O vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Patrocínio Azevedo, e outras cinco pessoas foram detidas na manhã de ontem [terça-feira 16mai2023] na sequência de uma operação da Polícia Judiciária, que está a investigar alegados crimes de abuso de poder, corrupção ativa e passiva e recebimento indevido de vantagem. Uma operação que inclui várias buscas naquela autarquia, mas também na Câmara Municipal do Porto, sendo que dois dos detidos são funcionários desta última autarquia. Em causa estão supostas violações de normas e viciações de procedimentos de contratação na área do urbanismo para favorecimento de promotores imobiliários. Cerca de 50 inspetores da Polícia Judiciária estiveram presentes nas duas câmaras, mas também em várias empresas no município de Vila Nova de Gaia. Patrocínio Azevedo é o membro do executivo municipal responsável pelas áreas de Planeamento Urbanístico e Política de Solos, bem como pelo Licenciamento Urbanístico e pelas Obras Municipais. Também foi noticiado na manhã de ontem que na Câmara do Porto foram apreendidos os telemóveis do vereador do urbanismo, Pedro Baganha, e de uma chefe de divisão do urbanismo.
Bernardo Sá Nogueira Mergulhão - É investigar.
Antonio Moniz - Nâo há agentes da judiciária, para tanta vigarice
Nuno Rego - Eu queria muito que fosse sobre crime arquitectónico que estão a cometer junto à Ponte da Arrabida, do lado do Porto! Uma vergonha que cheira a corrupção!
David Ribeiro - Se o Nuno Rego julga que se está a cometer um crime junto à Ponte da Arrábida, porque não apresenta queixa?
Nuno Rego - David Ribeiro, o crime arquitectónico não está tipificado no Código Penal, ou seja, não dará em nada, uma pura perda de tempo. Além disso, certamente que lhe foi atribuído licença de construção. De mais 6 andares do que os dois prédios que estão ao lado (um de cada lado), que até lhe confere irónica figura do manguito a quem se preocupa com a harmonia arquitectónica da cidade…
David Ribeiro - Então não é crime, Nuno Rego... poderá ser na opinião de alguns uma "aberração", uma "falta de gosto" ou mesmo uma "coisa esquisita", mas não é crime nem há criminosos ligados a estes empreendimentos.
Nuno Rego - David Ribeiro, pois não. A gente que autoriza isto é tudo gente séria, altamente recomendável! Passe bem
Nuno Marques - Essa do alegadamente
David Ribeiro - Para já, Nuno Marques, é "alegadamente"... depois se verá.
Nuno Ilharco Gonçalves - Se foram detidas duas pessoas da Câmara do Porto, como é que emitem um comunicado de imprensa a dizer que “a Câmara do Porto não é visada nestas investigações”? Querem dizer que não estão a investigar o edifício camarário? Querem atirar areia para os olhos das pessoas?
Operação BABEL - Comunicado da PJ em 16mai2023
A Polícia Judiciária, através da Diretoria do Norte, realizou, em inquérito crime titulado pelo Ministério Público – DIAP Regional do Porto, uma operação policial, na qual deu cumprimento a mandados de detenção e de buscas, no âmbito de investigação criminal de corrupção e criminalidade económico-financeira. Foram efetuadas 55 buscas domiciliárias e não domiciliárias, em várias zonas do território nacional, em autarquias e diversos serviços de natureza pública, bem como a empresas relacionadas com o universo urbanístico, tendo-se procedido à detenção de 7 pessoas. A operação tem por base uma investigação dirigida à deteção e recolha de prova da prática de fenómenos de índole corruptiva, bem como reiterada viciação de procedimentos de contratação pública em setores de atividade específicos, com vista a beneficiar determinados operadores económicos. Centra-se na viciação de normas e instrução de processos de licenciamento urbanístico em favor de promotores associados a projetos de elevada densidade e magnitude, estando em causa interesses imobiliários na ordem dos 300 milhões de euros, mediante a oferta e aceitação de contrapartidas de cariz pecuniário. Encontram-se igualmente indiciadas práticas dirigidas ao beneficio de particulares no setor do recrutamento de recursos humanos e prestação de serviços, por parte do executivo municipal visado, bem como a existência de fenómenos corruptivos ao nível dos funcionários de outros serviços nos quais os referidos promotores imobiliários possuíam interesses económicos. Nesta fase, foram já constituídos 12 arguidos, estando os detidos, um titular de cargo político, dois funcionários de serviços autárquicos, um funcionário de Direção Regional de Cultura do Norte, dois empresários e um profissional liberal, indiciados pela prática dos crimes de recebimento ou oferta indevidos de vantagem, corrupção ativa e passiva, prevaricação e abuso de poder praticados por e sobre funcionário ou titular de cargo político. No âmbito desta operação estiveram presentes magistrados do DIAP Regional, 130 investigadores criminais da Diretoria do Norte e de diversas unidades orgânicas da Polícia Judiciária, bem como peritos informáticos e financeiros desta Polícia, contando com o apoio da Unidade de Segurança da PJ. No decurso das diligências foram apreendidos elementos documentais e digitais relativos à prática dos factos com possível alcance probatório. Os detidos vão ser presentes à competente autoridade judiciária no Tribunal de Instrução Criminal do Porto para primeiro interrogatório judicial de arguido detido e aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.
Joaquim Pinto da Silva - A CNN a mostrar ao que vem! Como se 300 milhões "envolvidos" em corrupção autárquica, pudessem ser comparados com os milhares de milhões da corrupção centro-estatal (TAP, Salgado, etc.). O objectivo é claro: induzir os leitores - e conseguem-no pela insistência - a rejeitarem a descentralização e, sobretudo, a regionalização. - Operação Babel: “É no poder local que está a grande corrupção em Portugal”
Comunicado da Câmara Municipal do Porto em 16mai2023
"A Câmara Municipal do Porto informa, de acordo com o que pode apurar até ao momento, que as buscas da Polícia Judiciária que esta manhã ocorreram nos serviços municipais do Urbanismo não visam o município”, sublinhou a autarquia, liderada pelo independente Rui Moreira, em comunicado enviado às redações. Segundo o município, as buscas da PJ visam empresas privadas que têm processos urbanísticos a tramitar na câmara, assim como em outras autarquias sem, contudo, referir quais. Além disso, a autarquia confirmou que, neste momento, a PJ está a analisar dois telemóveis, sem avançar a quem pertencem. Anteriormente, fonte da Câmara do Porto confirmou terem sido apreendidos os telemóveis do vereador do Urbanismo, Pedro Baganha, e de uma chefe de divisão do Urbanismo. “A Câmara Municipal do Porto mantém-se colaborante com a investigação”, vincou. À porta do município, e quando questionado pelos jornalistas sobre o porquê de lhe ter sido apreendido o telemóvel, Pedro Baganha disse apenas que a PJ está a efetuar várias diligências de recolha de informação digital em postos de trabalho e em telefones. Garantiu ainda que não foi constituído arguido, reforçando que a operação prende-se com empresas privadas e não com a Câmara Municipal do Porto. “Eu não sou arguido”, disse aos jornalistas.
O que mais se soube na terça-feira 16mai2023
Elad Dror, o CEO do Grupo Fortera (empresa israelita de imobiliário de luxo) é um dos sete detidos na Operação BABEL, desencadeada ontem pela Polícia Judiciária. Também Joaquim Malafaia, ligado a outra operação da PJ que incidiu sobre corrupção na câmara de Espinho, foi preso. Além do vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Patrocínio Azevedo, os outros detidos são dois funcionários da Câmara Municipal do Porto, um funcionário da Direção Regional de Cultura do Norte e um jurista.
Judiciária investigava o caso há mais de um ano e este não foi espoletado por denúncia anónima, como tinha afirmado Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da autarquia de Gaia.
A Polícia Judiciária realizou também na terça-feira [16mai2023] buscas na Metro do Porto no âmbito da operação Babel, centrada “na viciação de normas e instrução de processos urbanísticos”, confirmou fonte da empresa. No entanto não há, para já, representantes do Metro do Porto como suspeitos, sendo que as buscas consistiram somente na recolha de documentação.
Jorge Afonso Morgado - Correção: a Metro do Porto apenas confirmou as buscas efectuadas pela PJ. Não mencionou os motivos que levaram a elas ou aquilo em que estavam ou deixavam de estar centradas.
Paulo Cruz - Continuamos .....
Joaquim Figueiredo - Uma vergonha...
Åndre Correia - Quem permite que se construam prédios junto à Reserva Natural do Estuário do Douro só pode ser altamente corrupto
Quem não deve não teme!... Força, Pedro
[Pedro Baganha - hoje, na sua página do Facebook]Jornalixo
O meu pai, para além de sempre ter sido um exemplo de integridade e profissionalismo durante toda a vida, morreu em 1996. Era pintor, cenógrafo, fotógrafo e artista plástico. Quando nos deixou deixou uma memória impoluta de honestidade férrea. Quem me conhece sabe que não costumo falar da minha vida privada nas redes sociais. Mas esta página do pasquim do costume obrigam-me a quebrar essa minha regra, porque não admito que se ponha em causa o meu bom nome e muito menos a memória do meu pai. A coisa em causa misturando, propositada e malévolamente, uma imagem minha com um título sobre outra pessoa, tentando, e conseguindo, confundir quem a lê de relance com o seu texto incompetente que prolonga a confusão lançada pela foto e pelo título, é o exemplo acabado do lodo para que algumas criaturas nos insistem em arrastar, aspirantes a justiceiros que fazem tanto pela degradação da democracia e pelo deslaçar da sociedade como os casos que supostamente querem denunciar. Não sou jurista, não sei se neste país onde quase tudo vale o perímetro da lei permite o abuso que esta peça apresenta. Não deixarei no entanto de usar todos os instrumentos ao meu alcance para reparar inegável dano reputacional que, infelizmente, já está feito. Há já Muito Tempo que Nesta Latrina o Ar Se Tornou Irrespirável
Como tudo terá acontecido... segundo notícia da SIC
Foi há quase dois anos, a 23 de junho de 2021. Nessa manhã, a Polícia Judiciária assistia ao longe ao encontro de Paulo Malafaia e Elad Dror, dois promotores imobiliários, numa esplanada no centro de Matosinhos. De acordo com o despacho do Ministério Público e que justificou as buscas e as detenções desta terça-feira, a vigilância da PJ terá depois captado o momento em que Dror passou para as mãos de Malafaia a bolsa com 100 mil euros. Ambos terão combinado entregá-la ao advogado João Lopes, o alegado testa de ferro de Patrocínio Azevedo, vice-presidente da CM de Gaia, como suborno para a manutenção da capacidade construtiva do Riverside, um empreendimento de luxo de 110 milhões de euros. De acordo com o documento, João Lopes, também conhecido como o "gorila", já estava à espera no parque de estacionamento do NorteShopping. Quando chegou Paulo Malafaia, ambos terão entrado no interior do centro comercial. Entraram primeiro numa loja, para comprarem uma bolsa, e depois dirigiram-se à casa de banho, onde Malafaia terá passado 99.600 euros para a bolsa que entregou ao advogado. Os restantes 400 euros terão sido usados para comprar, numa loja da Apple, uma coluna de som que também foi entregue a João Lopes. A PJ e o MP acreditam que esta foi apenas uma das entregas de contrapartidas a Patrocínio Azevedo. O despacho das buscas relata ainda a entrega ao autarca, sempre por intermédio do alegado testa de ferro, de relógios de luxo, todos com valores superiores a três mil euros, no sentido de beneficiar os interesses imobiliários dos empresários.
JN em 18mai2023 às 12h35
O Ministério Público (MP) diz que o vice-presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia obrigou os promotores imobiliários Paulo Malafaia e Elad Dror a adjudicarem ao arquiteto Souto Moura os projetos do Centro Cultural e de Congressos. A informação consta de um despacho do Departamento de Investigação e Ação Penal Regional do Porto, a que a agência Lusa teve acesso, sobre o processo principal da Operação Babel, na qual foram detidos, na terça-feira, o vice-presidente da Câmara de Gaia, Patrocínio Azevedo (PS), o diretor-executivo e fundador do Grupo Fortera, Elad Dror, o empresário do ramo imobiliário Paulo Malafaia e o advogado João Lopes. O MP conta que, em julho de 2020, o vice-presidente da câmara de Vila Nova de Gaia "abordou os promotores imobiliários Paulo Malafaia e Elad Dror, impondo àqueles a necessidade de ser adjudicada a elaboração de projetos de arquitetura do Centro Cultural e de Congressos/hotel previstos na Unidade de Execução ao arquiteto Souto Moura". Segundo a investigação, "a contratação de Souto Moura, imposta pela câmara de Gaia ao Grupo Fortera, terá implicado um custo acrescido de aproximadamente 500.000 euros à entidade privada, por comparação dos honorários cobrados por este arquiteto e outros arquitetos com prestígio no mercado". Devido a esse facto, "o promotor imobiliário procurou amortizar o custo acrescido com a obtenção de maior capacidade volumétrica para o projeto", sublinha o MP. O complexo Skyline, do Grupo Fortera, com capitais israelitas e que se dedica aos negócios e à promoção imobiliária, cujo projeto é assinado pelo arquiteto Souto Moura, prevê a construção do prédio mais alto do país, com apartamentos, um hotel de luxo e o futuro Centro de Congressos de Vila Nova de Gaia. O ateliê do arquiteto Souto Moura, situado no Porto, foi um dos locais alvo das dezenas de buscas realizadas, na terça-feira, por inspetores da Polícia Judiciária (PJ), nomeadamente "os ambientes de trabalho dos arquitetos Eduardo Souto Moura e Daniel Oliveira e demais funcionários/serviços" para que, "no decurso da diligência", fosse possível apurar "conexão com os factos em investigação". Para o MP, o executivo municipal de Vila Nova de Gaia, "com especial incidência na pessoa do vice-presidente, Patrocínio Azevedo", atuou "com o desidrato último de favorecer os interesses da sociedade de construções Pereira & Filhos, Grupo Fortera e seu sócio Paulo Malafaia, bem como Eduardo Souto Moura", no projeto de construção do Centro Cultural e de Congressos. A investigação assenta esta conclusão em várias decisões, nomeadamente "ao condicionar, em 2019, a celebração de protocolo entre o município, as Águas de Gaia e demais promotores referentes ao projeto Centro Cultural e de Congressos à verificação de negócio de compra e venda dos imóveis entre os privados, beneficiando, assim, a sociedade proprietária originária Construções Pereira & Filhos, representada pelo advogado João Lopes". Além disso, "fez aprovar uma segunda proposta de Unidade de Execução referente ao Centro Cultural e de Congressos, na qual os direitos urbanísticos atribuídos ao Grupo Fortera sofreram um incremento de 8.590 m2 de área máxima de construção, cujo valor de mercado ascende a cinco milhões de euros". "E conformaram as limitações volumétricas no exclusivo interesse dos privados de forma a operar uma compensação pelo custo assumido pelo promotor com a contratação do arquiteto Eduardo Souto Moura, imposta, informalmente, por Patrocínio Azevedo, beneficiando este por dupla via, o arquiteto e o promotor", salienta o despacho judicial. Em comunicado divulgado na terça-feira, a PJ explicou que a "Operação Babel centra-se na viciação de normas e instrução de processos de licenciamento urbanístico em favor de promotores associados a projetos de elevada densidade e magnitude, estando em causa interesses imobiliários na ordem dos 300 milhões de euros, mediante a oferta e aceitação de contrapartidas de cariz pecuniário". A investigação sustenta que Elad Dror, fundador do grupo Fortera, com capitais israelitas e que se dedica aos negócios e à promoção imobiliária, e Paulo Malafaia, promotor imobiliário, "combinaram entre si desenvolverem projetos imobiliários na cidade de Vila Nova de Gaia, designadamente os denominados Skyline/Centro Cultural e de Congressos, Riverside e Hotel Azul".
JN em 19mai2023 às 16h11
Os dois funcionários públicos ligados à Câmara do Porto, detidos por suspeitas de corrupção na tramitação de processos de licenciamentos urbanísticos no âmbito da "Operação Babel", foram libertados, esta sexta-feira, pelo Tribunal de Instrução Criminal do Porto. Um dos suspeitos, Ricardo Magalhães, ficou suspenso de funções e terá de prestar uma caução de 20 mil euros e ainda cumprir apresentações diárias às autoridades como medida de coação. Também ficou com proibição de contactar o outro arguido, Rodolfo Nogueira, que também saiu em liberdade. Ricardo Magalhães foi funcionário do departamento de urbanismo da Câmara do Porto até 2012, ano em que ingressou como técnico superior no Julgados de Paz. Apesar da mudança terá mantido poder de influência no urbanismo da autarquia para agilizar licenciamentos. Os dois funcionários públicos são suspeitos de terem acelerado e agilizado processos de licenciamento urbanísticos a pedido do empresário Paulo Malafaia, que ainda se mantém sob detenção, pelo menos até a conclusão dos interrogatórios do processo central da "Operação Babel".
JN em 19mai2023 às 20h57
Patrocínio Azevedo, vice-presidente da Câmara de Gaia, e Paulo Malafaia, empresário, que foram detidos no âmbito da operação Babel, relacionada com alegada corrupção em projetos imobiliários na autarquia gaiense, vão ficar em prisão preventiva. O juiz de Instrução Criminal determinou, ainda, que Elad Edror, empresário israelita, pode ficar em liberdade, mediante o pagamento de uma caução de um milhão de euros e a entrega do passaporte. O advogado João Lopes, outro do arguidos do processo, e que, segudo a investigação, servia de ponte entre Patrocínio Azevedo e os dois empresários, ficará em prisão domiciliária, com pulseira eletrónica. Amândio Dias, um funcionário da Direção Regional de Cultura, foi suspenso de funções. A todos foi imposta a proibição de contactos entre si.
Na manhã de ontem - terça feira, 28mar2023 - perto das 11 horas, no Centro Ismaili em Lisboa (*), um homem de nacionalidade afegã (**) esfaqueou mortalmente Mariana Jadaugy (***) e Farana Sadrudin (****). Um professor do centro ismaelita acabaria por ficar gravemente ferido pelo suspeito com uma facada no pescoço, mas o afegão foi rapidamente neutralizado pela polícia, que pouco demorou a chegar ao local. Segundo informação da PSP o atacante acabou por ser neutralizado com um tiro da polícia depois de ter desobedecido às ordens das autoridades para que cessasse o ataque e de ter “avançando na direção dos polícias, com a faca na mão”. “Face à ameaça grave e em execução, os polícias efetuaram recurso efetivo a arma de fogo contra pessoa, atingindo e neutralizando o agressor”. O atacante foi socorrido e conduzido ao Hospital de São José, em Lisboa, onde foi operado, encontrando-se vivo, detido e sob a custódia da polícia.
(*) O Centro Ismaelita de Lisboa foi fundado há mais de 20 anos, é a entidade supranacional que representa os ismaelitas, um ramo minoritário do xiismo, a única comunidade muçulmana liderada por um Imã vivo, com descendência direta do profeta Maomé, o príncipe Karim Aga Khan. Em todo o mundo, a comunidade ismaili conta com, aproximadamente, 15 milhões de pessoas. Em Portugal são cerca de 8 mil. As suas iniciativas não se esgotam na religião e vão desde o ensino até à integração de refugiados.
(**) Abdul Bashir, o suspeito do atentado ocorrido ontem no Centro Ismaili, em Lisboa, é refugiado afegão, terá 34 anos (sujeito a confirmação), é viúvo, com três filhos menores. Terá perdido a mulher, num campo de refugiados na Grécia, onde esteve antes de se estabelecer em Portugal há pouco mais de um ano. O pedido de asilo data de dezembro de 2021. Omed Taeri, da Associação da Comunidade Afegã em Portugal, revela que o suspeito contactou a associação por estar preocupado por não ter onde deixar os filhos de 9, 7 e 4 anos, no caso de arranjar trabalho. Taeri afirma ainda que o suspeito estava traumatizado pela perda da mulher. O homem estava a viver na zona de Odivelas e deslocava-se com frequência ao Centro Ismaili onde recebia apoio. O Centro presta apoio à comunidade de refugiados em Portugal.
(***) Mariana Jadaugy, de 24 anos, licenciada em Ciências Políticas e Relações Internacionais pela Universidade Nova de Lisboa e com mestrado na mesma área feito no Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa, era "apaixonada pelas relações internacionais, desenvolvimento e uma comunicadora alegre". Para além do seu trabalho na fundação FOCUS, trabalhou ainda como voluntária na ReFood duante um ano.
(****) Farana Sadrudin, de 49 anos, formada em Engenharia pela Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, era sobrinha do representante diplomático do Imamat Ismaili em Portugal, Nazim Ahmad, e foi também representante da comunidade ismaelita em Madrid. Para além disso, foi também membro do Conselho de Subsídios e Revisão e Membro do Conselho de Conciliação e Arbitragem por Portugal na Comunidade Ismaili. Trabalhava desde dezembro de 2021 na Fundação FOCUS - Assistência Humanitária, onde desempenhava funções de gestora de processo de integração orgânica dos refugiados.
Gonçalo G. Moura - Primeiro atentado islâmico em Portugal... é o que dá a política de portas abertas e sem qualquer modelo de integração...
Bernardo Sá Nogueira Mergulhão - Lá se começa a ir nosso melhor activo, segurança.
Gonçalo G. Moura - Bernardo Sá Nogueira Mergulhão onde esse já foi... só gangues de favelados a polícia já monitoriza algumas centenas...
David Ribeiro - Muito bem esteve a PSP perante este ataque hediondo nas instalações do Centro Ismaili em Lisboa.
Carlos Miguel Sousa - Um rapaz de 34 anos, com três filhos, perde a mulher num campo de refugiados na Grécia, é aceite em Portugal, e ninguém o acompanha... A preocupação de não ter a quem deixar os 3 filhos durante o dia, o impede de trabalhar, apesar de ser essa a sua vontade. O pobre veio parar à sociedade mais medíocre & hipócrita no sul da Europa. Os únicos que o ajudaram foram as suas vitimas. O resto é consequência.
Avelino Oliveira - ...é a terra deles ... o Afonso Henriques é que lhe a tirou...
13h36 de 28mar2023 - Embora ainda não sejam conhecidas as motivações do ataque desta terça-feira, o que é certo é que o ataque ocorreu em pleno Ramadão, um dos momentos mais importantes do ano para os muçulmanos. Este ano, o mês do Ramadão começou a 22 de março e prolonga-se até 21 de abril. Trata-se do nono mês do calendário islâmico e é marcado pelo jejum e pela oração.
14h11 de 28mar2023 - No Twitter, o primeiro-ministro António Costa, reitera o que já tinha dito, horas antes, aos jornalistas: além de manifestar “solidariedade e pesar” à comunidade ismaelita e às famílias das vítimas, salienta a resposta pronta da PSP. E volta a dizer que é “prematuro fazer qualquer interpretação sobre as motivações deste ato criminoso”. “Devemos aguardar pelo resultado das investigações”, acrescentou.
18h07 de 28mar2023
À saída do Centro Ismaili e após manifestar “as condolências do Estado português” à família das duas vítimas, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que ainda é “prematuro tirar conclusões” do ataque de hoje. Para o Presidente da República, é claro que este foi um “ato isolado” com motivações “psicologicamente isoladas”, “num determinado quadro pessoal e familiar”, de uma pessoa que era “apoiada” e “conhecida” no centro. “Não queria ir mais longe, mas há pessoas que, na vida, num determinado momento são determinadas por motivos pessoais e reagem de uma determinada maneira. Mas nada justifica um ato criminoso como este”, acrescentou, em declarações aos jornalistas. Elogiando a rápida atuação das autoridades, que dizem ter demorado um minuto a chegar ao local, Marcelo considerou que “podem ter poupado consequências de maior” — nomeadamente um maior número de vítimas mortais. O Presidente da República disse ainda que “de um ato isolado não é possível retirar generalizações” porque é “injusto e precipitado” para a comunidade Ismaili, que espera que continue a “ser tão generosa com portugueses e não portugueses e a prestar um serviço tão importante”.
Al Jazeera 28mar23023
18h54 de 28mar23023 - Uma fonte da Polícia Judiciária diz ao Expresso que ainda é cedo para se retirarem conclusões sobre as motivações do autor do ataque ao Centro Ismaelita, em Lisboa, porque o suspeito só há pouco saiu do bloco operatório do Hospital de São José, onde foi submetido a uma intervenção após ter sido ferido por um disparo de um agente da PSP.
23h03 de 28mar2023 - Crime de terrorismo afastado a 90%. PJ não detetou mensagens de ódio, mas suspeito tinha viagem marcada para esta quarta-feira com destino a Zurique. Em coma induzido após a operação, só será levado à presença do juiz após alta clínica.
10h25 de 29mar2023
O diretor nacional da Polícia Judiciária, Luís Neves, garantiu esta quarta-feira que "não há um único indício" de terrorismo, no ataque cometido no Centro Ismaili, em Lisboa. Luís Neves aponta a um "momento de surto psicótico" por parte do cidadão afegão, que acabou por matar duas pessoas nesta terça-feira, em Lisboa. "Logo após o conhecimento destes factos, foi ativada a unidade de coordenação anti-terrorista, na perspetiva de aportar mais e melhor informação. Relativamente aos factos, ainda não passaram 24 horas, o que podemos dizer é que estão afastadas todos os sinais de que possamos estar aqui perante um crime terrorista, está praticamente afastado. Estamos a falar de dois crimes graves. No dia de ontem e toda a noite, a PJ trabalhou na perspetiva de poder dizer se estávamos perante um facto de natureza terrorista ou de crime comum, pois isto mudava tudo. Mas estamos perante a prática de um crime de natureza comum, sustentamos isto com o mapeamento da vida desta pessoa, quer no seu território de origem, na Grécia, ou entre nós, onde está desde 2021. De tudo o que foi recolhido, não há o mínimo indício ou sinal que estamos perante a radicalização de uma pessoa", disse Luís Neves, que salientou ainda haver "respostas por dar". "Vamos continuar a trabalhar, mas no essencial o que queremos dizer é que não há indícios que aponte para terrorismo e todos os indícios apontam para um crime de natureza comum e o que pode estar aqui é um momento de surto psicótico, mas isso só uma perícia psiquiátrica poderá avaliar", salientou, confirmando que as autoridades já falaram com Abdul Bashir. "Já falámos com o autor da prática destes factos e já temos bastante informação, que vai ao encontro do que referi. Não posso falar muito mais sobre este assunto, mas posso dizer que passou por um momento psicótico, é por aí", referiu.
Isabel Sousa Braga - Surto psicótico? Onde foi arranjar a faca?
Helder Ferreira - Agora quando se mata em Portugal é sempre por um surto psicótico... Portugal está a ser um porto de abrigo para todo tipo de raças que gostam de matar outros... Porque razão é que só depois de um telefonema é que veio o dito surto??? E já trazia a faca de casa porquê??? Portugal tem de abrir os olhos e não confiar nos políticos... Olho por olho... dente por dente... Viva PORTUGAL antes do 25 de Abril...
Isabel Vieira Santos - Se tivesse levado um balazio certeiro, acabava se o surto psicótico e despesa para o hierárquico público. Tenho muita pena das vítimas e respectivas familias e dos filhos que agora também são vítimas.
11h19 de 29mar2023 - Abdul Bashir foi transferido do hospital de São José para o hospital Curry Cabral, em Lisboa, por questões de segurança. O atacante do centro ismaelita está sob custódia policial e vai ter de ficar num quarto de isolamento que apenas está disponível na unidade hospitalar para a qual foi transferido. A PSP é responsável pela guarda do arguido no hospital e tomou esta decisão para garantir que não há contacto com outras pessoas.
15h46 de 29mar2023 - Há que minimizar o sofrimento destes três inocentes... de nada têm culpa. Os três filhos menores de Abdul Bashir (com 9, 7 e 4 anos de idade), que na terça-feira assassinou duas mulheres no Centro Ismaili, estão provisoriamente numa instituição, mantendo o contacto com a comunidade e as rotinas escolares, segundo fonte do centro ismaelita. “As crianças estiveram ontem a ser acompanhadas no Centro Ismaili por pessoas que as conhecem, por equipa de psicólogos e pela segurança social. A comunidade ofereceu-se para os acolher em famílias”, avança o Centro Ismaili. "A opção provisória para já foi colocá-las numa instituição onde continuam em contacto com a comunidade e a frequentar o centro mantendo rotinas escolares. A decisão definitiva será tomada mais tarde”.
A PSP regressou, nesta sexta-feira, aos bairros da Pasteleira Nova e do Pinheiro Torres, no Porto. Foi a segunda vez este mês que a Polícia realizou uma ação policial de grande envergadura em dois locais fortemente conotados com o tráfico e consumo de droga, assim como crimes de outra natureza. Desta vez, a operação centrou-se na deteção de armas de fogo. Largas dezenas de polícias, pertencentes ao Corpo de Intervenção, Grupo Operacional de Cinotecnia, Grupo de Armas e Explosivos, às Equipas de Prevenção e Reação Imediata e, entre outros, à Divisão de Investigação Criminal, concentraram-se, a partir das 18 horas desta sexta-feira, em três pontos de fiscalização no interior da Pasteleira Nova e do Pinheiro Torres. "Esta é uma operação especial de prevenção criminal. Estamos a fazer buscas a viaturas e revistas a pessoas para detetar armas de fogo", explicou o comissário Fernando Brito.
Expresso de ontem às 19h32 (Notícia completa aqui)
Apreendidas 6.500 doses de droga na Pasteleira e Pinheiro Torres desde o inicio de 2023. Foram detidas 75 pessoas desde o início do ano e só na operação de sexta-feira naquela zona da cidade a PSP apreendeu 5.000 euros relacionados com o tráfico de droga, bem como armas proibidas, nomeadamente, três 'soqueiras' e três facas de abertura automática.
Os últimos dias têm sido férteis no combate ao narcotráfico
Guarda Nacional Republicana - Facebook em 27jan2023A GNR, através de militares do Comando Territorial de Beja, deteve dois homens por tráfico de estupefacientes, ontem, dia 26 de janeiro, em Grândola. No âmbito de uma ação de fiscalização rodoviária na Autoestrada n.º 2 (A2) no sentido Sul/Norte, os militares da Guarda abordaram uma viatura com quatro ocupantes no seu interior, tendo o seu condutor desobedecido à ordem de paragem dos militares e iniciado uma fuga ao longo da A2, seguindo-se pelo Itinerário Complementar n.º 1 (IC1), regressando novamente à A2, onde circulou em contramão, procurando fugir à viatura da Guarda e colocando em causa a segurança rodoviária de todos quantos utilizavam a via pública. De imediato, foram desenvolvidas diligências policiais no sentido de cessar a fuga, continuando o suspeito a não acatar as ordens emanadas, sendo que foi possível intercetar a viatura em fuga já no interior da localidade de Grândola quando se despistou. No decurso da ação policial foi possível deter dois suspeitos sendo que os outros dois se colocaram em fuga apeada. Foi efetuada uma revista pessoal de segurança aos suspeitos e uma busca sumária ao veículo, apreendendo-se o seguinte: 34 quilos de haxixe, equivalente a 68 mil doses; 77 mil euros em numerário; Uma arma de fogo; Uma arma branca.
Comunicado - 28jan2023A Força Aérea, a Marinha, a Autoridade Marítima e a Polícia Judiciária desenvolveram uma operação em águas internacionais a sul de Portugal, que resultou na identificação e apreensão de duas embarcações de alta velocidade, semirrígidas e equipadas com motores de elevada potência, suspeitas de transportarem produto estupefaciente. Na sequência de uma missão de rotina de patrulhamento marítimo da Força Aérea, na qual foram monitorizados movimentos suspeitos das embarcações, foi concretizada uma operação de abordagem em águas internacionais, visando as referidas embarcações que se encontravam juntas, a cerca de 60 milhas náuticas a sul de território continental. A bem-sucedida abordagem efetuada pelos meios da Marinha operada por fuzileiros, permitiu a interceção, a detenção dos tripulantes e apreensão do produto estupefaciente, haxixe. As embarcações foram conduzidas para o porto de Faro, local mais próximo da abordagem, a fim de se efetuarem as subsequentes diligências de investigação. Desta ação, resultou a apreensão de cerca de 127 fardos de haxixe, num peso total aproximado de 4.500 kg. Foram detidos 5 homens, com idade compreendidas entre 36 e os 49 anos. Os detidos serão presentes à Autoridade Judiciária competente. A investigação prossegue a cargo da Polícia Judiciária.
Conferência de imprensa do diretor da PJ de FaroO Diretor da Polícia Judiciária (PJ) de Faro revelou este sábado que tem sido detetado "um grande aumento" de embarcações de alta velocidade na costa sul de Portugal, admitindo a possibilidade de aguardarem por uma oportunidade para descarregarem estupefacientes. "Temos notado um grande aumento deste tipo de lanchas [semirrígidas] a determinadas milhas aqui da costa [no Algarve], funcionando quase como que um entreposto à espera da oportunidade para os descarregamentos [de droga]", disse aos jornalistas Fernando Jordão. A operação conjunta da Marinha, PJ e Autoridade Marítima Nacional foi desencadeada por uma missão aérea de rotina de patrulhamento marítimo da Força Aérea, depois de os militares "monitorizarem movimentos suspeitos" de duas embarcações a cerca de 60 milhas náuticas [cerca de 111 quilómetros] a sul de Portugal. As embarcações semirrígidas e equipadas com motores de elevada potência, com 127 fardos de haxixe a bordo, foram intercetadas por fuzileiros da Marinha Portuguesa. Segundo Fernando Jordão, os detidos com idades entre os 36 e 49 anos, têm nacionalidade marroquina (três), espanhola (um) e portuguesa (um), "e estarão certamente envolvidos ao nível do transporte da droga para Portugal ou Espanha, conforme a oportunidade". Por seu turno, o Comandante da Zona Marítima do Sul, Rui Santos Pereira, precisou aos jornalistas que as duas embarcações foram intercetadas pelos fuzileiros por volta das 15h00, sem que os tripulantes tivessem oferecido resistência. "Detetámos as duas embarcações paradas, mas uma ainda tentou pôr-se em fuga, mas acabou por não o conseguir", notou aquele capitão-de-mar-e-guerra. Já o porta-voz da Força Aérea Portuguesa, coronel Bernardo da Costa, realçou o sucesso da operação, escudando-se, contudo, "no sigilo das operações militares" para adiantar pormenores acerca da atuação daquela força militar. "As nossas tripulações, bem preparadas, muito experientes, merecem claramente que reconheçam o trabalho que fazem, mas eles percebem melhor do que ninguém que o sigilo da operação permite-nos continuar a fazer este tipo de missões com este resultado", referiu.
A Polícia Judiciária do Porto avançou hoje, a dois dias do início da Volta a Portugal, para a realização de buscas, por suspeita de uso de doping, em várias equipas de ciclismo - Rádio Popular-Paredes-Boavista, Efapel e Glassdrive-Q8-Anicolor.
O diretor desportivo da Efapel, José Azevedo, confirmou à comunicação social que houve uma busca na residência do ciclista Francisco Campos e que este foi constituído arguido, o que levou a equipa a suspender o atleta e a preparar um processo de rescisão de contrato.
José Santos, diretor desportivo da Rádio Popular-Paredes Boavista, também confirmou que um dos seus ciclistas - Daniel Freitas - foi alvo de buscas na sua residência por parte das autoridades, e que tendo em conta a suspeição, a equipa decidiu suspender, no imediato, o atleta.
O diretor desportivo da Glassdrive-Q8-Anicolor esclareceu que um dos seus ciclistas foi alvo de buscas na manhã de terça-feira, escusando-se a revelar a identidade do mesmo e reiterando que a equipa não está envolvida.
Na manhã de quinta-feira [23jun2022] foi conhecido este comunicado da Polícia Judiciária de Setúbal:
Na sequência da morte de uma criança de três anos, ocorrida no passado dia 20 de junho, a Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal de Setúbal, localizou, identificou e deteve um homem, de 58 anos, e duas mulheres de 52 e 27 anos, por sobre eles recaírem fortes indícios da prática dos crimes de homicídio qualificado, ofensas à integridade física grave, rapto e extorsão.
Os detidos serão presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.
A PJ de Setúbal tinha fortes suspeitas de que Ana Cristina, a mulher que inicialmente foi tida como ama de Jéssica Biscaia - a criança de 3 anos que morreu na segunda-feira [20jun2022] no hospital de Setúbal - e o marido, Justo, decidiram sequestrar a menor enquanto Inês Tomás, a mãe, não pagasse uma dívida de 400 euros por serviços de bruxaria. A filha de Ana Cristina e de Justo terá assistido a tudo o que aconteceu durante o sequestro da criança.
Segundo declarou João Bugia, coordenador da PJ de Setúbal, a mãe da menina foi “ardilosamente enganada” e levada a entregar a filha devido a uma dívida de 400 euros que tinha para com a suspeita. “A mulher agora detida convenceu a mãe a levar a criança a sua casa com o pretexto de que a menina poderia ficar a brincar com a neta, da mesma idade, enquanto conversavam sobre a dívida”, referiu. No entanto, quando se quis vir embora, não foi permitido à mãe da menina levar a criança de volta para casa.
Foi só passado cinco dias, mais precisamente na última segunda-feira de manhã, que a mãe da menina reconheceu os sinais de maus-tratos, quando a foi buscar a casa da suposta ama. No entanto, só algumas horas mais tarde é que a família pediu socorro às autoridades.
A autópsia ao corpo da menina foi realizada na quarta-feira [22jun2022] no Gabinete Médico-Legal de Setúbal e foi revelado que a criança tinha sido mesmo sujeita a maus-tratos, tendo hematomas e lesões internas, mostrando ainda que foi violentamente espancada.
Diretor nacional da PJ sobre o caso de Jéssica
Na manhã de sexta-feira [24jun2022], à margem de uma conferência de imprensa de apreensão de droga, o diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ) disse que o sistema tem de estar preparado para intervir o mais cedo possível nos casos de crianças expostas ao perigo. "Todos nós nos sentimos tristes, revoltados", afirmou. Sem revelar pormenores sobre o paradeiro da neta da alegada agressora, uma criança também de três anos que terá presenciado as agressões, Luís Neves disse que a PJ vai atuar em conformidade, caso seja necessário.
Manhã de sexta-feira, 24jun2022... Lamentável
A meio da tarde de sexta-feira, 24jun2022... Expectável
Ao fim do dia de sexta-feira, 24jun2022
Capas dos jornais de hoje
Medidas de coação anunciadas este sábado no Tribunal de Setúbal
Cristina "Tita", o marido, Justo, e a filha, Esmeralda, vão ficar em prisão preventiva pela morte de Jéssica, a menina de três anos que terão espancado brutalmente em Setúbal por uma dívida da mãe. Os três estão indiciados por homicídio qualificado, extorsão, ofensas físicas graves e coação. Este último crime foi acrescentado pelo Ministério Público e tem em conta às ameaças de morte pelos suspeitos à mãe da menina. A medida foi aplicada esta tarde de sábado pelo juiz de instrução criminal de Setúbal, a quem Justo e Cristina negaram a participação no crime. Esmeralda não falou. Os pressupostos validados pelo juiz para aplicação da prisão preventiva foram o perigo de fuga, tendo em conta que os três foram capturados em Leiria a preparar a fuga do país, e o alarme social. O Ministério Público tinha pedido esta medida mais gravosa.
Na passada quarta-feira [8jun2022] a PJ do Porto emitiu o seguinte comunicado:
A Polícia Judiciária, através da Diretoria do Norte, pelas 07:00 de hoje, desencadeou uma vasta operação policial com vista a dar cumprimento a 13 (treze) mandados de busca domiciliária e 9 (nove) de detenção fora de flagrante delito, emitidos pelo Ministério Público do DIAP do Porto, visando um conjunto de indivíduos sobre os quais recaem suspeitas de coautoria do homicídio qualificado ocorrido na madrugada do dia 08.05.2022, na cidade do Porto.
A investigação desenvolvida pela Polícia Judiciária permitiu, no espaço de um mês, recolher indícios de que os suspeitos ora detidos, atuaram em conjugação de esforços nas agressões que provocaram a morte do jovem na referida data, estando, por isso, todos indiciados da coautoria nesse crime.
Das buscas realizadas, as quais contaram com o apoio do Corpo de Intervenção da PSP do Porto, resultou a apreensão de relevantes elementos probatórios, os quais irão ser agora devidamente processados.
Os detidos, com idades compreendidas entre os 20 e os 42 anos, alguns com vastos antecedentes criminais pela prática de crimes violentos, vão ser presentes à autoridade judiciária competente para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.
Na manhã de ontem [9jun2022], por motivos que não interessam para o caso, estive toda a manhã em frente de um ecrã de televisão, onde nos era relatado ao pormenor a chegada aos TIC do Porto dos nove detidos pela PJ na operação “Fim de Festa”. E se tudo isto não fosse dramático até tinha piada.
Nove arguidos foram presentes a primeiro interrogatório judicial
O Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto decretou esta quinta-feira a prisão preventiva para três dos nove arguidos detidos na quarta-feira, incluindo Marco Gonçalves, por envolvimento na morte do adepto nos festejos do título do FC Porto. Fonte judicial explicou à agência Lusa que os nove arguidos foram presentes esta quinta-feira a primeiro interrogatório judicial, tendo o TIC do Porto aplicado a Marco Gonçalves (conhecido por Marco "Orelhas"), ao cunhado deste e a um terceiro elemento, que irá cumprir primeiro uma pena de dois anos e meio de prisão, no âmbito de um outro processo, a medida de coação mais gravosa: a prisão preventiva. Aos restantes seis arguidos, o TIC do Porto determinou que os mesmos ficassem com a medida de coação de apresentações periódicas às autoridades, proibição de contactos e proibidos de abandonarem o país. O filho de Marco Gonçalves era até esta quinta-feira o único arguido em prisão preventiva pela morte de Igor Gonçalves, de 26 anos, na madrugada de 08 de maio.
A primeira página do JN desta sexta-feira 10 de junho
Correio da Manhã de hoje
JN 31mai2022 14h06 - A Polícia Judiciária (PJ) deteve um dos dois suspeitos que tentaram matar um homem, em junho do ano passado, na Rua Cidade do Recife, no Bairro do Viso, Porto, ao que tudo indica por questões de tráfico de droga. A tentativa de homicídio ocorreu a 26 de junho de 2021 e resultou de um desentendimento entre o detido, um amigo do mesmo e a vítima. Os suspeitos deslocaram-se ao Bairro do Viso, surpreendendo a vítima, disparando vários tiros contra a mesma, atingindo-a na perna esquerda.
JN 31mai2022 15h02 - Um homem de ascendência cabo-verdiana, com 35 anos, morreu baleado esta madrugada de terça-feira, no Seixal. A vítima, que residia na Amadora, foi atingida com dois tiros nas costas. O homicídio ocorreu perto da meia-noite no bairro da Quinta da Princesa. A vítima encontrava-se na via pública, na rua Cidade de Maputo, quando foi atingida mortalmente com dois tiros nas costas.
JN 1jun2022 10h21 - A Polícia Judiciária deteve dois suspeitos das agressões a um jovem fafense, de 24 anos, na madrugada de domingo, à porta de uma discoteca na Zona Industrial do Socorro, em Fafe. Os jovens envolveram-se numa rixa e a vítima continua internada no Hospital de Braga com prognóstico reservado. Os jovens detidos, de nacionalidade brasileira, têm 19 e 27 anos e são suspeitos da prática de um crime de homicídio qualificado na forma tentada e de um crime de ofensa à integridade física qualificada.
JN 1un2022 18h23 - Um elevado número de militares de várias valências da GNR estão envolvidos, desde a noite de terça-feira, numa operação no âmbito de um processo relacionado com o tráfico de estupefacientes para cumprimento de cinco mandados de detenção, nove buscas domiciliárias e 15 não domiciliárias, fruto de um trabalho de investigação do Núcleo de Investigação Criminal de Mirandela. Até ao momento, foram detidas seis pessoas (cinco homens e uma mulher) que as autoridades acreditam pertencer a uma rede de tráfico de droga que operava em vários concelhos do Norte do país, sendo que o epicentro era no concelho de Mirandela (distrito de Bragança).
JN 1jun2022 18h31 - Cláudio P., o estudante de 17 anos que foi detido pelo homicídio de Diogo Pereira e por ter baleado um amigo deste, num bar em Gandra, Paredes, vai aguardar julgamento em prisão preventiva, por decisão do juiz de instrução criminal do Tribunal de Penafiel. Foi a proposta do Ministério Público (MP) e o juiz concordou. Tal como não tinha prestado declarações nas instalações da Polícia Judiciária, onde se entregou anteontem, Cláudio também optou pelo silêncio perante o juiz.
CM 2jun2022 08h50 - A PSP iniciou na manhã desta quinta-feira uma megaoperação no bairro da Ameixoeira, no concelho de Lisboa, e também o cumprimento de buscas domiciliárias nos concelhos da Amadora e Odivelas. Esta acção visa especialmente a deteção e apreensão de armas de fogo ilegais e a identificação e detenção de suspeitos da prática de crimes. A operação que teve início pelas 07h00 resultou até ao momento, na detenção de duas pessoas, na apreensão de armas de fogo ilegais e no resgate de um cão que se encontrava com ferimentos considerados graves. Segundo o comissário Tiago Mota, as detenções, de dois homens, ocorreram nos concelhos de Lisboa e Odivelas. Pelas 08h50 a megaoperação estava quase concluída, sendo ainda apreendidas dezenas de munições e cartuchos.
JN 2jun2022 14h19 - Polícia Judiciária deteve um suspeito por assalto à mão armada de uma loja de câmbio na Costa da Caparica, no qual houve intervenção dos bombeiros. O assalto deu-se na tarde de 5 de janeiro e o suspeito fugiu quando foi acionado o alarme de incêndio. No dia do assalto, o suspeito entrou na loja situada na Rua dos Pescadores, na Costa da Caparica, disfarçado com um boné, luvas e máscara cirúrgica. No interior, apontou uma arma à funcionária exigindo o dinheiro. A vítima acionou de imediato o alarme que lançou uma nuvem de fumo dentro da loja. Assustado, o arguido colocou-se em fuga. Populares deram o alerta para incêndio, o que motivou a presença de bombeiros, mas estes acabaram por regressar ao quartel. O suspeito foi agora detido pela Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo da Polícia Judiciária e na sua casa foram apreendidos vários telemóveis e cerca de 1700 euros em numerário.
CM 2jun2022 14h57 - Um homem de 28 anos foi baleado nesta quinta-feira, na rua de Angola, em Odivelas. Pelo menos dois disparos foram efetuados através de um carro que estava em andamento. A vítima foi atingia num dos braços e transportada para o Hospital Beatriz Ângelo. O alerta foi dado pelas 13h33 da tarde. A PSP preservou o local do crime e as autoridades estão a investigar o caso e tentam localizar os suspeitos.
JN 2jun2022 15h09 - Dois jovens, de 14 e 17 anos, foram detidos pela PSP, na estação da CP de Carcavelos, depois de terem agredido e ameaçado com uma faca duas pessoas. Os presumíveis assaltantes foram detidos, na segunda-feira, cerca das 15 horas, por agentes da Divisão Policial de Cascais. Após o alerta, os polícias rapidamente chegaram à estação de Carcavelos. Ali recolheram as informações necessárias sobre os suspeitos junto de testemunhas e intercetaram nas imediações dois jovens que correspondiam às características fornecidas. Na sua posse, os jovens tinham um telemóvel cuja proveniência não souberam justificar.
JN 2jun2022 22h11 - Ficam em prisão preventiva cinco dos 19 indivíduos detidos pela GNR, na segunda-feira, durante a megaoperação lançada pelo Comando do Porto, na zona Norte, para desmantelar uma rede criminosa organizada que se dedicava ao assalto e sequestro de idosos, entre outros crimes. As medidas de coação foram aplicadas pelo Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, nesta quinta-feira. Segundo o JN apurou, o TIC aplicou ainda a medida de coação de prisão domiciliária a outros três indivíduos. Um outro suspeito foi conduzido à cadeia, uma vez que sobre ele pendia um mandado de detenção para cumprimento de cinco anos de prisão efetiva pelo crime de tráfico de estupefacientes.
Crimes sexuais contra menores é um outro flagelo
A Polícia Judiciária (PJ) registou cerca de 700 investigações a crimes sexuais contra menores no primeiro trimestre de 2022, revelou hoje o diretor nacional adjunto da PJ, Carlos Farinha, sublinhando terem sido identificadas 497 novas vítimas neste período. "Se quisermos fazer médias, temos 5,2 novas vítimas por dia, o que significa a cada 4-5 horas por dia, o que significa que quando chegarmos ao fim desta conferência teremos tido mais duas vítimas... para percebermos o impacto desta realidade", referiu o responsável da Judiciária, que assinalou ainda a continuação de uma tendência de vítimas do sexo feminino e agressores do sexo masculino.
Relatório Anual de Segurança Interna de 2021
Crimes cometidos por jovens entre os 12 e os 16 anos subiram 7,3% em 2021, o segundo maior aumento da década. Associado a este fenómeno a criminalidade grupal voltou também a crescer (7,7%). O Relatório Anual de Segurança Interna regista uma subida de 0,9% da criminalidade geral participada mas uma descida de 6,9% na criminalidade violenta e grave. As polícias tiveram menos gente para combater o crime, mas fizeram mais detenções.
A Polícia Judiciária e o Ministério Público desencadearam na manhã de ontem uma operação de combate à fraude no desvio de largos milhões de euros em subsídios da União Europeia. Em causa, dezenas de buscas de norte a sul, a empresas e em casas dos responsáveis das mesmas, suspeitos de se terem candidatado a fundos comunitários com recurso a informações falsas, desviando depois, para proveito próprio, todo o dinheiro que se destinava a investimentos em determinadas áreas.
Comunicado - 24mai2022
OPERAÇÃO SHOWROOM – Fraude e Desvio de Fundos Europeus
A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, no âmbito de um inquérito que corre termos no DCIAP, realizou hoje uma operação para recolha de prova, tendo dado cumprimento a cinquenta e quatro (54) mandados de busca, em escritório de advogado, residências e escritórios de diversas sociedades.
As diligências decorreram na zona de Aveiro, Beja, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Lisboa, Porto, Portalegre, Santarém e Setúbal.
Estão em causa factos relacionados com projetos suscetíveis de cofinanciamento pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através dos apoios diretos à Internacionalização das PME, no âmbito do Portugal 2020, que envolvem incentivos superiores a 3 milhões de euros.
Os factos em investigação são suscetíveis de consubstanciar os crimes de fraude na obtenção de Subsídio e fraude fiscal qualificada.
Nesta operação participaram um Juiz de Instrução Criminal e seis Procuradores da República, cerca de duas centenas de investigadores e peritos da Polícia Judiciária, bem como elementos do Núcleo de Assessoria Técnica da PGR.
Na sequência das diligências, foi apreendida vasta documentação e outros elementos de prova, tendo em vista a sua análise, bem como foram constituídos 37 arguidos, 21 pessoas singulares e 16 pessoas coletivas.
A investigação prosseguirá os seus termos para apuramento integral da matéria indiciada.
Alguns meios de comunicação relatam que se trata de um desvio de cerca de 6,6 milhões de euros de fundos europeus. Os principais visados da investigação serão oito entidades beneficiárias destes fundos e vários dos seus fornecedores. Alguns empresários ter-se-ão candidatado a apoios de quatro programas cofinanciados pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, recorrendo a informações falsas, como a simulação de despesas para justificar a atribuição dos apoios. Depois de atribuídas, as verbas seriam desviadas para proveito pessoal e em vez de serem aplicadas no âmbito da atividade desenvolvida. Os montantes foram atribuídos no âmbito do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização - Compete 2020 e dos programas operacionais regionais Norte 2020, Centro 2020 e Lisboa 2020.
Ainda com a nossa atenção em mais uma investida da PJ e do Ministério Público no combate à fraude no desvio de largos milhões de euros em subsídios da União Europeia, até me arrepio ao ler esta notícia: Portugal dispõe de mais 51 milhões de euros para financiar setor da agricultura em crise
(À esquerda a vítima, Igor Silva; à direita o eventual agresso, Renato Gonçalves)
10mai2022 – Comunicado da PJ
A Polícia Judiciária, através da Diretoria do Norte, identificou e deteve na noite do dia de ontem, 09.05.2022, um homem pela prática do crime de homicídio qualificado.
Os factos ocorreram na madrugada do dia 08.05.2022, na cidade do Porto, em retaliação por uma sucessão de agressões que, desde janeiro deste ano, vinham ocorrendo entre o arguido, familiares deste e a vítima.
Na ocasião, um grupo de indivíduos, de entre os quais o arguido, perseguiu a vítima, alcançando e agredindo a mesma com murros e pontapés.
Dada a intervenção de alguns populares, que foram igualmente agredidos, a vítima logrou afastar-se do local, vindo a ser surpreendida pelo arguido, o qual, munido de uma arma branca de dimensões significativas, a atingiu repetidamente e com extrema violência, provocando-lhe a morte.
Em ato contínuo, todo o grupo agressor dispersou, tendo-se o arguido colocado em fuga.
Pese embora o contexto de enorme confusão em que os factos ocorreram e a existência de diversa informação errada transmitida, foi possível, em resultado de um trabalho ininterrupto e exaustivo de recolha de prova, reunir em menos de 48 horas elementos indiciários e, simultaneamente, localizar e deter o presumível autor das agressões mortais.
O detido, de 19 anos, empregado de limpeza, sem antecedentes criminais, vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.
Poliana Ribeiro, advogada do arguido Renato Gonçalves, o principal suspeito da morte de Igor Silva durante os festejos do título de campeão nacional do F. C. Porto, esclareceu entretanto que na madrugada de 10mai2022 o seu cliente foi detido depois de se ter entregado "voluntariamente" nas instalações da Polícia Judiciária do Porto cerca da 1 hora. "Foi com um familiar. Estava previsto entregar-se ao longo do dia desta terça-feira, mas, para evitar o aparato e confusão, preferiu durante a noite", acrescentou.
Renato Gonçalves, o principal suspeito da morte de Igor Silva, na Alameda do Dragão, tem 19 anos. Foi pai há cerca de dois meses e disse às autoridades que era empregado de limpeza. Renato é filho de um dos mais proeminentes membros da claque dos Super Dragões, Marco "Orelhas", que se tornou famoso por ter dado uma joelhada na cabeça a um árbitro durante um jogo do Canelas, em maio de 2017. Apesar de ainda não ter sequer completado 20 anos, Renato foi pai de um bebé há cerca de dois meses e já está referenciado pela PSP pela participação em desacatos. Tal como o pai, Renato também faz parte dos Super Dragões e jogou futebol. Quem se lembra dele no campo diz que, ainda miúdo, já era conhecido pela forma agressiva de jogar e que frequentemente costumava dizer que era filho do Marco "Orelhas" para intimidar os adversários. Agora, Renato apresentava-se nas redes sociais como lutador de UFC (artes marciais mistas) e trabalhador da empresa Super Dragões. Na sua página do Facebook, encontram-se várias fotos em que aparece junto ao pai, em momentos de descontração nas férias e em jogos do F. C. Porto.
É provavel que tenha sido assim: Os dois jovens tinham um historial de desavenças. Renato provocou estragos num bar do Porto onde o irmão de Igor é segurança. Depois, Igor agrediu Renato e a irmã na Queima das Fitas; a mãe de Renato ameaçou depois a mãe de Igor; em pleno Estádio da Luz, durante o Benfica-FC Porto, Igor agrediu Marco ‘Orelhas’, em frente a todos os membros dos Super Dragões. Como é que teve lugar o homicídio? “Eram mais de 20 pessoas a correr entre a multidão e a gritar ‘abram alas, abram alas’. Vieram diretos ao Igor, com facas e outras armas brancas e deram-lhe até o matar. Já o rapaz estava no chão, todo desfigurado, o filho do Marco ‘Orelhas’ pôs-se em cima dele e deu-lhe várias facadas no peito, depois fugiram todos”. Igor, natural do bairro do Ramalde, ainda saiu vivo da Alameda das Antas, mas morreu a caminho do Hospital São João.
Renato Gonçalves, o jovem de 19 anos que esfaqueou mortalmente Igor Silva na festa do título de campeão nacional do F. C. Porto foi colocado em prisão preventiva no final de tarde desta terça-feira. A decisão foi tomada pelo Tribunal de Instrução Criminal do Porto, onde Renato foi interrogado por um magistrado durante a tarde de ontem.
Homicida na festa do FC Porto confessa crime e chora
'Correio da Manhã' avança que Renato diz que a culpa não foi dele. A faca era de Igor, que o queria matar. Envolveram-se em luta e esfaqueou-o. Um herói na rua, um cordeiro na Polícia Judiciária. O Correio da Manhã escreve esta quarta-feira que foi assim que reagiu Renato Gonçalves, o filho de Marco ‘Orelhas’, o jovem de 19 anos preso por matar Igor Silva, na festa de comemoração do FC Porto. Renato não aguentou a pressão e segunda-feira à noite - horas depois da sua fotografia ter sido divulgada pela CMTV - falou com os inspetores. Percebeu que eles sabiam que se escondia em casa do tio e que em poucas horas seria preso. Estava cercado.
O Tribunal de Instrução Criminal do Porto revelou esta quarta-feira que existe uma efetiva guerra de grupos na origem da morte de Igor Silva, o adepto do FC Porto brutalmente assassinado durante os festejos dos dragões. No despacho que colocou Renato Gonçalves, de 19 anos, em prisão preventiva o juiz revela que o homicida confessou ter dado uma facada pelas costas à vítima e que depois fugiu. No entanto, o despacho destaca ainda que a investigação tem indícios suficientes de que Renato esfaqueou Igor "repetidamente". Renato Gonçalves está por isso indiciado de homicídio qualificado. A gravidade do crime e o alarme social, mas principalmente a guerra de grupos rivais, entre o lado de Igor Silva e do pai de Renato, Marco ‘Orelhas’, justificam a prisão preventiva.
Só nos faltava mais esta...
Vídeo mostra momentos de tensão vividos durante a tarde no Bairro do Cerco no Porto. Segundo imagens a que a CMTV teve acesso vê-se o momento de tensão vivido esta tarde de quarta-feira no Bairro do Cerco, no Porto. O vídeo mostra dois homens com o que parecem ser caçadeiras. Ao mesmo tempo passam duas viaturas da PSP. O alvo dos disparos terá sido a casa da mãe de Marco 'Orelhas', a avó de Renato Gonçalves, suspeito da morte de Igor Silva ocorrida durante os festejos do FC Porto. Segundo apurou o Correio da Manhã, os indivíduos com as caçadeiras nas mãos não terão sido os autores dos disparos ouvidos mas terão surgido em defesa de amigos.
No dia de ontem a Direção Nacional da PSP informou em comunicado "com pesar e dor" a morte de Fábio Guerra, o agente da PSP violentamente agredido na madrugada do último sábado. Estava em coma e não resistiu às lesões. Nas imagens de câmaras de segurança, que entretanto foram dadas a conhecer na comunicação social e nas redes sociais, vê-se o início de uma confusão à porta da discoteca Mome, em Lisboa, onde várias pessoas se envolveram aos murros e pontapés. Depois, é possível ver que uma vítima é pontapeada quando já está caída no chão - não é certo que a pessoa em causa seja o agente PSP que acabou por ser internado em estado muito grave, no Hospital São José, em Lisboa. O agente da PSP, violentamente agredido, estava de folga e foi atacado quando, com outros três colegas polícias, tentavam terminar uma zaragata, junto à entrada do espaço de diversão noturna. Segundo se apurou, o jovem polícia aproveitava a noite para se divertir com os amigos naquele espaço de diversão noturna, situado na Avenida 24 de Julho, e todos estavam já no exterior quando se aperceberam de confrontos físicos envolvendo outros clientes. De seguida, os agentes intervieram para tentar terminar com a contenda, acabando agredidos.
Num comunicado enviado este domingo às redações, a Marinha assegura que, "no dia 19 de março, dois militares, do regime de contrato, da classe de Fuzileiros, envolveram-se nos confrontos que ocorreram na madrugada desse mesmo dia, na via pública, junto de um espaço noturno, em Lisboa, tendo posteriormente informado as respetivas chefias". Ainda de acordo com o comunicado, os dois fuzileiros receberam ordem para se apresentarem na unidade a que pertencem, "onde se encontram a responder a um inquérito interno e à disposição das autoridades policiais para as devidas investigações", ressalvando que até agora ainda nenhuma entidade policial os notificou para qualquer tipo de diligência. Os dois fuzileiros que se apresentaram na Base do Alfeite depois de terem admitido ter participado nas agressões que custaram a vida ao agente da PSP Fábio Guerra, já apresentaram a sua versão dos factos ao responsável que os ouviu no âmbito de um processo de averiguações. À Marinha, disseram que agiram em “legítima defesa” contra um grupo que lhes fez uma “espera” à porta da Discoteca Mome. E desse grupo faziam parte os quatro polícias que acabaram por ser agredidos. Apontaram ainda o dedo a um terceiro elemento, um civil, como autor dos pontapés que terão provocado as “graves lesões cerebrais” que mataram o agente Guerra, de 26 anos. Este terceiro elemento já terá sido identificado pela PJ, mas ainda não foi detido. No entanto esta versão é oposta à que a PSP comunicou através do Gabinete de Imprensa da Direção Nacional e que refere que os agentes intervieram para pôr fim a uma desordem tendo sido “violentamente agredidos”. As agressões aos quatro agentes da PSP por um grupo de cerca de quatro a cinco homens, todos já identificados, entre os quais os dois fuzileiros, aconteceram pelas 6h30 da manhã, de sábado.
Na rede social Twitter, o ministro da Defesa falou como se já não houvesse dúvida sobre a responsabilidade dos dois fuzileiros na morte do agente da PSP. "Os factos deste trágico evento serão apurados e imputados a quem tenha agido ao arrepio da lei e dos valores militares como a honra e a disciplina", escreveu João Gomes Cravinho.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já reagiu à morte do agente: “Ao tomar conhecimento do falecimento prematuro do agente Fábio Guerra, o Presidente da República manifestou a sua tristeza e pesar pela perda de uma vida em circunstâncias tão trágicas.”
A PSP fez ontem um minuto de silêncio em memória do agente morto a quem elogiou a “coragem”: “O Agente Fábio Guerra honrou, até às últimas consequências, a sua condição policial e o seu juramento de ‘dar a vida, se preciso for’, num gesto extremo de generosidade e sentido de missão. Disso nunca nos esqueceremos.”
Fábio Guerra era natural da Covilhã, sendo o mais velho de três irmãos, mas estava em Lisboa há quatro anos e pertencia à esquadra 64, de Alfragide, na Amadora, desde julho de 2020.
Hoje de manhã a comunicação social está a avançar a noticia que a PJ, na posse de imagens e de testemunhos que contrariam a versão apresentada pelos dois fuzileiros envolvidos no espancamento que causou a morte a Fábio Guerra, partiu ontem à noite para a detenção dos militares e de um terceiro suspeito, civil. Vadym Hrynko e Cláudio Coimbra, de 22 e 21 anos, estavam retidos desde sábado à tarde na Base do Alfeite e foram encaminhados para o Presídio Militar de Tomar. Um outro homem, de 24 anos, ficou no estabelecimento prisional anexo à PJ de Lisboa. "Foram realizadas buscas domiciliárias e não domiciliárias aos três arguidos, incidindo sobre as suas residências, viaturas e unidade militar", informa a PJ.
A meio da tarde de hoje soube-se que foi libertado um civil de 24 anos, dos três detidos suspeitos das agressões a um agente da PSP, à porta de uma discoteca em Lisboa, que acabou por falecer ontem. No entanto, continuam detidos no Estabelecimento Prisional Militar de Tomar os outros dois fuzileiros suspeitos do crime de homicídio qualificado e ofensa à integridade física qualificada no ataque a cinco agentes da Polícia de Segurança Pública. Segundo as últimas informações a PJ está no encalço de um outro suspeito das agressões que se encontra em fuga.
16h39 de 23mar2022 - A Polícia Judiciária montou uma caça ao homem para encontrar Clóvis Abreu, um novo suspeito da morte do agente Fábio Guerra. É conhecido dos dois fuzileiros detidos e viu o pai ser morto a tiro em 22 de dezembro de 2020 à porta de um hipermercado de Fernão Ferro, no Seixal, após troca de tiros com a GNR. Terá reagido com mais violência - terá atirado uma pedra à cabeça de Fábio Guerra - após os polícias se terem identificado à porta da discoteca como agentes da PSP.
21h26 de 23mar2022 - Os dois fuzileiros suspeitos do homicídio do agente Fábio Guerra, da PSP, vão ficar em prisão preventiva, decidiu esta quarta-feira o juiz Carlos Alexandre, do Tribunal Central de Instrução Criminal.
Polícia espanhola procura suspeito de matar agente Fábio Guerra
Já há uns dias que se dizia haver "fumo" e como "não há fumo sem fogo"... E a verdade é que o líder da Comunidade Judaica do Porto, detido pela Polícia Judiciária, no âmbito da investigação de vários processos sobre a obtenção de nacionalidade portuguesa por judeus sefarditas, foi presente ao juiz, em Lisboa, ainda durante a última madrugada e ficou com apresentações periódicas à polícia, sem passaporte e proibido de sair do país. Está acusado dos crimes de tráfico de influências, corrupção ativa, falsificação de documento, branqueamento de capitais, fraude fiscal qualificada e associação criminosa. João Almeida Garret, advogado no Porto e membro da direção da Comunidade Judaica nesta cidade, é o segundo arguido do processo. Ao que consta todo isto terá sido despoletado pela atribuição de nacionalidade portuguesa ao oligarca russo Roman Abramovich (ocupa em 2022, a 142.ª posição no ranking das pessoas mais ricas do planeta, segundo a lista de bilionários da Forbes com 12,3 mil milhões de dólares) e ao líder do grupo Altice, Patrick Drahi (fortuna pessoal avaliada em fevereiro de 2020 em 12, 8 mil milhões de dólares). Também se diz ter a PJ encontrado cerca de três milhões de euros nas contas bancárias detidas por Daniel Litvak. Veremos quais serão os próximos capítulos deste assunto.
Sefarditas (em hebraico ספרדים, sefaradim; plural de sefaradi ספרדי) é o termo usado para referir aos descendentes de judeus originários de Portugal, Marrocos e Espanha. A palavra tem origem na denominação hebraica para designar a Península Ibérica (Sefarad, ספרד). Utilizam a língua sefardi, também chamada judeu-espanhol e "ladino", como língua litúrgica. Estes judeus de Sefarad possuíam tradições, línguas, hábitos e ritos diferenciados dos seus irmãos asquenazitas que habitavam a Europa Central e Europa de Leste. Num projeto de lei aprovado em 2014, o governo da Espanha possibilitou o reconhecimento dos judeus sefarditas como cidadãos espanhóis, determinando 01 de outubro de 2019 como prazo final para os requerimentos. As regras de concessão envolviam demonstração clara e inconteste de ancestralidade sefardita através de laudo genealógico. Uma falsa lista chegou a circular na Internet com supostos sobrenomes que poderiam requerer a cidadania. Portugal também aprovou lei semelhante, mas sem prazo estabelecido para a requisição de nacionalidade. O número 7 do artigo 6.º da Lei da Nacionalidade, prevê a possibilidade de aquisição de nacionalidade por descendentes de judeus sefarditas portugueses. (in Wikipédia)
Parece que foi por um triz que não tivemos uma tragédia no dia de hoje.
Comunicado da Polícia Judiciária - 10fev2022
A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional Contraterrorismo (UNCT), procedeu, nesta data, à realização de uma operação tendente ao cumprimento de Mandados de Busca domiciliária, no âmbito de inquérito titulado pela Secção de Investigação do Crime Violento do DIAP de Lisboa.
A investigação foi desencadeada por suspeitas de atentado dirigido a estudantes universitários da Universidade de Lisboa.
Face à gravidade das suspeitas, foi atribuída a máxima prioridade à investigação, a qual permitiria, no dia de hoje, às primeiras horas do dia, interromper a atividade criminosa em curso.
Na sequência das buscas realizadas, seriam apreendidos vastos elementos de prova, que confirmariam as suspeitas iniciais.
Para além de várias armas proibidas, seriam igualmente apreendidos outros artigos suscetíveis de serem usados na prática de crimes violentos, vasta documentação, isto, para além um plano escrito com os detalhes da ação criminal a desencadear.
O arguido detido em flagrante delito pela posse das referidas armas, encontra-se igualmente indiciado pela prática do crime de terrorismo.
O arguido de 18 anos de idade, será amanhã presente a primeiro interrogatório judicial de arguido detido para sujeição à medida de coação tida por adequada.
CNNPortugal / Catarina Pereira e Henrique Machado - 10fev2022
Ataque estava planeado para esta sexta-feira - Um jovem de 18 anos estaria a planear um ataque para esta sexta-feira, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL). Os alvos seriam indiscriminados, entre os estudantes desta instituição. O plano foi detalhado por escrito e o jovem terá assumido que queria fazer o maior número de vítimas possível entre os colegas universitários.
Jovem é aluno de engenharia informática - O jovem suspeito de planear o ataque é um estudante do curso de engenharia informática da FCUL. Tem 18 anos e é natural da Batalha, mas vive atualmente em Lisboa, onde foi detido. Na zona onde cresceu, a reportagem da TVI/CNN Portugal já falou com alguns conhecidos do jovem, que relataram que se trata de um rapaz reservado, bom aluno, mas com algumas dificuldades de relacionamento com outras pessoas. Até ao momento, não são conhecidas as motivações para o ataque.
Alerta chegou do FBI - O alerta para a intenção deste ataque chegou à PJ na última semana, sabe a CNN Portugal, através do FBI. As autoridades norte-americanas, na monitorização que fazem da internet, das redes sociais e da darkweb, como prevenção do fenómeno do terrorismo, detetaram conversas em chats nas quais intervinha o jovem português e onde este anunciava a intenção que tinha de cometer um atentado em Portugal. O suspeito teria um grande fascínio por este tipo de ataques, mais comuns nos Estados Unidos.
Busca domiciliária confirmou suspeitas - A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Contraterrorismo, seguiu as pistas do FBI e conseguiu uma identificação e morada do suspeito. Esta quinta-feira, tendo ido realizar uma busca à casa do rapaz, confirmou que este detinha um plano pormenorizado do ataque, "com os detalhes da ação criminal a desencadear". O suspeito tinha também várias armas brancas (facas, catanas e uma besta com dardos de aço), botijas de gás, garrafas com gasolina e isqueiros. Não foram encontradas armas de fogo.
Jovem pernoita na PJ - O suspeito está neste momento no estabelecimento prisional anexo à PJ, em Lisboa, e irá pernoitar aí. Esta sexta-feira, será presente a tribunal para ser ouvido. Após o primeiro interrogatório judicial, irá conhecer a medida de coação determinada pelo juiz. Irá responder pela detenção em flagrante delito pela posse das armas referidas, mas também está indiciado pela prática do crime de terrorismo.
Presidente e Governo não comentam - Acabado de chegar a Brest, em França, onde vai participar na cimeira “Um Oceano”, o Presidente da República afirmou não ter conhecimento do caso, recusando-se a tecer comentários. Questionados pela CNN Portugal, tanto o Governo como o Ministério da Justiça se recusam a comentar o caso e remetem qualquer esclarecimento para PJ.
Faculdade está na época de exames - A Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa estava atualmente em pausa letiva para a realização de exames e o início das aulas está agendado para dia 21 deste mês. Durante esta semana, decorrem exames de segunda fase, que juntam centenas de alunos. Para esta sexta-feira, segundo o calendário disponível online, estavam marcados 47 exames.
Jornal de Notícias e Correio da Manhã de hoje
A propósito da informação que levou à detenção de um jovem, que alegadamente preparava um atentado terrorista em Lisboa, e que chegou à PJ através do FBI.
Expresso, 09h47 de 11fev2022 - João, o estudante de engenharia informática de 18 anos que foi detido pela Polícia Judiciária um dia antes de cometer um atentado na faculdade de Ciências, em Lisboa, é descrito pelos vizinhos na aldeia na Batalha onde mora a família e de onde é natural, como “um rapaz tímido, introvertido e pouco sociável”. A aldeia é composta por entre 30 e 50 casas, espalhadas pela serra. João andou na escola naquela freguesia e antes de ir para a faculdade estudou num estabelecimento de ensino na Batalha. A família é elogiada pelos vizinhos. “Nunca levantou problemas. É humilde também no trato.”
Prisão preventiva para estudante que preparava ataque terrorista
Foi ouvido em primeiro interrogatório judicial o estudante de 18 anos acusado da tentativa de massacre na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e vai ficar a aguardar em prisão preventiva, a medida de coação mais gravosa. A defesa de João estava inicialmente a cargo de um advogado oficioso, nomeado pelo tribunal, mas, à ultima da hora foi nomeado um advogado, pago pelos pais do estudante, o que levou a um atraso no interrogatório judicial. Está indiciado por terrorismo e posse de arma. Jorge Pracana, advogado do jovem suspeito de planear um ataque à FCUL, diz que “este processo vai fazer história no país”. O advogado admite contestar a prisão preventiva decretada ao cliente, mas não deu pormenores: “Aguardo o envio de alguns documentos que acho que são úteis à reversão da decisão”.
Observador / Carlos Diogo Santos - 15h44 de 11fev2022
Jovem foi surpreendido pela PJ, mas colaborou. “Sabia que os corredores da universidade estariam cheios, estava no plano", diz fonte da PJ. Suspeito não queria qualquer vingança contra alguém concreto.
Expresso /
- 19h40 de 11fev2022PsychotycNerd#6116. Era este o nickname na rede social Discord de João, o jovem de 18 anos que ficou em prisão preventiva esta sexta-feira pelos crimes de terrorismo e posse de arma. Foi num chat dessa rede social que o estudante de engenharia informática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa revelou o seu plano de levar a cabo um assassinato em massa no Bloco 3 daquela universidade usando facas, uma besta e explosivos fabricados por si para matar e incendiar estudantes e as instalações universitárias. Em conversa na Discord, João contou ao seu interlocutor, Sammy, que a sua motivação para o atentado se devia a um incidente sobre plágio naquela universidade. Alarmado com a conversa, Sammy avisou o FBI por email, a 4 de fevereiro, garantindo que apenas conhecia o jovem pelo seu nickname que usava naquela rede social. A PJ acabou por descobrir que João terá sido vítima de bullying na escola e que sofre de síndrome de Asperger, mas que a doença não o impedia de distinguir o bem do mal, nem lhe afetava a capacidade de optar ou não pela prática de condutas ilícitas.
E eu, que das ciências médicas não vou além de saber marcar consultas com a minha médica de família e cumprir com o que ela me manda fazer, fico à espera de que a Justiça diga se este jovem é “terrorista” ou “um caso de ameaça e possível homicídio” ou mesmo um doente a necessitar de tratamento.
JN, às 21h18 de 11fev2022
João, de 18 anos, chegou ao Estabelecimento Prisional de Lisboa bastante afetado e alterado, depois de ter sido colocado em prisão preventiva por ordem do tribunal, um dia depois de ser detido por suspeitas de estar a preparar um ataque contra colegas da Faculdade de Ciências de Lisboa. O jovem terá dado entrada no EPL bastante alterado, ao início da noite deste sábado. Em face do estado do jovem, foi transferido para o hospital-prisão de Caxias, onde será avaliado pelos médicos.
CNNPortugal, às 08h04 de 12fev2022
Numa folha de linhas A4, pendurada na parede do quarto onde vivia, nos Olivais, o jovem escreveu à mão em português e inglês o plano do ataque - a preparação, as tarefas a fazer na véspera e toda a ação do dia do ataque. No dia 11 de fevereiro, o ataque seria às 13h30: numa bolsa colocada na perna, levaria uma faca com uma lâmina de cerca de 16 centímetros; na perna colocaria um acessório para transportar as setas que iria disparar com uma besta. Além disso, pretendia provocar um incêndio e, para isso, tinha latas de combustível. Dentro do anfiteatro do bloco 3 da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa lançaria uma cortina de fogo com gás e gasolina e depois desataria a matar os colegas. Naquele dia que escolheu estariam ali muitos estudantes a fazer exames. Aí começaria com disparos indiscriminados e a dar facadas a quem conseguisse. O plano até previa o fim: ele mesmo morreria num suicídio policial.
Era na marquise do seu quarto que o estudante guardava as armas que ia comprando. Numa mochila preta e numa mala de viagem escondeu a faca com lâmina de 16 cm, três outras facas mais pequenas, uma besta, várias setas, pelo menos cinco isqueiros, maçaricos, latas de gás e latas de combustível.“
Odeio este mundo.. A frase está publicada numa das páginas das muitas redes sociais que o estudante usava. Aos 18 anos passava grande parte do seu tempo na internet. Tinha página em mais de sete redes sociais diferentes. E o que ia colocando dava sinal de que vivia uma fase mais complicada. Entre as várias redes ia contando que tinha um “passado feliz” mas um “presente negro” e que estava “cansado”. Ao mesmo tempo publicava fotos de criminosos e assassinos estrangeiros e nacionais, que parecia admirar. Procurava regularmente conteúdo sobre assassinatos e tiroteio em escolas. Foi também nas redes que um dia confessou que teve “um sonho estranho com um tiroteio” numa escola.
Inteligente e obcecado pelo fenómeno e ideologia do mass shooting – assassinato em massa. Quando foi detido não esboçou sequer surpresa.
Manuela Santos, a agente que liderou a investigação ao grupo motard Hells Angels, lidera a unidade que conseguiu descobrir o estudante. Recebeu um alerta do FBI mas sem qualquer identificação do suspeito e em menos de uma semana conseguiu localizar o jovem que estava por trás de alcunhas que usava nas redes sociais. Esta agente comanda a Unidade Nacional de Contraterrismo, que tem cerca de 100 operacionais. Nos últimos dias, uma brigada foi destacada para este caso sensível, tendo feito várias diligências. Depois de terem descoberto quem ele era, vigiaram-no de perto. Na segunda-feira perceberam que o estudante ainda pensou em avançar com um ataque na faculdade nesse dia mas arrependeu-se - chegou a ir mesmo às instalações da instituição. Manuela Santos sucedeu a Luís Neves, atual diretor nacional da PJ.
Foi numa rede social chamada Discord que o FBI percebeu que um indivíduo português andava a planear o ataque. Os serviços norte-americanos, para combater o terrorismo, estão infiltrados nesta rede. Aqui, o jovem partilhava ideias com membros de grupos ligados aos assassinatos em série. As conversas suspeitas do jovem levaram o FBI a desconfiar e a alertar a Policia Judiciária, passando-lhe o nome de código que o jovem usava neste sistema – onde muitos grupos são secretos e difíceis de encontrar.
Correio da Manhã de 13fev2022
Só neste últimos meses tivermos:
09jan2022 - Expresso e SIC (Grupo Impresa)
06fev2022 - Correio da Manhã (Grupo Cofina)
08fev2022 - Vodafone
Comunicado da PJ
Numa conferência de imprensa "a título excecional" para "esclarecer informação contraditória", que decorreu na sede nacional da PJ, em Lisboa, ao início da noite, o coordenador da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), Carlos Cabreiro, clarificou que o ciberataque à empresa de telecomunicações Vodafone está a ser investigado como um único ataque. O responsável adiantou também que todas as hipóteses estão em aberto, admitindo-se um ataque a título individual ou uma ação de grupo concertada, com ligação a ciberataques recentes em Portugal, ou não. "Neste momento abrimos todas as hipóteses, de estarmos a falar de alguém a título individual que comete este ilícito. Neste momento é prematuro associá-lo a outros ataques que tenham ocorrido nos últimos tempos. É prematuro fazer essa associação, porque não temos esses dados, não excluímos essa hipótese, mas é prematuro fazer essa avaliação", disse. Segundo o coordenador da UNC3T, esse trabalho "é feito em equipa", não só em termos de cooperação internacional, envolvendo a Europol e a Interpol, por exemplo, mas também nacional, envolvendo o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) e os serviços de informações do Estado.
Notícia da manhã de quarta-feira, 9fev2022
Capa do JN de 9fev2022
Três tipos de ciberataques [Checkpoint Software Portugal / Visionware]
- Os governos (por exemplo, se a Rússia quiser atacar a Ucrânia "vai certamente atacar as suas redes elétricas, bancárias, etc.");
- Os ciberativistas (que geralmente "querem só chamar a atenção para um determinado assunto" e atacam grupos económicos, petrolíferas, empresas de energia, etc.);
- Cibercriminosos - que podem trabalhar isoladamente ou podem ser organizações criminosas (e são estas que têm crescido nos últimos tempos).
Estas redes criminosas vivem através de um modelo de negócio bastante maduro, usam estes ataques para angariar dinheiro. São redes altamente profissionais e tipicamente não têm uma geografia associada, trabalham world wide. Aquela imagem daquele miúdo, hacker, que está em casa escondido está ultrapassada. Estas redes existem para angariar dinheiro, direta ou indiretamente. Podem fazer pedidos de resgate para recuperar informação ou para não divulgar informação, podem fazer fraude bancária direta ou ações semelhantes, podem reutilizar ou vender informação, porque ela é valiosa. Uma coisa sabemos: o mundo não vai andar para trás, estamos cada vez mais dependentes dos sistemas informáticos e, por isso, sabemos que haverá cada vez mais cibercrimes. Assim como os bancos ao início eram assaltados e agora são seguros, também temos que aprender a lidar com o cibercrime. É o mundo que temos e não vai mudar. Temos que trabalhar para termos sistemas mais seguros e isso é possível, mas toda a gente tem que assegurar o seu papel, incluindo o Governo.
A PSP, na manhã de ontem, realizou uma operação contra o tráfico de droga nos bairros da Pasteleira Nova e Pinheiro Torres, no Porto. Foram efetuadas seis detenções e dezenas de pessoas foram identificadas. Trata-se de uma zona referenciada pelas autoridades como palco de significativo tráfico de droga onde, em 2021, a PSP deteve 250 pessoas associadas àquele ilícito. E só nos últimos 60 dias registaram-se ali 105 detenções.
É óbvio que estas operações têm que continuar e estenderem-se a todos os locais onde se verifica tráfico de estupefacientes, mas temos que seriamente e em consciência "atacar" o problema a montante, senão andamos toda a vida a fazer deslocar o "negócio" de um local para outro. Como o fazer eu não sei... mas temos TODOS que pensar nisto.
Mario Ferreira Dos Reis - Fornecer de borla a uma data de gente que a tome á frente de um enfermeiro.
Alberto Araújo Lima - Não serve para quase nada. Só liberalizando o consumo de drogas leves, montando salas médicas de acompanhamento (vulgo chuto) e criando uma forca especial de policia (principescamente paga) para varrer as drogas duras do País se podia a ambicionar a ter possibilidades de pequenos sucessos. Isto porque o problema não é nacional evidentemente e Portugal é uma "capital" logística do tráfico de droga. Já agora, o crescimento económico ajudava a minorar a coisa, mas nesse campo estamos condenados.
Albertino Amaral - Não é fácil resolver o problema, mas a comunidade médica, tem uma palavra a dizer, sobre a forma de se acabar com esta questão... Afinal conseguem controlar uma pandemia, e não encontram forma de acabar com este maldito vício ????
Rui Lima - Internar os doentes e prender os traficantes.
Legislação e Jurisprudência sobre Tráfico de Estupefacientes
Considera‑se que comete um crime de tráfico de estupefacientes quem, sem para tal se encontrar autorizado, cultivar, produzir, fabricar, extrair, preparar, oferecer, puser à venda, vender, distribuir, comprar, ceder ou por qualquer título receber, proporcionar a outrem, transportar, importar, exportar, fizer transitar ou detiver plantas, substâncias ou preparações que se encontram identificadas nas tabelas anexas à lei de combate à droga. Para se verificar este crime, basta apenas que alguém, com conhecimento e vontade de o fazer, compre, transporte ou detenha um produto estupefaciente não destinado ao seu consumo privado, nem dentro das quantidades entendidas pela lei como consumo. O tráfico tipo é punido com prisão de 4 a 12 anos ou de 1 a 5 anos, conforme as substâncias que estiverem em causa. A pena pode ser aumentada de um quarto nos seus limites mínimo e máximo em situações de tráfico agravado, ou seja, quando se verifica alguma das seguintes situações ou outras semelhantes: As substâncias ou preparações foram entregues ou destinavam‑se a menores ou diminuídos psíquicos; As substâncias ou preparações foram distribuídas por grande número de pessoas; O cidadão obteve ou procurava obter avultada compensação remuneratória; O cidadão era funcionário incumbido da prevenção ou repressão dessas infrações. Considera‑se crime de tráfico de menor gravidade o praticado por meios considerados menos sofisticados (organização e logística), sem carácter regular, com quantidades diminutas ou drogas menos pesadas (por exemplo, em pequeno tráfico de rua). Neste caso a pena de prisão pode ir de 1 a 5 anos ou até 2 anos, e a multa até 240 dias, conforme as substâncias em causa.
Número de apreensões e quantidades apreendidas por distrito
Relatório Anual 2020 da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ
Na madrugada de 28 para 29 de junho de 2017, um grupo de homens liderados pelo ex-fuzileiro João Paulino entrou nos paióis de Tancos e levou armas e munições. O desaparecimento do material de guerra causou estrondo na hierarquia militar e no Governo, e depressa se percebeu que as instalações militares estavam degradadas e com pouca vigilância. Assustado com a repercussão que o caso tomou na comunicação social, e percebendo que já não poderia fazer negócio com o produto do roubo, Paulino contactou um amigo de infância, que era militar na GNR de Loulé. Nos meses seguintes, um grupo da GNR de Loulé e da Polícia Judiciária Militar, liderado pelo major Vasco Brazão, montou uma operação ilegal para a recuperação do arsenal, à revelia da PJ civil que detinha o inquérito do caso.
O Ministério Público acreditava que a operação clandestina era do conhecimento do então número um da PJM, o coronel Luís Vieira, e que este reportava tudo ao então ministro da Defesa Azeredo Lopes. O falso achamento das armas pela GNR de Loulé e PJM deu-se a 18 de outubro daquele ano num baldio da Chamusca. A PJ e a PJM entraram em rota de colisão e a investigação levou a à operação Húbris. O caso fez 23 acusados (nove pelo assalto e 14 pela operação de encobrimento) e viria causar a demissão de Azeredo Lopes e do chefe de Estado Maior do Exército, Rovisco Duarte.
O julgamento no tribunal de Santarém veio suavizar as suspeitas que recaíam sobre três destas quatro figuras centrais do processo. Quanto ao ex-ministro da Defesa, acusado de quatro crimes (denegação de justiça e prevaricação, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder e denegação de justiça) o procurador Manuel Ferrão considerou nas alegações finais, a 7 de julho do ano passado, que não havia afinal provas suficientes que os tenha cometido. E considerou que a conduta do ex-ministro se caracterizou por uma “omissão do ponto de vista ético”, a não ter levantado um processo disciplinar ao grupo sob suspeita da Polícia Judiciária Militar. Já sobre o coronel Luís Vieira, que era acusado de cinco crimes, o Ministério Público retirou os de associação criminosa, tráfico e mediação de armas e denegação de justiça e prevaricação. Continuaram os de falsificação ou contrafação de documentos e favorecimento pessoal praticado por funcionário. O MP pediu 5 anos de pena suspensa. Uma pena semelhante à que foi pedida a Vasco Brazão, o ex-porta voz da PJM. Também caíram os crimes de associação criminosa, tráfico e mediação de armas e denegação de justiça. Mantiveram-se os de falsificação ou contrafação de documentos e de favorecimento pessoal praticado por funcionário. Pelo contrário, o MP, que pediu a condenação de 12 dos acusados, não pretende livrar João Paulino de uma pena de prisão efetiva. Manuel Ferrão enfatizou que o líder do assalto deverá cumprir uma pena de nove a dez anos de cadeia, por se ter provado que o ex-fuzileiro pretendia vender as armas roubadas ao crime organizado ou a grupos terroristas. Também salientou o facto de Paulino ter na sua posse 14 quilos de droga, com o valor superior a 90 mil euros.
Quatro ano e meio depois do assalto a Tancos, o juiz Nelson Barra decidiu hoje quem foi culpado e inocente neste caso com 23 acusados.
O juiz começa por revelar que os crimes de associação criminosa e tráfico de armas não foram dados como provados.
O crime de tráfico de droga também cai para grande parte dos arguidos. Hugo Santos, que vendeu cocaína e haxixe a “pelo menos dez pessoas” vai ser condenado por este crime. João Paulino, o mentor do assalto e que assumiu este crime em tribunal, também é condenado por tráfico pela posse de haxixe e cocaína.
Valter Abreu, Pedro Marques e Filipe Sousa são absolvidos pelo assalto. O tribunal não deu como provado que tenham participado no roubo de junho de 2017, apesar de terem participado nos preparativos.
O tribunal entende que ficou provado que só três arguidos devem ser condenados pelo assalto: João Paulino, Hugo Santos e João País. Deverão ser condenados por terrorismo.
O ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes é ilibado do crime de favorecimento pessoal. O MP já tinha pedido a sua absolvição.
Em relação à recuperação do material furtado por João Paulino, o tribunal considera que Vasco Brazão e os outros responsáveis da PJ Militar cometeram um crime de favorecimento pessoal.
Vasco Brazão, ex-porta voz da PJ Militar é condenado por um crime de falsificação de documentos. O tribunal entende que passou informação falsa na operação que permitiu a recuperação do material furtado.
Azeredo Lopes é absolvido também do crime de abuso de poder, de que estava acusado. O tribunal considera que o ex-ministro da Defesa não agiu com dolo quando omitiu informação à PGR de então, Joana Marques Vidal.
Condenações
João Paulino é condenado a oito anos de prisão por terrorismo e tráfico de droga.
João País também é condenado por terrorismo em coautoria com João Paulino, e é condenado a cinco anos.
Hugo Santos é igualmente condenado a 4 anos por terrorismo e seis anos e meio por tráfico. No total, vai cumprir sete anos e meio de prisão.
Luis Vieira é condenado por favorecimento pessoal. O ex-número 1 da PJ Militar é condenado a 4 anos de prisão com pena suspensa.
Vasco Brazão é condenado por favorecimento e falsificação a cinco anos de prisão com pena suspensa.
Brazão e Vieira ficam ainda impedidos de desempenhar funções públicas durante dois e três anos, respetivamente.
Roberto Carlos Pinto da Costa é condenado a cinco anos com pena suspensa e afastado durante dois anos.
Lima Santos é condenado a cinco anos de prisão com pena suspensa e está proibido de desempenhar funções públicas durante dois anos.
Bruno Ataíde, da GNR de Loulé, é condenado a três anos de prisão com pena suspensa. Foi este militar que recebeu a dica de onde estava o material roubado. O tribunal entende que não deve suspendê-lo de funções.
Onze dos 23 acusados foram condenados. Só três – os autores do assalto – foram condenados a penas de prisão efetiva.
Os elementos da PJ Militar e da GNR condenados a penas suspensas e afastamento dos cargos são censurados pelo coletivo: “esperava-se outro comportamento”.
Rui Lopes A. D'Orey - E o ministro???? Claro que nada.
David Ribeiro - O Azeredo Lopes, que conheço bem, foi nisto tudo "comido de cebolada" pelos militares, em quem confiou. Foi esse, no meu entender, o seu grande erro.
Rui Lopes A. D'Orey - David Ribeiro e por isso ignora-se? Certo?
David Ribeiro - Não, não se ignora. Foi constituído arguido, depois julgado e inocentado de tudo que vinha acusado. Curiosamente até o próprio Ministério Público deixou cair a acusação inicial e pediu a sua absolvição. Isto foi a Justiça a funcionar.
Rui Lopes A. D'Orey - Inocentado criminalmente. Politicamente nunca o será.
David Ribeiro - Certo. Por isso pediu a demissão de ministro.
David Almeida - David Ribeiro e, pelo que o conheço, tão cedo não se mete noutra!!!
Adao Fernando Batista Bastos - A Justiça a funcionar, ok. Agora devem seguir-se os costumeiros recursos para tribunais superiores. Só se espera que prolonguem demasiado o epílogo deste triste caso.
David Ribeiro - Adao Fernando Batista Bastos ... Isso vai ser certo como o destino. Mas quanto mais recursos fizerem mais dinheiro vão meter nos bolsos dos advogados... e isso já é uma forma de "condenação".
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