O Dia da Vitória Soviética (em russo: День Победы, Den' Pobedy) ou 9 de maio, marca a capitulação da Alemanha Nazi para a União Soviética na Segunda Guerra Mundial. As celebrações decorrem hoje na Praça Vermelha, em Moscovo.
Moscovo preparou o desfile militar de hoje - solenemente apelidado de "Marcha do Regimento Imortal" -, o ponto alto das comemorações do Dia da Vitória em toda a Rússia, mas consta-se que pelo menos 21 cidades cancelaram tais eventos. As autoridades regionais referiram-se vagamente à “situação atual” como uma razão pela qual essas comemorações não ocorrerão, pois podem ser alvo de sabotadores pró-ucranianos. Os russos culpam a Ucrânia por uma série de ataques contra depósitos de combustível e comboios de mercadorias na semana passada, bem como um ataque à cidadela do Kremlin. Mas as comemorações, incluindo fogos de artifício, continuarão na capital russa em 9 de maio. De acordo com a agência de notícias estatal russa TASS, os moscovitas e convidados das comemorações do Dia da Vitória poderão ver fogos de artifício festivos em 16 locais às 22h, horário local, em Moscovo. (Na imagem mísseis terra-ar Pantsir-S e sistemas de artilharia antiaérea atravessam a Praça Vermelha em Moscovo durante um ensaio para a parada militar do Dia da Vitória)
Discurso de Putin no Dia da Vitória
"Hoje a civilização encontra-se perante um novo ponto de viragem" - Putin começou a discursar perante uma Praça Vermelha repleta de militares russos que ouvem atentamente as palavras do presidente russo. "Hoje a civilização encontra-se perante um novo ponto de viragem", começou por dizer Putin. O presidente russo pediu um minuto de silêncio por "todos os que deram a vida à guerra" contra os nazis. "Para nós, a memória dos defensores da pátria é sagrada, valorizamos os nossos combatentes", vincou.
Putin diz ter "orgulho" dos "participantes da operação militar especial" - O presidente russo afirma que a Rússia tem "orgulho em todos os participantes da operação militar especial". "O futuro do nosso Estado depende de vós", declarou.
Putin termina discurso reiterando a "vitória" russa na Ucrânia - O presidente russo indica a presença de alguns dos "participantes da operação militar especial" na Ucrânia. "São quadros que integram a mobilização parcial", apontou, saudando de seguida "os que nesta altura estão nos seus postos de combate". "Na Segunda Guerra Mundial, os nossos antepassados heróicos mostraram que não há nada mais importante do que a nossa unidade, não há nada mais forte do que o nosso amor pela pátria, pela Rússia, pelas nossas Forças Armadas, e do que a vitória".
Raul Vaz Osorio - Palavras ocas, mera propaganda
Fernando Duarte - David , Sabes porque é que os russos festejam hoje, quando todos os outros países da Europa festejam no dia 8 de Maio?
Isabel Sousa Braga - Fernando Duarte por causa do fuso horário, segundo a SIC
David Ribeiro - Fernando Duarte ... Exatamente pelo motivo apontado aqui pela Isabel Sousa Braga .
Fernando Duarte - David Ribeiro Na realidade a rendição foi assinada em França, em Reims, a 7 de Maio 1945, prevendo o fim dos combates às 23:01 de 8 de Maio, aliás existem muitos jornais do 8 de Maio que relatavam a rendição alemã, e documentos do Churchill a festejar essa vitoria. Só que o Staline fez uma birra porque queria a rendição em Berlin e exigiu uma nova rendição a 8 de Maio às 23:16 (00:16 hora de Moscovo)!
Adao Fernando Batista Bastos - Discurso hipócrita e mentiroso numa tentativa daquilo a qie vulgsrmente dizemos, virar o bico ao prego. Um doido perigoso.
David Ribeiro - Goste-se ou não de Vladimir Putin e da sua política imperialista, e eu não gosto nada, não podemos renegar o enorme contributo da União Soviética para a derrota da Alemanha Nazi nem os seus 24 milhões de mortos na Segunda Guerra Mundial. E é isto que se invoca nesta parada militar na Praça Vermelha em Moscovo no dia de hoje.
Fernando Duarte - David Ribeiro Qual contributo? Zanga de comadres, isso sim!
Jorge Lira - David Ribeiro e continuamos com equívocos deste tipo. O enorme erro estratégico do eixo aliado em ter apoiado Stalin contra Hitler em vez do contrário. Hitler teria naturalmente ido para Leste e não Oeste, pois era esse o seu Lebensraum, e não a França, leste onde derrotaria Stalin e acabaria com a URSS, se não jogasse em duas frentes, ficando enormemente debilitado. endo depois muito facilmente derrotado pelos aliados. Este erro estratégico, estamos ainda hoje e no futuro a pagar e bem caro.
David Ribeiro - Se os seus "ses" tivessem acontecido, Jorge Lira , a história seria outra, mas a verdade é que assim não foi.
Jorge Lira - David Ribeiro os ses mal resolvidos do passado poderão ser úteis a responder devidamente no presente. Para isto e só para isto poderão servir. Poder ter tido um ocidente sem união soviética poderia ter feito acabar a guerra ante de 45 e traria a Europa desde então benefícios imensos, já para não falar dos riscos e dos povos por si subjugados durante a guerra fria. Há erros que se pagam caro demais.
Jorge Veiga - David Ribeiro A URSS ajudou muito à derrota do Hitler e sua Alemanha Nazi, mas nunca devemos esquecer que foi por causa do armamento fornecido pela USA, porque eles tinha homens e um armamento obsoleto. E tinham as KGB femininas por trás dos soldados e a matarem quem tentava fugir às linhas da frente. A URSS era fraca, mal armada. mas esqueceram quem os ajudou. o habitual naquela gente.
João Fernandes - David Ribeiro, não concordo nada consigo. Aproveitando uma data histórica e incontornável, o louco putin vende mais banha de cobra à multidão que o ouve, para justificar o que não tem justificação, ou seja, a destruição da Ucrânia. Já o louco Hitler, com os seus discursos inflamados, usava as mesmas técnicas para justificar o que se seguiu, ou seja, a segunda guerra mundial.
Raul Vaz Osorio - Parece-me que se está a esquecer aqui o mais importante: se assim fosse, teríamos recebido na década de 50 um mundo dominado por ideologias fascistas, um mundo onde sucessivamente seriam massacradas as minorias incómodas. Achar que esse poderia ser um mundo melhor que o que temos tido é não só uma conclusão muito controversa como necessita de uma ginástica mental muito acrobática. Sim, a URSS não foi um sítio muito simpático, não deveria ser nada agradável viver nela, mas para a Europa foi excelente, é practicamente certo que não existiria modelo social europeu se não existisse a pressão social que a existência da URSS ocasionou. A guerra fria forçou o ocidente capitalista a moderar-se e possibilitou toda uma panóplia de medidas de justiça social que de outra forma, seriam quase certamente impossíveis e originou 30 anos de bem estar social como nunca existira antes na historia da humanidade. Esta tendência foi invertida com o advento da era Reagan-Thatcher, a que a queda do muro de Berlim e o fim da guerra fria deram alento, o que levou à fase que ainda perdura de retrocesso dos direitos sociais e aumento brutal da desigualdade. O facto de estar entre os que beneficiam deste status quo não me impede de o ver de forma realista. Ou, como soi dizer-se, pimenta no cu dos outros, para mim é refresco
David Ribeiro - É isso mesmo, Raul Vaz Osorio... e não esqueçamos que tudo o que gostaríamos que acontecesse raramente é aquilo que o futuro nos dá.
Raul Vaz Osorio - David Ribeiro aliás, sugiro a todos que queiram reflectir sobre o que seria um mundo saído de uma segunda guerra vencida por Hitler, a leitura de The Man in the High Castle de Philip K Dick, bem complementado pela série televisiva disponível no Amazon Prime.
David Ribeiro - Ainda mais um "suponhamos" sobre tudo o que aqui se tem escrito... Não há dúvidas que a capitulação da Alemanha Nazi foi nas últimas horas do dia 8 de maio de 1945 (ou nas primeiras horas do dia 9) e pergunto eu: Onde na Europa (a tal Europa democrática) e em que dia é que se comemora este acontecimento?... Ou será que se pretende passar um esponja por toda a barbárie do nazismo?
Raul Vaz Osorio - David Ribeiro o dia assinalado é 8 de Maio, enquanto que 9 de Maio é o Dia da Europa, por razões que nada têm a ver com a rendição nazi. Que o dia 8 seja assinalado mas não comemorado penso que se prende com o facto de a Alemanha ser um actor central da nova Europa e não seria muito curial fazer grande estardalhaço em torno da sua rendição.
João P. Afonso - David Ribeiro talvez não seja comemorado porque as gerações atuais evitam recordar o pior da fase de um país como a Alemanha. E de vincar que desde a queda do muro de Berlim, foi um país que se colocou na dianteira da economia europeia levando todos os outros por arrasto, em crescimentos e fortalecimento do eixo Paris-Berlim. No entanto, é claro que a libertação de algo como o nazismo deve ser comemorado. Se a árvore da memória histórica deixar de ser regada, estaremos de certa forma a provocar uma forma de censura, de um dos mais importantes momentos da História europeia. Foi esta capitulação que permitiu o nascimento dos países e territórios que hoje se unem em Bruxelas mas também, ao aparecimento de Instituições como a ONU e a OTAN/NATO. Deveria ser comemorado, até mesmo para provar que somos democracias livres e fortes o suficiente, para corrigir os erros e lamber as feridas com a reconstrução de instituições que solidificaram e promoveram de certa maneira, as relações entre os vários países no Mundo que há época, eram ainda colonialistas e imperialistas. Outros tempos, mas tempos novos que reencontramos hoje em dia com outros rostos e rótulos. Abraço grande
Raul Vaz Osorio - João P. Afonso acho que isso é feito da única forma inteligente: comemorando a nova Europa que daí nasceu.
Jorge Veiga - Por acso ouvi na TV (traduzido, claro) que o Sr Putin disse que a culpa da guerra era do Ocidente. Será que é?
Luis Barata - Very talkative! In deed. We are not amused! Há-de morrer como tantos outros déspotas. E com ele uma ideologia perniciosa, assassina, infame.
Guterres já não acredita na paz entre a Rússia e a Ucrânia
António Guterres acredita que neste momento não há qualquer perspectiva de paz entre a Rússia e a Ucrânia porque ambas as partes "estão convencidas de que vão vencer" o conflito. "Infelizmente, creio que neste momento não é possível uma negociação para a paz. As duas partes estão convencidas de que podem vencer", assumiu o secretário-geral da ONU, numa entrevista ao El País, publicada esta terça-feira, dia em que a Rússia celebra o Dia da Vitória.
Jorge Veiga - mas o que se vão perder, são muitas vidas. Até parece que valem pouco...
Carlos Miguel Sousa - São o mesmo povo, a combater entre si.
Os Estados Unidos anunciaram um "novo pacote de assistência à segurança" para ajudar a Ucrânia a melhorar as suas defesas aéreas e as suas necessidades de munições. O novo pacote, avaliado em 1,2 mil milhões de dólares (cerca de 1,1 mil milhões de euros), inclui novos sistemas de defesa aérea, munições, mísseis, radares, novos serviços de satélite e outros equipamentos. "Este pacote sublinha o comprometimento dos Estados Unidos para responder às maiores necessidades da Ucrânia, como munições e sistemas de defesa aérea", pode ler-se no comunicado do Departamento da Defesa.
Jose Antonio M Macedo - Boas notícias. Ainda bem. Uma eventual fragmentação da Rússia só traria benefícios à Europa.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, foi hoje a Kiev para assinalar o Dia da Europa, e avançou que em junho será dada uma avaliação provisória positiva sobre a integração europeia da Ucrânia, que será um elemento-chave para tomada de decisão dos Estados-membro em outubro - devendo a Ucrânia prosseguir sete reformas relevantes, a nível do seu sistema judicial, no combate à lavagem de dinheiro, na implementação da lei anti-oligárquica ou na alteração da legislação relativa às minorias. E alguém acredita que os senhores no poder em Kiev alguma vez implementarão em tempo útil todas estas coisas que são o dia-a-dia do governo ucraniano. Eu vou esperar... sentado.
Jorge Veiga - David Ribeiro pois aplicar esta são as mais fáceis. O mais difícil é sair da guerra e reerguer o país. Das que foram faladas, até aqui era preciso uma mãozinha para aconchego...
Mário Paiva - Então tá!
Apesar das declarações da China de que se reservava o direito de ajudar militarmente a Rússia, até agora ofereceu a Moscovo apenas cobertura diplomática. Rússia e China emitiram uma declaração conjunta sobre a Ucrânia, na qual Putin apoiou a posição "objetiva e imparcial" de Xi Jinping e apoiou a China como um potencial pacificador na crise da Ucrânia. O governo chinês emitiu no mês passado uma posição de 12 pontos sobre a guerra na Ucrânia, que apoiava elementos das abordagens russa e ocidental. Por exemplo, opôs-se às sanções, que foram impostas pelo Ocidente, mas também se opôs à escalada nuclear, que as autoridades russas ameaçaram em várias ocasiões. As suas declarações nesta semana alertaram contra as hostilidades atingindo “uma fase incontrolável”, o que poderia ser interpretado como um alerta de confronto nuclear.
O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitri Medvedev, diz precisar de criar "um cordão sanitário" na fronteira russa... E trabalhar para a PAZ?... Quando é que se sentam a uma mesa de negociações?
Adao Fernando Batista Bastos - esse fulano é um pulha...
Os combates na frente de Avdiivka, na região ucraniana de Donetsk, intensificaram-se bastante nas últimas semanas, instando as autoridades os cerca de 2.000 civis que ainda ali permaneciam a abandonar urgentemente a zona, indicou na sexta-feira [24mar2023] a ONU. Segundo o Gabinete da ONU para a Coordenação das Questões Humanitárias (OCHA), "aqueles que ficaram naquela área [numa das linhas da frente do leste da Ucrânia] vivem em condições difíceis, com bombardeamentos contínuos a destruírem casas, hospitais e escolas". "A cidade tem acesso insuficiente a água, não há fornecimento de eletricidade ou gás, a assistência médica foi dizimada e o abastecimento de bens alimentares interrompido", resumiu o OCHA, num comunicado.
Não restam dúvidas que os Direitos Humanos andam pela rua da amargura no conflito Rússia-Ucrânia... e nisto não há inocentes, quer de um ou do outro lado da barricada.
Albertino Amaral - Direitos Humanos numa guerra, é sempre difícil cumprir...
Fatima Salcedo - Quem invadiu quem? E quem ataca alvos civis? Tudo isso também conta.
Reuters/CM - hoje às 15h37
Uma explosão causada por um drone fez hoje dois feridos na cidade russa de Kireyevsk, a 220km de Moscovo, na região de Tula. Incidente fez uma cratera no centro da localidade e danos em três edifícios residenciais.
Jose Antonio M Macedo - Muito bem. Penso que esses ataques estão totalmente dentro do legalidade internacional, uma vez que a Ucrânia tem o direito de se autodefender.
Luis Miguel Moreira - Se calhar foi um drone russo descontrolado
Fatima Salcedo - Quantas crateras tem a Ucrânia causada por mísseis e drones russos?
Jose Romão - Nas notícias publicadas, em todas elas é desconhecido a origem do drone. Preocupante é a Rússia estar a enviar armas nuclear para a Bielorrússia, o sequestro de crianças Ucranianas, os ataques diários de que é alvo o povo Ucraniano, a execução de civis Ucranianos por parte dos militares Russos e principalmente as consequências para toda a Europa caso Putin tenha sucesso neste conflito criado por ele contra a Ucrânia. Mas infelizmente, parece que estão mais interessados em arranjar motivos para justificar as atrocidades cometidas pelos Russos contra os Ucranianos do que verem a realidade dos factos
Teresa Mtv - Jose Romão e bem verdade é triste
Tiago Silva - É preciso mais desses! Parabéns às forças ucranianas!
Al Jazeera - 26mar2023 às 15h26 GMT
As tensões estão a aumentar num proeminente complexo de um mosteiro ortodoxo em Kiev chamado Kyiv-Pechersk Lavra, onde os monges estão a enfrentar um despejo para o final deste mês. É o local mais referenciado na ortodoxia ucraniana. mas o governo ucraniano acusa os monges de ligações com Moscovo, embora eles afirmem ter rompido os laços com a Igreja Ortodoxa Russa após a invasão da Ucrânia em grande escala pelas tropas do Kremlin. Representantes da Igreja dizem que este é um pretexto para uma contínua repressão do governo à instituição, que tem laços históricos com Moscovo.
Jorge Veiga - Têm laços históricos ou não têm laços históricos?
Paulo Teixeira - Tu e a defesa dos russos...
David Ribeiro - Eu não defendo os senhores atualmente no poder no Kremlin, Paulo Teixeira, mas também não embarco nas trapalhadas dos senhores de Kiev.
E é assim que estamos... parece que ninguém quer a PAZ
Fatima Salcedo - Nao é bem assim… neste momento não há condições para a paz… a Rússia invadiu a Ucrânia… tem que recuar para ser possível qq negociação.
Jose Bandeira - A Polónia já se disponibilizou para ajudar a Ucrânia a conseguir a única Paz possível pois sabe que se não for na Ucrânia será no seu território que se desenrolarão as próximas "negociações".
Raul Vaz Osorio - Não é verdade. O que ninguém quer é que a Rússia tire benefício dele. Porque isso apenas significa que iria repetir a gracinha noutras paragens.
Mário Paiva - ...
Helder Ferreira - Nunca duvidei que os EUA tão desejosos de um Guerra Mundial... E como sempre o MEXILHÃO - EUROPA - é o que está a acontecer actualmente... Se queremos paz não devemos fomentar a guerra, fornecendo armas aos ucranianos....
...e Kiev reivindica pesadas perdas entre as tropas russas.
Consultando as mais variadas informações do conflito Rússia-Ucrânia na 50.ª semana da guerra, a chegarmos a um ano de confrontos, verificamos que Kiev reivindica pesadas perdas entre as tropas russas, mas a verdade é que parece ser a Rússia a obter ganhos territoriais marginais nas regiões orientais da Ucrânia, ao lançar novos recrutas nas linhas de frente para sondar as defesas com ataques amplamente dispersos, mas a maior parte das vezes com baixas devastadoras para as suas tropas. As ordens de Moscovo eram para capturar as partes restantes das províncias de Lugansk e Donetsk, conhecidas como Donbas, até março, e realmente estão a acontecer cerca de 100 combates por dia ao longo de toda a linha de frente, com as tropas ucranianas a perderem terreno no extremo norte da frente de 800 km, em Kharkiv - terreno que tinham reconquistado numa ampla contra-ofensiva em setembro passado - onde as forças russas alegaram ter capturado os assentamentos de Synkivka e Dvorichna. Mais a sul, as forças russas têm realizado um número recorde de ataques de artilharia de Kreminna na direção de Lyman, com combates ferozes a continuarem em Bakhmut, uma cidade no centro da frente oriental que as forças russas vêm tentando capturar desde o verão passado. Um comandante ucraniano disse a um repórter ocidental que seus defensores poderiam resistir por “mais um ou dois meses”. No entanto o diretor de estudos da Rússia no Centro de Análises Navais, uma organização de pesquisa, escreveu que a situação em torno de Bakhmut “parece cada vez mais precária para o Exército ucraniano, e não ficaria surpreso se eles finalmente se retirassem da cidade”. E também há quem afirme ainda não ter havido um acordo de paz porque o Ocidente não permitiu... e eu afirmo estar cada vez mais convencido que a guerra está para durar... com mais sofrimento para as pobres e inocentes populações do Donbas.
Jorge Veiga - O Ocidente não permite a paz? Não será a Ucrânia a ter que se pronunciar sobre o que é seu?
Albertino Amaral - Os Russos vão aguentando enquanto tiverem "munições humanas" para gastar... Para alguns miúdos, foi certamente a única forma de sairem das suas terriolas longinquas, na imensidão daquele país... Pobres pequenos...
Carlos Miguel Sousa - A estratégia de Putin, está definida, é cada vez mais visível e os americanos conhecem-na bem. Assenta na Doutrina de Monroe, e na necessidade vital da Rússia controlar a totalidade da costa marítima do mar de Ázov, e a costa marítima norte do mar negro. Putin, quer conquistar e manter as fronteiras das «repúblicas russas inventadas», assim como da Crimeia, porque são para a Rússia espaço vital. Para os Russos, o que se passa na Ucrânia, é o mesmo que se o Canada ou o méxico virassem de tal forma a esquerda que seguissem as mesmas politicas de Venezuela, aí iríamos ver as esquadras norte americanas a bloquear esses países, senão passasse mesmo por uma invasão por terra. Seria igual. É falsa a ideia que as grandes potencias nucleares pensem de forma muito diferente uma das outras. Para finalizar, afirmo sem reservas que nenhum poder militar exterior, irá retirar a Rússia, da parte ocupada da Ucrânia.
Eduardo Miranda - Carlos Miguel Sousa... Se assim for, lamento!
Carlos Miguel Sousa - Eduardo Miranda... Lamentamos ambos.
Desde que a invasão da Ucrânia pela Rússia começou há quase um ano, o status e a segurança da central nuclear de Zaporizhzhia têm sido uma preocupação persistente. A central foi ocupada pela Rússia logo após a invasão, e Moscovo e Kiev acusaram-se mutuamente de arriscar um perigoso acidente nuclear, já que a central foi atacada em várias ocasiões. A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) pediu a implementação de uma zona segura ao redor da central para mantê-la protegida contra bombardeamentos. No dia de ontem [quinta-feira 9fev2023], a Rússia indicou que estava preparada para avançar com os esforços para criar uma zona ao redor da central, após uma reunião entre o chefe da agência nuclear da ONU, Rafael Grossi, e o chefe da empresa nuclear estatal Rosatom. A central produzia cerca de 20% da geração de energia da Ucrânia antes da invasão da Rússia, mas não produz eletricidade desde setembro.
Na manhã de hoje Kiev denunciou que mísseis russos atravessaram espaço aéreo da Moldávia e da Roménia. Moldavos confirmam, romenos desmentem. Na sequência deste incidente a primeira-ministra da Moldávia demitiu-se, levando à queda do governo moldavo. Em conferência de imprensa Natalia Gavrilita anunciou que tinha "chegado a hora" da demissão, na sequência de uma série de crises que afetaram o país desde a invasão russa da Ucrânia, acrescentando que, quando chegou ao poder, ninguém esperava "ter de gerir tantas crises causadas pela agressão russa na Ucrânia". Nos últimos meses, a Moldávia tem sofrido cortes de energia devido aos ataques russos à Ucrânia, enfrentando igualmente uma inflação crescente que motivou protestos nas ruas - alegadamente incentivados por Moscovo, que procurou desestabilizar o governo moldavo. Gavrilita assumiu a liderança do executivo em agosto de 2021, depois de o seu partido pró-europeu ter conseguido uma maioria no parlamento com a promessa de limpar o país da corrupção.
Albertino Amaral - Assim de repente, fica confirmada a velha máxima: "Quem tem cú, tem medo..." pira-te...
David Almeida - Fica assim confirmada a teoria da tomada do poder na Moldávia por parte dos pró-russos, tomando assim uma frente que isola, ainda mais, a Ucrânia, agora com mais uma frente de batalha!!!
Vladimir Putin garantiu que a Rússia está a produzir tantos mísseis antiaéreos como todos os países do mundo juntos, em resposta à alegada escassez de munições no Exército russo.
O New York Times divulgou esta terça-feira [24fev2023] que o Pentágono está empenhado numa corrida para aumentar a sua produção de ‘rockets’ de artilharia em 500% nos próximos dois anos, promovendo níveis de fabrico de munições para registos semelhantes aos da Guerra da Coreia (1950- 1953).
“É evidente que estamos a assistir a uma tendência de rearmamento a nível mundial, estamos a assistir não à redução, mas ao aumento das despesas militares. E esse é mais um fator que está a limitar a capacidade de apoiar financeiramente os países em desenvolvimento, e espero que esta moda possa terminar em breve”, afirmou António Guterres após reunir-se no Mindelo, ilha de São Vicente, com o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, no sábado 21jan2023.
De um lado Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul, do outro a China e a Rússia, pelo meio a Coreia do Norte e Taiwan. Com cada um a querer estar um passo à frente dos outros, todos são apanhados num círculo vicioso que está a girar fora de controlo. É uma corrida ao armamento maior do que tudo o que a Ásia alguma vez viu – três grandes potências nucleares e uma em rápido desenvolvimento, as três maiores economias do mundo e alianças de décadas, todas a lutar por uma vantagem em algumas das áreas terrestres e marítimas mais disputadas do mundo.
Como era de esperar a proclamação por Vladimir Putin da anexação de quatro províncias ucranianas parcialmente ocupadas durante a escalada da invasão da Ucrânia pelas tropas do Kremlin - Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhia – e que ontem [sexta-feira 30set2022] foram formalmente declaradas parte da Rússia, ditou o início de uma nova fase deste conflito.
A Ucrânia já afirmou que as suas tropas continuarão a libertar o seu território ocupado pela Rússia e que “nada muda” após esta proclamação de anexação.
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, disse: “A anexação ilegal proclamada por Putin não mudará nada. Todos os territórios ocupados ilegalmente por invasores russos são terras ucranianas e sempre farão parte desta nação soberana”, acrescentando que a comissão estava a propor “um novo pacote de sanções mordazes contra a Rússia”.
Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO, tornou público que as ações recentes da Rússia constituem a escalada mais séria desta guerra de sete meses. “Putin mobilizou centenas de milhares de soldados, comprometidos em irresponsáveis armas nucleares e agora anexou ilegalmente mais território ucraniano. Tudo junto, isto representa a escalada mais séria desde o início da guerra”, disse Stoltenberg à comunicação social. Segundo afirmou a NATO voltou a reafirmar o seu “apoio inabalável” à independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia, e não seria impedida de apoiar o país na defesa contra a Rússia.
Disse o presidente Joe Biden: “Não se enganem: estas ações não têm legitimidade. Os Estados Unidos sempre honrarão as fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia”, acrescentando que seu país “reunirá a comunidade internacional para denunciar esses movimentos e responsabilizar a Rússia”.
Como era de esperar a Rússia usou o seu veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas para rejeitar um projeto de resolução que buscava condenar as suas anexações do território ucraniano. E até os amigos íntimos de Moscovo, China e Índia, juntamente com Gabão e Brasil, preferiram abster-se em vez de votar contra a resolução que condenava as últimas ações do Kremlin na Ucrânia.
Em comunicado o embaixador de Pequim na ONU, Zhang Jun, disse que, embora “a soberania e a integridade territorial de todos os países devam ser salvaguardadas”, as “legítimas preocupações de segurança” dos países também devem ser levadas a sério. “Ao longo de sete meses de crise na Ucrânia, a crise e seus efeitos colaterais tiveram uma ampla gama de impactos negativos. A perspectiva de uma crise prolongada e ampliada também é preocupante. A China está profundamente preocupada com essa perspectiva”.
E assim vai a visita dos inspetores da AIEA à Central Nuclear de Zaporizhzhia. Durante o dia de ontem pareceu haver descoordenação entre os decisores políticos que aceitaram esta visita e aquilo que se passa no terreno, não havendo confirmação por fontes independentes se os ataques a localidades próximas da central nuclear são de forças russas ou ucranianas. Importante, mas muito difícil ao que parece, era a desmilitarização da zona em torno desta central nuclear, a maior da Europa e a nona maior do mundo.
Ao fim do dia de ontem alguns elementos da equipa de inspeção da Agência Internacional de Energia Atómica deixaram a central nuclear de Zaporizhzhia, depois de terem passado várias horas no local, de acordo com a Reuters. Quatro dos nove veículos envolvidos na missão deixaram as instalações da central nuclear, segundo a agência de notícias russa Interfax. O líder do órgão de vigilância nuclear da ONU, Rafael Grossi, admitiu que a equipa conseguiu reunir "muitas" informações em poucas horas, tendo observado “elementos-chave” que era necessário ver. “Conseguimos, nessas poucas horas, reunir muita, muita informação. As principais coisas que eu precisava ver vi." Não foi especificado quantas pessoas permanecerão no local e por quanto tempo.
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) tem visita prevista à central nuclear de Zaporizhzhya já nos primeiros dias da próxima semana. O diretor do organismo, Rafael Grossi, já tinha dito que a inspeção estava para “muito breve” e na sexta-feira [26ago2022] ter-se-ão dado passos decisivos nas negociações. A missão tem como objetivo verificar se há perigo imediato de fuga de algum material nuclear e também deve levar equipamento para reparar partes da central que podem ter ficado danificadas nos confrontos que têm acontecido nas imediações. A equipa da AIEA vai ainda levar dispositivos de medição de radiação.
Rússia bloqueia rascunho final do tratado de desarmamento nuclear
[in Al Jazeera 27ago2022] - A Rússia bloqueou a adoção de uma declaração conjunta sobre o tratado de desarmamento nuclear das Nações Unidas, que criticava a tomada militar de Moscovo da Central Nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia. Igor Vishnevetsky, vice-diretor do Departamento de Não-Proliferação e Controle de Armas do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, disse que a versão final, que tinha mais de 30 páginas, carecia de “equilíbrio”. “A nossa delegação tem uma objeção importante em alguns parágrafos que são de natureza flagrantemente política”, disse ele, acrescentando que a Rússia não foi o único país a discordar do projeto de texto. O Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), que é revisto a cada cinco anos pelos 191 signatários, visa impedir a disseminação de armas nucleares, promover o desarmamento completo e promover a cooperação no uso pacífico da energia nuclear. As nações estão reunidas na sede da ONU em Nova York desde 1 de agosto, participando de um mês de negociações, incluindo uma sessão final que foi adiada por várias horas na passada sexta-feira. O presidente da conferência, Gustavo Zlauvinen, da Argentina, disse que “não se está em condições de chegar a um acordo” depois da Rússia ter contestado o texto. O último rascunho do texto expressou “grave preocupação” com as atividades militares em torno das centrais nucleares ucranianas, incluindo Zaporizhzhia, bem como com a perda de controle da Ucrânia sobre esses locais e o efeito negativo na segurança. Os signatários discutiram vários outros tópicos importantes durante a conferência, incluindo o programa nuclear do Irão e os testes nucleares norte-coreanos. Na última conferência de revisão em 2015, as partes também não conseguiram chegar a um acordo sobre questões substantivas. A conferência de revisão prevista para 2020 foi adiada por causa da pandemia de COVID-19. Na abertura da conferência deste ano, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que o mundo enfrenta “um perigo nuclear não visto desde o auge da Guerra Fria”. “Hoje, a humanidade é apenas um mal-entendido, um erro de cálculo da aniquilação nuclear”, disse Guterres. Adam Scheinman, o representante especial dos EUA para a não proliferação nuclear, observou que o rascunho final nunca nomeou a Rússia, e disse que subestimava a situação na Central Nuclear de Zaporizhzhia. “A Rússia é a razão pela qual não temos consenso hoje”, disse ele. “As mudanças de última hora que a Rússia buscou não foram de menor importância. Eles pretendiam proteger a intenção óbvia da Rússia de varrer a Ucrânia do mapa.” A Indonésia, falando em nome do Movimento Não-Alinhado, composto por 120 países em desenvolvimento, expressou deceção com o fracasso, chamando o documento final de “de extrema importância”. Rebecca Johnson, presidente fundadora da Campanha Internacional pela Abolição das Armas Nucleares, disse estar dececionada com o resultado. “É muito dececionante, mas não deve ser surpreendente”, disse ela à Al Jazeera. “O TNP vem falhando há muito tempo porque é usado essencialmente por estados com armas nucleares para reforçar a validade que eles atribuem a estas armas. Isto está a acorrer num momento em que a Rússia lançou uma invasão contra a Ucrânia, mas também ameaçou o uso de armas nucleares em que a dissuasão claramente falhou.”
Os combates continuaram durante a última noite perto da Central Nuclear de Zaporizhzhia, segundo autoridades ucranianas locais. A Força Aérea Russa atacou uma fábrica da Motor Sich na região de Zaporizhzhia, onde helicópteros estavam a ser reparados, disse o Ministério da Defesa da Rússia.
Nestes últimos dias todos diziam que a segurança estava em perigo... e alguns até afirmavam já haver vazamento de hidrogénio e pulverização de material radioativo... afinal...
António Guterrres, Secretário-geral da ONU, visitou ontem [19ago2022] Odessa (sul), cujo porto está a ser utilizado para a exportação de cereais ucranianos através do acordo impulsionado pela própria ONU e pela Turquia.
Num briefing no porto ucraniano de Odesa, no Mar Negro, Guterres disse que os países em desenvolvimento precisam de ajuda para comprar estes cereais e pediu acesso desimpedido aos mercados globais de alimentos e fertilizantes russos que não estão sujeitos a sanções. “Este é um acordo entre duas partes envolvidas num conflito amargo. É sem precedentes em escopo e escala. Mas ainda há um longo caminho a percorrer em muitas frentes (...) É hora de um apoio maciço e generoso para que os países em desenvolvimento possam comprar alimentos deste e de outros portos – e as pessoas possam comprá-los”, afirmou o Secretário-geral das Nações Unidas.
Os presidentes de França e da Rússia conversaram esta sexta-feira [19ago2022] por telefone sobre a situação na Ucrânia. Um dos temas que preocupa ambos é a central nuclear de Zaporizhzhia. Segundo o Eliseu, o Presidente russo aceitou que especialistas da Agência Internacional de Energia Atómica (IAEA) visitem a central para avaliar o impacto que tiveram os recentes bombardeamentos nas proximidades da estrutura.
A Ucrânia e a Rússia vão assinar hoje um acordo para permitir a exportação de cereais através do Mar Negro. A cerimónia de assinatura deste acordo do envio de cereais, na qual estarão presentes o Presidente turco Recep Tayyip Erdogan e o secretário-geral da ONU, António Guterres, terá lugar às 13h30 locais (14h30 em Portugal), no Palácio Dolmabahçe, em Istambul, com a participação da Ucrânia e Rússia. Este acordo visa trazer pelo Mar Negro cerca de 20 milhões de toneladas de cereais que se encontram bloqueados em silos ucranianos, por causa da ofensiva russa na Ucrânia, que teve início em 24 de fevereiro. O acordo também deve facilitar as exportações russas de cereais e fertilizantes, afetadas pelas sanções ocidentais que afetam a logística e as cadeias financeiras russas.
Bom trabalho do presidente turco Erdogan e do secretário-geral da ONU, António Guterres. As Nações Unidas e a Turquia trabalham há dois meses para intermediar o que Guterres chamou de um “pacote” – para retomar as exportações de cereais da Ucrânia no Mar Negro e facilitar os embarques russos de cereais e fertilizantes.
Zelensky, no briefing diário na noite de quinta-feira, afirmou: “E amanhã também esperamos notícias da Turquia, sobre o desbloqueio de nossos portos”.
Alguns dos pontos conhecidos do acordo assinado esta tarde entre a Ucrânia e a Rússia, para permitir a exportação de cereais bloqueados nos portos do Mar Negro
O acordo prevê um centro de coordenação e controlo em Istambul, dirigido por todas as partes envolvidas: um ucraniano, um russo, um turco e um representante das Nações Unidas. Os delegados vão gerir a rotatividade de navios no Mar Negro. Pode demorar quatro semanas até o centro estar operacional.
Moscovo exige inspeções aos navios à partida e chegada na Turquia para garantir que não levam armamento. Há um compromisso em manter corredores marítimos sem atividade militar, e qualquer desminagem fica a cargo de um “país terceiro” por especificar.
O acordo dura quatro meses mas é renovável. E tem uma contrapartida: um memorando de entendimento em como as sanções contra Moscovo não vão afetar direta ou indiretamente cereais e fertilizantes.
Rodrigues Pereira - Estou a pensar que é uma enorme honra ver o nosso compatriota António Guterres a firmar um acordo entre a Rússia e a Ucrânia, co-negociado pela ONU e a Turquia, e que pode constituir o primeiro passo sério para o fim da guerra!
David Ribeiro - Sem dúvida... até porque, como sempre defendi, o DIÁLOGO é a melhor forma de se tentar resolver um conflito.
Paulo Pereira - Um primeiro passo para um cessar fogo, acho.
António Guterres, secretário-geral da ONU, afirmou que "este é um acordo para o mundo" e que, a partir desta sexta-feira, "existe um farol no mar negro: um farol de esperança, de possibilidade e de alívio".
Recep Tayyip Erdogan, o presidente da Turquia, país onde se assinou o acordo que irá permitir a exportação de cereais ucranianos, bloqueados nos portos do Mar Negro devido à guerra, acredita que "este acordo é um passo a caminho da paz".
O oligarca russo Roman Abramovich, que também tem nacionalidade portuguesa, foi visto participando da cerimónia de assinatura do acordo de cereais em Istambul. Não ficou claro a que título o ex-proprietário do Chelsea Football Club estava a participar no evento. Kiev e Moscovo tinham indicado anteriormente que Abramovich estava operando como intermediário entre os dois lados no início da guerra.
A União Europeia saúda este acordo... mas não lhe tinha ficado mal se já tivesse "lutado" por ele há mais tempo. Francisco Seixas da Costa - Hoje, foi um dia estranho para a União Europeia. Desde há muitos anos, fomos habituados a ver surgir a União Europeia em quase todos os cenários que, direta ou indiretamente, se ligassem aos seus interesses geopolíticos. Como “honest broker” ou como “soft power”, os enviados de Bruxelas tinham sempre uma espécie de lugar cativo nos cenários de crise ou de tentativa de resolução de conflitos. Da União esperava-se sempre apoio, intermediação e uma atuação que, sem descurar interesses, carreasse o seu peso político: com afirmação de princípios, com clareza de posições, mas sempre com sentido de compromisso e, em especial, com uma linguagem serena e sem histerismos jingoístas. Hoje, em Istambul, naquela que é uma tentativa de entendimento, pontual mas muito relevante, entre dois Estados da sua vizinhança, em aberto conflito armado, a União Europeia não teve lugar na sala. Nem como simples observador. Vale a pena perguntar porquê, embora todos saibamos a resposta.
As reações já se fazem sentir... e ainda não saiu pelo Mar Negro nenhum carregamento de cereais.
Sendo a Zona Económica Exclusiva de Portugal a 3.ª maior da União Europeia (1.727,408 km2), a 5.ª maior da Europa e a 20.ª maior do mundo, a CONFERÊNCIA DOS OCEANOS, que se realiza em Lisboa de 27 de junho a 1 de julho, é da maior importância.
As Nações Unidas, com o apoio dos Governos de Portugal e do Quénia, acolhem a Conferência dos Oceanos, em Lisboa, de 27 de junho a 1 de julho de 2022. A Conferência é um apelo à ação pelos oceanos – exortando os líderes mundiais e todos os decisores a aumentarem a ambição, a mobilizarem parcerias e aumentarem o investimento em abordagens científicas e inovadoras, bem como a empregar soluções baseadas na natureza para reverter o declínio na saúde dos oceanos. A Conferência dos Oceanos acontece num momento crítico, pois o mundo procura resolver muitos dos problemas profundamente enraizados nas nossas sociedades e evidenciados pela pandemia da covid-19. Para mobilizar a ação, a Conferência procurará impulsionar as muito necessárias soluções inovadoras baseadas na ciência, destinadas a iniciar um novo capítulo na ação global pelos oceanos.
Jose Antonio M Macedo - Claramente. Assim, se vê o valor de cada uma das onze ilhas portuguesas habitadas, das Desertas e das Selvagens para Portugal. Um valor que muitas vezes é esquecido.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, saudou nesta segunda-feira [27jun2022] as "promessas concretas e vinculativas" assumidas na Conferência dos Oceanos e destacou o compromisso do primeiro-ministro, António Costa, de ter 30% das áreas marinhas nacionais classificadas até 2030. Em conferência de imprensa, na Altice Arena, em Lisboa, onde ontem começou a 2.ª Conferência dos Oceanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Marcelo Rebelo de Sousa manifestou a esperança de que este encontro seja "um ponto de partida para uma grande mudança" na ação global em relação a esta matéria. Marcelo Rebelo de Sousa tinha ao seu lado o secretário-geral da ONU, António Guterres, e Uhuru Kenyatta, Presidente do Quénia, país com o qual Portugal partilha a organização desta conferência.
Biodiversidade... by António Gaspar
Pergunta com resposta difícil
Halyna, uma mulher de 28 anos da cidade de Mariupol, no sul da Ucrânia, sobreviveu a três semanas de bombardeamentos russos com seu marido, dois filhos pequenos e um cachorro. E conta-nos que os seus filhos (uma menina de oito e um menino de seis anos) só lhe perguntavam se dói morrer.
Prisioneiros de guerra
Segundo diz um assessor presidencial ucraniano 600 prisioneiros estão mantidos em cativeiro em Kherson, região ocupada pela Rússia, em “condições desumanas” e vítimas de tortura.
Corpos de mortos em combate
Familiares de elementos do Batalhão Azov disseram hoje que 210 corpos de combatentes ucranianos mortos a defenderem a siderurgia Azovstal das forças russas na cidade de Mariupol, já foram entregues em Kiev.
Ao 105.º dia é assim que estamos
As forças ucranianas vão "provavelmente" ter de retirar-se de Severodonetsk, cidade no leste na Ucrânia "bombardeada 24 sobre 24 horas" pelas forças russas, disse o governador regional de Lugansk a uma televisão de Kiev. "Provavelmente vai ser precisa uma retirada", declarou o governador Serguei Gaidai ao canal de televisão 1+1 numa altura em que a cidade está parcialmente sob o controlo da Rússia. Neste momento a situação militar é dinâmica e não é possível a confirmação independente de todas as informações que chegam da região.
Segundo relatos da mídia do Kremlin os combatentes que resistiram na siderúrgica Azovstal de Mariupol e depois se renderam, foram transferidos para a Rússia, quando a Ucrânia tinha dito que iriam ser devolvidos numa troca de prisioneiros.
António Guterres, Secretário-Geral da ONU, disse hoje que o impacto da guerra na Ucrânia sobre alimentos, energia e finanças é “sistémico, severo e acelerado”.
As tropas ucranianas foram empurradas para trás na parte oriental da cidade de Severodonetsk pelo constante bombardeamento das forças russas e agora controlam apenas seus arredores, de acordo com uma autoridade regional. A Rússia concentrou suas tropas e poder de fogo na pequena cidade do leste nas últimas semanas para proteger a província vizinha em nome de representantes separatistas. A Ucrânia prometeu lutar o maior tempo possível, dizendo que a batalha pode ajudar a moldar o curso futuro da guerra.
Pessoas recebem pão durante distribuição de ajuda humanitária na cidade portuária de Mariupol (in Al Jazeera, foto de Alexander Ermochenko/Reuters)
Ainda ontem [2.ª feira 9mai2022], o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, durante uma visita ao porto de Odessa, lamentava que “silos cheios” de alimentos prontos para exportação estejam bloqueados neste importante porto ucraniano no Mar Negro. “Vi silos cheios de grãos, trigo e milho prontos para exportação (…) Esta comida tão necessária está retida por causa da guerra russa e do bloqueio dos portos do Mar Negro. Causando consequências dramáticas para países vulneráveis. Precisamos de uma resposta global”. Ainda na semana passada funcionários da ONU alertaram que a falha no envio desses produtos prejudicará a segurança alimentar nos países importadores, especialmente os mais pobres na África e em outros lugares.
Segundo disse o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, a Ucrânia perde 170 milhões de US Dólares a cada dia que lhe é cortado o acesso ao mar e a capacidade nacional de exportação fica reduzida para mais da metade. “Noventa milhões de toneladas de produtos agrícolas, que a Ucrânia planejava exportar para países da Ásia, África e Europa, foram bloqueados”, disse Shmyhal na cidade portuária de Odesa, falando ao lado do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. Shmyhal disse que alguns produtos foram exportados por rodovias ou ferrovias, mas algumas outras reservas permaneceram em áreas sob bombardeamentos ou foram capturadas pela Rússia.
Zelensky, depois de ter conversado com o presidente do Conselho Europeu, publicou um post no Telegram, pedindo medidas imediatas para abrir os portos ucranianos bloqueados pela Rússia, a fim de permitir a exportação de trigo e evitar uma crise alimentar global. “É importante evitar uma crise alimentar no mundo causada pelas ações agressivas da Rússia”, disse Zelensky.
Já no passado mês de março o Fundo Monetário Internacional (FMI) tinha alertado para o facto de a guerra na Ucrânia poder provocar uma crise alimentar mundial. Também o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse na altura que o mundo pode enfrentar um "furacão de fome". “Vamos tirar comida aos esfomeados para dar aos famintos”, foram as palavras inequívocas do diretor executivo do Programa Alimentar Mundial e mostram a escala dramática da crise que se começa a desenhar.
“Neste momento vamos viver uma crise humanitária e alimentar como talvez nunca tenhamos vivido desde a Segunda Guerra Mundial”, considera Pedro Graça, especialista em Nutrição Humana e professor na Universidade do Porto (UP). “Mas foi para lidar com [situações como esta] que foram criados organismos internacionais que não existiam antes da Segunda Guerra Mundial, como a ONU e a FAO [Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura]. Se as Nações Unidas não conseguirem combater a guerra, têm a obrigação de combater a fome. Isso vai ser um dos grandes desafios da ONU neste e no próximo ano”.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky pede uma trégua prolongada para resgatar os cerca de 200 civis e combatentes abrigados nos bunkers da siderúrgica Azovstal.
A Polónia e a Suécia, em parceria com a União Europeia, organizam hoje uma conferência internacional de doadores para a Ucrânia. A iniciativa, que visa fornecer apoio humanitário à Ucrânia, será presidida pelos primeiros-ministros da Polónia, Mateusz Morawiecki, e da Suécia, Magdalena Andersson, em parceria com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e com a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen. O primeiro-ministro português, António Costa, vai participar no evento por meios digitais. A reunião, convocada ao nível de chefes de Estado e de Governo, conta ainda com a participação de representantes de empresas e instituições financeiras globais. Segundo Varsóvia e Estocolmo, esta conferência, que dará início a uma série de eventos de apoio à Ucrânia que irão decorrer nos próximos meses, visa arrecadar fundos para satisfazer as crescentes necessidades humanitárias da Ucrânia, onde cerca de 13 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária vital, incluindo abrigo, alimentos e medicamentos. Os dois países afirmam que “é essencial mobilizar ajuda internacional imediata para a Ucrânia, que atualmente cobre menos de 15% do que é necessário”.
Entretanto o Reino Unido anunciou também no dia de hoje um pacote de 45 milhões de libras (53 milhões de euros) de ajuda humanitária à Ucrânia, sobretudo a mulheres e crianças, canalizado na maior parte através das agências e instituições da ONU. O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico disse que o apoio destina-se a pessoas mais vulneráveis afetadas pelo conflito, pelo que 15 milhões de libras (18 milhões de euros) serão destinados ao Fundo Humanitário da ONU para a Ucrânia (UHF), outros 15 milhões de libras para a UNICEF.
O primeiro-ministro português, António Costa, anunciou na Conferência de Alto Nível de Doares para a Ucrânia, que decorre em Varsóvia, numa intervenção que fez por vídeo, que Portugal vai contribuir com 2,1 milhões de euros em ajuda humanitária à Ucrânia, dos quais um milhão de euros para as respostas das Nações Unidas e 1,1 milhões adicionais.
A presidente da Comissão Europeia apresentou ontem o novo pacote de sanções contra a Rússia, que passam pelo embargo do petróleo e gás russos até ao final do ano. E não há dúvida que mais sanções e cada vez mais direcionadas à economia do Kremlin são fundamentais. Mas tenhamos tininho na forma como as vamos implementar, pois na União Europeia nem todos têm o mesmo arcaboiço económico e são vários os países que dependem muito do gás e produtos petrolíferos vindos da Rússia, correndo nós o risco de acabarem as sanções por terem efeitos contra os próprios países europeus.
A ministra francesa do Meio Ambiente e Energia, Barbara Pompili, diz estar confiante de que os Estados membros da União Europeia chegarão a um consenso sobre como encerrar as importações de petróleo russo até o final desta semana. “Alguns países são mais dependentes do petróleo russo do que outros e, portanto, devemos tentar encontrar soluções para que eles possam aderir a essas sanções (...) Mas acho que devemos ser capazes de fazê-lo", disse a ministra à rádio France Info.
Não!... Não vai ser fácil, seguramente
19h45 (TMG) de hoje / Al Jazeera
Uma terceira operação está em andamento para retirar civis da cidade portuária ucraniana de Mariupol e das instalações da siderurgia Azovstal sitiada, disse António Guterres, secretário-geral da ONU. Guterres recusou-se a dar detalhes sobre a nova operação “para evitar prejudicar um possível sucesso”. “Espero que a coordenação contínua com Moscovo e Kiev leve a mais pausas humanitárias para permitir que os civis passem a salvo dos combates e que a ajuda chegue àqueles em necessidade crítica”, disse ele aos 15 membros do Conselho de Segurança. “Devemos continuar a fazer tudo o que pudermos para tirar as pessoas desses cenários infernais.”
As Nações Unidas confirmaram na tarde de ontem estar em andamento uma operação para evacuar pessoas da siderúrgica Azovstal em Mariupol - "Operação de Passagem Segura". O porta-voz humanitário da ONU, Saviano Abreu, informou que o esforço de evacuação estava a ser feito em colaboração com o Comité Internacional da Cruz Vermelha e em coordenação com autoridades ucranianas e russas, três dias após a visita do secretário-geral António Guterres a Moscovo e Kiev precisamente com esse objetivo. Kiev e Moscovo asseguraram ter resgatado cerca de 200 civis (100 pessoas a caminho de Zaporizhzhia, área controlada pelos ucranianos; o Ministério da Defesa da Rússia diz ter retirado 80 civis do complexo siderúrgico, tendo sido reencaminhados para território controlado pelos separatistas pró-russos). Acredita-se que até 1.000 civis estejam encurralados juntamente com cerca de 2.000 combatentes ucranianos. Já no sábado as agências oficiais russas de notícias Tass e Ria Novosti, citadas pela congénere espanhola, Efe, tinham anunciado que vinte cinco civis abandonaram a zona de Azovstal, na cidade portuária de Mariupol. Entre os que conseguiram abandonar a fábrica metalúrgica estão 19 adultos e seis crianças com menos de 14 anos, afirmaram nas notícias, que não deram mais detalhes.
Rodrigues Pereira - Pelos vistos, a ida do Guterres está a dar frutos. Por muito lenta que seja a operação, já começou ...
Paulo Pereira - Vitória do nosso Guterres
A retirada dos residentes de Mariupol e da fábrica Azovstal, onde centenas de civis permanecem cercados e encurralados, iniciada no sábado, vai continuar esta segunda-feira, disseram as autoridades locais na plataforma Telegram. De acordo com o município, foram acordados dois locais adicionais para retirar pessoas de Mariupol, sob os auspícios da ONU e da Cruz Vermelha. "Há boas notícias. Com o apoio das Nações Unidas e da Cruz Vermelha, foram hoje acordados dois locais adicionais para colocar pessoas num comboio que saia de Mariupol. Estes são a aldeia de Mangush, na região de Donetsk, e Lunacharsky, perto de Berdiansk, a leste de Mariupol", indicaram as autoridades. "Se tiver familiares ou conhecidos no local, tente contactá-los e fornecer-lhes informações sobre uma possível retirada", alertaram.
Um assessor do prefeito de Mariupol disse que os autocarros que transportam civis deixaram a cidade enquanto os esforços de evacuação continuam. Não ficou imediatamente claro quantas pessoas foram evacuadas nestes autocarros. Centenas de pessoas permaneceram presas na siderúrgica Azovstal, o último reduto de resistência ao cerco de Moscovo à cidade de Mariupol. Um primeiro grupo de evacuados do local deverá chegar a Zaporizhzhia, uma cidade ucraniana a noroeste de Mariupol, na manhã desta segunda-feira. Há indicação que as forças russas voltaram a bombardear a siderurgia no domingo assim que os autocarros deixaram a fábrica, disse o assessor do prefeito.
Esforços para retirar mais civis da cidade portuária ucraniana devastada de Mariupol sofreram atrasos nesta segunda-feira e centenas de pessoas permaneceram presas nas instalações da siderurgia Azovstal, o último reduto de resistência ao cerco russo. Não ficou claro o que estava a causar este atraso.
A evolução das tropas no terreno já é significativa, comparando o dia 6 de março com o dia de hoje, 2 de maio de 2022. Mas há uma grande diferença entre "quem manda" no Norte e no Sudeste da Ucrânia e as forças do presidente russo, Vladimir Putin, estão agora no controle quase todas das cidades do Mar de Azov. O Estado-Maior das Forças Armadas ucranianas diz que vários batalhões russos foram reposicionados de Mariupol para a cidade de Popasna, na região oriental de Luhansk. Popasna tem sido um dos epicentros dos combates no leste, já que os militares russos tentaram romper as defesas ucranianas como parte de sua ofensiva reorientada no Donbas. O Estado-Maior ucraniano também disse que as forças russas estavam tentando pressionar seus ataques de Izyum a Slovyansk e Barvinkove.
O secretário-geral das Nações Unidas viajou ontem da Polónia para a Ucrânia, tendo chegado ao final da tarde a Kiev. António Guterres, ao contrário de outros líderes mundiais, fez a viagem de carro e não de comboio, devido aos mais recentes ataques russos terem destruído muitas das infraestruturas ferroviárias da Ucrânia.
Para o dia de hoje Guterres tem agendados encontros com o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros e de seguida com o presidente Zelensky.
Esta manhã, Guterres em Bucha e Irpin, na Ucrânia
"Imagino as minhas netas a fugir, e parte da minha família morta (...) O meu sentimento é de que nenhuma guerra pode ser aceite no século XXI (...) As pessoas a viver nestes prédios pagaram o preço mais alto de uma guerra para a qual não contribuíram. Onde quer que haja uma guerra, o preço mais alto é sempre pago pelos civis", afirmou o Secretário-Geral da ONU, que está a visitar Bucha e Irpin, locais muito afetados pela invasão russa.
Guterres já se encontrou com Zelensky
Declarações do presidente da Ucrânia, em conferência de imprensa conjunta com o Secretário-geral das Nações Unidas: "Estou grato pelo secretário-geral da ONU estar aqui". Volodymyr Zelensky disse também, após a reunião com António Guterres, que acredita que um "resultado bem-sucedido" é possível "em termos do desbloqueio da Azovstal, em Mariupol. "Acredito que a Ucrânia é uma prioridade", reiterou.
António Guterres afirmou que a situação em Mariupol "é uma crise dentro de uma crise". Em conferência de imprensa após o encontro com Volodymyr Zelensky, o Secretário-geral das Nações Unidas assegurou que "estamos a fazer todos os possíveis para retirar pessoas da Azovstal". Guterres lamentou a violação dos direitos humanos e reitera que a ONU" vai procurar responsabilização" pelo que aconteceu nos arredores de Kiev: "Presenciei violação de direitos humanos". "O Conselho de segurança falhou em prevenir a guerra", apontou o secretário-geral.
Durante a transmissão da conferência de imprensa conjunta entre António Guterres e Volodymyr Zelensky (transmitida em diferido por questões de segurança), foram ouvidas duas grandes explosões no centro da capital ucraniana, não muito longe do Palácio Presidencial. Reporteres presentes no local onde o secretário-geral da ONU e o presidente da Ucrânia estiveram reunidos, relatam diversas ambulâncias e viaturas de socorro a dirigirem-se para a zona das explosões.
Segundo indicou um conselheiro do ministro do Interior ucraniano, foram lançados dois mísseis, tendo um deles sido abatido e o outro terá atingido uma antiga fábrica de material militar, com o míssil acabando por atingir um prédio residencial, causando seis feridos, já encaminhados para o hospital. A mesma fonte não soube dizer qual a gravidade dos ferimentos nem se já foi apurado o número de mortos. Jornalistas portugueses no terreno identificam o alvo como uma fábrica estatal de mísseis em pleno funcionamento. A Al Jazeera, citando os serviços de emergência ucranianos, diz que pelo menos uma pessoa morreu e várias ficaram feridas neste ataque a Kiev, incluindo algumas que ficaram presas nos escombros depois de dois prédios terem sido atingidos.
Volodymyr Zelensky, na sua mensagem diária em vídeo, declarou, nesta quinta-feira: "Hoje, imediatamente após o fim das nossas conversas [com Guterres] em Kiev, mísseis russos voaram sobre a cidade, cinco mísseis. Isso diz muito sobre a verdadeira atitude da Rússia em relação às instituições mundiais, sobre os esforços da liderança russa para humilhar a ONU e tudo o que a organização representa. E, portanto, requer uma resposta apropriada e poderosa. (...) Os ataques com mísseis russos na Ucrânia - em Kiev, Fastiv, Odessa, Khmelnytskyi e outras cidades - provam mais uma vez que não se pode relaxar ainda, não se pode pensar que a guerra acabou. Ainda precisamos de lutar, precisamos de expulsar os ocupantes."
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