Ana Matos Fernandes, mais conhecida pelo monónimo CAPICUA, foi uma das muito interessantes crianças que compartilharam com as minhas duas filhas um "crescimento" no Externato Confiança, no Porto... e ainda hoje me recordo da sua carinha laroca. A juventude, ao contrário do que dizem, não está perdida, prova provada por esta rapper e escritora portuense, que vincou o seu nome no panorama musical português.
Adelaide Augusta Fernandes Estrada (Porto, 29 de setembro de 1898 - 18 de outubro de 1979), foi uma médica, cientista e activista política portuguesa. Actuou como professora e investigadora no âmbito da histologia, análises clínicas e citologia; e é reconhecida por sua vasta obra de publicações científicas nessas três áreas. Adelaide foi a segunda mulher a entrar para a Sociedade Portuguesa de Biologia, sendo admitida como efectiva em Março de 1928. Foi investigadora no Instituto de Histologia e Embriologia da Faculdade de Medicina do Porto e no Centro de Estudos Microscópicos do Instituto de Alta Cultura. Também foi a segunda portuguesa a doutorar-se nas ciências biológicas. Desde 1991 dá nome a uma rua na cidade do Porto, na área da Prelada. (in Wikipédia)
Só o grande mestre da filmografia nacional - Manoel de Oliveira - poderia nos dar este diálogo:
Aniki Bóbó 1942
Eduardinho – Que bom ter muito dinheiro e ser rico. E se nós fossemos muito ricos? Milionários? Eu cá, se fosse muito rico até comprava a escola.
Carlitos – Para quê?
Eduardinho – Para a mandar fechar. E comprava um automóvel e só comia bifes com manteiga. Ai, que bom que era. E tu?
Carlitos – Eu?
Eduardinho – Sim. O que é que compravas?
Carlitos – A boneca.
Morreu ontem José Eduardo Pinto da Costa, reputado professor e médico legista. As cerimónias fúnebres estão marcadas para as 17h00 de hoje, na igreja da Cedofeita.
Requiescat In Pace
Morreu ontem de manhã Miguel Luís Kolback da Veiga, um dos fundadores em Maio de 1974 do Partido Popular Democrático (PPD), um grande Senhor, um ilustre Portuense, um grande Homem do Norte… um grande PORTUGUÊS.
Há uns cinco anos disse Miguel Veiga numa entrevista a Anabela Mota Ribeiro a propósito de um convite para ser ministro: “Não me apetecendo, não tendo o desejo, perdendo a minha autonomia, a minha liberdade, que é o factor para o qual tenho vivido toda a minha vida, e que me assegura a boa disposição ou o meu gosto de viver, pensei que me ia meter num buraco.”
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«Pedro Baptista» >> Chegou a sua hora! Seu pai e meu avô, vizinhos em Nevogilde, foram amigos. Foi colega de Primária e, pelo que me disse, amigo muito dilecto de meu falecido primo Armando Rui Rocha de Sousa. Quanto a mim, convivemos nos últimos anos... Não foram muitos, mas o convívio quando ocorria era intenso e profícuo... Pelo menos no que me diz respeito desenvolveu-se uma amizade. Apreciando os meus trabalhos em torno do pensamento português contemporâneo, entregou-me muita documentação sobre o seu tio Pedro Veiga, Petrus, nomeadamente o dossier da "Renovação Democrática" que este fundou com António Alvim, Álvaro Ribeiro e Eduardo Salgueiro por 1931 e de que foi o seu mais persistente e prolongado militante. Também o dossier da correspondência do Pedro Veiga com o filósofo Amorim de Carvalho, que entreguei a seu filho Júlio Amorim de Carvalho. Ofereceu-me as primeiras edições de quase toda a obra do tio, incluindo o estudo (em 4 ou 6 volumes) sobre Proudhon, obras raras. Ficou de me escrever a História (picaresca e pitoresca) da fundação do PPD, mas a sua bonomia era tal que, foi adiando, no caso eternamente, penso que com receio de poder ferir suscetibilidades ou ser menos simpático para com alguém. Na sua sala biblioteca, em Nevogilde, onde passámos numerosas tardes solarengas, ostentava de forma destacada um original do Manifesto de 9 de Junho de 1932, dos liberais que desembarcaram em Pampolide, Matosinhos, para fundarem o Portugal moderno. Com ele já bastante debilitado e limitado, ainda estivemos juntos, este princípio de verão, na Esplanada do Molhe de que sempre tanto gostámos. Foi uma tarde animadíssima e desta vez fui eu a pagar o lanche. Disse-me: - Bem, quando quiser lanchar já sei com quem hei de ir ter! Pois é, Miguel, infelizmente por aí não fico eu pobre. Um abraço caloroso e solidário à Belicha, sua mulher.
«Gonçalo Graça Moura» >> Nunca escreveu poemas, mas tem a arte de transformar os seus textos "em verdadeiros animais de companhia". Nasceu, cresceu e vive no meio de livros e centenas de pinturas que povoam as paredes da sua ampla casa, na Foz. É advogado, ajudou a fundar o PSD, e, garante, sempre esteve "bem com a vida. Há dias completou 75 anos: cinco amigos, "à revelia", fizeram esboços para um retrato do homem que, desde menino, diz andar com um poema no bolso. Os cinco esboços para um retrato de Miguel Veiga, reunidos, ganharam a forma de livro. Aliás, era a essa a intenção de José da Cruz Santos, o editor, quando convidou Artur Santos Silva, Luís Neiva Santos, Luís Valente de Oliveira, Mário Cláudio, Vasco Graça Moura e Álvaro Siza Vieira. Os quatro primeiros autores, através da palavra, esboçam o perfil do multifacetado Veiga "advogado", "amigo", "escritor, "político" e "portuense". Siza, com o seu traço inconfundível, faz o retrato. Há ainda, a abrir os depoimentos, um belíssimo poema de Marta Cristina de Araújo. A obra, como o próprio revela no prefácio, nasce à "revelia" do retratado. E ele gostou dos atributos com que foi enfeitado. "Graças a eles pude reconciliar-me comigo próprio, neste fim de tarde da minha vida, rente ao mar da foz." Miguel Veiga nasceu no Porto em 1936. E poucas pessoas, diz Vasco Graça Moura, terão sabido como ele falar da sua cidade. Sabe "captar-lhe a dimensão burguesa e popular, a altiva tradição cívica e a pungente humanidade, a luminosidade da paisagem, entre o granito, rio e mar". A Vasco Graça Moura cabia-lhe falar do Miguel Veiga portuense, mas não esqueceria o escritor e o advogado, que habitam a mesma personagem. "Nos idos de 1960, o Miguel Veiga era um jovem e fogoso advogado, com alta qualificação académica, fortíssima preparação técnica e uma combatividade fora do vulgar", lembra o escritor, também portuense e "fozeiro de gema". Entre a barra de tribunal e, às vezes, a política, Veiga teve ainda tempo para a escrita . Não em papel selado, isso fazia-o todos os dias: a outra escrita, que o fascinava desde a infância. "A alegria da escrita", como diz Vasco Graça Moura, que havia de partilhar nos ensaios, na intervenção política e na crítica cultural. Em todos os cinco esboços para um retrato de Miguel Veiga, a faceta do homem de cultura é valorizada. Leitor atento, coleccionador "quase infalível" nas aquisições, o que não o impediu de "ajudar muitos artistas em dificuldades, sobretudo os mais novos". Graça Moura lembra ainda a relação curiosa que o advogado mantém com os artistas. "Ouvi o Veiga garantir com toda a seriedade que tinha mandado instalar na banheira uma 'menina' do João Cutileiro, porque era uma maneira de tomar banho com ela todos os dias...". Na casa de campo em Loivo, no Minho, não terá a "menina" na banheira, mas o advogado levou para um canto do jardim uma "Anja", do mestre José Rodrigues. "A vida tem-me tratado bem desde o berço, a meninice e por aí fora, nesta minha sorridente, mais repousada e confortavelmente instalada veterania de três vezes vinte cinco anos." (DN, 27.08.2011)
A Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) e a família de Vasco Graça Moura vão assinar no próximo dia 1 de Abril um contrato que prevê o “depósito em regime de comodato” da biblioteca e do arquivo do escritor, falecido em 2014. Esta cerimónia vai decorrer no Anfiteatro Nobre da FLUP e ficará marcada, também, pela exibição de um filme inédito sobre a vida e obra de Vasco Graça Moura. O espólio de Vasco Graça Moura é composto por dezenas de milhares de livros em diversas línguas e integrará o futuro Centro de Estudos da Cultura em Portugal. A FLUP e a UP, assim como a família do malogrado escritor, esperam que a obra do autor possa ser, daqui para a frente, “revalorizada e divulgada”. Natural do Porto, Vasco Graça Moura é considerado um dos mais proeminentes escritores e tradutores da segunda metade do século XX. Além da vida literária, destacou-se também como político, tendo sido eurodeputado eleito pelas listas do PSD. No final da vida, dirigiu o Centro Cultural de Belém, em Lisboa. Faleceu a 27 de abril de 2014, aos 72 anos.
"O portuense é o homem mais dedicado, mais serviçal, mais bom homem. Somente ha três coisas de que elle não gosta — e n’esse ponto é mau brincar com elle. Não gosta de Lisboa. Não gosta da policia. Não gosta da auctoridade. Da auctoridade vinga-se, despresando-a. Da policia vinga-se, resistindo-lhe. De Lisboa vinga-se, recebendo os lisboetas com a mais amavel hospitalidade e com a mais obsequiosa bisarria." (in “As Praias de Portugal: Guia do Banhista e do Viajante” de Ramalho Ortigão, obra publicada em 1876)
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