] na Conferência de Segurança, que decorre em Munique, onde o chanceler fez um apelo para que os aliados que possam enviar carros de combate à Ucrânia, nomeadamente os Leopard 2, devem fazê-lo agora.
Captura de ecrã 2023-02-17 152918.jpgEmmanuel Macron argumentou esta sexta-feira [17fev2023] que "este não é o momento para o diálogo", com a Rússia. "O momento para o diálogo ainda não chegou, porque a Rússia escolheu a guerra. A Rússia escolheu atingir infraestruturas civis e cometer crimes de guerra. O ataque da Rússia tem de falhar", declarou Macron, durante a Conferência da Segurança, que decorre em Munique, na Alemanha. O presidente francês falou ainda do grupo Wagner, um grupo de mercenários da Rússia, para recordar uma conversa que teve com Putin há um ano, na qual "quase" acreditou no presidente russo quando disse não ter qualquer relação com aquele grupo. Porém, para o chefe de Estado francês, é agora claro que o grupo atua como uma ferramenta da "máfia" para cometer crimes.
Captura de ecrã 2023-02-17 175541.jpgO presidente Volodymyr Zelensky, quando se dirigia à Conferência de Segurança de Munique via vídeo, disse que não deve haver atrasos na entrega de armas para ajudar a Ucrânia a lutar contra a Rússia. É “óbvio” que a Ucrânia não será a última parada na invasão de Putin, diz Zelensky. “Ele vai continuar seu movimento até o fim, …incluindo todos os outros estados que em algum momento fizeram parte do bloco soviético”, disse o presidente da Ucrânia.
q2SP22Py-720.jpgO primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, encontrou-se com o chanceler alemão Olaf Scholz à margem da Conferência de Segurança em Munique, e discutiram as necessidades militares da Ucrânia. "O primeiro-ministro sublinhou a necessidade de os aliados pensarem não só em garantir a paz a curto prazo, mas também em reforçar as defesas da Ucrânia a longo prazo", pode ler-se num comunicado emitido por Downing Street. Sunak congratulou Scholz pelo esforço feito pela Alemanha para reduzir a dependência energética da Rússia, bem como pelo reforço das forças armadas ao serviço de Berlim. "Os líderes também debateram a importância de reforçar a NATO, e expressaram o seu apoio à adesão da Suécia e da Finlândia", conclui a nota.
Secretary_Blinken's_Official_Department_Photo.jpgO secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou este sábado [18fev2023] que o país  tem um “profundo interesse” numa paz “justa e duradoura” na Ucrânia. “Qualquer paz deve ser consistente com os princípios da Carta das Nações Unidas”, disse Blinken durante um painel de discussão na Conferência de Segurança de Munique. E é do interesse dos países em todo o mundo garantir que o resultado não valide de alguma forma a invasão levada a cabo pela Rússia. "Se fizermos isso, abriremos uma caixa de Pandora em todo o mundo, e todo o pretenso invasor concluirá que 'se a Rússia se safar, nós também nos podemos safar'", disse Blinken. "Essa é uma receita para um mundo de conflito."
_128616746_mediaitem128616744.jpgA Presidente da Moldávia, Maia Sandu, descartou este sábado [18fev2023] uma “ameaça militar iminente” da Rússia contra o país, mas alertou para a 'guerra híbrida' de Moscovo através da desinformação e pediu ajuda para combatê-la. "Sabemos que não há ameaça militar iminente à Moldávia", disse Maia Sandu, durante a Conferência de Segurança de Munique, que começou na sexta-feira na Alemanha e irá decorrer até domingo.
Captura de ecrã 2023-02-19 144224.jpgO diplomata chinês Wang Yi anunciou hoje [19fev2023], em Munique, estar a finalizar os preparativos para uma “iniciativa de paz” que acabe com a guerra na Ucrânia de acordo com a Carta das Nações Unidas. Num discurso realizado na Conferência de Segurança de Munique, o diretor do Gabinete da Comissão de Negócios Estrangeiros do Partido Comunista da China declarou que o seu país, que rejeitou a invasão russa por atentar contra a integridade territorial da Ucrânia, mas nunca apoiou as sanções contra Moscovo, defenderá sempre a “paz e o diálogo” na “resolução política da crise”.

 

  Encontro entre Putin e Lukashenko
Captura de ecrã 2023-02-17 173807.jpgEnquanto os líderes mundiais estão reunidos na Conferência de Segurança, em Munique, sem qualquer representantes da Rússia, Vladimir Putin encontrou-se com o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko. Antes da reunião, e de acordo com a agência Tass, Lukashenko adiantou que planeia abordar questões como a segurança e a defesa. Do lado do Kremlin, o encontro serviria para debater "o desenvolvimento futuro da parceria e aliança estratégica entre os dois países". Este encontro entre os líderes russo e bielorrusso surge um dia depois de Lukashenko ter admitido que poderia entrar na guerra da Ucrânia ao lado da Rússia caso a Bielorrússia venha a ser atacada.

 


Captura de ecrã 2023-02-19 093339.jpg"Será que (...) a possibilidade do futuro da Ucrânia se poder encontrar condicionado pela campanha eleitoral para as presidenciais norte-americanas, que se perspetiva venha a acelerar no segundo semestre deste ano? E, à semelhança do que aconteceu em 1995, será que o presidente Joe Biden precisa de resolver o problema ucraniano até ao final do verão, e assim esvaziar as críticas que lhe possam vir a ser feitas pelos seus opositores?" - Questão muito bem equacionada pelo Major-General (na reserva) Carlos Branco no Diário de Notícias de hoje, 19fev2023.

 

  E já agora: Quem vai pagar essas "mais armas"?
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Publicado por Tovi às 07:41
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Sexta-feira, 12 de Agosto de 2022
Gasoduto de Sines ao centro da Europa

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Lembram-se de eu há uns tempos ter aqui defendido esta solução para colmatar o embargo de gás russo na Europa Central?... Pois parece que o chanceler alemão, Olaf Scholz, é da mesma opinião.

 

  António Costa, em resposta a Olaf Scholz: "A Alemanha pode contar 100% com o empenho de Portugal para a construção do gasoduto. Hoje para o gás natural, amanhã para o hidrogénio verde. Até lá, o Porto de Sines poderá ser utilizado como plataforma logística para acelerar a distribuição de GNL para a Europa".


Isabel Sousa Braga - ...l
á para 2030 🙄
David Ribeiro
Vai demorar, seguramente, mas até lá, como disse e bem o António Costa, "o Porto de Sines poderá ser utilizado como plataforma logística para acelerar a distribuição de GNL para a Europa".
Jose RamalhoSe Sines fosse no Norte, acredito... assim daqui a 2 anos se calhar estará pronto...
Isabel Sousa BragaJose Ramalho, era igual

 

  Não é assim tão complicado como dizem
(E
xpresso de hoje, 12ago2022)
O primeiro-ministro garantiu esta sexta-feira, 12 de agosto, que o percurso português do gasoduto para o centro da Europa já está definido, estando os “trabalhos muito avançados”, e assegurou que a Península Ibérica pode substituir "grande parte" do gás importado da Rússia. “Nós temos os trabalhos muito avançados: são cerca de, creio, 160 quilómetros entre Celorico da Beira e o ponto da fronteira onde amarramos com a rede espanhola”, sublinhou António Costa em declarações aos jornalistas à margem de uma visita à creche Luís Madureira, na Amadora (Lisboa), após ter sido questionado sobre as declarações feitas na quinta-feira pelo chanceler alemão, Olaf Scholz, que apelou à construção de um gasoduto entre Portugal e o centro da Europa. Costa afirmou que, no que se refere ao percurso português desse gasoduto, “houve dúvidas sobre o traçado” devido ao impacto ambiental que poderia ter, designadamente a travessia do Vale do Douro, que “é uma travessia muito sensível”. “Há um traçado que agora está definido, cuidadoso, que protege os valores ambientais, que importa proteger também no Vale do Douro. Portanto, do nosso lado as coisas têm vindo a avançar, da Espanha também”, indicou. O chefe do executivo recordou que “a existência desta interconexão da Península Ibérica com o resto da Europa é uma ambição antiga” de Portugal, que tem sido confrontada “com uma dificuldade, que são as limitações ambientais que a França tem invocado sobre o impacto do gasoduto na travessia dos Pirinéus”. Costa sublinhou que essa resistência francesa tem “atrasado bastante o problema”, mas referiu que a Comissão Europeia já está a ponderar um novo trajeto que crie interconexões energéticas entre a Península Ibérica e o resto da Europa sem passar pela França. “A Comissão Europeia já colocou em cima da mesa a possibilidade de, se não for possível ultrapassar o bloqueio com a França, o ‘pipeline’ possa ter uma ligação direta de Espanha para Itália, de forma a chegar ao centro da Europa por via de Itália e não por via de França”, frisou. 



Publicado por Tovi às 08:01
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Sexta-feira, 25 de Março de 2022
NATO, União Europeia e G7 reuniram-se em Bruxelas

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  Diplomacia em acção no dia de ontem

  • NATO emitiu um comunicado em que assumiu estar“preocupada” com a entrada da China no conflito que opõe a Rússia à Ucrânia. “Pedimos a todos os Estados, incluindo a China, para seguir a ordem internacional incluindo os princípios de soberania e integridade territorial”. Os 30 países da NATO apelaram mesmo a Pequim que se “abstenha” de apoiar “o esforço de guerra da Rússia”. E deixaram um recado à Rússia: “Qualquer uso de arma biológica ou química seria inaceitável e teria consequências severas”.
  • A declaração conjunta do Grupo dos Sete, que reúne os sete países mais industrializados do mundo, foi no mesmo sentido da NATO. Os líderes da Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido dizem mesmo que “não vão poupar esforços” para responsabilizar o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e seus apoiantes – incluindo o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko. O seu apelo vai para as forças russas que abram “caminhos seguros” na Ucrânia para permitir ajuda humanitária a Mariupol e a outras cidades cercadas. E pedem às autoridades bielorrussas para que “evitem uma nova escalada e se abstenham de usar as suas forças militares contra a Ucrânia”.
  • No final das reuniões, o presidente norte americano Joe Biden disse apoiar a saída da Rússia do grupo das maiores economias mundiais (G20). E quer pelo menos que a Ucrânia possa assistir às reuniões. O presidente deu mais detalhes sobre a conversa com Xi Jinping, homólogo chinês, na passada sexta-feira. “Tive uma conversa muito honesta com ele. Disse-lhe claramente que apoiar a Rússia teria consequências”. Joe Biden chamou “bruto” a Vladimir Putin. “A coisa mais importante [das sanções] é mantermo-nos unidos”, tendo como objetivo que o “mundo se continue a focar” no seguinte: “Que tipo bruto é este” e por que motivo é que “todas as vidas inocentes se perderam” e “o que está a passar” na Ucrânia.
  • Também o primeiro ministro britânico, Boris Johnson aproveitou a sua intervenção pública para alertar para consequências “muito, muito severas”, caso o Presidente russo usasse armas químicas ou nucleares contra a Ucrânia. “Se Putin se fosse envolver com alguma coisa desse género, as consequências seriam muito, muito severas. Vou ter de ter alguma ambiguidade na resposta, mas acho que seria catastrófico para ele. Acho q ele compreende isso. Seria um profundo e desastroso erro para Putin”, disse. Apesar da insistência dos jornalistas Johnson não indicou se, nesse cenário, haveria intervenção da NATO.
  • O líder francês, Emmanuel Macron, na sua vez, disse que a NATO procura não dar à Rússia um “pretexto” para atacar o Ocidente. “Não queremos fazer nada que possa provocar a escalada da tensão”, justificou o Presidente. “Não vamos lutar contra a Rússia”, assegurou o líder que tem mantido várias conversas telefónicas com o seu homólogo russo, embora sem grande sucesso para a paz.
  • O chanceler alemão Olaf Scholz, por seu turno, afirmou que “as tropas russas têm de sair da Ucrânia”. “Isto é necessário para atingir uma solução sustentável para o conflito entre a Rússia e a Ucrânia”, disse. Scholz apelou também ao Presidente Vladimir Putin que “aceite um cessar-fogo e permita corredores humanitários, para proteger os civis”. A Alemanha doou mais 370 milhões de euros em humanitária à Ucrânia.
  • Em Portugal, a partir do Porto, Marcelo Rebelo de Sousa não deixou de dar a sua opinião numa visita oficial. Aos jornalistas, o Presidente português disse considerar que o presidente russo, Vladimir Putin, cometeu um erro ao pensar que perante a sua decisão de tomar o território ucraniano iria conseguir dividir a União Europeia e a própria NATO. “É evidente que falharam. “A NATO e a UE continuam unidas”, referiu, independentemente da ideologia de cada país e apenas pela “paz e pelo respeito do direito internacional, da soberania dos estados, dos direitos das pessoas”, acrescentou.
  • Já da Rússia a informação que chegou foi que o Kremlin considera que “exatamente um mês depois do início da operação militar especial na Ucrânia” a vida “está a voltar ao normal” nos territórios “já libertos dos nacionalistas” ucranianos. “Está a correr como planeado e os objetivos delineados serão alcançados”, declarou a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros russos, Maria Zakharova, que espera que Kiev “reconheça a necessidade de uma solução pacífica”.
  • Um total de 140 países da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor de uma resolução que pede ajuda humanitária imediata para a Ucrânia, ajudando a proteger os civis. A resolução também critica a Rússia por ter criado uma situação “dramática” humanitária. Apenas cinco países votaram contra: Bielorrússia, Coreia do Norte, Eritreia, Rússia e Síria, enquanto 38 abstiveram-se, incluindo a China, Cuba e a Índia.

 

  
onu.jpgÉ já a segunda vez que em sessões da Assembleia-Geral da ONU uma esmagadora maioria de membros isolam e condenam a “operação militar especial”, como Putin chama à invasão da Ucrânia pelas suas tropas. Mas continua a preocupar-me a posição neutra da China (abstenção) em tudo o que se refere a criticar a Rússia.
  Agência Lusa - O Presidente chinês, Xi Jinping, disse hoje [6.ª feira, 25mar2022], numa conversa por telefone com o homólogo britânico, Boris Johnson, que a comunidade internacional deve “criar as condições certas” para resolver o conflito na Ucrânia e “promover negociações de paz com sinceridade”. “A comunidade internacional deve promover as negociações de paz com sinceridade. Devem ser criadas as condições necessárias para resolver este assunto. Devemos fazer tudo o possível para que a paz retorne à Ucrânia”, disse Xi, segundo a imprensa local. O Presidente chinês afirmou que o seu país já está a desempenhar “um papel construtivo” nesse sentido. Xi disse ainda que a China está "pronta para o diálogo" com o Reino Unido, desde que este seja "franco, aberto e inclusivo", afirmando esperar que Londres seja "justa e objetiva" ao lidar com Pequim. A conversa ocorre uma semana depois de Xi ter falado, por videoconferência, com o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Xi instou então Washington a trabalhar em conjunto para "equilibrar as tensões" e "alcançar a paz global". 

 

  Reunião de ontem do Conselho da Europa
1024.jpgVolodymyr Zelensky diz que Portugal é dos países que têm mostrado mais reservas em apoiar a Ucrânia. Num discurso feito por videoconferência durante a reunião do Conselho Europeu, o presidente ucraniano comentou a postura dos 27 estados-membros perante o conflito e mencionou que Portugal tem algumas dúvidas em apoiar decisões a favor da Ucrânia. "A Bulgária está connosco, e acredito que a Grécia estará. A Alemanha está um pouco atrasada. Portugal? Bem... está quase. A Croácia está connosco; Suécia - o azul e o amarelo - estão sempre juntos", afirmou o presidente ucraniano.

 


Erdogan.jpgA emissora turca NTV, citando o presidente Erdogan, disse ter havido progresso em vários pontos-chave nas negociações entra a Ucrânia e a Rússia. Ancara, que goza de boas relações com Moscovo e Kiev, vem tentando posicionar-se como mediadora entre os dois lados. Mas por outro lado o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse hoje que as negociações com a Rússia para acabar com o conflito são "muito difíceis" e prometeu que Kiev não recuará em suas exigências. “A delegação ucraniana assumiu uma posição forte e não abre mão de suas demandas. Insistimos, em primeiro lugar, num cessar-fogo, garantias de segurança e integridade territorial da Ucrânia”, disse Kuleba. Enquanto isso, a agência de notícias russa Interfax citou o negociador russo Vladimir Medinsky dizendo que os dois lados estavam a fazer pouco progresso em questões importantes. Medinsky também disse que Moscovo acredita que Kiev está a tentar estender as negociações.

 

  Publicado pela Embaixada da Rússia na França (@AmbRusFrance)… mas posteriormente eliminado.
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  Reforço da presença militar da NATO no leste europeu
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Publicado por Tovi às 07:09
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Terça-feira, 8 de Março de 2022
Evacuação de civis de cinco cidades ucranianas

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Na imagem os corredores humanitários propostos pela Rússia

Até ao dia de ontem já se registavam mais de 1,7 milhões de refugiados ucranianos. Hoje, às 9 horas na Ucrânia (07h00 TMG), entrou em vigor um cessar-fogo proposto pela Rússia. Iremos ver ao longo do dia se encontrarão passagem segura os muitos civis que pretendem abandonar o terror dos combates em cinco cidades ucranianas: Kiev, Sumy, Kharkiv, Cherniguiv e Mariupol.

 

  08h10 de 08mar2022 - Fonte do Ministério da Defesa russo, citada pela agência Interfax, garante que os combates em Chernihiv, Sumy, Kharkiv, Mariupol e Kiev pararam, e que foram abertos corredores humanitários a partir destas cidades.
  08h24 de 08mar2022Evacuação em Sumy já começouO primeiro grupo de civis já foi retirado da cidade, de acordo com fonte do governo regional. Entre as pessoas que deixaram a cidade durante o cessar-fogo desta manhã estão residentes e cerca de 1.000 estudantes estrangeiros.
  08h36 de 08mar2022Depois de Sumy, também Irpin começou a retirar os seus cidadãos, depois do cessar-fogo desta manhã para permitir a criação de um corredor humanitário. Irpin, nos arredores de Kiev, tem sido palco de intensos combates, inclusive durante a retirada de cidadãos. Aguarda-se ainda a confirmação das autoridades ucranianas sobre os corredores humanitários em Cherhihiv, Kharkiv e Mariupol.
  08h52 de 08mar2022"Se a guerra continuar, começaremos a ver pessoas sem recursos e sem conexões. Será uma situação mais complexa de gerir para os países europeus daqui para frente, e será preciso haver ainda mais solidariedade de todos na Europa e fora dela", disse o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, em conferência de imprensa nesta terça-feira. Filippo Grandi lembrou que as guerras nos Balcãs, na Bósnia e no Kosovo, também causaram um grande fluxo de refugiados, "cerca de dois ou três milhões, mas num período de oito anos". "Em várias regiões do mundo vemos coisas destas, mas na Europa é a primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial", lembrou.
  10h12 de 08mar2022O governo da Ucrânia diz que 30 autocarros estão a caminho de Mariupol para retirar civis através dos corredores humanitários que foram autorizados esta manhã.
  11h16 de 08mar2022
O presidente chinês, Xi Jinping, pede "contenção máxima" da situação da Ucrânia, que descreveu como preocupante, de modo a evitar que fique fora de controlo, segundo a emissora estatal chinesa CCTV. Xi Jinging participou numa videoconferência com o presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Olaf Schoz, dizendo que os três países devem apoiar conjuntamente as negociações de paz.


    
image.jpgO edifício da Embaixada da Rússia em Lisboa esteve na noite de segunda-feira iluminada com as cores da bandeira da Ucrânia, na sequência de uma manifestação contra a invasão russa do território ucraniano. Um dos jovens manifestantes, solicitando o anonimato, afirmou que estavam ali unidos pela liberdade e que enfrentaram o frio da noite chuvosa para pôr em marcha a "ação de guerrilha" contra o que disse ser "um grito contra a ocupação selvagem da Ucrânia pela Rússia". Nesta mesma segunda-feira [07mar2022] o grupo da Iniciativa Liberal (IL) na Assembleia Municipal de Lisboa propôs a alteração do nome da rua Visconde de Santarém, morada da embaixada russa na capital portuguesa, em Arroios, para que passe a ter a designação de Rua da Ucrânia.

 


EU-NATO flags.jpgO ministro português dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, reagiu hoje às ameaças russas contra o Ocidente, particularmente a inclusão de Portugal na lista de países hostis: "No que diz respeito às ameaças da Rússia e do seu presidente Putin, em diferentes áreas, a resposta é muito simples: essas ameaças não nos amedrontam nem intimidam. Decidimos as nossas posições em concertação, quer no quadro das Nações Unidas quer no quadro da União Europeia e da NATO".
  
David RibeiroNo que se refere à agressão da Rússia à Ucrânia, os membros da NATO e da União Europeia nunca estiveram tão bem alinhados na condenação desta bárbara atitude do Governo de Putin. Portugal, como não podia deixar de ser, está em perfeita sintonia com a NATO e UE… se vai doer?... claro que vai, mas TODOS temos que continuar a defender que "o futuro da Ucrânia aos ucranianos pertence" e só a eles.


  16h28 de 08mar2022
Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, anunciou que o pais vai proibir todas as importações de petróleo da Rússia"Este é um passo para infligir uma dor ainda maior a Vladimr Putin", disse Joe Biden.
  16h29 de 08mar2022
Reino Unido anunciou, esta terça-feira, que vai acabar com a importação de petróleo e produtos petrolíferos russos até ao final do anoDe acordo com a agência Reuters, o governo britânico diz que esta transição vai dar ao mercado, aos negócios e à cadeia de fornecimento "mais do que tempo suficiente" para substituir as importações da Rússia, que são apenas 8%. "As empresas devem utilizar este ano para garantir uma transição suava de forma a que os consumidores não sejam afetados". O Reino Unido vai, desde já, começar a trabalhar com novos fornecedores de petróleo, avança o mesmo comunicado. Quanto ao gás natural, do qual só dependem da Rússia em 4%, também já estão a procurar outras opções. 



Publicado por Tovi às 08:38
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Sexta-feira, 4 de Março de 2022
O pior está para vir

  Vladimir Putin e Emmanuel Macron estiveram numa conversa telefónica de hora e meia no dia de ontem [03mar2022] e da conversa o presidente francês concluiu que “o pior está para vir”, na ofensiva russa em território ucraniano.

 


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Esta madrugada a Central Nuclear de Zaporizhzhia esteve em chamas após um ataque russo. O diretor da Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA), Rafael Mariano Grossi, garantiu na manhã de hoje [04mar2022] que os seis reatores de Zaporizhzhia "não foram afetados" pelo ataque à central, pelo que não houve fuga de material radioativo. "É importante dizer que todos os sistemas de segurança dos seis reatores da central não foram de todo afetados. Não houve fuga de material radioativo", afirmou o responsável da IAEA, em conferência de imprensa, após o alegado ataque das tropas russas à maior central nuclear da Europa. Grossi disse que apenas o "edifício adjacente" da central foi atingido, mas que, "naturalmente", a situação "continua a ser extremamente tensa e desafiadora devido às circunstâncias". Segundo fontes do parlamento ucraniano a Central Nuclear está agora controlada pelos russos. Do outro lado da “barricada” um porta-voz do ministro russo da defesa, citado pela Interfax, culpa "sabotadores ucranianos" pelo ataque à Central Nuclear de Zaporizhzhia, dizendo que a Ucrânia perdeu o controlo dos "mercenários estrangeiros". 

 

   A brincar se vão dizendo verdades
249432190.jpgPara quem já andou praticamente dois anos de máscaras Covid passar a usar as de proteção de contaminação radioativa não deve ser muito difícil.

 

  Mais uma da série "Rússia invadiu Ucrânia"
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  13h36 de 04mar2022Várias explosões seguidas foram ouvidas em Kiev, testemunhou um jornalista da Reuters no local, tendo sido acionadas as sirenes de alerta de ataque aéreo na cidade. A origem das explosões é ainda desconhecida, segundo a mesma agência de notícias.
  15h47 de 04mar2022Vladimir Putin falou esta sexta-feira ao telefone com o chanceler alemão Olaf Schokz, garantindo que a Rússia está aberta ao diálogo com a Ucrânia, apresentando um "mas". 
Segundo o presidente russo, Kiev deve cumprir "todas as exigências" de Moscovo, disse Putin, citado pela agência Interfax. Na conversa entre os dois líderes mundiais, Putin disse ainda a Scholz que espera que a Ucrânia assuma "uma posição construtiva" na próxima ronda de negociações.
  16h21 de 04mar2022Volodymyr Zelensky conversou esta sexta-feira com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. O presidente ucraniano adianta que a candidatura da Ucrânia à União Europeia (UE) e os acontecimentos da última madrugada na central nuclear de Zaporizhzhia estiveram em discussão. “Falei com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Informei-a sobre as agressões de terrorismo nuclear. Prevenir é o nosso esforço comum. Discutimos o fortalecimento das sanções contra a Rússia. O problema da candidatura da Ucrânia à União Europeia também esteve na agenda”, pode ler-se na publicação de Zelensky no Twitter.
  16h30 de 04mar2022O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai reunir-se agora (11h30 em Nova Iorque). Em causa está o ataque à central nuclear de Zaporizhzhia. O Conselho de Segurança das Nações Unidas é composto por cinco membros permanentes e dez não-permanentes. Os membros permanentes são a República Popular da China, Estados Unidos da América, Reino Unido, França e Federação Russa. Neste momento (mandatos de 1jan2022 a 31dez2023) os membros não-permanentes são Gana, Gabão, Emirados Árabes Unidos (EAU), Albânia, Brasil, Índia, Irlanda, Quénia, México e Noruega.
  17h35 de 04mar2022
O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou que União Europeia, Estados Unidos, Reino Unido e Canadá alinharam-se nas sanções a impor à Rússia. De acordo com Augusto Santos Silva, que falou depois de uma reunião em Bruxelas, um ponto muito presente é a “necessidade de cuidar da implementação completa das sanções”, avaliando o efeito das mesmas. “É uma fase muito importante, não podemos multiplicar-nos em sanções sem cuidar que elas estão completamente implementadas no terreno”, afirmou. O responsável falou de uma evolução “muito negativa” no terreno, e admite que foram discutidas novas medidas de “isolamento da Rússia nas organizações internacionais”.
  18h00 de 04mar2022
Um enviado chinês à reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU apelou, mais uma vez, ao diálogo entre a Rússia e a Ucrânia para chegarem a um entendimento político. "A comunidade internacional deve manter a cabeça fria e racional", afirmou. Aproveitou ainda para saudar o entendimento entre os dois países no que toca aos corredores humanitários.
  18h37 de 04mar2022Milhares de refugiados estão a sair da Ucrânia com os seus animais de estimação, no meio de temperaturas negativas. Na Roménia, estão a ser recebidos com ambulâncias veterinárias e condições para cuidar de muitos cães e gatos apanhados pela guerra.
  20h54 de 04mar2022
Cidade de Trostyanets [cerca de 20 mil habitantes] capturada pelos russosA notícia foi confirmada pelo governador da região de Sumy, Dmytro Zhyvytskyy, que anunciou também que as tropas russas controlam a estação de ambulâncias e não estão a deixar as equipas médicas tratar outros pacientes para além de crianças. Zhyvytskyy acrescentou que todas as lojas foram saqueadas e que ninguém na cidade consegue arranjar comida.



Publicado por Tovi às 10:26
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Sábado, 19 de Fevereiro de 2022
O "Proteger a Ucrânia" e a "Crise dos Mísseis de Cuba"

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Numa altura em que Putin se irrita por os EUA se preparam para “Proteger a Ucrânia” com o fornecimento de armamento a um país vizinho da Rússia, recordo-me da Crise dos Mísseis de Cuba, um episódio que durou de 16 a 28 outubro de 1962 entre os Estados Unidos e a União Soviética, relacionado com a implantação de mísseis balísticos soviéticos na ilha de Fidel. Foi o mais próximo que se chegou ao início de uma guerra nuclear em grande escala durante a Guerra Fria. Depois de um longo período de tensas negociações, foi alcançado um acordo entre Kennedy e Kruschev. Os soviéticos desmantelaram as suas armas em Cuba e levaram-nas para a União Soviética.

 

  Ponto da situação na Crise da Ucrânia

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Os líderes das regiões separatistas do leste da Ucrânia de Donetsk e Lugansk declararam uma mobilização militar total, medidas que ocorrem numa altura em que se verifica um aumento de violência na região devastada pela guerra e que o Ocidente teme que possa ser usado como pretexto para uma invasão da Rússia.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, irá supervisionar os grandes exercícios militares ao longo das fronteiras da Ucrânia no dia de hoje [sábado, 19fev2022] enquanto o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, está viajando pela Europa para angariar apoios.
O chanceler alemão Olaf Scholz afirmou na Conferência de Segurança de Munique que um ataque russo à Ucrânia seria um "erro grave" com altos "custos políticos, económicos e geoestratégicos". Na mesma conferência o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, disse que Moscovo estava a apresentar questões de segurança que o Kremlin sabia nunca poderem ser atendidas pela NATO. Também foi afirmado pela chefe do executivo da União Europeia, Ursula von der Leyen, que as ameaças de Moscovo à Ucrânia podem remodelar todo o sistema internacional, alertando Moscovo que o seu pensamento de “um passado sombrio” pode custar à Rússia um futuro próspero.
Rostov, uma região russa na fronteira com a Ucrânia, declarou estado de emergência, citando um número crescente de pessoas que chegam de áreas controladas por separatistas na Ucrânia depois de receberem ordens de evacuação.
O presidente dos EUA, Joe Biden, continua a alertar para o facto de haver indicações que a Rússia está a planejar invadir a Ucrânia, até porque existem sinais de Moscovo estar a realizar uma operação de “bandeira falsa” para justificá-la, depois de forças ucranianas e rebeldes pró-Moscovo trocaram tiros.

 

  Esquema da ofensiva ucraniana, a partir dos dados obtidos pela inteligência da República Popular de Donetsk.
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  O seguro morreu de velho
Além de Portugal (existem 240 portugueses residentes naquele país), outros países pediram aos seus cidadãos na Ucrânia para que deixem o país. A lista inclui Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Noruega, Dinamarca, Bélgica, Países Baixos, Alemanha, Espanha, Israel, Austrália, Nova Zelândia, Japão, Iraque, Kuwait e Itália.
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  João Cravinho na Conferência de Segurança de Munique 

32528560.jpgNo dia em que as tensões entre a Rússia e a Ucrânia atingiram um ponto máximo, o ministro português da Defesa, João Gomes Cravinho, presente na Conferência de Segurança de Munique (CSM), explicou de que modo Portugal poderá ser chamado a envolver-se nos conflitos: “Portugal faz parte da NATO, portanto a nossa primeira preocupação será a solidariedade em relação aos nossos aliados na NATO. Neste caso, muito em particular aqueles que fazem fronteira com a Ucrânia. .../... Existe uma força chamada VJTF (Very High Joint Readiness Task Force) que é a força de mais elevada prontidão da NATO, em que os países membros da NATO participam de forma rotativa. Portugal neste momento participa na VJTF, em 2022 estamos na VJTF. Se a VJTF for mobilizada para efeitos de defesa da NATO, naturalmente que Portugal participará”. O ministro da Defesa português disse também que a possibilidade de adesão da Ucrânia à NATO não está atualmente em cima da mesa. Gomes Cravinho salientou que “a adesão da Ucrânia à NATO foi discutida em 2008”. “Nessa altura, decidiu-se que não havia condições para a NATO aceitar a Ucrânia e desde então o assunto tem ficado exatamente nesse ponto. .../... É absolutamente falso que esta crise seja sobre a adesão da Ucrânia à NATO. Essa matéria não está em cima da mesa. Nem aqui em Munique, nem ao longo dos últimos 13, 14 anos se discutiu essa possibilidade.”

 

  O gás da Gazprom

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Um fator importantíssimo a considerar no conflito que se está a viver no Leste da Europa tem a ver com as reservas de gás nas instalações de armazenamento subterrâneo na Ucrânia, que se encontram no mínimo, tendo caído, de acordo com a Gazprom, para 10,6 mil milhões de metros cúbicos, o que é 45% menos que no ano passado. Além disso, no início desta semana, as autoridades da Alemanha, que possui uma das maiores capacidades de armazenamento subterrâneo da Europa, relataram uma queda nos volumes de armazenamento para níveis historicamente baixos em comparação com os anos anteriores.
E se Putin interromper o seu fluxo de gás para a Europa?... Hoje em dia a “guerra” já não se faz só em combates militares.



Publicado por Tovi às 10:57
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