"Devido à velocidade da luz ser superior à do som, algumas pessoas parecem inteligentes até as ouvirmos."

Quinta-feira, 9 de Junho de 2022
Documentário sobre Paulo Cunha e Silva

Captura de ecrã 2022-06-08 204022.jpg

No dia em que Paulo Cunha e Silva (1962–2015) comemoraria o seu 60.º aniversário, a 9 de junho, a RTP estreia “O caos é a mais bela assinatura do mundo”, documentário que celebra a vida do crítico, curador de arte e antigo vereador da Cultura da Câmara Municipal do Porto.
Com assinatura de Paulo Seabra, o filme recorda o trajeto de Paulo Cunha e Silva, desde o nascimento, em Beja, até ao legado deixado no tecido cultural do país e, em particular, da cidade do Porto.
O documentário reúne, além de fotografias, registos e objetos, testemunhos de elementos que se cruzaram com a vida familiar, artística ou política de Cunha e Silva: Elisa Cunha e Silva (mãe), Miguel Von Hafe Perez (curador), Rui Reininho (músico e amigo), José Barros (colega de curso no ICBAS), Alexandre Quintanilha (cientista e político), Carlos Miranda (amigo), Catarina Portas (amiga), Joana Vasconcelos (artista), Manuela de Melo (vereadora da cultura da Câmara Municipal do Porto entre 1990 e 2002), Maria de Assis (subdiretora do Instituto das Artes), Paulo Mendes (artista), Fernando d´Oliveira Neves (embaixador), Rui Moreira (presidente da Câmara Municipal do Porto), João Louro (artista), Tiago Guedes (diretor artístico do Teatro Municipal do Porto) e Guilherme Blanc (antigo adjunto do Pelouro da Cultura e diretor artístico do Batalha Centro de Cinema).
Paulo Seabra, amigo próximo de Cunha e Silva desde 1997, recorda que este “era uma pessoa em criação permanente – o Paulo olhava, constantemente, à sua volta para perceber o que ainda seria possível criar.”
O realizador explica que o documentário – com música dos Táxi, GNR, Heróis do Mar, Xutos e Pontapés e José Mário Branco – reflete a alegria e o entusiasmo característicos do amigo e que este esteve presente ao longo dos dois anos de produção do filme. “Todas as decisões relativas ao documentário foram tomadas a pensar no Paulo. À medida que ia tirando ou acrescentando elementos, questionava-me se o Paulo consideraria pertinente. Acredito que, dessa forma, este documentário, além de ser sobre a vida e o trajeto do Paulo, foi também feito com a visão dele”, acrescenta. 
Nascido em Beja, Paulo Cunha e Silva cruzou-se com o universo artístico enquanto estudante de Medicina no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto. Foi um dos principais programadores do Porto 2001 – Capital Europeia da Cultura. Paulo Cunha e Silva foi ainda presidente do Instituto das Artes do Ministério da Cultura, conselheiro cultural da Embaixada de Portugal em Roma e comissário de programa da Capital Europeia da Cultura Guimarães 2012. Mantinha uma estreita colaboração com a Fundação de Serralves, com a Fundação Calouste Gulbenkian e era presidente da Comissão de Cultura do Comité Olímpico Português. Entre 2013 e 2015, assumiu a vereação do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal do Porto contribuindo para o renascimento cultural da cidade.
“O caos é a mais bela assinatura do mundo” estreia na próxima quinta-feira, às 22h50, na RTP2, e conta com o apoio da Câmara Municipal do Porto e da Filmaporto.
Texto: Filmaporto

 

  David Ribeiro - A primeira vez na vida que troquei umas curtas palavras com Paulo Cunha e Silva foi durante a campanha eleitoral das Autárquicas2013, numa tarde de sábado, na Galeria 111, na rua D. Manuel II, no Porto. E logo fiquei com a certeza que estava perante alguém de uma grande criatividade, cultura e cidadania. O Paulo era um Homem que queria «Um novo norte para o Norte».



Publicado por Tovi às 08:38
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Quarta-feira, 11 de Novembro de 2015
Morreu Paulo Cunha e Silva

Paulo Cunha e Silva morreu 11Nov2015 aa.jpg

Requiescat In Pace

Uma grande perda para a Cidade Invicta, para o Norte e para Portugal. O vereador da Cultura da Câmara Municipal do Porto, Paulo Cunha e Silva, tinha 53 anos e foi vítima de um enfarte do miocárdio em casa, em Matosinhos, durante a madrugada desta quarta-feira. Licenciado em Medicina, era mestre e doutor pela Universidade do Porto, onde foi Professor de Anatomia. Era professor de Pensamento Contemporâneo na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Paulo Cunha e Silva foi um dos principais responsáveis pela programação do Porto 2001 e colaborava há vários anos com a Fundação de Serralves, a Fundação Gulbenkian, além de ser presidente da Comissão de Cultura do Comité Olímpico Português.

 

 Comunicado da C. M. Porto

A Câmara Municipal do Porto comunica o falecimento do seu Vereador da Cultura Paulo Cunha e Silva, esta madrugada.

O presidente da Câmara, Rui Moreira, decretou três dias de luto Municipal.

 

 O "Público online"...

...está a noticiar que o corpo de Paulo Cunha e Silva ficará em câmara ardente, ainda nesta quarta-feira, no Teatro Municipal Rivoli. Na quinta-feira, a cerimónia fúnebre terá lugar na Igreja da Lapa no Porto.

 

  Chegada do féretro ao Rivoli...

...onde o corpo de Paulo Cunha e Silva ficará em câmara até à hora da cerimónia fúnebre.

Paulo Cunha e Silva morreu 11Nov2015 ae.jpg

 

 O que hoje se ouviu dizer

Francisca Carneiro Fernandes, presidente da administração do Teatro Nacional São João (TNSJ) considerava-o “um homem inteligentíssimo, fulgurante, com um pensamento e uma ação imparável, fazia as coisas com uma alegria e uma entrega fora do normal”. Durante o tempo em que esteve à frente do pelouro da Cultura, “deixou uma marca inegável. Foram só dois anos, mas parece que foi muito mais tempo.” Com uma agenda ocupadíssima, era raro perder um espetáculo do TNSJ. “Estava em todo o lado, era admirável a forma como geria o tempo.”

Em comunicado divulgado esta manhã, também a Fundação Casa da Música, reconheceu “ o grande contributo e entusiasmo que [Paulo Cunha e Silva] sempre incutiu à promoção das artes e da cultura”. “Foi um grande agitador cultural, com enorme capacidade de divulgar atos e manifestações de criatividade, de cultura e de cidadania.”

Também Gonçalo Amorim, diretor artístico do Teatro Experimental do Porto (TEP), lhe elogia “a capacidade de envolver as pessoas”. “Trouxe muita gente para colaborar com ele e ajudar a fazer a diferença nesta oportunidade que teve de estar ao serviço da cultura do Porto, imprimindo-lhe uma pungência e uma extravagância rara”, reconhecendo o seu papel no regresso do TEP à cidade em 2014 (depois de anos do outro lado do rio, em Gaia), como uma das estruturas residentes do Teatro Municipal Campo Alegre.

 

  Ainda estamos todos em choque...

...mas a vida tem que continuar. E por isso o Presidente da Câmara assumiu o pelouro de Paulo Cunha e Silva e nomeou para seu adjunto Guilherme Blanc, até aqui adjunto do vereador da Cultura. A decisão foi tomada por Rui Moreira prontamente e às primeiras horas da manhã, dando de imediato instruções para que tudo se mantivesse a funcionar e a programação cultural delineada por Paulo Cunha e Silva não fosse interrompida.

 

 A primeira vez na vida...

...que troquei umas curtas palavras com Paulo Cunha e Silva foi durante a campanha eleitoral das últimas Autárquicas, numa tarde de sábado, na Galeria 111, na rua D. Manuel II, no Porto. E logo fiquei com a certeza que estava perante alguém de uma grande criatividade, cultura e cidadania. Vai-me fazer falta o Paulo, um Homem que queria «Um novo norte para o Norte».

Paulo Cunha e Silva Mai2015 a.jpg



Publicado por Tovi às 09:18
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Segunda-feira, 7 de Julho de 2014
Ilha da Bela Vista

Na cidade do Porto é possível quebrar com tabus e paradigmas na habitação social e na reabilitação.

{#emotions_dlg.chat} Na passada sexta-feira arrancou o processo de reabilitação da Ilha da Bela Vista e um laboratório que vai servir de ensaio à reabilitação das centenas de ilhas que existem no Porto. As ilhas são mais do que aglomerados de pequenas habitações, são uma forma de estar muito portuense que o executivo de Rui Moreira quer fomentar. Acompanhado por Manuel Pizarro, o seu vereador da habitação e ação social e (não por acaso) pelo seu vereador da cultura, Paulo Cunha e Silva, Rui Moreira mostrou que é possível quebrar com tabus e paradigmas na habitação social e na reabilitação. É possível, no Porto, fazer um caminho diferente. As bases estão lançadas.


«Fernando Kosta» no Facebook >> Continuo o ficar com azia sempre que vejo o Pizarro... É pior que uma lapa, sempre à procura de protagonismo. Como Portuense sinto nojo por este tipo de vermes...

«Zé De Baião» no Facebook >> Caro Fernando Kosta, se sente assim tanto nojo face ao enorme esforço social e político que Manuel Pizarro está a fazer para ajudar este executivo a cumprir o seu mandato, então seja claro e diga-nos com quem deve Rui Moreira  passar a constituir uma maioria que lhe permita cumprir com o seu mandato?



Publicado por Tovi às 18:14
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