"Devido à velocidade da luz ser superior à do som, algumas pessoas parecem inteligentes até as ouvirmos."

Segunda-feira, 3 de Junho de 2024
A traição de Israel... por Miguel Sousa Tavares

É verdade... "Acabou-se a factura do Holocausto: os judeus de hoje acabaram com ela, cobrindo de vergonha o nome de Israel".

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Estes não são as vítimas da shoah, os sobreviventes dos campos de extermínio nazis que, desprovidos de casas, de pátria e de esperança, se dirigiram no pós-guerra para o território da Palestina em busca de um lar para o povo judaico a que pudessem chamar pátria, numa epopeia relatada, entre outros, no romance “Exodus”, de Leon Uris. Estes não são os judeus que puseram de pé o sonho sionista de Theodor Herzl, depois concretizado por David Ben-Gurion. Estes não são os judeus vindos da Europa, África, Rússia, América, para então construírem de raiz um país novo sobre as areias do deserto, irrigando-o de água e de agricultura, povoando-o de kibutzes que eram um modelo de socialismo original e replicado em toda a organização de um Estado solidário e democrático, desde a Saúde ou o Ensino até às Forças Armadas, que logo garantiram a sobrevivência e independência do novo país. Estes não são os que fundaram o Estado de Israel que, não obstante as divergências políticas cedo ligadas à sua fundação, o mundo se habituou a admirar ou a invejar. Não: estes são os seus filhos, netos ou bisnetos. E o que eles fizeram e fazem com a herança recebida foi traí-la. Estes israelitas de hoje são os traidores da memória do Holocausto e do projecto sionista no que ele tinha de legítimo e de louvável.
Muito antes de Gaza, já Israel tinha perdido toda a legitimidade política para poder ser aceite como um Estado respeitador do direito internacional e caucionar os fundamentos da sua própria criação. Setenta anos de desobediência arrogante a resoluções do Conselho de Segurança da ONU, de ocupação sistemática e planeada, de terras roubadas aos palestinianos na Cisjordânia (onde hoje vivem em colonatos ilegais 800 mil judeus), de abusos de toda a ordem sobre os palestinianos, de paulatina expulsão dos palestinianos de Jerusalém, de transformação de Gaza no maior campo de concentração do mundo, do impulso dado à criação do Hamas, como forma de minar o poder dos moderados da Autoridade Palestiniana, conduziram àquilo que Guterres disse, com toda a razão, serem os antecedentes do 7 de Outubro. E, depois disso, os 36 mil mortos de Gaza, uma Força Aérea que bombardeia tendas de refugiados, um Exército que ataca dentro de enfermarias de hospitais e despeja mísseis sobre carrinhas de ajuda alimentar, valas comuns onde as outrora gloriosas FDI enterram centenas de civis, mulheres e crianças, ou o embargo deliberado de água e alimentos para também matar pela fome, pela sede e pelas doenças, tudo isso faz hoje de Israel um Estado criminoso que nenhum critério de decência pode absolver. Acabou-se a factura do Holocausto: os judeus de hoje acabaram com ela, cobrindo de vergonha o nome de Israel.
Olhamos para as imagens dos prédios de Gaza arrasados pelas bombas de uma tonelada e vemos as imagens do gueto de Varsóvia destruído pelos nazis: são iguais ou piores. E não vale a pena virem com o argumento de que o Hamas é o culpado porque usa a população civil como escudo: claro que sim, como o faziam os resistentes judaicos no gueto de Varsóvia, os russos em Estalinegrado ou qualquer força militar acossada dentro de uma cidade — ou esperavam que o Hamas saísse dos túneis e das casas e enfrentasse os tanques e a aviação israelita em campo aberto? Mas também olhamos para os rostos das crianças esfomeadas em Gaza e vemos os mesmos rostos de Treblinka ou Auschwitz e então perguntamo-nos: como é que os descendentes dos que passaram pelo Holocausto são capazes disto? Como é que falam com os seus antepassados, como é que não estremecem de vergonha? Porque a pior vergonha não é ver Netanyahu e o ministro da Defesa Gallant alvo de um pedido de captura do Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra e crimes contra a Humanidade ou ver Israel alvo de sentenças, que não cumpre, do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ). A pior vergonha é perceber que todo o povo de Israel, ou quase todo, está solidário com eles, solidário com um Governo de criminosos. As manifestações que vemos em Jerusalém ou Telavive não são contra o massacre em Gaza, não são a pedir uma solução de paz definitiva ou, muito menos, a pedir a solução de dois Estados. São a pedir uma trégua provisória que permita a libertação de todos os reféns e depois a continuação da operação em Gaza — se possível, com a expulsão de todos os 2,3 milhões de palestinianos que lá estão para o Sinai egípcio, para a Jordânia ou para Marte, o sonho e a “solução final” a que Israel aspira. Se em Gaza as Forças Armadas conduzem uma estratégia de genocídio controlado, na Cisjordânia ocupada os colonos civis não estão parados: 700 palestinianos foram já mortos às suas mãos desde 7 de Outubro e também eles atacam carrinhas que vão levar comida a Gaza cercada. Não há inocentes ali, não há vozes em Israel hoje, como sempre houve no passado, a demarcar-se desta bebedeira colectiva de ódio, de cegueira e de arrogância.
Se o TIJ — que é um órgão das Nações Unidas cujas sentenças são de cumprimento obrigatório pelos membros da ONU — ordena que cessem imediatamente as operações em Gaza, Israel responde dois dias depois com o massacre de 50 civis a que chama “incidente trágico”. Se o procurador do TPI pede mandados de captura contra membros da direcção do Hamas e do Governo israelita, Israel escandaliza-se por porem um país “democrático”(?) ao nível de uma organização terrorista, como se os mortos pelo terror distinguissem a origem política da bomba que os matou. Se três países europeus decidem, ao fim de 74 anos de uma resolução da ONU, reconhecer o Estado da Palestina, o incendiário ministro dos Estrangeiros de Israel declara-os aliados do Hamas. E se alguém, em algum lado do mundo, seja numa universidade americana ou num jornal português, no uso do mais elementar exercício de decência e de indignação, se manifesta com o que vê em Gaza, logo saltam os muitos defensores de Israel com a estafada chantagem intelectual de confundir indignação moral com anti-semitismo e deterem-se só um passo antes de os acusarem de nazismo. Até já vi com os meus olhos o que não acharia possível: o deputado europeu do CDS, e parece que professor de direito internacional, afirmar na televisão que era discutível que o ataque da Força Aérea israelita ao consulado do Irão em Damasco, em que morreram oito pessoas, fosse ilegal.
Na televisão também vi há dias o ministro Paulo Rangel explicar a posição portuguesa no conflito e por que razão este não é o momento para reconhecer o Estado palestiniano. Não consegui enxergar uma só razão válida, tirando o facto de nunca ser o momento certo, desde que em 29 de Novembro de 1947 as Nações Unidas partilharam o território da Palestina, sob mandato britânico, entre um Estado palestiniano e um Estado de Israel. O Estado de Israel existe desde que Ben-Gurion o proclamou em 14 de Maio de 48 e logo foi reconhecido por inúmeros países. O da Palestina continua à espera do “momento oportuno”. Valha-nos que pelo menos — ao contrário dos americanos e de vários parceiros europeus, campeões dos direitos humanos e da indústria do armamento — não fornecemos armas para a matança de Gaza.

  
Mario Pinheiro
A Europa tem sido chantageada à conta do antisemitismo. Condenar Israel pelo comportamento dos seus governos é uma questão ética.
David Ribeiro - As notícias de ontem [domingo 2jun2024] dizem estar o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, não só sob imensa pressão das famílias dos reféns ainda nas mãos do Hamas, mas também da Casa Branca, para aceitar a proposta de Biden de um cessar-fogo em Gaza, enquanto os seus aliados de extrema-direita ameaçam colapsar a coligação governamental se ele o fizer. E, ao que parece, Netanyahu lida mal com a paz.
Carlos Miguel Sousa
David Ribeiro Between a Sword and a Hard Rock.
Jorge VeigaUma coisa é a reacção ao ataque terrorista do Hamas. Outra coisa e a destruição de pessoas e bens, que nada têm com aquela acção.

 

  Pois... era de esperar
Logo_Friedrich_Ebert_Stiftung.svg.pngUma sondagem de opinião pública realizada pelo Centro de Mídia e Comunicação de Jerusalém, em cooperação com a ONG alemã Friedrich Ebert-Stiftung, na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental, mostrou que a guerra de Israel na Faixa de Gaza melhorou o estatuto político do Hamas, ao mesmo tempo que conduziu a um revés na popularidade da Fatah, da Autoridade Palestiniana e dos seus principais líderes. A sondagem, que excluiu a Faixa de Gaza por razões de segurança, mostra uma clara divisão entre os palestinianos sobre a natureza de uma solução final – uma solução de dois Estados ou de um Estado. Houve também uma divisão de opinião sobre o melhor método de resistência palestiniana para alcançar os objetivos nacionais, entre resistência armada, militar ou resistência diplomática pacífica.
Algumas das conclusões do inquérito:
Quase 40% dos entrevistados acreditam que o ataque de 7 de outubro a Israel, e a guerra que se seguiu, servem os interesses nacionais palestinianos.
Mais de 41% dos entrevistados dizem esperar que a atual guerra termine a favor do Hamas.
Cerca de 38,5% dizem que a guerra terminará com o avanço dos projetos de normalização entre Israel e alguns estados árabes.
Pelo menos 44,5% dos inquiridos afirmam que a ação política diplomática e pacífica é o melhor método para alcançar os objetivos nacionais, enquanto 40,8% dizem que apoiam a resistência militar violenta.



Publicado por Tovi às 07:40
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Quarta-feira, 17 de Abril de 2024
Dinheiro para a guerra não falta... e para matar a fome?

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Uma única morte que tivesse sido neste mais recente conflito entre Irão e Israel era demasiado... mas o custo de todo o material bélico gasto quer no ataque israelita à representação diplomática iraniana em Damasco, quer na resposta da Guarda Revolucionária Iraniana do Aiatolá Khomeini, a quantos palestinianos mataria a fome? 

  
Jorge Veigaboa questão, mas fácil de responder: -a 1 que fosse!
Nikdel Farhad
Foi apenas um espectáculo para fazer o público esquecer Gaza e vender mais armas aos árabes ricos do Golfo Pérsico. Um dever que foi colocado sobre os ombros dos aiatolás durante 40 anos.

 

  Mísseis russos provocam "muitas mortes" no norte da Ucrânia
1.jpgUm ataque de mísseis russos deixou “muitos mortos e muitos feridos” nesta quarta-feira [17abr2024] de manhã em Chernigov (ou Chernihiv), no norte da Ucrânia, disse o governador do território através das redes sociais. Dez para um. É esta a proporção de mísseis entre a Rússia e a Ucrânia. Volodymyr Zelensky diz que Estados Unidos precisam de ajudar a igualar número de projéteis, caso contrário, perde a guerra. Como se isto não fosse previsível há já muito tempo.



Publicado por Tovi às 07:01
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Sexta-feira, 29 de Dezembro de 2023
Evacuação da Faixa de Gaza... para onde?

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As ordens de evacuação decretadas por Israel na Faixa de Gaza levam a uma “contínua deslocação forçada” de civis. “Mais de 150.000 pessoas – crianças pequenas, mulheres com bebés ao colo, pessoas com deficiência e idosos – não têm para onde ir”. Será que alguns dos meus amigos que por aqui me "condenam" por alertar para esta situação desumana na Faixa de Gaza, tudo permitem aos falcões israelitas como vingança das atrocidades feitas pelo Hamas em 7 de outubro deste ano?

 
Gonçalo G. MouraJá te perguntaste porque é que o Egipto não abre a fronteira? E o Hamas, já libertou os reféns?
David RibeiroE tu, Gonçalo G. Moura, sabes dizer-me porque tudo permites aos falcões israelitas como vingança das atrocidades feitas pelo Hamas?
Gonçalo G. MouraDavid Ribeiro a solução é simples, e sempre esteve nas mãos do Hamas, que é libertar os reféns... até lá estou sempre do lado da civilização
Mário PaivaPortanto o Gonçalo G. Moura reitera que concorda com o massacre em curso e até o justifica... todo o direito de opinião e não é necessário andar às voltas para a justificar...
Gonçalo G. MouraMário Paiva quaid voltas? Precisa de de bebés degolados ou de corpos de adolescentes violadas e assassinadas e arrastadas pelas ruas? Justifique lá isso, se conseguir!
Mário PaivaComo já disse o Gonçalo G. Moura reitera que concorda com o massacre em curso e até o justifica... todo o direito de opinião e não é necessário andar às voltas para a justificar...
Gonçalo G. MouraMário Paiva quais voltas? Diga-me quantos avisos deu o Hamas antes de atacar... Israel avisa sempre com antecedência para as populações evacuarem... portanto o Mario Paiva concorda e apoia o ataque de 7 de Outubro e o lançamento indiscriminado de rockets sobre Israel. Estamos de acordo!
Mário PaivaGonçalo G. Moura, não estou nem um bocadinho com o HAMAS, nem antes nem depois do 7 de Outubro, e nem sequer vou argumentar com os motivos que levaram ao 7 de Outubro... mas quem gostava muito e o apoiou era o criminoso Nathaniau... vá-se lá saber porquê...
 
https://www.timesofisrael.com/for-years-netanyahu.../ Em tempo: essa de Israel "avisar" que vai atacar e usar do seu "direito" colonial p'ra mandar sair os civis do caminho, até teria piada se não fosse tão triste...
Gonçalo G. MouraMário Paiva isso são outros 300... e tanto quanto sei o Nethaniau não foi inpedido pelo tribunal de concorrer e tem um governo de coligação.
Jorge De Freitas MonteiroDavid Ribeiro, não se trata de vingança, Israel não tem alternativa. O Hamas continua a lançar rockets e mísseis cegos sobre Israel que atingem aleatoriamente homens, mulheres e crianças, só não lança mais precisamente pelo avanço das IDF em Gaza. Continua a recusar-se a libertar os reféns. Recusou a proposta Egípcia de abandonar o poder em Gaza a troco de um cessar fogo. Continua a afirmar que logo que seja possível lançará novos ataques do tipo do 7 de Outubro. Hoje mesmo desmentiu declarações ambíguas de um dos seus membros quanto ao reconhecimento do Estado de Israel reafirmando o seu objectivo final de o destruir. No campo das operações militares, cada vez que Israel indica uma área segura para os civis o Hamas desloca operacionais e rampas de lançamento de rockets e mísseis para essa área sacrificando a segurança dos civis. Obviamente que o sofrimento da população não pode deixar ninguém indiferente. Mas é o Hamas que deliberadamente provoca, deseja e amplifica esse sofrimento. O único apelo sério em relação a Gaza e à situação dos civis é o apelo ao Hamas para depor as armas. Tudo o resto até pode ser bem intencionado (nem sempre o é) mas de boas intenções está o inferno cheio.
Mário PaivaPortanto o Jorge De Freitas Monteiro reitera que concorda com o massacre em curso e até o justifica... todo o direito de opinião e não é necessário andar às voltas para a justificar...
Francisco BismarckMário Paiva Há alguma outra solução? Por favor, indique qual se acha que há
Jorge De Freitas MonteiroMário Paiva, não concordo nem deixo de concordar. Exponho factos incontestáveis.
Jorge VeigaNão posso concordar com esta actução, mas o meu amigo que aqui coloca isto, poderá dizer qual a solução, quando sabemos que eles andam misturados com a própria população?
David RibeiroA mais recente proposta do Egito, Jorge Veiga, é, à falta de melhor, uma boa solução para a atual situação do conflito.
Jorge Veiga -
David Ribeiro não a conheço, mas sendo a única ...
Jorge De Freitas MonteiroDavid Ribeiro, proposta que foi liminarmente recusada pelo Hamas…
Jorge VeigaJorge De Freitas Monteiro eles não aceitam nenhuma, salvo se considerar a destruição de Israel.
David RibeiroJorge De Freitas Monteiro ...e também recusada por Netanyahu.
Jorge De Freitas MonteiroDavid Ribeiro, tanto quanto li não; o governo israelita não chegou a pronunciar-se sobre a proposta concreta do Egipto uma vez que o Hamas a recusou imediatamente. Mas admito que os sectores mais à direita do governo israelita até tenham ficado encantados com a velocidade com que o Hamas disse não
Jose RiobomSinceramente .... vejo duas facções distintas aqui numa animada discussão cada qual delas com os seus melhores argumentos, e como sempre não tomo partidos ou me lanço em trincheiras para defesa de qualquer das partes... Verifico porém que iniciada a conversa pelo David Ribeiro ninguém se interroga a si mesmo com uma pergunta que aqui deixo.... "QUE SERÁ QUE EU FARIA, INDEPENDEMENTE DO PASSADO, SE UM BANDO DE PESSOAS ARMADAS ME TIVESSEM MATADO, FILHOS, FILHAS, NETOS OU QUALQUER FAMILIAR CHEGADO, DESARMADO, SEM DEFESA NUMA QUALQUER FESTA POPULAR EM QUALQUER PARTE DO MUNDO, OU ATÉ AQUI À PORTA DA MINHA CASA ??? " Vá lá.... venha de la o primeiro que atire a primeira pedra.... É que pimenta no cú dos outros , é refresco ! E sujeita a uma diatribe de sofá.... Passei por uma, infelizmente, numa posição que durante 24meses me permitiu avaliar bem este tipo de conflitos, já que trabalhei com informação privilegiada, sempre na procura de soluções apaziguadoras. Quatro anos depois, o conflito aparentemente aconteceu ! .... quando uma das partes depôs as armas .... A GUERRA ACABOU !!! disseram..... SÓ QUE.... no dia seguinte outra guerra começou..... É que na paz, todos os dias nos preparamos, para a guerra do dia seguinte..... porque existe sempre alguém ou alguma coisa que nos a quer tirar .... 

 
 


34463CC-highres-1703508519.webpO Egito apresentou em 25dez2023 o que é descrito como um plano ambicioso para acabar com a guerra em Gaza com um cessar-fogo. A proposta, desenvolvida com o Catar, inclui várias rondas de trocas de cativos e prisioneiros que foi apresentada a Israel, ao Hamas, aos governos dos Estados Unidos e da Europa na segunda-feira, veria Israel retirar-se totalmente da Faixa de Gaza, todos os cativos mantidos pelo Hamas e muitos prisioneiros palestinos, libertados, e um governo palestino tecnocrata unido instalado no enclave. Numa primeira fase, o Hamas libertaria todos os civis cativos em troca da libertação dos prisioneiros palestinos durante uma trégua de 7 a 10 dias. Durante a segunda fase, o Hamas libertaria todas as mulheres soldados israelitas em troca de mais prisioneiros palestinianos, o que aconteceria durante outra trégua de uma semana. Na fase final, as partes em conflito iniciariam “um mês de negociações para discutir a libertação de todo o pessoal militar detido pelo Hamas em troca de muito mais prisioneiros [palestinianos] e da retirada de Israel para as fronteiras de Gaza”. Mas para já tudo isto não parece ir além de boas intenções. (na imagem o Ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito, Sameh Shoukry)

 

  The Times of Israel 27dez2023 
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Vários alertas sobre o perigo causado por um punhado de colonos extremistas... mas Netanyahu e os seus falcões continuam a assobiar para o ar. Porque será?



Publicado por Tovi às 07:00
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Sábado, 23 de Dezembro de 2023
Lendo “Palestina Uma Biografia” de Rashid Khalidi

Já chegou este livro que encomendei há uns dias... segundo já li "não é uma crónica de vitimização, uma tentativa de branquear os erros dos líderes palestinianos nem a negação da emergência de movimentos nacionalistas de ambos os lados. É, antes, uma nova e esclarecedora visão de um conflito com mais de um século, uma história de colonização e de resistência de um povo que não abdica de existir."

 

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Pag. 39, 40 e 41 – Na viragem do século XX, antes de a colonização sionista ter tido grande impacto na Palestina, havia novas ideias a alastrar, a educação moderna e a literacia tinham começado a expandir-se, e a integração da economia do país na ordem capitalista global avançava a bom ritmo. A produção para exportação de colheitas como o trigo e os citrinos, o investimento de capitais na agricultura e a introdução de culturas de rendimento e trabalhos assalariados, visíveis na rápida propagação dos laranjais, estavam a mudar a face de grandes zonas rurais. (...) Socialmente, a Palestina era ainda fortemente rural e de natureza predominantemente patriarcal e hierárquica, e assim permaneceu, em grande medida, até 1948. Era dominada por estreitas elites urbanas oriundas de algumas famílias como a minha, que se agarravam às suas posições e privilégios enquanto se adaptavam às novas condições, com os membros mais jovens da família a obterem educações modernas e a aprenderem línguas estrangeiras a fim de manterem a sua posição e os seus benefícios. Estas elites controlavam a política da Palestina, ainda que o crescimento de novas profissões, ofícios e classes significassem que, na década de 1900, havia mais vias de progressão e ascensão social. Nas cidades costeiras em rápido crescimento, nomeadamente Jafa e Haifa, as mudanças eram mais visíveis do que nas cidades mais conservadoras do interior, como Jerusalém, Nablus e Hébron, uma vez que as primeiras assistiram ao aparecimento de uma burguesia comercial emergente e de uma embrionária classe trabalhadora urbana.

Pag. 46 e 47 - A histórica declaração proferida há pouco mais de um século em nome do conselho de ministros britânico no dia 2 de novembro de 1917, pelo Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros Arthur James Balfour - e que veio a ficar conhecida como Declaração Balfour - continha uma única frase: O governo de Sua Majestade vê de forma favorável a criação na Palestina de um lar nacional para o povo judeu, e empregará os seus melhores esforços para facilitar a realização deste objetivo, sendo claramente entendido que nada será feito que possa prejudicar os direitos civis e religiosos das comunidades não judaicas existentes na Palestina, ou os direitos e o estatuto político de que gozam os judeus em qualquer outro país. Se Se já antes da Primeira Guerra Mundial muitos palestinianos clarividentes tinham começado a ver o movimento sionista como uma ameaça, a Declaração Balfour introduziu um novo e temível elemento. Na linguagem suave e enganadora da diplomacia, com a sua expressão ambígua a aprovar «a criação na Palestina de um lar nacional para o povo judaico», a declaração garantia efetivamente o apoio britânico às aspirações de Theodor Herzl de um Estado judaico, com soberania e controlada imigração em toda a Palestina. Significativamente, a esmagadora maioria árabe da população (cerca de 94 por cento na altura) não foi mencionada por Balfour, a não ser de forma indireta, como as «comunidades não judaicas existentes na Palestina». Eram descritos em termos de que não eram, e certamente não como uma nação ou povo - os termos «palestiniano» ou «árabe» não aparecem nas setenta e uma palavras da declaração. A esta esmagadora maioria, eram prometidos apenas «direitos civis e religiosos», não políticos ou nacionais. Em contraste, Balfour atribuía direitos nacionais àquilo a que chamava «o povo judeu». que em 1917 era uma minúscula minoria - 6 por cento - dos habitantes do país. 



Publicado por Tovi às 07:22
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Segunda-feira, 11 de Dezembro de 2023
"Palestina - Uma Biografia"... por Rashid Khalidi

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Rashid Khalidi tem 75 anos, a idade do Estado de Israel. O pai fugiu para os Estados Unidos da América durante o Nakba - a catástrofe, em árabe - o êxodo em massa dos palestinianos na guerra israelo-árabe, em 1948. Nasceu em Nova Iorque e tornou-se historiador e professor de Estudos Árabes na Universidade Columbia. É de lá que fala com a CNN Portugal, numa entrevista por videochamada feita a 10 de novembro de 2023. No seu mais recente livro “Palestina - Uma Biografia: cem anos de guerra e resistência” (*) escreveu sobre seis momentos marcantes do seu povo que se entrelaçam com a história da sua família, uma das mais antigas de Jerusalém. Publicada em 2020, se essa biografia fosse escrita hoje teria mais um capítulo.

(*)
300x.webpUm dos grandes livros sobre a questão Israelo-Palestiniana. «Em nome de Deus, que a Palestina seja deixada em paz.» É desta forma que o presidente da câmara de Jerusalém termina a carta enviada em 1899 a Theodore Herzl, pai do movimento sionista, onde explicava que a Palestina tinha habitantes nativos e advertia para os perigos que se aproximavam. E é com este relato que Rashid Khalidi, o maior historiador do Médio Oriente nos Estados Unidos e sobrinho-neto do autor da dita carta, inicia a sua narrativa sobre os palestinianos e a guerra contra eles travada. Original, envolvente e marcante, Palestina – Uma Biografia cruza eventos históricos, materiais de arquivo nunca antes explorados e relatos de gerações, tratando de forma simultaneamente sóbria e emotiva os factos de um confronto trágico entre dois povos que reivindicam o mesmo território. Esta não é uma crónica de vitimização, uma tentativa de branquear os erros dos líderes palestinianos nem a negação da emergência de movimentos nacionalistas de ambos os lados. É, antes, uma nova e esclarecedora visão de um conflito com mais de um século, uma história de colonização e de resistência de um povo que não abdica de existir. Inclui prefácio exclusivo do autor para a edição portuguesa.

  Imaginava que o ataque do Hamas a 7 de outubro e a guerra em Gaza pudessem acontecer?
Fiquei surpreendido, creio, como todos ficaram, com o ataque de 7 de outubro. Não acho que mesmo as pessoas que são observadoras atentas esperavam algo desta ferocidade e intensidade. No entanto, penso que nos últimos dois anos é claro que a situação nos territórios ocupados tem sido cada vez mais explosiva. E não deveríamos ter ficado surpreendidos que de uma forma ou de outra, num lugar ou noutro, haveria uma explosão. Não estava à espera. O governo israelita e os militares israelitas não estavam à espera, obviamente. Muitas pessoas ficaram surpreendidas. Não deveríamos ter ficado surpreendidos. Deveríamos ter previsto que isto iria acontecer.

  Em 2022, deixou uma nota na edição portuguesa do livro para os leitores portugueses, aludindo ao passado colonialista de Portugal. A ideia de colonização é muito central no seu livro. Porquê?
Porque é isso que o empreendimento sionista sempre foi, ao mesmo tempo um empreendimento nacional e um empreendimento colonial, como os próprios primeiros líderes sionistas reconheceram. Escrevi no livro até que ponto, até à Segunda Guerra Mundial, as instituições sionistas e os líderes sionistas não tinham vergonha de falar sobre a natureza colonial do que estavam a fazer. Cito Ze'ev Jabotinsky e outros primeiros líderes sionistas que admitiram, sem vergonha, que este é um empreendimento colonial. Argumentaram, claro, que tinham o direito ao que eles chamavam de Terra de Israel e que se tratava de um projeto nacional. Era uma tentativa de criar uma entidade nacional, mas em cooperação com a maior potência colonial da época, a Grã-Bretanha, e como um projeto colonial de colonos, trazendo principalmente imigrantes europeus para se estabelecerem num país com uma enorme maioria árabe, isto era perfeitamente claro para todos. Após a Segunda Guerra Mundial, houve uma tentativa para encobrir as origens coloniais de Israel. Uma tentativa muito bem-sucedida.

  Começámos por ver as vítimas israelitas no dia 7 de outubro. Houve uma exigência por parte do público para que se mostrasse o outro lado da história. Começámos a ver as mortes em Gaza… Acha que isso está a mudar a opinião pública? Acha que essa mudança de opinião pública pode beneficiar os palestinianos no futuro ou irá desaparecer quando as imagens de Gaza pararem de chegar?
É verdade que o terrível número de mortos em Gaza, que ultrapassou os 11 mil, quase todos civis, talvez 5 mil deles crianças, teve um efeito enorme no Ocidente e no resto do mundo. Também é verdade que, no início, o terrível número de mortes de civis em Israel, de pessoas mortas nos primeiros dois dias, dominou a maneira como as pessoas viam isso e criou uma grande simpatia por Israel. Mas com o tempo, os cerca de mil civis israelitas que foram mortos foram ofuscados, até certo ponto, pelos 11 mil palestinianos. Como o foco das mortes mudou do assassinato de civis israelitas no início para o massacre ou o assassinato, como quiser chamar, de milhares de civis palestinianos, a opinião pública mudou. Agora, se vai durar ou não, se vai afetar de forma positiva os palestinianos… é impossível responder. Mas isto não é inédito, na verdade. Se recuarmos à guerra de 1982, quando Israel invadiu o Líbano e cercou Beirute, e no final da guerra matou tantas pessoas, enviou militantes libaneses para matar tantos civis palestinianos nos campos de refugiados de Sabra e Shatila, a cobertura mediática mudou de simpatia, com Israel no início, para simpatia com os palestinianos no final. Isso desapareceu. E houve outras ocasiões, outros ataques a Gaza, em que penso que ocorreu o mesmo tipo de mudança. Mas no passado isso tendeu a desaparecer com o tempo, em parte porque Israel é muito bom em retomar a narrativa.

  Esta guerra está a dividir o mundo, está a dividir a Europa… Se compararmos com a guerra na Ucrânia está realmente a dividir a Europa, famílias, amigos… Todos parecem ter uma opinião, mas parece que as pessoas têm informações diferentes sobre este conflito. Porque é que isto acontece?
É uma pergunta difícil de responder, mas penso que tem que ver com o que disse anteriormente, o enorme sucesso de Israel, e antes disso, do movimento sionista, na comunicação de uma imagem, em grande parte falsa. Fazer florescer o deserto, uma terra sem povo para um povo sem terra, a única democracia no Médio Oriente... Tudo isso é falso. A Palestina produzia laranjas no valor de centenas de milhares de libras esterlinas em 1914. Não era um deserto. Israel não a fez florescer. Israel é uma democracia para cidadãos judeus israelitas. Os cidadãos árabes de Israel estiveram sob regime militar de 1948 a 1966, e Israel governou mais de 5 milhões de palestinos durante 56 anos sob a lei militar, o que não é lei. Como podem dizer que é a única democracia? A única democracia no Médio Oriente com 5 milhões de pessoas prisioneiras de um regime militar. 
Cada um destes mitos foi insidioso e deliberadamente semeado nas mentes das pessoas de tal forma que as pessoas estão divididas, em parte porque algumas das informações são absolutamente falsas, e em parte porque muitas pessoas estão ligadas a lados diferentes deste conflito.
Algumas pessoas simpatizam com os colonizados, outras simpatizam com Israel por causa da culpa europeia relativamente ao antissemitismo histórico… Vive num país onde os judeus foram expulsos. Os judeus foram expulsos da Espanha. Os judeus foram expulsos da Inglaterra. Os judeus foram expulsos da França no período medieval, do século XII ao século XV. Portanto, há boas razões para a culpa europeia relativamente ao tratamento terrível aos judeus durante séculos e séculos. Para não falar do Holocausto, quando os países europeus poderiam ter deixado entrar centenas de milhares de pessoas que teriam sido autorizadas pelos nazis a partir antes da Segunda Guerra Mundial, e fecharam as portas de forma insensível e deliberada, condenaram as pessoas à morte. Portanto, os nazis mataram-nos, mas as pessoas que poderiam tê-los salvado - os Estados Unidos, a Europa Ocidental e outros países - também são culpadas. Há uma grande culpa justificada, e acho que isso leva a uma disposição para se curvar para evitar críticas. Israel, é claro, aproveitou-se disso na sua propaganda. 
A forma como o Holocausto, a forma como os pogroms na Rússia foram citados repetidas vezes é um exemplo de jogo com a culpa europeia. Isto é visto por muitas pessoas como parte da perseguição ao povo judeu ao longo da história. Devo dizer, porém, que o que aconteceu depois de 7 de outubro nos colonatos israelitas em torno da Faixa de Gaza teria acontecido quer os habitantes desses colonatos fossem judeus, cristãos ou pagãos, porque são vistos pelos palestinianos como colonos em terras que lhes foram tiradas quando foram expulsos em 1948 e forçados para Faixa de Gaza. Se os colonos fossem marcianos, se os colonos fossem taiwaneses, brasileiros… Teria sido o mesmo. Não tem nada a ver com o fato de serem judeus. Tem a ver com o facto de os palestinianos em Gaza, 80% deles serem refugiados forçados para a Faixa de Gaza quando essas áreas foram tomadas pelo exército israelita e depois foram estabelecidos colonatos judaicos no lugar das aldeias e cidades palestinianas.

  Os relatos de Gaza são devastadores. Acha que esta guerra irá criar gerações traumatizadas ao ponto de quererem vingança e poderem juntar-se ao Hamas?
A guerra já traumatizou pessoas de ambos os lados. Os israelitas ficaram traumatizados com o que aconteceu a partir de 7 de outubro, compreensivelmente. Todos os meus amigos israelitas conhecem pessoas que foram mortas, feridas ou sequestradas. E o trauma só aumentou, em parte devido ao número de atrocidades que o governo e os meios de comunicação israelitas estão a publicar. Manteve esta ferida viva na mente das pessoas em Israel e no estrangeiro. Muitas pessoas no Ocidente têm parentes em Israel e sabem das coisas horríveis que aconteceram aos civis israelitas. E eles também estão traumatizados. Desse lado, claramente há trauma e é visto em termos de trauma histórico judaico, quer tenha algo a ver com isso ou não. É ainda mais o caso do lado palestino, devido à extensão e à escala das perdas - 11 mil pessoas mortas até agora e quase 30 mil feridas. Estamos a falar de mais de 40 mil pessoas mortas e feridas, pelo menos, numa população de 2,2 milhões. E isso terá todos os tipos de efeitos. Todos nós conhecemos pessoas em Gaza. Eu conheço pessoas em Gaza. A minha sobrinha tem parentes em Gaza. Todos os palestinianos estão comovidos. Muitas pessoas no mundo árabe estão comovidas. E temo que isso conduza - em Israel e para os palestinianos - não apenas a um desejo de vingança, mas a levar as pessoas aos extremos. Não creio que haja qualquer dúvida de que esse pode muito bem ser o resultado disto.

  Os palestinianos têm tentado explicar ao mundo que não são o Hamas e que a maioria não apoia nem se identifica com os valores do Hamas. Mas há um argumento que costuma surgir nesta discussão. Em 2006, o Hamas ganhou as eleições com 44% dos votos. Ainda é assim? Os palestinianos apoiam o Hamas?
O Hamas ganhou apoio quando Israel e as potências ocidentais se recusaram a avançar com um horizonte político para os palestinianos, o que envolvia, nos anos 90 e no início dos anos 2000, a criação de um Estado Palestiniano ao lado de Israel. Isso foi bloqueado, não aconteceu. A ocupação intensificou-se, os colonatos expandiram-se, o movimento palestiniano foi restringido e a criação de um Estado Palestiniano nunca aconteceu. O Hamas beneficiou. Se os Estados Unidos, a Europa Ocidental e Israel continuarem a intensificar a ocupação, a expandir os colonatos e a negar aos palestinianos os mesmos direitos que os israelitas reivindicam para si próprios, haverá um movimento em direção à violência e ao extremismo. É inevitável.
É claro que o Hamas tem apoio, mas há sondagens que mostram, antes do ataque de 7 de outubro, que tinha cerca de um terço do apoio entre os palestinianos. Porquê? Porque não há horizonte político. Netanyahu recusou-se a negociar durante 15 anos. Netanyahu não aceita a solução de dois Estados. Netanyahu pertence a um partido político que disse que Israel será soberano na sua plataforma eleitoral de 1977. O partido Likud disse que só haverá soberania israelita entre o rio Jordão e o mar. Se é isso que oferecem aos palestinianos, a soberania israelita entre o rio e o mar, o que é que os palestinianos deveriam fazer? Aceitar isso? Tem de ser apresentado um horizonte político.

  A solução de dois Estados continua a ser mencionada pelos líderes mundiais como uma solução após o fim desta guerra. Acredita que ainda é possível?
Líderes mundiais, governos ocidentais, Estados Unidos, que supostamente apoiam a solução de dois Estados, não fizeram nada para concretizá-la pelo menos nos últimos 15 anos. Os líderes mundiais que supostamente apoiam a solução de dois Estados ajudaram, de facto, Israel a fortalecer sua ocupação, a expandir seus colonatos, que se destinam a impedir uma solução de dois Estados. Os líderes mundiais e os Estados Unidos impedem de facto uma solução de dois Estados. Falam, hipocritamente, sobre uma solução de dois Estados. Armam e financiam Israel na construção de mais colonatos e na intensificação de sua ocupação militar sobre os palestinianos. É isso que tem vindo a acontecer nos últimos anos. Por isso, estou um pouco cansado dos líderes mundiais falarem sobre uma solução de dois Estados. Se quisessem uma solução de dois Estados, deveriam trabalhar no sentido de uma solução de dois Estados. Deveriam impedir Israel de fazer o que tem feito há 56 anos, que é prevenir a solução de dois Estados ao construir colonatos nos territórios ocupados. É muito simples. Ou temos colonatos ou temos uma solução de dois Estados.

  O que é que acha que vai acontecer?
Receio que os Estados Unidos continuem a apoiar Israel em alcançar a sua ocupação militar em todos os territórios ocupados. Temo que os países europeus sigam como ovelhas qualquer caminho que a América decida seguir. Em vez de agirem por interesse próprio, que é evitar a catástrofe humanitária em Gaza, os países europeus basicamente endossam e apoiam uma catástrofe humanitária em Gaza. E podemos acabar com mais refugiados. Podemos acabar com mais pessoas a deixar Gaza. Podemos acabar com muito mais violência e extremismo se algo não for feito para acabar com esta guerra rapidamente, acabar com a morte de várias centenas de civis por dia, e dar um horizonte político para os palestinianos. O que ouvimos de Israel não é tranquilizador. Os líderes israelitas falam sobre segurança e controlo permanente por parte de Israel. Isso significa ocupação. Isso significa que haverá resistência. Todas as ocupações na história geraram resistência. Será pacífica ou violenta? Isto terminará com os palestinianos a alcançarem os seus direitos ou vão continuar a ver os seus direitos negados? O que vai acontecer depende das respostas a estas perguntas.



Publicado por Tovi às 07:03
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Sábado, 9 de Dezembro de 2023
EUA impedem resolução da ONU para cessar-fogo

VOTAÇÃO: A favor 13; Abstenção 1 (Reino Unido); Veto dos EUA

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Os Estados Unidos vetaram o projeto de resolução do Conselho de Segurança que exigiria um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza e a libertação imediata e incondicional de todos os reféns. Falando depois dos EUA vetaram a resolução, Riyad Mansour, diplomata palestiniano na ONU, classificou a medida como “além de lamentável”. “É desastroso”, disse ele. “O Conselho de Segurança foi novamente impedido de se levantar até este momento para defender as suas claras responsabilidades face a esta grave crise que ameaça vidas humanas e ameaça a paz e a segurança regional e internacional. “Em vez de permitir que este conselho cumpra o seu mandato, fazendo finalmente um apelo claro, após dois meses de massacres, de que as atrocidades devem acabar, os criminosos de guerra têm mais tempo para perpetuá-las”, disse Mansour. "Como isso pode ser justificado?"

  Isabel Sousa BragaTão previsível

  Agência Lusa - 6.ª feira 8dez2023
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal lamentou hoje a decisão dos Estados Unidos de rejeitar o apelo ao cessar-fogo em Gaza, lançado pelo secretário-geral da ONU, e insistiu na via do diálogo. “Naturalmente que lamentamos. Nós tínhamos precisamente apoiado a resolução que está ser vetada”, disse João Gomes Cravinho, à agência Lusa à margem da cerimónia de entrega dos prémios ‘Manuel António da Mota – Uma Vida em Angola’, que decorreu em Luanda. Cravinho sublinhou que esta é a posição que Portugal tem assumido e insistiu que é urgente haver um cessar-fogo humanitário. “É preciso que haja acesso da ajuda humanitária à população de Gaza, consideramos também fundamental que haja libertação sem condições dos reféns em Gaza e acreditamos que o cessar-fogo iria nesse sentido”, sublinhou. O chefe da diplomacia portuguesa afirmou que é preciso continuar a conversar, notando que tem havido evolução nas posições das Nações Unidas e dos próprios Estados Unidos, Israel e Gaza. “Acreditamos que, continuando o diálogo, encontraremos soluções que serão satisfatórias para todos. É fundamental que haja um cessar-fogo - e repito aqui este apelo - enquanto não for permanente, deve ser temporário, que permita acesso humanitário às populações, que permita começar a falar de um futuro mais estável, nomeadamente através da solução de dois Estados”, sublinhou o ministro.

  Agência Lusa - sábado 9dez2023
A China expressou este sábado "profunda deceção" com o veto dos EUA a uma resolução do Conselho de Segurança da ONU para um cessar-fogo imediato em Gaza, apresentada pelos Emirados Árabes Unidos e patrocinada por 97 países membros. 
A proposta "reflete o apelo universal da comunidade internacional e representa a direção certa para o restabelecimento da paz", afirmou o embaixador chinês na ONU, Zhang Jun, citado pela televisão estatal CGTN. "A China apoia totalmente esta iniciativa e juntou-se à pressão para a elaboração deste projeto de resolução", acrescentou Zhang, que acusou Washington de empregar "dois pesos e duas medidas" ao falar da proteção das mulheres, das crianças e dos direitos humanos, enquanto "consente" na continuação do conflito. Zhang apelou ainda a Israel para que ponha fim à "punição coletiva do povo de Gaza". Esta é a segunda vez, desde o início da guerra em Gaza, que os EUA vetam uma resolução no mesmo sentido - fizeram-no a 18 de outubro - alinhando assim com Israel, que argumenta que um cessar-fogo deste tipo ajudaria o Hamas a rearmar-se e a manter em cativeiro os 138 reféns na Faixa de Gaza.

  Al Jazeera - sábado 9dez2023
O vice-embaixador dos Emirados Árabes Unidos na ONU, Mohamed Abushahab, perguntou ao CSNU: “Qual é a mensagem que estamos a enviar aos palestinianos se não pudermos unir-nos atrás de um apelo para parar o bombardeamento implacável de Gaza? Na verdade, qual é a mensagem que estamos a enviar aos civis de todo o mundo que podem encontrar-se em situações semelhantes?”
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Hossein Amirabdollahian, alertou para a ameaça de uma “explosão incontrolável” da situação no Médio Oriente, após o veto dos EUA, noticiou a agência de notícias AFP. “Enquanto a América apoiar os crimes do regime sionista (Israel) e a continuação da guerra… existe a possibilidade de uma explosão incontrolável na situação da região”, disse Amirabdollahian ao secretário-geral da ONU, António Guterres, num telefonema, de acordo com um comunicado do ministério.
O Embaixador russo na ONU, Dmitry Polyanskiy, disse: "Nossos colegas dos EUA emitiram literalmente diante de nossos olhos uma sentença de morte para milhares, senão dezenas de milhares de civis na Palestina e em Israel”.
O Embaixador francês na ONU, Nicolas de Riviere, disse no CSNU: “Infelizmente, mais uma vez este conselho falhou devido à falta de unidade e, ao recusar-se a comprometer-se com negociações, a crise em Gaza está a piorar e o conselho não está a completar o seu mandato. sob a carta.”
O Ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, disse que os EUA estão agora sozinhos na questão de Gaza depois de bloquearem a aprovação da resolução. “Nossos amigos mais uma vez expressaram que a América está agora sozinha nesta questão, especialmente na votação realizada hoje nas Nações Unidas… O sistema político americano está agora impotente em questões relacionadas a Israel”, disse ele à agência de notícias estatal Anadolu e à emissora nacional TRT em uma entrevista.

  
Sarah CorsinoVou já dar-lhe a justificação: porque o Hamas - um grupo de animais terroristas - nunca iria entregar os reféns e apenas ganharia tempo para andarem de um lado para o outro entre as Entidades Públicas que utilizam como seus escudos. Se o Hamas se preocupasse com os Palestinianos e depois de dizerem que já morreram milhares deles, já teriam entregue os reféns todinhos de uma só vez. Só que não é essa a sua intenção. O problema é que as pessoas ditas civilizadas querem que estes animais terroristas tenham o mesmo comportamento/pensamento que elas. Mas não têm. São TERRORISTAS.
David RibeiroSem dúvida, caríssima Sarah Corsino, que o Hamas praticou ações terroristas altamente condenáveis e das quais não nos devemos esquecer, mas nada justifica a sentença de morte imposta por Israel para milhares, senão dezenas de milhares de civis na Faixa de Gaza. Curiosamente toda a comunidade internacional, com excepção dos EUA, apoiava este projeto de resolução do Conselho de Segurança.
Sarah Corsino
David Ribeiro também não vejo nenhum país árabe, ao redor, a receber refugiados nos seus países (já que é tanta a preocupação). Até, em tempos, os expulsaram (porque será?). Também a Rússia vetou projeto de resolução de cessar-fogo com a Ucrânia e ninguém fez este alarde. Nem utilizaram o famoso artigo. Será que é por ser EUA/Israel? Eu diria que os Israelitas poderiam ser mais cuidadosos com os Palestinianos da Cisjordânia porque as relações são completamente diferentes dos da Faixa de Gaza. O que acontece é que os terroristas também já se mudaram para lá e o Fatah não consegue controlar nada. Não pense que eu não sinto angústia pelos Palestinianos inocentes, mas a maioria deles são reféns e cúmplices de terroristas
David Ribeiro
Há algo que aqui ainda não disse e é importante, Sarah Corsino... assim como não confundo Hamas com todo o povo palestiniano, também não coloco no mesmo saco Benjamin Netanyahu e os seus falcões, juntamente com todo o povo israelita.
Sarah CorsinoDavid Ribeiro aih sim. Esse homem não é "flor que se cheire" 😞



Publicado por Tovi às 09:45
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Sexta-feira, 8 de Dezembro de 2023
As últimas dos grandes conflitos bélicos atuais

  Al Jazeera - 3.ª feira 5dez2023
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As conversações/negociações concentrar-se-ão nas relações bilaterais e na guerra Israel-Hamas.

  Expresso - 3.ª feira 5dez2023
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Até se me arrepiam os neurónios ao ter que concordar com o ultranacionalista Víktor Orbán... mas a verdade é que o primeiro-ministro húngaro tem razão quando afirma ser um erro a entrada da Ucrânia na União Europeia (UE). O nome Ucrânia (ou Ukraina, como é escrito no idioma ucraniano) deriva de uma palavra do eslavo antigo - "ukraina" - que significa “terra de fronteira” e assim deverá continuar.

 
Francisco Rocha AntunesHá amigos de Putin nas pessoas mais insuspeitas. Ele conta convosco desde o princípio. Nem vou comentar a parte do nome da Ucrânia
David RibeiroSe o Francisco Rocha Antunes me inclui nos "Há amigos de Putin nas pessoas mais insuspeitas. Ele conta convosco desde o princípio" olhe que a carapuça não me serve. Sempre defendi e continuo a defender que entre Zelensky e Putin, no que toque a humanismo e democracia, venha o diabo e escolha.
Francisco Rocha Antunes
David Ribeiro tem razão, não sei porque sequer comento. Não vai acontecer mais
Jorge De Freitas MonteiroProvavelmente com a Ucrânia e com outros daquele lado vamos assistir a uma neverending story como com a Turquia. As negociações de adesão com a Turquia começaram em 1987 e nunca terminaram nem vão terminar.
Castro Ferreira PadrãoBom feriado, um abraço
Jorge SaraivaO nome do Cabo Finisterra provém de dois factos: ponto onde a terra (Europa) termina e ponto mais ocidental do continente europeu.
Eduardo SaraivaDesta vez não concordo com o amigo David Ribeiro. E deviamos tentar parar a guerra e democratizar a Russia, porque caso contrário, a seguir vêm pela europa abaixo e nem nós escapamos porque é tudo deles.
David RibeiroE como é que se fazia isso, Eduardo Saraiva?... invadindo a Rússia?
Sarah CorsinoEste Órban já demonstrou por diversas vezes (e não é só por causa da Ucrânia) que é a verdadeira "toupeira russa" dentro da UE.
David RibeiroSarah Corsino... andamos a dar entrada na UE só para fazer perrice à Rússia e deu nisto.

  CNN Portugal - 4.ª feira 6dez2023
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Está cá a parecer-me que este ano o Pai Natal não traz prendas para Zelensky.

  "X" - 4.ª feira 6dez2023
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  The Wall Street Journal - 5.ª feira 7dez2023
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EUA avisam Israel: guerra em Gaza deve acabar dentro de semanas e não de meses. 

  Expresso - 5.ª feira 7dez2023
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  Raul Almeida - Como português e como católico, tenho um enorme orgulho em António Guterres. A História lembrará este Homem pela coragem e determinação com que tenta parar o maior genocídio do século XXI. Sem a companhia dos que primeiro deveriam estar ao seu lado na linha da frente, Guterres não desiste, afirmando o valor da vida sobre a morte, da moral sobre a fúria assassina sionista. O uso extremo do Artigo 99 da CNU, é prova da determinação humanista e civilizacional de Guterres. Que nunca lhe falte a força para fazer o que está certo.

  Al Jazeera - 5.ª feira 7dez2023
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O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, condenou o ataque de Israel a Gaza durante o encontro para conversações em Moscovo com o presidente russo, Vladimir Putin.

  Jornal de Notícias - 6.ª feira 8dez2023
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O Hamas fala em "ferozes batalhas" contra as tropas israelitas em diversas zonas da Faixa de Gaza, incluindo no sul. A ajuda humanitária foi praticamente interrompida em Khan Yunis, para onde uma grande parte dos civis do norte fugiu.

  Sondagem de Pew Research Center (EUA) - 6.ª feira 8dez2023
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Cerca de um quarto (27%) afirma que Israel está a ir longe demais na sua atual operação militar, enquanto quase o mesmo número (25%) afirma que está a adoptar a abordagem correta; 16% dos americanos dizem que Israel não está indo suficientemente longe militarmente.
Mais de quatro em cada dez Democratas (45%) dizem que Israel está a ir longe demais na sua operação militar contra o Hamas, em comparação com 12% dos Republicanos.
Também existem diferenças de idade nestas opiniões, sendo os americanos mais jovens mais propensos do que os grupos etários mais velhos a dizer que Israel está a ir longe demais.




Sexta-feira, 1 de Dezembro de 2023
Nem tanto ao mar nem tanto à terra, mas...

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Êxodo 21:24: "Olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé." Nesta passagem, Deus revelou a Moisés algumas leis para ele passar para o resto do povo.

Em Mateus 5:38-39, Jesus disse: "Vocês ouviram o que foi dito: Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, lhes digo: Não se vinguem dos que lhes fazem mal. Se alguém lhe der uma bofetada na cara, vire o outro lado para ele bater também."


Nuno Solla Lacerda
Penso que é aqui que há mais uma diferença entre Judeus e Católicos. Uns vêem como um acto de bem superior ao mal, matar uma personagem como o Hitler. Os Católicos acham que não seria legítimo matá-lo , pois todas as vidas são preciosos. Não serão o Hamas um género de “Hitler” no plural ?
David RibeiroNuno Solla Lacerda... admitamos (o que de forma alguma me repugna) que "serão o Hamas um género de 'Hitler' no plural"... e Netanyahu mais os sionistas de extrema-direita que o apoiam, o que são?
Jose Pinto PaisDavid Ribeiro serão apenas uns entre muitos judeus que tal como da outra vez não querem ser exterminados
Raul Vaz OsorioEssa do olho por olho não faz parte dos 10 mandamentos
Ilidio Graça
Membro do Hamas bom é o que estiver morto.

 

  Combates regressam à Faixa de Gaza
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Ao mesmo tempo que as negociações continuam entre Israel e o Hamas, mediadas pelo Catar e Egito, voltaram os bombardeamentos israelitas a Gaza, havendo já mais de uma centena de palestinianos mortos. Ao mesmo tempo no centro de Israel foram ouvidas sirenes de aviso de “rockets” e o braço armado do Hamas, as brigadas Al Qassam, dizem ter atingido Tel Aviv.



Publicado por Tovi às 07:29
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Sábado, 25 de Novembro de 2023
Tréguas em Gaza e troca de prisioneiros e reféns

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No dia de ontem, segundo os mais credenciados orgãos de comunicação presentes na Faixa de Gaza e em Israel, mas também pelo Ministério das Relações Exteriores do Catar, 13 israelitas (incluindo dupla nacionalidade), 10 tailandeses e um filipino foram libertados pelo Hamas. O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, confirmou a libertação, pelo grupo islamita Hamas, de uma refém com nacionalidade portuguesa - Adina Moshe com 72 anos. Um grupo de 39 mulheres e crianças palestinianas presas em Israel desde antes da guerra, sairam da prisão de Ofer, em autocarros da Cruz Vermelha, ao fim do dia.  Neste mesmo dia de ontem a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) informou que 137 camiões com ajuda humanitária entraram na Faixa de Gaza. Já no dia de hoje [sábado 25nov2023] dezassete reféns do Hamas, sequestrados em Gaza, foram libertados, com o acompanhamento da Cruz Vermelha, tendo chegado já a Israel durante a madrugada.

 

   Ana França no Expresso em 22nov2023
405796355_10224512628791100_1566081826456569593_n.Um acordo que começou a ser montado logo depois do massacre de 7 de outubro acabou por resultar na já quase certa libertação de 50 mulheres e crianças levadas pelo Hamas para Gaza nesse dia. (...) As negociações foram difíceis e a opinião pública israelita teve um papel essencial neste desfecho, por nunca aliviar a pressão sobre o Governo de Netanyahu. 

 

  Entretanto...
image.jpgOs primeiros-ministros da Bélgica e de Espanha criticaram Israel pelo sofrimento dos civis palestinianos durante as operações militares israelitas em Gaza. O espanhol Pedro Sanchez também apelou ao reconhecimento de um Estado palestiniano pela União Europeia, dizendo que o governo espanhol poderia fazê-lo por conta própria. Na sequência destes comentários, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Eli Cohen, convocou os embaixadores destes dois países para uma dura reprimenda. “Condenamos as falsas alegações dos primeiros-ministros de Espanha e da Bélgica que apoiam o terrorismo”, disse Cohen. Já no início deste mês, Caroline Gennez, ministra belga da cooperação para o desenvolvimento e das principais cidades, disse que a Bélgica estava a considerar o reconhecimento do estado da Palestina.
22277156.jpgTambém já se ficou a saber que Telavive vai boicotar a reunião dos chefes da diplomacia dos 27 membros da União Europeia, de outros 15 países mediterrânicos e da Comissão Europeia que vão debater na segunda-feira [27nov2023] em Barcelona a situação no Médio Oriente, com a presença da Autoridade Palestiniana. Trata-se do oitavo Fórum Regional da União pelo Mediterrâneo (UpM).
naom_6561297acf4ef.jpgO Egito acaba de informar ter recebido sinais positivos de todas as partes sobre uma possível extensão da trégua de quatro dias por mais um ou dois dias. Diaa Rashwan, chefe do Serviço de Informação do Estado (SIS) do Egito, disse num comunicado que o país estava a manter extensas conversações com todas as partes para chegar a um acordo sobre a extensão da trégua, o que “significa a libertação de mais detidos em Gaza e de prisioneiros palestinianos nas prisões israelitas”.

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A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) afirma que uma das suas patrulhas foi atingida por tiros israelitas nas proximidades de Aytaroun, no sul do Líbano, embora não tenha havido vítimas. A UNIFIL condenou o ataque às suas forças de manutenção da paz, chamando-o de “profundamente preocupante”. “Lembramos veementemente às partes as suas obrigações de proteger as forças de manutenção da paz e evitar colocar em risco os homens e mulheres que trabalham para restaurar a estabilidade”, afirmou.



Publicado por Tovi às 07:22
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Segunda-feira, 20 de Novembro de 2023
Pausa no conflito em Gaza... e libertação de reféns

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Uma pausa de cinco dias nos combates, monitorizada por vigilância aérea, poderá libertar dezenas de mulheres e crianças do cativeiro em Gaza. Um conjunto detalhado de termos escritos de seis páginas exigiria que todas as partes no conflito congelassem as operações de combate durante pelo menos cinco dias, enquanto inicialmente 50 ou mais reféns são libertados em lotes mais pequenos a cada 24 horas. A interrupção dos combates também visa permitir um aumento significativo na quantidade de assistência humanitária, incluindo combustível, para entrar no enclave sitiado vindo do Egito. A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, tuitou que “ainda não havia acordo, mas continuamos a trabalhar duro para conseguir um acordo”. Um porta-voz da Embaixada de Israel em Washington disse na noite de sábado que “não vamos comentar” nenhum aspecto da situação dos reféns.
[The Washington Post - 18nov2023]

 

  Netanyahu não é fonte confiável sobre a guerra em Gaza
GettyImages-1257673418.jpgDe acordo com uma sondagem publicada terça-feira [14nov2023] pela investigadora Gal Yavetz da Universidade Bar-Ilan, apenas 4% dos judeus israelitas consideram o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu uma fonte fiável de informação para a guerra Israel-HamasEm contraste, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Daniel Hagari, que tem comunicado regularmente desde 7 de outubro através das redes sociais e frequentes conferências de imprensa em hebraico e inglês, liderou a lista, já que 73,7% das pessoas entrevistadas o destacaram, como a fonte de informação mais confiável. [Ver notícia aqui]

 

   Quarta-feira 22nov2023
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Publicado por Tovi às 07:29
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Quinta-feira, 16 de Novembro de 2023
Tudo o que é demais é moléstia

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A bomba mediática que aconteceu neste Jardim à Beira-Mar Plantado com o despoletar da "Operação Influencer" fez com que os meus comentários na NET não tenham acompanhado o conflito no Médio Oriente... mas continuo a ver, ler e ouvir tudo que acontece na martirizada Faixa de Gaza. E assim, um pouca à laia de “entendamo-nos”, verifico que até os comentadores mais “amigos” dos EUA e de Israel já são da opinião que tudo o que é demais é moléstia.

 

  Nem o Hamas nem as forças fieis a Netanyahu são inocentes 

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As forças israelitas confirmaram na terça-feira [14nov2023] a morte de uma militar de 19 anos que foi feita refém em Gaza, depois de o Hamas ter divulgado imagens dela ainda viva, mostrando em seguida um corpo que dizia ser o da jovem, morta num ataque de Israel. É a primeira vez que Israel confirma uma declaração do Hamas, que tem dito que dezenas dos reféns que fez a 7 de outubro tinham morrido ou estavam desaparecidos devido aos ataques israelitas a Gaza. No vídeo do Hamas, que foi divulgado na segunda-feira [13nov2023], Noa Marciano identificava-se e dizia que estava refém em Gaza há quatro dias - as imagens têm data de 11 de outubro. Seguem-se depois imagens de uma jovem mulher, de aparência semelhante à de Marciano, mas desta vez deitada num lençol e com uma ferida sangrenta na cabeça. Uma legenda informa que a militar foi morta "num ataque aéreo pelo inimigo sionista" na quinta-feira [9nov2023] da semana passada. As forças israelitas não fazem qualquer comentário sobre as circunstâncias da morte de Noa Marciano, confirmando apenas a morte da jovem e o facto de ter sido raptada, esclarecendo ainda que fazia parte do corpo de defesa de fronteira.

 

  Foi notícia no dia de ontem
1858989.jpgO exército israelita está a conduzir, desde a madrugada, uma “operação precisa e orientada” contra o Hamas no Hospital al-ShifaSegundo o Ministério da Saúde de Gaza, citado pela Al-Jazeera, estão cerca de 2.500 pessoas no hospital, entre as quais 600 feridos e 36 recém-nascidosOs soldados israelitas estão a realizar operações de busca dentro do hospital e a interrogatórios individuais às equipas médicas. “Antes de entrarem, as tropas da FDI (Forças de Defesa Israelitas) encontraram engenhos explosivos e células terroristas, e iniciou-se um combate, no qual terroristas foram mortos”, lê-se numa mensagem do Telegram, refere o jornal The Guardian.
O ataque ao maior hospital de Gaza continua, disse Muhammad Abu Salmiya à Al Jazeera Árabe, com as forças israelitas continuando a ser posicionadas em vários edifícios em todo o complexo. “O exército de ocupação está no prédio de diálise sem se preocupar em trazer combustível para ajudar os pacientes (...) Não conseguimos chegar à farmácia para tratar os pacientes, pois a ocupação atira em todos que se deslocam." Disse também que não se consegue comunicar com os médicos de todo o hospital para perguntar sobre o estado dos pacientes e que não tem conhecimento do estado dos bebés prematuros ali tratados. Abu Salmiya afirma que ninguém do exército israelita o contactou desde que o hospital foi invadido e que a água, a eletricidade e o oxigénio estão completamente cortados no interior. “As feridas dos pacientes começaram a apodrecer significativamente depois que todos os serviços do hospital foram interrompidos (...) O cheiro da morte está por toda parte.” afirmou o diretor do Hospital Al-Shifa.

 

  Requiescat in Pace
mw-694.webpO ministro dos Negócios Estrangeiros lamentou, nesta quarta-feira [15nov2023], a morte de três cidadãos portugueses em Gaza, dos quais dois menores, juntamente com dois familiares, e pediu a Israel para parar estes bombardeamentos. "O Governo português lamenta profundamente a morte de cinco pessoas esta tarde em Gaza, três cidadãos nacionais e dois familiares, fruto de um bombardeamento", declarou João Gomes Cravinho. Estes três portugueses, assim como dois palestinianos que morreram no mesmo bombardeamento, aguardavam a retirada por indicação de Portugal, referiu a diplomacia portuguesa em comunicado, lamentando as mortes. 

 

  Os números da vergonha
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Segunda-feira, 6 de Novembro de 2023
Israel estará à beira de uma "guerra civil"?

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Os motivos já não são os mesmos da tentativa da reforma judicial quando o Governo de extrema-direita colocou em perigo a única democracia do Médio Oriente, mas as críticas à estratégia do governo de Netanyahu na gestão do conflito com o Hamas são cada vez mais audíveis nas ruas de Israel. No final do dia do último sábado [4nov2023] cerca de duas mil pessoas reuniram-se em frente à residência do primeiro-ministro, em Jerusalém, para exigir a demissão de Benjamin Netanyahu. A polícia montou barricadas, que foram derrubadas por alguns manifestantes, e considerou o protesto ilegal.

 
Luis Miguel MoreiraÉ pena que não haja na Palestina ( ou noutros lugares ) manifestações dos Palestinos contra o Hamas Todos se queixa da guerra mas incapazes de levantar a voz contra quem os meteu nesta guerra
David RibeiroOu seja, para o Luis Miguel Moreira não interessa se os palestinianos da Faixa de Gaza são ou não apoiantes das ações terroristas do Hamas. Olho por olho, dente por dente, seja lá de quem for o "olho" e o "dente". parece ser a sua forma de resolver este eterno conflito.
Luis Miguel MoreiraPelo contrário, preocupa me constatar que são todos apoiantes do Hamas. Não ouvi vozes discordantes, nem pessoas a queixar se de serem vítimas do Hamas. Não combateram os terroristas que os dominam , que os usam como escudos humanos, que usam túneis para atacar mas não sabem usar túneis para evacuar civis.
David RibeiroMeu caro Luis Miguel Moreira... apoiar os palestinianos não é a mesma coisa que apoiar os atos terroristas do Hamas.
Luis Miguel Moreira
David Ribeiro não saber criticar o Hamas (o que não é o mesmo que criticar os Palestinianos) é uma forma de o legitimar! Não se pode desculpar o silêncio dos Palestinianos em relação as atrocidades que o Hamas cometeu, e que continua a cometer! Os reféns ainda lá estão (provavelmente todos mortos).
Luis Miguel MoreiraA sua leitura daquilo que escrevi revela alguma iliteracia ou manifesta má vontade em perceber
Jorge VeigaDavid Ribeiro e o meu amigo, depois do que se tem passado há imensos anos, o que propõe paa resolver o eterno conflito?
David RibeiroJorge Veiga...cumprir-se as últimas resoluções da ONU que preconizam DOIS ESTADOS, e se for necessário uma força das Nações Unidas para o fazer cumprir por todos.
Jorge VeigaDavid Ribeiro Resposta interessante, mas que na minha opinião não vai resolver nada. Há excepções, mas como sabe, cães e gatos juntos dão sarilho. Se nunca se deram bem, sendo que se podem englobar outros, conforme está descrito na Bíblia e na História (não sou religioso), vão agora tornarem-se amigos? Duvido...
David RibeiroJorge Veiga... não será fácil, seguramente, mas na ex-Jugoslávia foi possível (para já... e com um grande controle, que terá sempre de haver). ...outra coisa. Os países ricos do Golfo, de tão ricos que estão, o que querem é PAZ, para poderem gozar toda a riqueza que o ouro negro lhes proporcionou.
Jorge VeigaDavid Ribeiro A ex Jugoslávia durou pouco tempo e davam-se relativamente bem antes. Como disse, a região do médio oriente sempre foi um barril de pólvora desde que a história é história e se calhar até antes. Temos o Judeísmo, o Islão (sub-dividido em várias seitas) o Cristianismo (pouco) e outras de menor expressão. São guerras ou guerrilhas tribais que são cultivadas por quem lidera as partes e sem fim à vista. Com essa dos ricos do petróleo, concordo e se calhar é por isso que andam a tentar fazer algo, senão nem podem ver o CR7 em sossego. ...e mal será se o Irão se meter no assunto.
David RibeiroAí é que está o "problema" deste conflito, Jorge Veiga.
Jorge Veiga - David Ribeiro esse e não só. Há outros interesses e de outros países.
David RibeiroJorge Veiga... os EUA só vão entender a "asneira" de se meterem nesta alhada do Médio Oriente quando internamente a opinião pública lhes começar a "puxar as orelhas". Já foi assim que aconteceu quando uma crescente rejeição da população americana à guerra do Vietnam revolucionou a década de 1960, na maior parte do mundo ocidental.
Jorge VeigaDavid Ribeiro tenho dúvidas. Há muitos descendentes de judeus nos EUA e os outros simpatizam com a causa, ignoro o porquê. Desde a IIWW e o que aconteceu com os Nazis? ...além disso os judeus têm grande influência mundial em comercios como o ouro, diamantes e divisas.
David RibeiroJorge Veiga... no território israelita a maioria já não se identifica com o judaísmo religioso (tirando um grupo de fanáticos que não têm qualquer expressão). Dos muitos israelitas com quem convivi nos meus tempos de "mercenário" em Angola (anos 1985 e 86) não me recordo de algum deles manter qualquer ligação à religião judaica. E os judeus ricos que existem por este mundo fora o que querem é cada vez serem mais ricos, seja à custa de quem for.
Jorge Veiga - David Ribeiro o poder dos ortodoxos é suficiente para estragarem o governo actual. Parece que nã, mas ainda estão lá muitos judeus ortodoxos e dos outros, além dos muçulmanos que lá deixam trabalhar. Como disse antes, são como cão e gato.
David RibeiroJorge Veiga... sobre os judeus ortodoxos. Vi há uns dias uma reportagem sobre a polícia israelita a reprimir violentamente uma ação de rua dos tais defensores das leis judaicas imutáveis... e fiquei pasmado quando os vi defender que o atual país não tem razão de existir pois só com a vinda do Messias poderá existir o Reino de Israel.
Jorge VeigaDavid Ribeiro Pois...fanáticos até dizer basta. Como há fanáticos do outro lado. Depois querem acabar com uns e outros e acabam em guerra. E já não é a primeira vez, nem há-de ser a última...
Maria Teresa de Villas-BoasEu tenho uma opinião muito diferente........ talvez por ser historiadora.

 

  E é assim quer estamos...
650e79db3d13f.jpgO secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Hakan Fidan, iniciaram hoje, em Ancara, o primeiro encontro desde o início da guerra entre Israel e o Hamas. Blinken vai tentar apaziguar as posições de Ancara - um dos aliados estratégicos mas também mais difíceis de Washington - em plena guerra em Gaza. Até ao momento não está previsto qualquer encontro com o Presidente turco Recep Tayyip Erdogan.

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As Forças de Defesa de Israel (IDF) vão abrir um corredor humanitário do norte para o sul de Gaza durante quatro horas, entre as 8h00 e as 12h00 (hora em Portugal). O porta-voz da armada israelita para a comunicação árabe, Avichay Adraee, recorreu à rede-social X para explicar que a passagem de Salah al Din Road vai ser reaberta “mais uma vez”. “Se se preocupam convosco e com os vossos entes queridos, rumem a sul de acordo com as nossas instruções. Não se preocupem e lembrem-se que os líderes do Hamas também já trataram de se colocarem em segurança”, aconselha Avichay Adraee.

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O alto-representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros reconheceu hoje, na abertura de uma conferência com embaixadores em Bruxelas, que o agravamento do conflito israelo-palestiniano é “resultado de um falhanço político e moral coletivo” e que nada foi feito para o resolver realmente. “Sim… Comprometemo-nos formalmente com a solução dos dois Estados, mas sem um plano credível para atingir esse objetivo. A substância do problema israelo-palestiniano não é religiosa ou étnica. É um problema de duas populações que têm o mesmo direito a viver no mesmo território, por isso, precisam de partilhá-lo”, acrescentou o chefe da diplomacia europeia.

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Ahed Tamimi, já considerada uma heroína na Cisjordânia ocupada, foi levada pelas forças israelitas durante a última noite sob suspeita de incitação à violência e ao terrorismo. O seu pai foi preso no início desta semana e sua mãe diz que ela e o irmão de Ahed receberam ameaças de prisão. Os israelitas alegam que Tamimi postou uma linguagem muito inflamatória numa conta do Instagram pedindo ataques muito violentos contra os israelitas. Mas sua mãe diz que foi uma conta falsa que compartilhou a postagem e acrescentou que havia várias contas no Instagram usando o nome e a foto de Ahed.



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Sábado, 4 de Novembro de 2023
Líder do Hezbollah alerta para "guerra total"

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O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, fez ontem [6.ª feira 3nov2023] a sua primeira intervenção pública desde o início da guerra, num discurso transmitido pela televisão, começando por saudar os “mártires caídos” em diversas guerras, especificando os mortos em Gaza e na Cisjordânia. “Não morreram, estão no paraíso onde não há operações israelitas nem a arrogância americana”, disse Nasrallah. Referindo-se ao sofrimento do povo palestiniano disse que “ninguém move um dedo” para acabar com ele.
Qualificou o governo de Israel de “radical, estúpido e brutal” e referiu quatro razões para a revolta palestiniana: Milhares de detidos palestinianos em Israel; A envolvência da Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém Oriental; O cerco à Faixa de Gaza, que condenam os palestinianos a viver como em “campos de concentração”; A situação na Cisjordânia, “perigosa e de risco”, em resultado da expansão dos colonatos judeus, de detenções diárias e da destruição de casas.
“Tinha de haver um grande evento que abalasse a entidade usurpadora e os seus apoiantes em Washington e Londres”, disse o líder do Hezbollah, referindo-se à “bendita operação” do Hamas de 7 de outubro. Nasrallah disse que a operação “Tempestade de al-Aqsa” foi “100% realizada pelos palestinianos”, acrescentando: “Não nos incomodamos com a ocultação do plano de ataque de 7 de Outubro pelo Hamas”. “O sigilo absoluto foi o que garantiu o sucesso da operação”, disse. O líder do Hezbollah saudou também os “fortes e bravos iraquianos e iemenitas [huthis] que estão envolvidos nesta guerra santa”.
Na sua intervenção televisionada, Hassan Nasrallah afirmou que “o que aconteceu confirma que o Irão não exerce qualquer tutela sobre as fações da resistência e que os verdadeiros decisores são os líderes da resistência". O líder do Hezbollah aludiu, implicitamente, à visita a Israel do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que discursava à mesma hora, em Telavive. “Nada sequer começou e vemos os países de todo o mundo a enviar os seus Presidentes, os seus ministros, os seus generais, os seus arsenais, os seus milhares de milhões para apoiar esta entidade ilegítima [Israel].”
Hassan Nasrallah terminou a sua intervenção com um aviso a Israel. “Todos os cenários estão em aberto na nossa frente sul libanesa”, disse o líder do Hezbollah. “Todas as opções estão definidas e podemos adota-las em qualquer altura.”

 

   Populares prestaram homenagem no Porto às vítimas palestinianas
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Quando estas homenagens forem espontâneas e apartidárias, chova ou faça sol, então EU ESTAREI LÁ.

 

  É assim que estamos...

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Os ataques israelitas atingiram perto de pelo menos três hospitais em Gaza, segundo as autoridades de saúde locais, incluindo um que atingiu um comboio médico perto do Hospital Al-Shifa, na cidade de Gaza, matando 15 pessoas e ferindo outras 16. Uma escola que acolhe deslocados no bairro de Saftawi também foi atingida num ataque israelita que matou pelo menos 20 pessoas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Num ataque separado, crianças estão entre os pelo menos 14 palestinianos mortos enquanto escapavam para o sul ao longo da estrada costeira de Gaza, segundo autoridades locais. A agência da ONU para os refugiados palestinianos afirmou que já não pode fornecer segurança em abrigos sob a bandeira da ONU. A UNRWA disse que pelo menos 38 pessoas morreram em instalações da ONU desde o início da guerra.

 Os chefes da diplomacia da Jordânia, Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar reuniram-se este sábado com o homólogo norte-americano, Antony Blinken, em Amã, para discutir como “cessar a guerra em Gaza”. Um representante da Autoridade Palestina também participou do encontro.

  Chico GouveiaOs israelitas já disseram. É simples: libertem os reféns.

  O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, e o ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, estiveram hoje, em conferência de imprensa, na capital da Jordânia. Pontos principais das três declarações: Safadi iniciou a conferência sublinhando a importância de um imediato cessar-fogo para todos os países árabes. Disse ainda que para a Jordânia não é aceitável a “morte de inocentes” e destruição em “legítima defesa”. Já Antony Blinken começou por agradecer ao Egito por facilitar a passagem de civis feridos entre Gaza e Egito. De seguida voltou a sublinhar a posição dos EUA: Israel tem direito a defesa, mas acrescentou “deve tomar todas as medidas possíveis para evitar vítimas civis”. Por último, falou Shoukry. Voltou a apelar por um cessar-fogo e disse que qualquer discussão sobre o futuro de Gaza, sem o Hamas, é “prematura”.

  
Chico Gouveia
David Ribeiro todos muito comedidos. Ninguém arrisca nada. Política dos testículos: participam mas não entram. Este Blinken devia ser o sucessor de Biden.
David Ribeiro - A verdade, Chico Gouveia, é que Antony Blinken  foi de Israel para Amã de mãos vazias e saiu da Jordânia para a capital turca, novamente de mãos vazias. Os EUA ao "casar-se" com o primeiro-ministro Netanyahu e a sua guerra em Gaza, não consegue ser reconhecido por ninguém como mediador neste conflito. As notícias vindas dos "States" dizem que por lá as manifs pró-palestinianas são cada vez mais e com maior número de manifestantes.




Sexta-feira, 3 de Novembro de 2023
EUA descontente com a estratégia militar de Israel

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Artigo publicado em 1nov2023 por Kimberly Halkett, jornalista da Al Jazeera acreditada na Casa Branca:

Membros da administração Biden ‘não se sentem confortáveis’ com a política do presidente dos EUA para Israel. Há uma pressão enorme [sobre Biden para controlar Israel] e é ao mesmo tempo visível e… invisível, em termos de estar a acontecer dentro do governo onde o público não consegue ver. É claro que todos estamos a assistir aos protestos públicos que estão a acontecer à escala global, sejam as greves, as manifestações encenadas, as cartas abertas que estão a ser divulgadas nos jornais. Mas o que também ouvimos e [o que] está a ser relatado aqui nos Estados Unidos é que há membros da administração Biden que não estão confortáveis ​​com a política do presidente em relação a Israel e estão a tornar-se cada vez mais expressivos. Na verdade, sabemos que o Departamento de Estado está agora a oferecer sessões de esclarecimento para alguns membros do [departamento] que sentem que as suas crenças pessoais não estão alinhadas com a política do presidente e com o que está a acontecer no terreno em Gaza. E o que nos dizem é que o presidente não está a ouvir os especialistas, mas sim a alinhar-se com um círculo muito unido de conselheiros, que essencialmente lhe dão conselhos sobre como proceder. 

 

  Grande atividade diplomática no Médio Oriente
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Segundo um comunicado do Departamento de Estado dos EUA, Antony Blinken e o príncipe Khalid bin Salman Al Saud, ministro da Defesa saudita, encontraram-se esta 4.ª feira [1nov2023] para falar sobre a situação humanitária em Gaza e sobre a necessidade de reforçar a estabilidade da região. “O secretário afirmou a importância de atender às necessidades humanitárias em Gaza, evitando uma maior propagação do conflito e reforçando a estabilidade e segurança regionais, incluindo no Iémen (...) Também enfatizou a importância de trabalhar em prol de uma paz sustentável entre israelitas e palestinianos, uma prioridade compartilhada tanto pelos Estados Unidos quanto pela Arábia Saudita”, explica o comunicado.

O parlamento do Bahrain anunciou esta 5.ª feira [2nov2023] que ordenou o regresso do embaixador em Telavive e vai cortar as relações económicas com Israel. Do lado de Israel, a decisão do Bahrain ainda está a ser analisada, noticia o Haaretz [jornal diário israelita]. Contudo, o embaixador israelita em Manama já abandonou o país. A embaixada de Israel esteve assim aberta durante menos de dois meses, uma vez que só tinha reaberta no início de setembro, três anos após os dois países terem normalizado relações. Na altura, o chefe da diplomacia do Bahrain - citado pela Reuters - tinha apontado que a reabertura da embaixada como “sinal do compromisso partilhado para com a segurança e prosperidade de todos os povos da região”. O anúncio chega um dia após a Jordânia ter chamado o seu embaixador em Israel em protesto contra a “catástrofe” decorrente dos ataques de Israel à Faixa de Gaza, nota a Al Jazeera. Também esta semana, a Bolívia cortou relações e o Chile e a Colômbia já tinham chamado os seus embaixadores. 

Durante a tarde de 5.ª feira [2out2023], funcionários da Casa Branca têm dito que o secretário de Estado, Antony Blinken, quando chegar a Israel, apresentará ao primeiro-ministro israelita um pedido de “breve cessação das hostilidades”, como se diz, para permitir duas coisas: tirar as pessoas capturadas e também levar [suprimentos] humanitários. Os responsáveis ​​dizem que estas pausas, pausas humanitárias como são descritas - e usam o plural - serão limitadas pela duração e pelo local. Também é muito interessante que funcionários da Casa Branca revelaram que o Presidente Biden pediu ao primeiro-ministro israelita uma pausa nas hostilidades no dia 20 de Outubro para libertar dois americanos que tinham sido mantidos em cativeiro. Citam isso como exemplo de que isso pode ser feito e que os esforços do secretário de Estado para conseguir que o primeiro-ministro israelita concorde com estas “breves cessações de hostilidade” são algo que tem um precedente.

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O principal diplomata dos EUA irá reunir-se hoje [6.ª feira 3nov2023] com vários líderes israelitas: Antony Blinken conversará primeiro com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Irá também reunir-se com membros do gabinete de guerra do país. Depois, o secretário de Estado deverá reunir-se com o presidente Isaac Herzog. Finalmente, espera-se que ele se encontre com o líder da oposição, Yair Lapid.

 


mw-694.webpEstamos a correr o risco do antissemitismo se alastrar por todo o mundo e para isto não acontecer as críticas à brutal e desproporcionada resposta militar de Israel ao terrível e inesperado ataque do Hamas em 7 de outubro não devem repercutir-se contra os judeus, pois a maioria deles opõem-se claramente à linha dura deste governo de Benjamin Netanyahu.

 
Sarah CorsinoSó que em tempo de guerra não se limpam armas. Quando a guerra terminar que Netanyauh se demita e haja novas eleições. Eu também não gosto rigorosamente nada dele.
David Ribeiro
Os israelitas exigem, e com toda a razão, que se investigue rapidamente como foi possível os tão propalados "melhores serviços de Inteligência e de Operações Especiais do mundo", não terem previsto e acautelado os acontecimentos de 7 de outubro. Terá sido unicamente "ganha fama e deita-te na cama" ou algo mais terá acontecido?
Sarah Corsino
David Ribeiro não vou escrever aqui o que penso apenas porque seria longo. Mas acredito mais na 2ª hipótese. Eles eram atacados cerca de 200 dias por ano. Devem ter achado que era mais uma.... E nada é a 100%. Nem sequer o Iron Dome 
Isabel Sousa BragaDavid Ribeiro realmente eu também queria saber. Se eles conseguem ouvir as conversas telefónicas entre os fulanos em Gaza ( no caso do hospital ) não detectaram /ouviram o planeamento de 7 de Outubro? Não deve ter sido um telefonema simples daqueles como o outro fazia " preciso de umas fotocópias".
Mário Paiva...mas é tudo tão simples... uma cambada de vilões muito maus de um lado combatidos por anjos e santinhos do outro... For years, Netanyahu propped up Hamas. Now it’s blown up in our faces
David RibeiroPois é, Mário Paiva... mas os Falcões israelitas dizem-nos que isso agora não interessa nada.

 

 

  Marcelo... uma no cravo outra na ferradura
image.jpgO Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse esta sexta-feira ao chefe da missão diplomática da Palestina em Portugal que alguns palestinianos "não deviam ter começado" esta guerra com Israel e aconselhou-os a serem moderados e pacíficos. "Desta vez foi alguém do vosso lado que começou. Não deviam", considerou o chefe de Estado português, num diálogo com Nabil Abuznaid, em inglês, durante uma visita ao Bazar Diplomático, no Centro de Congressos de Lisboa.
Uma hora depois da conversa pública com o embaixador palestiniano, o Presidente da República voltou atrás para criticar Israel na questão dos colonatos ilegais e da morte de civis e dizer que o ataque terroristas do Hamas serviu de “pretexto” à reação israelita.

  
Rui Lopes A. D'Orey
homenzinho pequeno e mesquinho. Sem espinha dorsal
Jorge VeigaRui Lopes A. D'Orey conheço piores.
Rui Lopes A. D'OreyJorge Veiga verdade
António Vilar RibeiroÉ um tonto
Isabel Sousa BragaAhahahah
Mário Paiva...é no que dá querer ficar bem em todas as fotos... depois queixam-se dos fotógrafos, claro...



Publicado por Tovi às 08:47
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Quarta-feira, 1 de Novembro de 2023
Não queremos morrer...

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Os residentes de Gaza estão a ficar “cada vez mais desesperados à medida que procuram comida, água e abrigo no meio da implacável campanha de bombardeamentos (...) um cessar-fogo humanitário imediato tornou-se uma questão de vida ou morte para milhões” em Gaza.

 

  É assim que estamos... 
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Disseram as Brigadas al-Qassam, o braço armado do Hamas, sobre os confrontos com forças israelitas na Faixa de Gaza nos últimos dias: Eliminamos uma força sionista depois de esta ter entrado num edifício em Beit Hanoun. Visamos uma escavadora e um veículo que transportava soldados. Estamos envolvidos em batalhas violentas no sul da Cidade de Gaza e no noroeste de Gaza, destruindo vários veículos israelitas que penetram nas áreas norte e sul da Cidade de Gaza.

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O Ministério do Interior de Gaza informou que o campo de refugiados de Jabalia foi “completamente destruído” pelo bombardeamento israelita. “Esses edifícios abrigam centenas de cidadãos. A força aérea da ocupação destruiu este distrito com seis bombas fabricadas nos EUA. É o mais recente massacre causado pela agressão israelita na Faixa de Gaza”, disse o porta-voz Iyad al-Bazum aos jornalistas à porta de um hospital em Khan Younis. Cerca de 400 pessoas estavam mortas ou feridas. “A comunidade internacional deve agir imediatamente para deter Israel antes que seja tarde demais.”

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A situação é cada vez mais tensa em toda a Cisjordânia ocupada. O serviço de segurança israelita Shin Bet alertou o governo de Israel sobre uma “explosão” de violência potencial devido ao aumento dos ataques de colonos. Há já 125 pessoas que foram mortas desde que estes ataques começaram, em 7 de outubro, e outras 1.700 presas. A economia aqui – que sofreu tremendamente durante décadas de ocupação – está agora a sofrer uma hemorragia ainda pior devido ao recente confinamento. A liberdade de circulação – coisas simples como levar as crianças à escola e às compras – tornou-se muito mais difícil. Este foi um aviso muito severo do serviço de segurança interna de Israel.

 
Francisco BismarckNao estamos um bocadinho cansados do vitimismo dos que se escondem sob hospitais e civis?
David RibeiroFrancisco Bismarck... quem não tem para onde fugir os hospitais ou edifícios dos diversos organismos da ONU é o refúgio possível. Na Faixa de Gaza nem todos são Hamas.
Francisco Bismarck
David Ribeiro pois nao. O Hamas é que se aproveita da situacao e distinguir nao é fácil.
David Ribeiro
Francisco Bismarck... e por ser difícil distinguir terroristas de cidadãos inocentes é que recorrer a bombardeamentos em grande escala é criminoso. Então Israel não tem um altamente eficaz exército e os melhores serviços de inteligência do mundo?... Está cá a parecer-me que ganharam fama e deitaram-se na cama. E optaram pelo mais fácil e bárbaro meio de combate: bombardeamentos aéreos constantes.
Francisco BismarckDavid Ribeiro quais as alternativas?os bombardeamentos poupam baixas proprias
David RibeiroFrancisco Bismarck... claro que poupam baixas próprias, mas matam inocentes. Até entre os aliados de Israel se concorda que se deve usar unicamente resposta “proporcional”, ou seja, a força necessária e suficiente para alcançar o objetivo legítimo que, neste caso, é destruir a capacidade militar do Hamas.
171220-MS-1-00-11.jpgO martirizado campo de refugiados de Jabalia tinha uma população registada de 195.249 em 31dez2008 (107.590 no acampamento e 87.659 fora do mesmo) e está localizado no extremo norte da Faixa de Gaza, perto da fronteira com Israel e de uma aldeia com o mesmo nome. O acampamento cobre apenas uma área de 1,4 km2, tornando-o um dos lugares mais densamente povoados da Terra. A Primeira Intifada em dezembro de 1987 começou em Jabalia. O campo tem sido palco de muita violência no conflito israelo-palestiniano. É também considerado um importante reduto do movimento Hamas. O campo é o maior campo de refugiados em território palestino.

 

   A trabalhar para a PAZ... cada vez mais difícil
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O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, repetiu apelos para que Israel siga o direito humanitário internacional numa ligação com o presidente israelita, Isaac Herzog, disse o Departamento de Estado. Blinken também repetiu que o “direito de Israel de se defender” deveria incluir “precauções viáveis… para minimizar os danos aos civis". Numa viagem anterior ao Médio Oriente durante a guerra em Gaza, Blinken visitou vários países, incluindo Jordânia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Egito.
A Turquia e o Irão apelaram a uma conferência regional destinada a evitar a propagação da guerra no Médio Oriente. “Não queremos que a tragédia humana em Gaza se transforme numa guerra que afete a região”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan. “Estes cercos e ataques desumanos contra os nossos irmãos de Gaza são uma clara violação do direito internacional.”

  
Gonçalo G. MouraComo de costume a Turquia é de uma enorme hipocrisia...  Presidente da Turquia defende Hamas, e Israel chama diplomatas de volta
Jose Pinto Pais
Vindo desses dois só para rir
Gonçalo G. MouraJose Pinto Pais eu o Irão nem comento...

 

  Ainda é pouco... mas já é alguma coisa
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A passagem fronteiriça de Rafah que liga o Egito à Faixa de Gaza foi temporariamente aberta para permitir a saída de um número limitado de pessoas gravemente feridas e de cidadãos estrangeiros, enquanto as forças israelitas prosseguem com a sua ofensiva terrestre e aérea no enclave sitiado. Segundo foi relatado o Egito preparou um hospital de campanha em Sheikh Zuwayed, no Sinai. Ambulâncias podiam ser vistas esperando no cruzamento de Rafah. O serviço de fronteiras palestiniano - a Autoridade Geral para as Passagens em Gaza - informou a cadeia de televisão Al Jazeera (por volta das 15h30 GMT) que já entraram no Egito um total de 76 feridos e 335 titulares de passaportes estrangeiros. Um funcionário do Ministério da Saúde em Gaza revelou à Associated Press que dez dos feridos que estavam para ser evacuados acabaram por morrer antes de conseguirem atravessar a fronteira.



Publicado por Tovi às 07:49
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