[Ukrainska Pravda - 24set2024] - O candidato presidencial republicano, Donald Trump, chamou o presidente ucraniano de “o melhor vendedor da história” e voltou a falar sobre o seu alegado plano para acabar com a guerra da Rússia contra a Ucrânia. "Vejo que Zelensky está aqui. Acho que Zelensky é o melhor vendedor da história - cada vez que ele vem ao país, ele vai com 60 mil milhões de dólares."
Jorge Veiga - É curioso porque estou convencido que contador de histórias e palhaço é o Trump, mas quem sou eu para desmentir um aldrabão?
ONU - Pacto para o Futuro
A Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) adotou um pacto ambicioso que visa tornar a organização mais relevante e eficaz no cenário global no século XXI, tendo em conta as crescentes críticas sobre as suas falhas em impedir guerras e responsabilizar aqueles que violam sua carta. Rússia e Irão estavam entre as sete nações que se opuseram ao “Pacto para o Futuro”, mas não conseguiram impedir que o documento prosseguisse durante a assembleia que ocorreu no domingo e na 2.ª feira [22 e 23set2024]. A ONU descreve o pacto como uma “declaração histórica” que promete ações em direção a um mundo melhor para as gerações de amanhã. O longo texto adotado pelos 193 membros da AGNU inclui uma promessa de avançar mais rápido em direção ao alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (...) e abordar as causas raiz dos conflitos e acelerar os compromissos sobre direitos humanos, incluindo os direitos das mulheres.
Castro Ferreira Padrão - O objectivo que esteve na sua criação foi mesmo esse e, o que tem acontecido? Violação em violação e nada até hoje aconteceu, por e exemplo, quantas vezes os EUA violaram a soberania de Povos, o que houve? E o efeito prático do Conselho de Segurança em que tem rssultado? Tristeza e os Povos a sofrerem.
Zelensky diz à ONU que a Rússia deve ser "forçada à paz"
O presidente ucraniano disse ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que as negociações não serão suficientes para acabar com a guerra na Ucrânia e que a Rússia precisa ser “forçada à paz (...) E é por isso que esta guerra não pode simplesmente desaparecer. É por isso que esta guerra não pode ser acalmada por conversas”, disse Zelensky. A reunião contou com a presença de ministros de 14 países-membros do conselho, exceto a Rússia, que enviou seu Representante Permanente na ONU, Vassily Nebenzia.
Jorge Veiga - Julgo eu que o Zelensky conhece melhor o Putin do que nos, por isso vamos pensar que se calhar e contra o que muitos pensam, ele terá razão.
É assim que estamos na linha da frente do oblast de Donetsk
Um alegado ataque israelita com seis misseis contra um edifício consular adjacente ao edifício principal da embaixada do Irão na capital da Síria, na passada segunda-feira [1abr2024], causou pelo menos 13 mortos, segundo um balanço recente. De acordo com autoridades de Teerão e Damasco o ataque aéreo matou dois generais da Guarda Revolucionária iraniana, um dos quais Mohammad Reza Zahedi (*) e cinco outros militares iranianos. O líder supremo do Irão, o 'ayatollah' Ali Khamenei, reagiu: "O regime sionista perverso será punido pelos nossos bravos homens (...) Faremos com que se arrependa deste crime e de outros".
(*) Brigadeiro-General Mohammad Reza Zahedi
Zahedi era um comandante sénior do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irão (IRGC), nascido em 2 de novembro de 1960, em Isfahan, no centro do Irão. Ingressou no IRGC quando tinha 19 anos, dois anos depois da revolução iraniana de 1979. Pouco depois, o Irão mergulhou numa guerra de oito anos quando o vizinho Iraque, liderado por Saddam Hussein, o invadiu. Zahedi subiu na hierarquia e de 1983 a 1986 assumiu o comando de uma importante brigada de forças terrestres do IRGC que foi usada para romper as linhas inimigas em várias operações importantes. Foi então promovido a comandante da 14ª Divisão Imam Hossein, outra parte importante das forças terrestres iranianas organizadas durante a guerra. Continuou participando de uma variedade de operações importantes. Zahedi ocupou o cargo até 1991, vários anos após o fim da guerra. O próximo registo da sua ascensão nas fileiras militares do Irão ocorreu em 2005, quando Zahedi foi brevemente comandante da força aérea da Guarda Revolucionária. No mesmo ano, recebeu o comando das forças terrestres do IRGC, cargo que ocupou durante três anos. Durante esse período, também passou um ano à frente da sede do Thar-Allah, que tem como principal tarefa garantir a segurança na capital, Teerão. De 2016 a 2019, o brigadeiro-general também serviu como adjunto do IRGC para operações. Pelo menos desde 2008, Zahedi esteve fortemente empenhado em fazer avançar o alcance do Irão em toda a região, tendo ingressado na Força Quds, o braço de operações estrangeiras de elite do IRGC, como comandante. Liderou operações na Síria e no Líbano, dois países onde a influência política, religiosa e militar do Irão floresceu nas décadas desde a sua revolução islâmica.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou na terça-feira [2abr2024] o ataque a um complexo diplomático iraniano em Damasco, pedindo a todas as partes envolvidas que tenham “a máxima contenção e evitem uma nova escalada”, enquanto a Turquia disse que o ataque da véspera, atribuído a Israel, poderia levar ao alargamento do conflito na região. Questionado sobre o ataque durante uma conferência de imprensa, o porta-voz do exército de Israel, contra-almirante Daniel Hagari, respondeu que "não comenta informações da imprensa estrangeira". Segundo as últimas notícias de Telavive os militares israelitas suspenderam as licenças para todas as unidades de combate, convocaram reservistas e bloquearam as coordenadas GPS no país, enquanto o Irão ameaça retaliar os ataques mortais no seu consulado em Damasco, na Síria.
VOTAÇÃO: A favor 13; Abstenção 1 (Reino Unido); Veto dos EUA
Os Estados Unidos vetaram o projeto de resolução do Conselho de Segurança que exigiria um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza e a libertação imediata e incondicional de todos os reféns. Falando depois dos EUA vetaram a resolução, Riyad Mansour, diplomata palestiniano na ONU, classificou a medida como “além de lamentável”. “É desastroso”, disse ele. “O Conselho de Segurança foi novamente impedido de se levantar até este momento para defender as suas claras responsabilidades face a esta grave crise que ameaça vidas humanas e ameaça a paz e a segurança regional e internacional. “Em vez de permitir que este conselho cumpra o seu mandato, fazendo finalmente um apelo claro, após dois meses de massacres, de que as atrocidades devem acabar, os criminosos de guerra têm mais tempo para perpetuá-las”, disse Mansour. "Como isso pode ser justificado?"
Isabel Sousa Braga - Tão previsível
Agência Lusa - 6.ª feira 8dez2023
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal lamentou hoje a decisão dos Estados Unidos de rejeitar o apelo ao cessar-fogo em Gaza, lançado pelo secretário-geral da ONU, e insistiu na via do diálogo. “Naturalmente que lamentamos. Nós tínhamos precisamente apoiado a resolução que está ser vetada”, disse João Gomes Cravinho, à agência Lusa à margem da cerimónia de entrega dos prémios ‘Manuel António da Mota – Uma Vida em Angola’, que decorreu em Luanda. Cravinho sublinhou que esta é a posição que Portugal tem assumido e insistiu que é urgente haver um cessar-fogo humanitário. “É preciso que haja acesso da ajuda humanitária à população de Gaza, consideramos também fundamental que haja libertação sem condições dos reféns em Gaza e acreditamos que o cessar-fogo iria nesse sentido”, sublinhou. O chefe da diplomacia portuguesa afirmou que é preciso continuar a conversar, notando que tem havido evolução nas posições das Nações Unidas e dos próprios Estados Unidos, Israel e Gaza. “Acreditamos que, continuando o diálogo, encontraremos soluções que serão satisfatórias para todos. É fundamental que haja um cessar-fogo - e repito aqui este apelo - enquanto não for permanente, deve ser temporário, que permita acesso humanitário às populações, que permita começar a falar de um futuro mais estável, nomeadamente através da solução de dois Estados”, sublinhou o ministro.
Agência Lusa - sábado 9dez2023
A China expressou este sábado "profunda deceção" com o veto dos EUA a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU para um cessar-fogo imediato em Gaza, apresentada pelos Emirados Árabes Unidos e patrocinada por 97 países membros. A proposta "reflete o apelo universal da comunidade internacional e representa a direção certa para o restabelecimento da paz", afirmou o embaixador chinês na ONU, Zhang Jun, citado pela televisão estatal CGTN. "A China apoia totalmente esta iniciativa e juntou-se à pressão para a elaboração deste projeto de resolução", acrescentou Zhang, que acusou Washington de empregar "dois pesos e duas medidas" ao falar da proteção das mulheres, das crianças e dos direitos humanos, enquanto "consente" na continuação do conflito. Zhang apelou ainda a Israel para que ponha fim à "punição coletiva do povo de Gaza". Esta é a segunda vez, desde o início da guerra em Gaza, que os EUA vetam uma resolução no mesmo sentido - fizeram-no a 18 de outubro - alinhando assim com Israel, que argumenta que um cessar-fogo deste tipo ajudaria o Hamas a rearmar-se e a manter em cativeiro os 138 reféns na Faixa de Gaza.
Al Jazeera - sábado 9dez2023
O vice-embaixador dos Emirados Árabes Unidos na ONU, Mohamed Abushahab, perguntou ao CSNU: “Qual é a mensagem que estamos a enviar aos palestinianos se não pudermos unir-nos atrás de um apelo para parar o bombardeamento implacável de Gaza? Na verdade, qual é a mensagem que estamos a enviar aos civis de todo o mundo que podem encontrar-se em situações semelhantes?”
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Hossein Amirabdollahian, alertou para a ameaça de uma “explosão incontrolável” da situação no Médio Oriente, após o veto dos EUA, noticiou a agência de notícias AFP. “Enquanto a América apoiar os crimes do regime sionista (Israel) e a continuação da guerra… existe a possibilidade de uma explosão incontrolável na situação da região”, disse Amirabdollahian ao secretário-geral da ONU, António Guterres, num telefonema, de acordo com um comunicado do ministério.
O Embaixador russo na ONU, Dmitry Polyanskiy, disse: "Nossos colegas dos EUA emitiram literalmente diante de nossos olhos uma sentença de morte para milhares, senão dezenas de milhares de civis na Palestina e em Israel”.
O Embaixador francês na ONU, Nicolas de Riviere, disse no CSNU: “Infelizmente, mais uma vez este conselho falhou devido à falta de unidade e, ao recusar-se a comprometer-se com negociações, a crise em Gaza está a piorar e o conselho não está a completar o seu mandato. sob a carta.”
O Ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, disse que os EUA estão agora sozinhos na questão de Gaza depois de bloquearem a aprovação da resolução. “Nossos amigos mais uma vez expressaram que a América está agora sozinha nesta questão, especialmente na votação realizada hoje nas Nações Unidas… O sistema político americano está agora impotente em questões relacionadas a Israel”, disse ele à agência de notícias estatal Anadolu e à emissora nacional TRT em uma entrevista.
Sarah Corsino - Vou já dar-lhe a justificação: porque o Hamas - um grupo de animais terroristas - nunca iria entregar os reféns e apenas ganharia tempo para andarem de um lado para o outro entre as Entidades Públicas que utilizam como seus escudos. Se o Hamas se preocupasse com os Palestinianos e depois de dizerem que já morreram milhares deles, já teriam entregue os reféns todinhos de uma só vez. Só que não é essa a sua intenção. O problema é que as pessoas ditas civilizadas querem que estes animais terroristas tenham o mesmo comportamento/pensamento que elas. Mas não têm. São TERRORISTAS.
David Ribeiro - Sem dúvida, caríssima Sarah Corsino, que o Hamas praticou ações terroristas altamente condenáveis e das quais não nos devemos esquecer, mas nada justifica a sentença de morte imposta por Israel para milhares, senão dezenas de milhares de civis na Faixa de Gaza. Curiosamente toda a comunidade internacional, com excepção dos EUA, apoiava este projeto de resolução do Conselho de Segurança.
Sarah Corsino - David Ribeiro também não vejo nenhum país árabe, ao redor, a receber refugiados nos seus países (já que é tanta a preocupação). Até, em tempos, os expulsaram (porque será?). Também a Rússia vetou projeto de resolução de cessar-fogo com a Ucrânia e ninguém fez este alarde. Nem utilizaram o famoso artigo. Será que é por ser EUA/Israel? Eu diria que os Israelitas poderiam ser mais cuidadosos com os Palestinianos da Cisjordânia porque as relações são completamente diferentes dos da Faixa de Gaza. O que acontece é que os terroristas também já se mudaram para lá e o Fatah não consegue controlar nada. Não pense que eu não sinto angústia pelos Palestinianos inocentes, mas a maioria deles são reféns e cúmplices de terroristas
David Ribeiro - Há algo que aqui ainda não disse e é importante, Sarah Corsino... assim como não confundo Hamas com todo o povo palestiniano, também não coloco no mesmo saco Benjamin Netanyahu e os seus falcões, juntamente com todo o povo israelita.
Sarah Corsino - David Ribeiro aih sim. Esse homem não é "flor que se cheire"
Al Jazeera - 3.ª feira 5dez2023
As conversações/negociações concentrar-se-ão nas relações bilaterais e na guerra Israel-Hamas.
Expresso - 3.ª feira 5dez2023
Até se me arrepiam os neurónios ao ter que concordar com o ultranacionalista Víktor Orbán... mas a verdade é que o primeiro-ministro húngaro tem razão quando afirma ser um erro a entrada da Ucrânia na União Europeia (UE). O nome Ucrânia (ou Ukraina, como é escrito no idioma ucraniano) deriva de uma palavra do eslavo antigo - "ukraina" - que significa “terra de fronteira” e assim deverá continuar.
Francisco Rocha Antunes - Há amigos de Putin nas pessoas mais insuspeitas. Ele conta convosco desde o princípio. Nem vou comentar a parte do nome da Ucrânia
David Ribeiro - Se o Francisco Rocha Antunes me inclui nos "Há amigos de Putin nas pessoas mais insuspeitas. Ele conta convosco desde o princípio" olhe que a carapuça não me serve. Sempre defendi e continuo a defender que entre Zelensky e Putin, no que toque a humanismo e democracia, venha o diabo e escolha.
Francisco Rocha Antunes - David Ribeiro tem razão, não sei porque sequer comento. Não vai acontecer mais
Jorge De Freitas Monteiro - Provavelmente com a Ucrânia e com outros daquele lado vamos assistir a uma neverending story como com a Turquia. As negociações de adesão com a Turquia começaram em 1987 e nunca terminaram nem vão terminar.
Castro Ferreira Padrão - Bom feriado, um abraço
Jorge Saraiva - O nome do Cabo Finisterra provém de dois factos: ponto onde a terra (Europa) termina e ponto mais ocidental do continente europeu.
Eduardo Saraiva - Desta vez não concordo com o amigo David Ribeiro. E deviamos tentar parar a guerra e democratizar a Russia, porque caso contrário, a seguir vêm pela europa abaixo e nem nós escapamos porque é tudo deles.
David Ribeiro - E como é que se fazia isso, Eduardo Saraiva?... invadindo a Rússia?
Sarah Corsino - Este Órban já demonstrou por diversas vezes (e não é só por causa da Ucrânia) que é a verdadeira "toupeira russa" dentro da UE.
David Ribeiro - Sarah Corsino... andamos a dar entrada na UE só para fazer perrice à Rússia e deu nisto.
CNN Portugal - 4.ª feira 6dez2023
Está cá a parecer-me que este ano o Pai Natal não traz prendas para Zelensky.
"X" - 4.ª feira 6dez2023
The Wall Street Journal - 5.ª feira 7dez2023
EUA avisam Israel: guerra em Gaza deve acabar dentro de semanas e não de meses.
Expresso - 5.ª feira 7dez2023
Raul Almeida - Como português e como católico, tenho um enorme orgulho em António Guterres. A História lembrará este Homem pela coragem e determinação com que tenta parar o maior genocídio do século XXI. Sem a companhia dos que primeiro deveriam estar ao seu lado na linha da frente, Guterres não desiste, afirmando o valor da vida sobre a morte, da moral sobre a fúria assassina sionista. O uso extremo do Artigo 99 da CNU, é prova da determinação humanista e civilizacional de Guterres. Que nunca lhe falte a força para fazer o que está certo.
Al Jazeera - 5.ª feira 7dez2023
O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, condenou o ataque de Israel a Gaza durante o encontro para conversações em Moscovo com o presidente russo, Vladimir Putin.
Jornal de Notícias - 6.ª feira 8dez2023
O Hamas fala em "ferozes batalhas" contra as tropas israelitas em diversas zonas da Faixa de Gaza, incluindo no sul. A ajuda humanitária foi praticamente interrompida em Khan Yunis, para onde uma grande parte dos civis do norte fugiu.
Sondagem de Pew Research Center (EUA) - 6.ª feira 8dez2023
Cerca de um quarto (27%) afirma que Israel está a ir longe demais na sua atual operação militar, enquanto quase o mesmo número (25%) afirma que está a adoptar a abordagem correta; 16% dos americanos dizem que Israel não está indo suficientemente longe militarmente.
Mais de quatro em cada dez Democratas (45%) dizem que Israel está a ir longe demais na sua operação militar contra o Hamas, em comparação com 12% dos Republicanos.
Também existem diferenças de idade nestas opiniões, sendo os americanos mais jovens mais propensos do que os grupos etários mais velhos a dizer que Israel está a ir longe demais.
No dia de ontem, segundo os mais credenciados orgãos de comunicação presentes na Faixa de Gaza e em Israel, mas também pelo Ministério das Relações Exteriores do Catar, 13 israelitas (incluindo dupla nacionalidade), 10 tailandeses e um filipino foram libertados pelo Hamas. O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, confirmou a libertação, pelo grupo islamita Hamas, de uma refém com nacionalidade portuguesa - Adina Moshe com 72 anos. Um grupo de 39 mulheres e crianças palestinianas presas em Israel desde antes da guerra, sairam da prisão de Ofer, em autocarros da Cruz Vermelha, ao fim do dia. Neste mesmo dia de ontem a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) informou que 137 camiões com ajuda humanitária entraram na Faixa de Gaza. Já no dia de hoje [sábado 25nov2023] dezassete reféns do Hamas, sequestrados em Gaza, foram libertados, com o acompanhamento da Cruz Vermelha, tendo chegado já a Israel durante a madrugada.
Ana França no Expresso em 22nov2023
Um acordo que começou a ser montado logo depois do massacre de 7 de outubro acabou por resultar na já quase certa libertação de 50 mulheres e crianças levadas pelo Hamas para Gaza nesse dia. (...) As negociações foram difíceis e a opinião pública israelita teve um papel essencial neste desfecho, por nunca aliviar a pressão sobre o Governo de Netanyahu.
Entretanto...
Os primeiros-ministros da Bélgica e de Espanha criticaram Israel pelo sofrimento dos civis palestinianos durante as operações militares israelitas em Gaza. O espanhol Pedro Sanchez também apelou ao reconhecimento de um Estado palestiniano pela União Europeia, dizendo que o governo espanhol poderia fazê-lo por conta própria. Na sequência destes comentários, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Eli Cohen, convocou os embaixadores destes dois países para uma dura reprimenda. “Condenamos as falsas alegações dos primeiros-ministros de Espanha e da Bélgica que apoiam o terrorismo”, disse Cohen. Já no início deste mês, Caroline Gennez, ministra belga da cooperação para o desenvolvimento e das principais cidades, disse que a Bélgica estava a considerar o reconhecimento do estado da Palestina.
Também já se ficou a saber que Telavive vai boicotar a reunião dos chefes da diplomacia dos 27 membros da União Europeia, de outros 15 países mediterrânicos e da Comissão Europeia que vão debater na segunda-feira [27nov2023] em Barcelona a situação no Médio Oriente, com a presença da Autoridade Palestiniana. Trata-se do oitavo Fórum Regional da União pelo Mediterrâneo (UpM).
O Egito acaba de informar ter recebido sinais positivos de todas as partes sobre uma possível extensão da trégua de quatro dias por mais um ou dois dias. Diaa Rashwan, chefe do Serviço de Informação do Estado (SIS) do Egito, disse num comunicado que o país estava a manter extensas conversações com todas as partes para chegar a um acordo sobre a extensão da trégua, o que “significa a libertação de mais detidos em Gaza e de prisioneiros palestinianos nas prisões israelitas”.
A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) afirma que uma das suas patrulhas foi atingida por tiros israelitas nas proximidades de Aytaroun, no sul do Líbano, embora não tenha havido vítimas. A UNIFIL condenou o ataque às suas forças de manutenção da paz, chamando-o de “profundamente preocupante”. “Lembramos veementemente às partes as suas obrigações de proteger as forças de manutenção da paz e evitar colocar em risco os homens e mulheres que trabalham para restaurar a estabilidade”, afirmou.
Os residentes de Gaza estão a ficar “cada vez mais desesperados à medida que procuram comida, água e abrigo no meio da implacável campanha de bombardeamentos (...) um cessar-fogo humanitário imediato tornou-se uma questão de vida ou morte para milhões” em Gaza.
É assim que estamos...
Disseram as Brigadas al-Qassam, o braço armado do Hamas, sobre os confrontos com forças israelitas na Faixa de Gaza nos últimos dias: Eliminamos uma força sionista depois de esta ter entrado num edifício em Beit Hanoun. Visamos uma escavadora e um veículo que transportava soldados. Estamos envolvidos em batalhas violentas no sul da Cidade de Gaza e no noroeste de Gaza, destruindo vários veículos israelitas que penetram nas áreas norte e sul da Cidade de Gaza.
O Ministério do Interior de Gaza informou que o campo de refugiados de Jabalia foi “completamente destruído” pelo bombardeamento israelita. “Esses edifícios abrigam centenas de cidadãos. A força aérea da ocupação destruiu este distrito com seis bombas fabricadas nos EUA. É o mais recente massacre causado pela agressão israelita na Faixa de Gaza”, disse o porta-voz Iyad al-Bazum aos jornalistas à porta de um hospital em Khan Younis. Cerca de 400 pessoas estavam mortas ou feridas. “A comunidade internacional deve agir imediatamente para deter Israel antes que seja tarde demais.”
A situação é cada vez mais tensa em toda a Cisjordânia ocupada. O serviço de segurança israelita Shin Bet alertou o governo de Israel sobre uma “explosão” de violência potencial devido ao aumento dos ataques de colonos. Há já 125 pessoas que foram mortas desde que estes ataques começaram, em 7 de outubro, e outras 1.700 presas. A economia aqui – que sofreu tremendamente durante décadas de ocupação – está agora a sofrer uma hemorragia ainda pior devido ao recente confinamento. A liberdade de circulação – coisas simples como levar as crianças à escola e às compras – tornou-se muito mais difícil. Este foi um aviso muito severo do serviço de segurança interna de Israel.
Francisco Bismarck - Nao estamos um bocadinho cansados do vitimismo dos que se escondem sob hospitais e civis?
David Ribeiro - Francisco Bismarck... quem não tem para onde fugir os hospitais ou edifícios dos diversos organismos da ONU é o refúgio possível. Na Faixa de Gaza nem todos são Hamas.
Francisco Bismarck - David Ribeiro pois nao. O Hamas é que se aproveita da situacao e distinguir nao é fácil.
David Ribeiro - Francisco Bismarck... e por ser difícil distinguir terroristas de cidadãos inocentes é que recorrer a bombardeamentos em grande escala é criminoso. Então Israel não tem um altamente eficaz exército e os melhores serviços de inteligência do mundo?... Está cá a parecer-me que ganharam fama e deitaram-se na cama. E optaram pelo mais fácil e bárbaro meio de combate: bombardeamentos aéreos constantes.
Francisco Bismarck - David Ribeiro quais as alternativas?os bombardeamentos poupam baixas proprias
David Ribeiro - Francisco Bismarck... claro que poupam baixas próprias, mas matam inocentes. Até entre os aliados de Israel se concorda que se deve usar unicamente resposta “proporcional”, ou seja, a força necessária e suficiente para alcançar o objetivo legítimo que, neste caso, é destruir a capacidade militar do Hamas.
O martirizado campo de refugiados de Jabalia tinha uma população registada de 195.249 em 31dez2008 (107.590 no acampamento e 87.659 fora do mesmo) e está localizado no extremo norte da Faixa de Gaza, perto da fronteira com Israel e de uma aldeia com o mesmo nome. O acampamento cobre apenas uma área de 1,4 km2, tornando-o um dos lugares mais densamente povoados da Terra. A Primeira Intifada em dezembro de 1987 começou em Jabalia. O campo tem sido palco de muita violência no conflito israelo-palestiniano. É também considerado um importante reduto do movimento Hamas. O campo é o maior campo de refugiados em território palestino.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, repetiu apelos para que Israel siga o direito humanitário internacional numa ligação com o presidente israelita, Isaac Herzog, disse o Departamento de Estado. Blinken também repetiu que o “direito de Israel de se defender” deveria incluir “precauções viáveis… para minimizar os danos aos civis". Numa viagem anterior ao Médio Oriente durante a guerra em Gaza, Blinken visitou vários países, incluindo Jordânia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Egito.
A Turquia e o Irão apelaram a uma conferência regional destinada a evitar a propagação da guerra no Médio Oriente. “Não queremos que a tragédia humana em Gaza se transforme numa guerra que afete a região”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan. “Estes cercos e ataques desumanos contra os nossos irmãos de Gaza são uma clara violação do direito internacional.”
Gonçalo G. Moura - Como de costume a Turquia é de uma enorme hipocrisia... Presidente da Turquia defende Hamas, e Israel chama diplomatas de volta
Jose Pinto Pais - Vindo desses dois só para rir
Gonçalo G. Moura - Jose Pinto Pais eu o Irão nem comento...
Ainda é pouco... mas já é alguma coisa
A passagem fronteiriça de Rafah que liga o Egito à Faixa de Gaza foi temporariamente aberta para permitir a saída de um número limitado de pessoas gravemente feridas e de cidadãos estrangeiros, enquanto as forças israelitas prosseguem com a sua ofensiva terrestre e aérea no enclave sitiado. Segundo foi relatado o Egito preparou um hospital de campanha em Sheikh Zuwayed, no Sinai. Ambulâncias podiam ser vistas esperando no cruzamento de Rafah. O serviço de fronteiras palestiniano - a Autoridade Geral para as Passagens em Gaza - informou a cadeia de televisão Al Jazeera (por volta das 15h30 GMT) que já entraram no Egito um total de 76 feridos e 335 titulares de passaportes estrangeiros. Um funcionário do Ministério da Saúde em Gaza revelou à Associated Press que dez dos feridos que estavam para ser evacuados acabaram por morrer antes de conseguirem atravessar a fronteira.
...e já há sinais de uma rutura no gabinete de guerra israelita
O primeiro-ministro Netanyahu “deve retratar-se” de uma declaração em que culpou as agências de segurança do país pelo ataque de 7 de outubro, disse Benny Gantz, general reformado e membro do gabinete de guerra de Israel. “Quando estamos em guerra, a liderança deve mostrar responsabilidade, decidir fazer as coisas certas e fortalecer as forças de uma forma que possam realizar o que exigimos delas. Qualquer outra ação ou declaração prejudica a capacidade de resistência das pessoas e sua força”, disse Gantz no X. Este seu comentário veio depois das afirmações de Netanyahu no sábado [28out2023] em que disse não ter recebido nenhum aviso sobre a intenção do grupo armado de planejar um ataque a Israel, culpando o chefe do exército e dos serviços de inteligência.
Mas há agora mais políticos israelitas a criticar os comentários de Netanyahu, onde culpou os chefes de segurança do país pelo ataque de 7 de Outubro. “O problema não são os avisos específicos, mas todo o equívoco. A política de contenção, a dissuasão imaginária e a compra de uma paz temporária a um preço exorbitante, [estes] são os pais de todos os pecados”, disse o ministro da Segurança Nacional e líder de extrema direita, Itamar Ben-Gvir, no X. No entanto, tais discussões “não são para agora”, disse ele, acrescentando que haverá “muito tempo mais tarde para um acerto de contas comovente”. Outros líderes israelitas que se juntaram ao coro contra os comentários de Netanyahu incluem o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Gabi Ashkenazi e o presidente do Partido Trabalhista, Merav Michaeli.
"Eu estava errado. As coisas que eu disse não deveriam ter sido ditas e peço desculpas por isso. Dou total apoio a todos os chefes das forças de segurança”, disse Netanyahu no X. O seu pedido de desculpas veio após uma manhã tempestuosa para o primeiro-ministro de Israel, quando políticos de todo o espectro político o criticaram por inflamar a divisão dentro do establishment israelita.
Jorge Veiga - Isto são salpicos de lama no carro que andou num pântano. Só que quem criou o pântano foram outros, que se estivessem quietos, nada teria acontecido. Há assuntos por resolver, mas nunca assim.
Entretanto...
(Tanques israelitas e outros veículos militares manobram dentro de Gaza)
Vários correspondentes da Al Jazeera no terreno estão a informar que tanques israelitas estão agora [manhã de segunda-feira 30out2023] a aproximar-se dos arredores da Cidade de Gaza. Testemunhas também disseram à agência de notícias AFP que os tanques estão nos limites da Cidade de Gaza e cortam uma estrada importante que liga o norte ao sul do território palestiniano devastado pela guerra.
Fontes palestinianas disseram à Al Jazeera que os tanques israelitas estão dividindo a Faixa de Gaza em duas partes após a sua incursão em direção à rua Salah al-Din, que passa verticalmente pelo enclave.
“A resistência palestiniana atacou os tanques israelitas na rua Salah Al Din”, disse há momentos [9h22 (GMT) de hoje 30out2023] Hazem Qasem, porta-voz do Hamas em Gaza, confirmando as notícias que têm vindo a ser relatadas sobre tanques israelitas que se aproximam dos arredores da Cidade de Gaza. Acrescentou que os tanques israelitas também invadiram uma área no sudeste de Gaza, depois de destruí-la anteriormente por ataques aéreos.
As forças israelitas emitiram um aviso instruindo as pessoas a não viajarem entre o sul e o norte da Faixa de Gaza.
Várias fontes também relataram tanques movendo-se da parte norte da Faixa de Gaza em direção à Cidade de Gaza.
Israel diz que operações em Gaza vão "aumentar"
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, disse nesta manhã de segunda-feira [30out2023] durante uma conferência de imprensa, que “As nossas atividades e operações vão continuar e aumentar de acordo com as fases da guerra. Esta é uma operação terrestre alargada à Faixa de Gaza. Forças terrestres, tanques, infantaria estão a avançar em direção aos terroristas”. Daniel Hagari referiu ainda que há confrontos diretos entre as forças terrestres israelitas e o Hamas na Faixa de Gaza.
Isabel Ponce de Leão - Que os confrontos sejam só com o Hamas!
Al Jazeera às 10h15 (GMT) de segunda-feira 30out2023
Os tanques israelitas que se aproximavam dos arredores da Cidade de Gaza recuaram, de acordo com o chefe do gabinete do governo do Hamas em Gaza. Os tanques chegaram à rua Salah al-Din, a uma distância de cerca de 3 km da cerca de Gaza.
Al Jazeera às 13h50 (GMT) de segunda-feira 30out2023
O grupo Hamas divulgou um vídeo que mostrará três mulheres que mantém em cativeiro. No clipe de 76 segundos, uma das mulheres critica em hebraico o governo israelita por não ter protegido as pessoas durante o ataque do Hamas em 7 de outubro e pede que Israel realize uma troca de prisioneiros. Israel diz que pelo menos 239 pessoas estão mantidas em cativeiro. Não foi possível verificar imediatamente a identidade das mulheres. Perto de uma hora depois o gabinete do primeiro-ministro israelita emitiu uma declaração em resposta ao vídeo: “Esta é uma propaganda psicológica cruel do Hamas-ISIS. Estamos abraçando as famílias. Faremos tudo para devolver todas as pessoas sequestradas e desaparecidas para casa.”
Expresso às 14h18 de segunda-feira 30out2023
Há mais notícias de combates entre a milícia libanesa Hezbollah e o exército israelita, segundo as próprias Forças de Defesa de Israel fizeram saber ao início desta tarde, através do seu principal porta-voz, Daniel Hagari. O Hezbollah atacou uma posição do exército israelita na fronteira com o Líbano, e as forças israelitas estão a responder com fogo de artilharia contra a origem do ataque. Os ataques a partir do Líbano intensificaram-se desde sábado após a expansão das operações terrestres israelitas em Gaza na noite de sexta-feira.
Conselho de Segurança das Nações Unidas
Vai reunir-se hoje [segunda-feira 30out2023] para discutir “a situação no Médio Oriente, incluindo a questão palestiniana”, de acordo com a agenda oficial do Conselho de Segurança da ONU. Será esta tarde, e foi marcada a pedido dos Emirados Árabes Unidos.
Durante a noite de quarta para quinta-feira [25 para 26out2023] as Forças de Defesa de Israel (IDF) efetuaram um ataque relampago com tanques e infantaria direcionado ao norte da Faixa de Gaza, o que se pensa ter sido parte dos preparativos para as próximas etapas do combate ao Hamas. Os soldados saíram da área no final da atividade, segundo informaram os militares israelitas. Ao fim da tarde de ontem um porta-voz militar israelita disse que ataques terrestres em Gaza como o realizado na noite de quarta-feira continuariam nos próximos dias e cada vez mais contundentes. Acrescentou que os ataques estavam a remover explosivos e a preparar a área “para estar pronta para os próximos passos”.
Diplomacia iraniana apela ao fim dos "crimes de guerra e genocídio"
Já ninguém deverá ter dúvidas que o Irão é o grande apoiante do Hamas e seu fornecedor de equipamentos bélicos, mas por isso, e não só, devemos todos ouvir com atenção o que disse o chefe da diplomacia iraniana, Hossein Amir Abdollahian, ao chegar a Nova Iorque para uma reunião extraordinária da Assembleia Geral da ONU: “O apoio total e cego dos Estados Unidos e de alguns países europeus ao regime israelita atingiu um ponto preocupante e existe a possibilidade de se perder o controlo da situação”... e por isso o Irão quer a cessação imediata dos “crimes de guerra e genocídio” na Faixa de Gaza, a entrega de ajuda humanitária e o fim da deslocação forçada da população do enclave palestiniano. E em boa verdade facilmente os apelos deste diplomata iraniano poderão ser incluídos em qualquer resolução da ONU e aceite por quem estiver de boa fé... não são parvos os diplomatas do Irão.
UNRWA com dificuldades nas suas operações humanitárias
A "guerrilha" entre o Governo de Israel e a ONU continua, com a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) a afirmar que precisa urgentemente de combustível para manter as operações humanitárias que salvam vidas e “se o combustível não for recebido em Gaza, a UNRWA será forçada a reduzir significativamente e, em alguns casos, a interromper as suas operações humanitárias na Faixa de Gaza, sendo muito críticas as próximas 24 horas”. Israel continua a recusar a entrada de combustível com carregamentos de ajuda, alegando que poderiam ser apreendidos pelo Hamas. Mais de 613 mil pessoas que ficaram sem casa devido à guerra estão abrigadas em 150 instalações da UNRWA espalhadas pelo território devastado. Nas últimas 24 horas, mais três funcionários da UNRWA foram mortos, elevando o total para 38 mortos.
Novas operações militares na Faixa de Gaza e na Cisjordânia
Israel realizou uma nova operação terrestre na Faixa de Gaza, com apoio de caças e 'drones', anunciou hoje o exército israelita num comunicado. A operação decorreu no setor central da Faixa de Gaza e visou alvos do grupo islamita palestiniano Hamas. Os soldados abandonaram em seguida o território palestiniano sem sofrer ferimentos, afirmou o exército. Paralelamente à operação terrestre, foram bombardeados alvos "pertencentes à organização terrorista Hamas" no centro do território "e em toda a Faixa de Gaza". O exército israelita disse ainda que destruiu lançadores de rockets e centros de comando do Hamas, para além de ter neutralizado alguns dos seus elementos. Na Cisjordânia ocupada, pelo menos quatro palestinianos morreram e outros doze ficaram feridos hoje na sequência de disparos durante uma operação do exército de Israel na cidade de Jenin. Nestes confrontos violentos as forças armadas israelitas destruíram ruas e infraestruturas, incluindo a principal fonte de abastecimento de água no campo de refugiados de Jenin.
O alastrar da guerra na região
Os Estados Unidos da América lançaram esta sexta-feira dois ataques contra instalações ligadas à Guarda Revolucionária do Irão no leste da Síria, informou o secretário de Defesa norte-americano, Lloyd Austin. Os ataques surgem depois de o Pentágono ter confirmado que pelo menos 21 soldados norte-americanos sofreram ferimentos ligeiros em vários ataques com drones perpetrados por milícias pró-iranianas no Iraque e na Síria desde 17 de outubro. Lloyd Austin esclareceu ainda que estes ataques não estão relacionados com a resposta dos EUA ao conflito entre Israel e o Hamas, e apelou a todos os países para que evitem tomar medidas que possam contribuir para que a guerra se estenda a outras regiões.
Crimes de guerra... dos dois lados da barricada
As Nações Unidas afirmam que atrocidades estão a ser cometidas por ambos os lados do conflito. “Estamos preocupados que crimes de guerra estejam sendo cometidos. Estamos preocupados com a punição coletiva dos habitantes de Gaza em resposta aos ataques atrozes do Hamas, que também equivaleram a crimes de guerra”, disse a porta-voz do Alto Comissariado para os Direitos Humanos (ACDH), Ravina Shamdasani, numa conferência de imprensa em Genebra. Chegou a hora de um tribunal independente avaliar se foram cometidos crimes de guerra, acrescentou.
Isabel Sousa Braga - Ninguém faz nada coitadas das crianças e de outros inocentes. Por cá vejo muita boa gente que se diz católica a bater palmas.
Jorge Veiga - Que foram cometidos crimes de guerra, foram. Arranjar um Tribunal independente é que me parece impossível.
(Na imagem Guterres na fronteira de Rafah, entre o Egito e a Faixa de Gaza)
O embaixador israelita junto das Nações Unidas, Gilad Erdan, pediu ontem ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que se demita “imediatamente” após ter dito que os ataques do Hamas “não aconteceram do nada”. E este diplomata ainda escreveu na plataforma X (antigo Twitter): “O secretário-geral da ONU, que demonstra compreensão pela campanha de assassínio em massa de crianças, mulheres e idosos, não está apto para liderar a ONU. Peço-lhe que renuncie imediatamente”. Também no dia de ontem Eli Cohen, ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, anunciou nas redes sociais que cancelou uma reunião com António Guterres por este ter criticado Israel, dizendo que o país tem de respeitar a lei humanitária na sua resposta militar.
Tudo me leva a acreditar que as relações de Israel com a ONU já tiveram melhores dias, pois na passada segunda-feira [23out2023] Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, disse que Guterres continuava sem resposta do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a um pedido de contacto após o início da guerra em Gaza.
Francisco Bismarck - David Ribeiro sempre achei o Guterres um incompetente que, por algum motivo obscuro, arranja bons tachos
Mário Paiva - David Ribeiro, as "relações" de Israel com a ONU sempre foram de se borrifar para qualquer decisão que contrarie a sua vontade, com os States a proteger e a varrer p'ra debaixo do tapete todos os seus crimes...
Antonio Regedor - Se o embaixador do regime de apartheid e colonial e terrorista pediu a demissão do Sec.-Geral da ONU, é porque este está certo.
As verdades têm que ser ditas... e António Guterres voltou a condenar esta quarta-feira os ataques do Hamas a Israel. Numa publicação na rede social X, o secretário-geral da ONU afirmou que "as mágoas do povo palestiniano não podem justificar os horríveis ataques do Hamas". No entanto, Guterres frisou também que "esses ataques horrendos não podem justificar a punição coletiva do povo palestiniano". E imaginem mais isto... nesta "guerra" Israel-Guterres o embaixador israelita nas Nações Unidas afirmou esta manhã que recusará vistos a funcionários da ONU.
Mário Paiva - David Ribeiro, "quero, posso e mando"... ...a arrogância e a pretensão de inimputabilidade desta gente são infinitas...
Paulo Teixeira - David Ribeiro ebem
Raul Vaz Osorio - Paulo Teixeira e bem? Mas está tudo louco?
Isabel Ponce de Leão - Não precisávamos desta guerra diplomática. Guterres podia ter sido mais cauto. Melhor do que ninguém, ele sabe como, abusivamente, se distorcem as mensagens. Estou com ele mas o momento foi inadequado.
David Ribeiro - João Cravinho, e bem no meu entender, disse à Lusa que Guterres foi inequívoco quando condenou o terrorismo do Hamas, que é absolutamente inaceitável. "Foi absolutamente cristalino na análise que fez" disse o nosso Ministro dos Negócios Estrangeiros sobre esta polémica entre o Governo de Israel e o secretário-geral da ONU.
Jorge Veiga - David Ribeiro quer se queira quer não, tem razão, mas há gente que só vê com um olho. ...contudo, nada justifica o que o Hamas fez e faz.
Diogo Quental - Ele não percebeu (/i) que o sec geral da ONU não é suposto pensar pela sua cabeça.
David Ribeiro - António Costa, primeiro-ministro português, enviou uma mensagem de solidariedade ao secretário-geral das Nações Unidas, considerando que, perante a “tragédia humanitária”, tem sido “exemplar” na afirmação humanista do Direito Internacional.
Ora vejamos:
Na ultima quinta-feira [19out2023] a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL na sigla em inglês) foi solicitada pelos militares libaneses para intervir quando sete pessoas ficaram detidas perto da fronteira. A força da ONU disse que contactou o exército israelita e este cumpriu o pedido da UNIFIL para suspender o fogo e permitir que as forças libanesas retirassem os indivíduos da área. Apesar de várias pessoas terem sido resgatadas com sucesso há a lamentar a perda de uma vida durante este incidente, segundo informou a UNIFIL. Não ficou imediatamente claro quem foi o responsável pela morte do civil, mas uma fonte de segurança libanesa disse que a pessoa foi morta por fogo israelita. Têm ocorrido frequentes incidentes transfronteiriços entre Israel e o Líbano desde o início da guerra em Gaza e não podemos esquecer que é no Líbano que tem o seu acantonamento o Hezbollah, uma ameaça muito maior para a paz na região do que o Hamas.
Luis Barata - E ?!.. A dar não notícias também!?
David Ribeiro - O Luis Barata acha que são "não notícias"?... As autoridades israelitas anunciaram que vão evacuar a cidade de Kiryat Shmona, no norte de Israel junto à fronteira com o Líbano, esta sexta-feira [20out2023]. A decisão surge perante os últimos dias de troca de ataques entre as IDF [Israel Defense Forces] e os combatentes do Hezbollah no país vizinho.
Segundo a agência Associated Press o navio USS Carney, que está a norte do Mar Vermelho, abateu ontem [sexta-feira 20out2023] alguns mísseis que pareciam ir em direção a Israel. Além dos mísseis foram ainda lançados vários drones, todos pelas forças Houthi, do Iémen. A notícia foi mais tarde confirmada pelo secretário de imprensa do Pentágono, que falou em mísseis que iriam “potencialmente” para território israelita.
A agência Reuters avançou na sexta-feira [20out2023] que drones e rockets atingiram uma base aérea no Iraque onde estão várias forças internacionais, incluindo dos Estados Unidos. De acordo com duas fontes relacionadas com o caso, várias explosões foram ouvidas, sendo que o exército iraquiano fechou a zona em volta da base, tendo dado início a uma investigação. Para já não é sabido se o ataque causou vítimas ou danos. A confirmar-se trata-se do quarto ataque em 24 horas contra bases iraquianas com tropas dos Estados Unidos.
Maria Amélia Taborda - Os conflitos começaram no inicio do sec.XXI, sem interrupção com o pai Bush e desde então só "arrefeceram" de quando em vez para nos desviarem a atenção...
Manifestações Pró-Palestina e de apelo à paz no Médio Oriente têm acontecido em várias cidades espalhadas pelo mundo, mas...
Gonçalo G. Moura - Então não podem.ser confundidas porquê? Sobretudo as que se deram logo no dia seguinte aos atentados e que foram patrocinadas pela nossa extrema-esquerda, ou as com cânticos a exigir a erradicação dos judeus, que são a grande maioria, quase não houves falar de Israel... estamos num mundo com o anti-semitismo a ser patrocinado pelos comunismo e daí vem esse relativismo moral!
David Ribeiro - Gonçalo G. Moura Oh pá!... Estou a falar de manifestações e não de meia dúzia de gajas e gajos de punho no ar.
Gonçalo G. Moura - David Ribeiro vai ver as manifestações em França e Inglaterra e em breve por aqui no Martim Moniz... estamos a falar da mesma coisa, não sejas ingénuo!
David Ribeiro - Gonçalo G. Moura... comunicado de hoje do gabinete do primeiro-ministro israelita: "Tendo em conta a guerra em curso, nos últimos dias temos vindo a verificar um aumento significativo de protestos anti-Israel em países de todo o mundo, em particular nos países árabes no Médio Oriente" pelo que apela aos cidadãos que se encontram principalmente no Egito e na Jordânia para que "saiam imediatamente" dos países. O governo israelita desaconselha "qualquer viagem não essencial".
Gonçalo G. Moura - David Ribeiro e tu mesmo assim relativizas as manifestações... sabes porque foram reprimidas em França não sabes?
David Ribeiro - Gonçalo G. Moura se achas que eu relativizei as manifestações não entendeste o que escrevi, que foi: Nunca as manifestações PRÓ-PALESTINA poderão ser confundidas com apoio ao Hamas ou ao Hezbollah.
Gonçalo G. Moura - David Ribeiro mas são-no... quer queiras ou não! Mais uma vez vai ver o que se passa nos países com mais imigrantes islâmicos que nós... e sim, a) continuas a relativizar as manifestações e b) segues na onda de que a questão palestiniana é a da perspectiva do Arafat (pós-196), quando o Egipto, a Jordânia e a Síria retiraram a nacionalidade aos árabes do território para os prenderem lá e criarem de facto a questão palestina... o Hamas e o Hezbollah foram criados com o seu patrocínio, bem como a radicalização da população... de tal forma recusam abrir as fronteiras para receber os palestinos...
David Ribeiro - E qual é a tua solução para este eterno conflito, Gonçalo G. Moura?... Espero que não digas que os israelitas devem fazer aos palestinianos o mesmo que Hitler fez aos judeus.
Gonçalo G. Moura - David Ribeiro não, é mesmo o Egipto e a Jordânia abrirem as fronteiras e deixarem os árabes da zona escolherem onde morar...
Jorge Rodrigues - Então os palestinianos que denunciem e expulsem o hamas!!! Tao simples como isso…
Be Maria Eugénia - Não esquecer que o Hamas venceu as eleições com maioria!!
Jorge De Freitas Monteiro - São os próprios manifestantes que as confundem. Em Londres ontem (mas também noutras manifestações noutras cidades europeias) estavam bem presentes bandeiras, cartazes e slogans de organizações terroristas e jiadistas.
Dois Estados é a única saída para o eterno conflito Israel-Palestina
Jose Pauperio - Eu não acredito !
Rafael Pinto Borges - Kushner não propôs um Estado; propôs uma série de ghettos internacionalmente reconhecidos. Um projecto absolutamente vil.
David Ribeiro - Rafael Pinto Borges... mas Kushner já não manda nada e provavelmente não voltará a mandar. Tem que haver soluções para dois Estados.
Rafael Pinto Borges - A proposta que partilha foi dele. Naturalmente, não colheu o menor interesse da parte dos árabes. É um insulto.
David Ribeiro - Sem dúvida, Rafael Pinto Borges... mas a partilha deste mapa foi unicamente ilustrativa da "dificuldade" da solução DOIS ESTADOS.
Cristina Vasconcelos Porto - Não creio que o Hamas esteja interessado nessa solução.
Miguel Soeiro de Lacerda - De ambas as partes existe muito ódio. Daí a convivência pacífica será sempre difícil
Jose Riobom - Se se tratasse de uma luta de gangs toda a gente acharia "normal" e pediria a intervenção da polícia... O problema é que as "esquadras" nunca se entenderão.... O mapa, o papel e o lápis nunca serviram para traçar fronteiras eficazes em ódios de séculos civilizacionais e religiosos. Enquanto os grandes "Sheriffe's" mundiais não se entenderem e mantiverem na linha os seus pequenos "delegados" a espiral da guerra sem fim dará um passo em frente diária, perigosa e inexorávelmente. É tudo uma questão de tempo....
[Lusa/CNN Portugal - 21h09 18out2023] - A explosão num hospital de Gaza, cuja responsabilidade resultou numa troca de acusações entre israelitas e movimentos armados palestinianos, causou “algumas dezenas de mortos” e não centenas, adiantou esta quarta-feira à agência France-Presse fonte de um serviço de informação europeu. “Não há 200 nem mesmo 500 mortos, mas sim algumas dezenas, provavelmente entre 10 e 50”, referiu esta fonte que falou à AFP sob condição de anonimato. O mesmo responsável de um serviço de informação europeu também acredita que “Israel provavelmente não fez isso [o ataque]”, segundo as “pistas sérias” de informção disponíveis nesta agência. Já esta quarta-feira, o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo movimento islamita Hamas, referiu que a explosão causou pelo menos 471 mortos. Israel atribuiu a explosão a um ataque fracassado de foguetes da organização palestiniana Jihad Islâmica, que negou a responsabilidade. “O edifício não foi destruído”, acrescentou esta fonte europeia. E “o hospital provavelmente já tinha sido evacuado anteriormente, como todo um conjunto de hospitais localizados no norte de Gaza”, depois da imposição nesse sentido feita dias antes pelo Exército israelita. A mesma fonte realçou ainda que “não há provas que apoiem” a presença de centenas de pessoas no estacionamento do hospital onde ocorreu o bombardeamento. Os Estados Unidos invocaram esta quarta-feira os seus próprios serviços de informação para apoiar, inclusive através do seu Presidente Joe Biden, em visita a Israel, que o Estado judeu não é o culpado. “Continuamos a recolher informações, mas a nossa posição desta quarta-feira, baseada na análise de imagens aéreas, comunicações intercetadas e informações de acesso aberto, é que Israel não é responsável pela explosão que ocorreu no hospital de Gaza”, destacou Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, através da rede social X (antigo Twitter). Também o Exército israelita insistiu esta quarta-feira que o edifício do hospital não ficou sequer destruído e que terá havido apenas uma pequena explosão no parque de estacionamento adjacente causada por um foguete da Jihad Islâmica, eventualmente por um erro. A explosão no hospital ocorreu no momento em que Israel tem bombardeado incansavelmente Gaza, desde o sangrento ataque surpresa de 07 de outubro do Hamas, que matou 1.400 pessoas em Israel, a maioria delas civis. A resposta israelita causou pelo menos 3.478 mortos no superpovoado território palestiniano, a maioria civis, segundo as autoridades locais.
Meta, a proprietária do Facebook, introduziu medidas temporárias para limitar “comentários potencialmente indesejados ou mesmo indesejados” em postagens sobre a guerra Israel-Hamas. Disse também que mudará a configuração padrão para pessoas que podem comentar em postagens novas e públicas do Facebook criadas por usuários “na região” para apenas seus amigos e seguidores. A empresa desta rede social acrescentou que desativará a capacidade de ver o primeiro ou dois comentários nas postagens enquanto rola o feed do Facebook.
Uma investigação da Al Jazeera não encontrou fundamentos para a alegação do exército israelita de que o ataque de terça-feira ao Hospital Árabe al-Ahli, na Faixa de Gaza, foi causado por um lançamento falhado de um foguete.
As Nações Unidas apelam a uma investigação cuidadosa. Até que investigadores independentes possam avaliar o incidente em pormenor, é pouco provável que o mundo saiba com certeza o que esteve na origem da explosão. Israel apresentou provas que, na sua opinião, demonstram que a explosão foi causada por um erro de disparo do grupo militante Jihad Islâmica e, na quarta-feira, o presidente dos EUA, Joe Biden, apoiou essa explicação, citando os serviços secretos norte-americanos. Um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional afirmou mais tarde que a análise de imagens aéreas, das interceções e informações de fonte aberta sugeriam que Israel "não é responsável". Os responsáveis palestinianos e vários líderes árabes acusam, no entanto, Israel de ter atingido o hospital no âmbito dos ataques aéreos em curso em Gaza. A Jihad Islâmica - um grupo rival do Hamas - negou a responsabilidade.
O Departamento de Estado dos EUA, diz não acreditar que uma investigação sobre o atentado bombista mortal a um hospital em Gaza seja "apropriada neste momento". “O governo israelita divulgou muitas evidências para apoiar a sua afirmação de que este foi um ataque de rocket com falha de tiro vindo de dentro de Gaza que infelizmente caiu sobre este hospital e matou o que parecem ser centenas de civis”, disseram aos repórteres. Washington ainda está a conduzir a sua própria avaliação sobre o atentado, ao mesmo tempo em que aconselha as pessoas a não aceitarem as alegações feitas pelo Hamas. Acrescentam que “entendem que” os observadores tratam as reivindicações israelitas com ceticismo, mas não deu mais detalhes. Israel tem uma longa história de negação de ataques - e em alguns casos de divulgação de "evidências" em vídeo - apenas para mais tarde reconhecer o seu papel.
Ao fim da tarde de ontem o Ministério da Saúde de Gaza acusou Israel de ter efetuado um ataque aéreo ao Hospital Árabe al-Ahli, na cidade de Gaza, com pelo menos 500 vítimas palestinianas. O hospital é administrado pela Diocese Episcopal de Jerusalém e servia um duplo propósito: ser um abrigo para palestinianos que fugiram de suas casas seguindo ordens de evacuação israelita, bem como abrigar pacientes. Uma escola administrada pela ONU que abrigava refugiados também foi atacada. O ataque foi condenado pela Organização Mundial da Saúde, pelo Egito, pelo Presidente Recep Tayyip Erdogan da Turquia, pelo Catar, por Mahmoud Abbas da Autoridade Palestiniana, entre outros e também pelo Irão que declarou esta quarta-feira como dia de luto pelo “massacre e crime de guerra contra a humanidade”. Ao mesmo tempo a Rússia e os Emirados Árabes Unidos solicitaram uma reunião urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Israel nega as acusações e diz que de acordo com "informações de inteligência, provenientes de várias fontes que possuímos", a organização terrorista "Jihad Islâmica é responsável pelo disparo falhado que atingiu o hospital".
Manifestações pró-Palestina
Na sequência do ataque ao hospital em Gaza, centenas de manifestantes tentaram ultrapassar uma barreira de segurança e entrar na embaixada de Israel em Amã, na Jordânia, mas as forças de segurança jordanas conseguiram pará-los, usando gás pimenta. Na Cisjordânia, mais concretamente em Ramallah, manifestantes saíram às ruas para protestaram contra o ataque ao hospital, havendo confrontos com a polícia. Em frente ao consultado israelita em Istambul, na Turquia, centenas de manifestantes protestaram contra este ataque ao hospital. Em protesto contra o ataque ao hospital, o Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, cancelou o encontro de hoje com o Chefe de Estado norte-americano, Joe Biden.
Joe Biden em Israel
O Presidente dos EUA chegou esta manhã a Israel em plena tensão máxima, após "um ataque aéreo ao Hospital Árabe al-Ahli na cidade de Gaza" ainda não muito bem explicado. Além de conversações com autoridades israelitas, Joe Biden tem na agenda um encontro com famílias das vítimas e dos desaparecidos após os ataques do Hamas em solo israelita.
Sarah Corsino - Esse ataque ao hospital é uma coincidência tão coincidente
Isabel Sousa Braga - Amorosos
Albertino Amaral - Até se matam pulgas com mísseis........
Castro Ferreira Padrão - Qual dos dois terá mais juízo?????
David Ribeiro - Na manhã de hoje [terça-feira 18out2023] numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro de Israel, o presidente norte-americano Joe Biden disse a Benjamin Netanyahu que “com base no que vi, parece que [o ataque] foi feito pela outra parte, e não por vocês”. E eu lembrei-me logo de há uma semana o Presidente dos EUA ter afirmado taxativamente que tinha visto fotografias dos bebés decapitados. "Nunca pensei que iria ver e ter imagens confirmadas de terroristas a decapitar crianças", disse Biden. Mais tarde, no entanto, a Casa Branca veio “clarificar” as declarações do seu líder, com fontes da administração norte-americana a afirmar que Joe Biden estava a referir-se aos relatos oriundos de Israel, e não tinha visto qualquer fotografia de bebés decapitados.
Cristina Vasconcelos Porto - E??? David Ribeiro diga-me um que ainda não tivesse mentido na porcaria desta guerra.
Isabel Sousa Braga - Palhaçada
David Ribeiro - Isabel Sousa Braga... não sabem o que dizem e não dizem o que sabem.
Isabel Sousa Braga - David Ribeiro e pelo meio morrem inocentes, é muito triste. O circo dos horrores.
Isabel Sousa Braga - O primeiro-ministro Rishi Sunak ao ser questionado sobre o ataque ao hospital Al Ahli em Gaza disse que a inteligência britânica está investigando evidências e “é importante neste caso não tirar conclusões precipitadas”.
Albertino Amaral - Em boa verdade, um grupo de terroristas que invade um normal e pacífico concerto de música e começa a MATAR indiscriminadamente toda a gente que ali está, velhos, novos, homens, mulheres, crianças e tudo o que mexe, julgo ser capaz também de " atirar " uma bomba para um hospital no meio de uma guerra, por forma a incriminar o adversário.... Julgo até que uma atitude destas, faz parte da sua própria estratégia de guerra. Afinal esta gente, quem é ? O que defendem? Com que legitimidade ? Enfim.........
David Ribeiro - Realmente, Albertino Amaral... e o que me diz às "famosas" imagens de terroristas a decapitar criancinhas?
Albertino Amaral - David Ribeiro Digo que é uma prova evidente do que escrevi acima. Qual é a dúvida de que possam ter sido os mesmos que lançaram a bomba no hospital ? Afinal, só com uma bomba, resolveram um assunto que iria dar-lhes mais trabalho, e não havia filme...... Que lhe parece, amigo ?
David Ribeiro - A única coisa que me parece, amigo Albertino Amaral, é que não devemos embarcar facilmente em tudo o que dizem. Repare que no escandaloso caso de Biden ter dito que viu crianças a serem decapitadas, acabou por assessores da Casa Branca afirmarem que o Presidente não tinha visto qualquer fotografia de bebés decapitados. A guerra da informação também mata.
Albertino Amaral - David Ribeiro Meu caro, exactamente por não embarcar em tudo o que é " ´piroga ", é que eu não afirmo peremptóriamente , se é ou não verdade..... Contudo, parece-me normalíssimo, que quem mata por prazer, por hábito ou por simples passatempo, seja capaz de decapitar crianças, lançar bombas para hospitais, porque depois até se escondem em buracos que já construíram previamente para esse efeito, prevendo assim as atrocidades que tinham em mente. Como tal, e seguindo este raciocínio, só espero que esses túneis, lhes sirvam de sepultura, porque esses seres não são normais, não se trata de humanos, mas de outra " coisa " qualquer, que odeia o ser humano, embora possam ter o mesmo aspecto....... !
No dia de hoje [18out2023] os EUA vetaram uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que apelava a uma pausa humanitária em Gaza, ao mesmo tempo que condenava os ataques do Hamas contra Israel. Neste Conselho de Segurança, composto por 15 membros, também houve 12 votos a favor (França, China, Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes Unidos) e duas abstenções (Reino Unido e Rússia).
Luis Barata - Não percebo onde está a vergonha. Talvez pensar no humanitarismo do hammas e do respeito que não teriam pela pausa... Venham de lá as ajudas dos outros...
David Ribeiro - Luis Barata... a resolução vetada pelos EUA apelava a uma pausa humanitária em Gaza, ao mesmo tempo que condenava os ataques do Hamas contra Israel.
Luis Barata - David Ribeiro perspectivas!... Essas abstenções têm razão de existir.. Um é contra o outro têm receios, os States stand by Israel e os outros todos são queridinhos uns, medinho têm outros e ainda há os que hesitam em escolher side... Afinal de contas o hammas agride barbaramente é depois vem pedir ajudas e pausas a quem é agredido? Sim os civis nunca tem culpa e sofrem horrores. Mas afinal aceitam e acoitam quem pratica essas agressões infames.
David Ribeiro - Realmente é verdade, Luis Barata, os civis nunca têm culpa e sofrem horrores... e por isso os que devemos TODOS condenar são, de um lado o Hamas mais os seus congéneres e do outro lado o "casamento" de judeus ultra-ortodoxos com os "falcões" das forças armadas israelitas.
Paulo Teixeira - Discordo da bondade da resolução
Sasha van Lammeren - A resolução exigia um cessar-fogo de Israel diante do Hamas. Ou seja, pedia a Israel parar de se defender do Hamas. Até hoje o Hamas envia foguetes contra Israel.
Enquanto a Eslováquia vota num político pró-Rússia, a Polónia abandona a ajuda militar e os EUA vacilam; A Ucrânia provavelmente está preocupada, mas ainda não está em pânico, dizem os analistas. [
Total dos maiores compromissos de ajuda bilateral à Ucrânia por tipo de assistência em milhares de milhões de euros, de 24 de janeiro de 2022 a 31 de julho de 2023.
Até agora, os EUA têm sido um grande apoiante de Kiev, fornecendo mais de 113 mil milhões de dólares em ajuda militar, humanitária e económica. Os gastos militares, que representam mais de metade da ajuda dos EUA, pagam os drones, tanques e mísseis cruciais para a contra-ofensiva ucraniana em curso. A assistência humanitária fornece suprimentos médicos e itens essenciais, como alimentos e água potável, para a população deslocada.
Como diz o meu amigo Jorge De Freitas Monteiro "é mais lúcido Jean-Claude Juncker depois de almoço do que os que lá estão agora em jejum".
Não se deve fazer falsas promessas às pessoas na Ucrânia que sofrem até ao pescoço. Estou muito zangado com algumas vozes na Europa que dizem aos ucranianos que podem tornar-se membros imediatamente. Isso não seria bom para a UE nem para a Ucrânia. Qualquer pessoa que tenha alguma coisa a ver com a Ucrânia sabe que este é um país corrupto a todos os níveis da sociedade. Apesar dos esforços, não é elegível para aderir e necessita de processos massivos de reforma interna. Tivemos más experiências com alguns dos chamados novos membros, por exemplo no que diz respeito ao Estado de direito. Isto não pode ser repetido novamente.
O Tribunal de Contas Europeu apontou incoerências no programa apresentado pela Comissão Europeia para apoio financeiro à Ucrânia, nomeadamente a falta de garantias adicionais e de direitos de auditoria que possibilitem acompanhar com transparência todo o processo. De acordo com um relatório do Tribunal divulgado, esta 5.ª feira [5out2023], há incongruências no “Ukraine Facility”, o programa anunciado no final de junho com legislação que vai regulamentar a assistência financeira para ajudar a Ucrânia na reconstrução e na implementação de requisitos para a pré-adesão à União Europeia.
O que por cá se ouviu no dia de ontem
Francisco Seixas da Costa - "Neste momento os EUA não têm grande solução que não seja continuar a apoiar a Ucrânia".
Sónia Sénica - "A liderança russa está a contar com o prolongamento deste conflito para capitalizar nas várias dimensões".
Agostinho Costa - "Zelensky tem verdadeiramente razões para estar preocupado".
Carlos Branco - "A Ucrânia não é uma nação, é constituída por diferentes povos".
José Alberto Azeredo Lopes - "Sem a Europa, a Ucrânia não tem qualquer hipótese neste conflito".
Na ONU as coisas já não são o que eram... e isto é preocupante
Na mais recente Assembleia Geral da ONU dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança apenas Joe Biden se deu ao trabalho de comparecer. Emmanuel Macron estava demasiado ocupado... Rishi Sunak foi o primeiro “Prime Minister of UK”, numa década, a faltar à reunião... Putin não compareceu e todos sabemos porquê... Xi Jinping também faltou.
A poucos dias do início do debate anual da Assembleia Geral da ONU a International Crisis Group (ICG), uma organização independente voltada para a resolução e prevenção de conflitos armados internacionais, considerou que os conflitos na Ucrânia, Sudão e Haiti estavam entre os dez principais desafios que as Nações Unidas (ONU) terão de enfrentar em 2024. É por isso que a presença de Volodymyr Zelensky na Assembleia Geral das Nações Unidas (UNGA, na sigla em inglês), que ocorrerá nos dias 19 a 25 de setembro em Nova Iorque, não é de estranhar e até é provável que "a Ucrânia dominará mais uma vez a Assembleia Geral".
O grande debate da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) arrancou ontem [3.ª feira 19set2023] na sede da organização, em Nova Iorque, onde mais de 140 líderes mundiais se reúnem para discutir questões mundiais urgentes. Sob o tema “Reconstruir a confiança e relançar a solidariedade global: acelerar a ação na Agenda 2030 e os seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para a paz, a prosperidade, o progresso e a sustentabilidade para todos”, o secretário-geral das Nações Unidas iniciou a sessão com um discurso em que alertou para a necessidade de reformas institucionais. António Guterres também criticou a Rússia pela invasão da Ucrânia e descreveu o aquecimento global como a “ameaça mais imediata ao nosso futuro”.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse no seu discurso, que apoia uma reforma das Nações Unidas para “enfrentar os desafios” para manter “a paz no mundo”. Após dizer que quer uma competição “com responsabilidade” com a China para não desembocar num conflito, Joe Biden deixou duras críticas à Rússia. “A Rússia acredita que o mundo ficará cansado e permitirá que brutalize a Ucrânia sem consequências”, disse Joe Biden, garantindo que isso não acontecerá.
O presidente ucraniano enviou um recado a países como a Polónia e a Eslováquia, que continuam a bloquear as importações de cereais da Ucrânia. Horas antes, o presidente polaco deixou um alerta a Kiev: "É bom que se lembre que recebe ajuda nossa". Zelensky começou por dizer: "Após o colapso da União Soviética, a Ucrânia foi forçada a abdicar das suas armas nucleares, e o mundo decidiu que a Rússia deveria manter as suas. O tempo veio provar que a Rússia era quem merecia mais o desarmamento, e continua a merecê-lo. Os terroristas não têm o direito de ter armas nucleares", lenbrando também os ataques russos à central nuclear de Zaporizhzhia. O discurso do chefe de Estado virou-se, depois, para a segurança alimentar, ao dizer que o Kremlin “utiliza os alimentos como arma”.
Rui Lopes A. D'Orey - Cambada de chéchés a falar sem dizer nada.
Está agora a fazer 28 anos que todos nós assobiamos para o lado e permitimos o GENOCÍDIO DE SREBRENICA em que durante dez dias as forças do Exército Bósnio da Sérvia invadiram a cidade bósnia de Srebrenica. Mais de 8.000 homens e rapazes muçulmanos bósnios pereceram ali - naquele que é descrito como o pior massacre da Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Srebrenica destinava-se a ser uma "zona segura" da Organização das Nações Unidas para os civis que fugiam dos combates entre o governo bósnio e as forças separatistas sérvias, durante o desmembramento da Jugoslávia. Enquanto avançavam, a maioria da população muçulmana da cidade correu para o complexo vizinho da ONU, na esperança de que as forças holandesas de manutenção da paz os protegessem. Em menor número e com menos armas, as forças de manutenção da paz assistiram impotentes à execução de homens e rapazes e ao envio de mulheres e raparigas para território pertencente ao Governo bósnio. Os corpos das vítimas foram lançados, à pressa, em valas comuns, que mais tarde foram reabertas e os cadáveres enterrados em outros locais, com o objetivo de esconder as provas do crime.
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