As negociações continuam, mas os resultados são praticamente nulos… e diz quem acompanha esta crise provocada pela invasão da Ucrânia pelas tropas de Putin que o importante e que ainda teremos que aguardar é para onde vai a China cair, pois será o que influenciará o destino da guerra. Eu também sou desta opinião.
Pingus Vinicus - A China tem uma paixão pela Rússia…
Jorge De Freitas Monteiro - A China cai sempre para o seu próprio lado. O que neste caso significa ter interesse numa solução pacífica da qual a Rússia não saia enfraquecida nem os US reforçados.
David Ribeiro - ...o que no atual estado da coisa é o mesmo que cair para o lado russo.
Jorge De Freitas Monteiro - David Ribeiro, provavelmente. Aliás é interessante ver o tom utilizado por diplomatas e altos funcionários chineses nas suas contas no Tweeter. Sabendo-se que os chineses não dizem nada só por dizer é muito significativo. Mais um factor que a informação a que temos direito omite cuidadosamente.
David Ribeiro - Mas os chineses são exímios em dar “uma no cravo e outra na ferradura”, conforme lhes convenha. Na semana passada, durante uma conversa telefónica entre Xi Jinping e Joe Biden, o presidente chinês disse que os interesses económicos da China estão com o Ocidente e não com a Rússia. Xi é uma puta velha (pardon my french).
Jorge De Freitas Monteiro - David Ribeiro, justamente, caem sempre para o seu próprio lado
Chico Gouveia - A estratégia da China é a dos tomates: colabora mas não entra.
Da Mota Veiga Suzette - A China é tradicionalment amigo da Russia mas lembra-se do grande mercado que significa a Europa e USA para escoar os seus produtos. Assim, a China disse: esta guerra não é bom par ninguém!
Lendo tudo o que se escreveu sobre as reuniões dos últimos dias em Bruxelas – NATO, União Europeia e G7 – estou convencido, mais do que nunca, que a União Europeia não pode de forma alguma aceitar a covarde invasão da Ucrânia pelas tropas de Putin, mas também não se pode tornar num “Estado vassalo” dos Estados Unidos da América, mas sim um seu par. É certo que nunca se teve em atenção a capacidade estratégica e militar dos 27 Estados-membros da UE, um espaço com 450 milhões de habitantes, mas é forçoso avançar para forças armadas conjuntas, com sistema de transporte estratégico, informação estratégica, capacidade de projeção de forças e capacidade naval. E a NATO, qual será o seu futuro? Não será que com trinta países, com interesses muito diferentes, no caso de um conflito o comando e controlo será muito complicado?
Cercada pela Rússia, China, Irão, Afeganistão e Mar Cáspio, a região da Ásia Central – que inclui Quirguistão, Cazaquistão, Tajiquistão, Turquemenistão e Uzbequistão – é muito suscetível à volatilidade em termos de mudanças geopolíticas e de segurança. Após o colapso da União Soviética estes países permaneceram na órbita russa e embora muitos tentassem adotar políticas externas multivetoriais, as suas dependências de Moscovo permaneceram fortes. Mas o atual conflito de Rússia com a Ucrânia pode alterar o jogo político e mudar a dinâmica regional. É que não há dúvida que a forma como a Ásia Central vê a atual governação de Putin alterou-se substancialmente. Enquanto antes a Rússia era vista como uma fonte de estabilidade, agora parece que se tornou uma fraqueza para a estabilidade regional, soberania e integridade territorial. As coisas já não são o que eram nesta região da Ásia Central.
Xavier Cortez - Um dos comentários mais inteligentes que vi ultimamente. Os tão podem tornar-se um problema sério para a Rússia. Pela via do islamismo.
Expliquem-me, se souberem e me quiserem ser úteis, qual o interesse prático das reuniões do Conselho de Segurança da ONU se os membros permanentes que o integram, dispõe cada um deles de um direito de veto, como estipula a Carta das Nações Unidas.
Eu não fui hoje a esta manif na Praça D João l. Mas vi agora estas fotos e curiosamente nem uma bandeira ucraniana. E não houve nem uma crítica a Putin, disse-me quem lá esteve. Esta malta, do CPPC e PCP… quem não os conhecer que os compre.
Raul Almeida - O PC criou há muitos anos uma série de organizações satélites, falsamente independentes, com diversas finalidades, enquadradas pelo interesse maior da defesa e protecção do comunismo de inspiração soviética. Utilizando uma dessa pseudo-organizações, o Conselho para a paz, cooperação e segurança, que se diz empenhada na promoção de paz sempre obediente a Moscovo, fizeram hoje um encontro "pela paz", onde sintomaticamente não se viu uma única bandeira da Ucrânia, nação actualmente mais fustigada pela guerra. O revisionismo, a profunda cara de pau, a sempre presente e profundamente entranhada herança de Stalin, fazem do PC algo que nos envergonha a todos, enquanto sociedade. Queriam o Rivoli e o patrocínio da Câmara para esta palhaçada aviltante. Era o que mais faltava!!! Esteve muitíssimo bem, Rui Moreira na recusa, interpretando a expressão democrática dos votos na Autarquia e impedindo uma mancha ignóbil num espaço nobre da Cidade.
Hoje, às 14h30, terá lugar o lançamento da primeira pedra da Arena Liga Portugal, na freguesia de Ramalde, na cidade do Porto.
A futura casa do Futebol Profissional terá por morada a Rua Padre Diamantino Gomes, na freguesia de Ramalde, Porto, obra emblemática que transpirará futebol, conciliando requinte e inovação, momentos de formação e fomento de negócios, bem como momentos de convívio e lazer.
Trata-se de um edifício autossustentável ao serviço do Futebol Profissional e seus parceiros, que reforçará a dinâmica sócio económica da cidade do Porto e do País.
A Arena Liga Portugal será ponto de encontro e desenvolvimento de negócios, tanto a nível nacional como internacional, espaço equipado com a mais avançada tecnologia para aprendizagem e coworking, com destaque para incubadora de empresas através da criação de nove salas para receber start ups ligadas ao futebol.
O interior do edifício apresentará uma sala multiusos para realização de eventos quer da Liga Portugal quer de entidades externas, um auditório para 300 pessoas, um restaurante/bar aberto ao público bem como espaços para formação, ambiente ideal para as pós-graduações Liga Portugal.
O majestoso mas funcional edifício será ainda dotado de uma área comercial, também aberta ao público para venda de produtos Liga Portugal e das Sociedades Desportivas, um museu do Futebol Profissional e zona de futebol High-Tech para atividades ligadas à performance e desempenho de jovens jogadores, realização de festas e team buildings.
Edifício icónico também do ponto de vista arquitetónico, o exterior da Arena Liga Portugal permitirá luminosidade no interior, inovando pelo facto de também funcionar como ferramenta de promoção e comunicação do Futebol Profissional Português.
O edifício, disponível para servir a região e a cidade do Porto, assume-se como baluarte para o futuro, em perfeita harmonia com a envolvência paisagística da cidade e com a comunidade local.
A conclusão e inauguração da Arena Liga Portugal está prevista para 2023, representando o lançamento da primeira pedra o arranque de uma nova era na Liga Portugal.
Rui Moreira a discursar na cerimónia de lançamento da primeira pedra do futuro edifício e complexo da Arena Liga Portugal. (Foto "roubada" a Raul Almeida).
O CDS teve no passado domingo o pior resultado da sua história e não conseguiu eleger nenhum deputado para a Assembleia da República. Uma coroa de flores foi entregue frente à sede do partido e históricos democratas cristãos falam do período mais negro da história do partido. Na sequência dos resultados, o presidente do CDS e cabeça de lista por Lisboa, Francisco Rodrigues dos Santos, assumiu "todas as responsabilidades" pelo resultado e anunciou ter apresentado a sua demissão à direção do partido.
Raul Almeida - O CDS sofreu um verdadeiro desastre eleitoral. Este desastre teve um rosto e muitos responsáveis. Desde o malfadado "irrevogável", sentiu-se uma progressiva perda de confiança do eleitorado no CDS. Assunção Cristas e Nuno Melo viriam a sentir isto mesmo, plasmado na incapacidade que tiveram de dar a volta a este rumo, em dois actos eleitorais com resultados péssimos. Francisco Rodrigues dos Santos acabou com o resultado trágico que ontem se viu, falhando tudo aquilo a que se tinha proposto enquanto alternativa de corte com o que identificou em congresso como decadência do portismo. Pelo meio, assistimos a uma guerra fratricida sem limites de parte a parte. O povo não gostou e não perdoou. O CDS, se quiser resistir, terá de ultrapassar tudo isto. Terá de abrir um novo capítulo com novos protagonistas. Terá de fazer uma inevitável catarse e não negar nenhum dos seus problemas, das dívidas de monta às incompatibilidades pessoais de difícil resolução. Terá de refletir muito e bem, virar-se para o país e tentar recomeçar a compreendê-lo. Terá de pensar na sua utilidade externa, agora que já quase não tem meios de satisfação das diferentes utilidades internas que o consumiram. Terá de se sujeitar ao difícil exercício de pôr o todo acima das partes, sendo implacável com qualquer lógica de facção. Para todo este exercício, com toda a sua complexidade evidente, o CDS precisa de tempo. Precisa de um acordo acolhido por todos os interessados nalguma espécie de futuro, em que o Congresso seja feito após a ressaca da hecatombe, depois de tempo para analisar, pensar, prever e decidir com pés e cabeça; o agora é a pior altura para arrebatamentos e voluntarismos. Há fórmulas que permitem este tão necessário tempo de reflexão séria, apesar da compreensível saída imediata do Presidente. Está nas mãos dos diferentes protagonistas e dos militantes do partido. Para o melhor e para o pior.
António Conceição - Há uma coisa que os militantes e simpatizantes do CDS parece não se terem ainda apercebido: estão fora do Parlamento e vão ter o tratamento dos pequenos partidos sem assento parlamentar. Não vão receber dinheiro e ninguém vai pôr dinheiro no partido, porque ninguém investe em losers. Não vão ter visibilidade, a não ser no mês anterior à campanha e, aí, para discutir com outros partidos insignificantes, como o PPM ou o Partido da Terra. Daqui a 4 anos, haverá uns milhares de eleitores que hoje se lembram do cerco ao Palácio de Cristal no I Congresso do CDS, mas que não votarão, porque, entretanto, terão morrido. Haverá, ao invés, outros milhares de eleitores que irão votar pela primeira vez e que nunca terão ouvido falar no CDS. A vida não está fácil para os centristas. Isto não vai lá com um simples Congresso, como imaginam os militantes. À semelhança daqueles clubes de futebol falidos que são comprados por ricalhaços árabes ou chineses, a única esperança do CDS é quase só ser tomado de assalto por um qualquer Marinho e Pinto ambicioso que use o partido como barriga de aluguer para um projecto político pessoal.
Xavier Cortez - Uma palavra para o CDS/PP. Como sabem sou um democrata cristão e fui militante e dirigente da então Juventude Centrista no Porto. Há vários anos que me afastei do partido por não reconhecer nele os ideais da fundação. Com várias saídas ao longo dos anos (para o PS, para o PSD), atualmente perdeu completamente a sua base de apoio e deixou de ter a sua principal característica: ser um partido de quadros. Pior: encalhou-se numa tendência cada vez com menos adeptos em Portugal e na Europa, o conservadorismo.
O Ministério Público acusou Rui Moreira de prevaricação por ter tentado favorecer a Selminho, imobiliária da família da qual era sócio, e pediu perda de mandato do autarca independente. E na tarde de hoje (sexta-feira, 21jan2022) o autarca da Invicta conheceu a decisão do coletivo de juízes do Porto - ABSOLVIÇÃO. E Rui Moreira vai continuar o Rui Moreira de sempre: Um portuense livre, independente, sério e digno.
Rui Moreira mostrou-se tranquilo com a decisão do Tribunal, que hoje o absolveu dos crimes pelos quais vinha acusado. "Foi reparada a minha honra", disse o autarca, apontando que "o processo foi sempre político".
"Hoje fez-se justiça", disse o autarca portuense, a partir da Câmara Municipal do Porto, reagindo à decisão do Tribunal Criminal de São João Novo, que esta sexta-feira o ilibou de todas as acusações proferidas pelo Ministério Público "por manifesta falta de provas". "Agradeço ao tribunal o cuidado em analisar todo o relacionamento entre a Câmara e a Selminho desde 2005 - recordo que só cá cheguei em 2013 - para esclarecer que a postura do município foi sempre a mesma e que eu não tive qualquer intervenção direta ou indireta nessa relação", notou em declaração aos jornalistas. Lamentando que o seu nome tenha sido "vilipendiado" durante o processo judicial e que, mesmo sem sentença, tenha sido "condenado insistentemente na praça pública", Rui Moreira lembrou que houve "líderes políticos que nunca quiseram respeitar a presunção de inocência", apontando o dedo, sem personalizar, a um líder partidário em específico. "Sinto que, para além da absolvição, foi reparada a minha honra e desfeita a menor dúvida que pudesse porventura existir", disse Rui Moreira, não escondendo o sofrimento que todo o processo lhe causou. "Sofri eu, sofreu a minha família, sofreram muitos portuenses, que insistentemente se dirigiam a mim sempre com palavras de apoio, força e não raras vezes de revolta", partilhou, enaltecendo o "caráter granítico dos portuenses", a quem agradeceu pela vitória nas últimas eleições autárquicas. Quanto à já anunciada decisão do Ministério Público, que vai recorrer da sentença, Rui Moreira mostrou-se sem medos, tecendo críticas à ação do procurador responsável pelo caso: "O Ministério Público é livre de interpor recursos. Surpreende-me é que o Ministério Público, que tem um mês para recorrer, não tenha esperado para ler o extenso acórdão. Não tenho receio nenhum relativamente ao recurso”. "Este processo foi sempre político. Não estou a dizer que, na sua origem, fosse político. Aquilo que afirmo é que se transformou em processo político. Já não tenho idade nem para acreditar no pai natal nem para acreditar em acasos", declarou.
Que vergonha!...
Pedro Santos Guerreiro - Diretor executivo CNN Portugal
A absolvição no caso Selminho é para Rui Moreira uma vitória do tamanho do mundo, ou mais ainda, do tamanho do Porto. E é uma derrota humilhante para o Ministério Público – e para os políticos que, em eleições, se aproveitaram do caso. Esses políticos podem hoje não ter cara, mas têm nome. Nas últimas autárquicas, Moreira estava acusado e tinha julgamento marcado. Na campanha, o CDS e a IL mantiveram o apoio ao candidato, e o PS e sobretudo o PCP não fizeram aproveitamento político. Fê-lo o PSD, fê-lo Rui Rio.
Raul Almeida, na sua página do Facebook
“…é lícito perguntar até que ponto esta obstinação infundada do Ministério Público interferiu com o curso normal da Democracia. Para além de rigorosamente nada indiciar qualquer tipo de responsabilidade ou benefício de Rui Moreira no caso, houve uma manifesta gestão política do tempo processual, não tendo faltado quem, escasso de dignidade ou escrúpulos, se tivesse aproveitado disso mesmo. Por fim, sem margem para dúvidas, fez-se justiça.”
Manuel Pizarro, ontem, na sua página do Facebook… uma postura leal de quem foi adversário, mas não confunde as coisas.
Conhece-se amanhã a sentença do caso Selminho. Rui Moreira é acusado de prevaricação (“trair, por interesse ou má-fé, os deveres do seu cargo ou abusar do exercício do cargo”, segundo a definição do Dicionário Priberam da Língua Portuguesa) e o Ministério Público pede a sua condenação e perda de mandato.
Não tenho por hábito comentar processos judiciais, e é recato que não me custa. No entanto, evidentemente, num Estado de direito, democrático, o respeito pelas decisões da justiça não significa que estas não possam ser debatidas ou questionadas.
Decidi, por isso, dizer o que penso sobre este processo e torná-lo público antes de conhecida a decisão judicial. O caso tem indubitável relevância cívica e justifica esta atitude. Acresce que o terreno da divergência política não pode ser constantemente sabotado pelos ataques pessoais. Isso empobrece a democracia, porque desnatura a ação política.
Rui Moreira, depois da sua eleição como presidente da Câmara, não agiu bem em dois momentos. Em primeiro lugar, e como já foi reconhecido pelo próprio, com a assinatura da procuração para que o advogado pudesse intervir em defesa da Câmara.
Rui Moreira devia, em segundo lugar, e por elementar prudência, ter comunicado à Assembleia Municipal a existência de um conflito entre o Município e uma empresa da sua família. Tivesse-o feito, e o processo seria amplamente escrutinado desde o início, evitando dissabores ao presidente da CMP.
Os reparos que faço a Rui Moreira são do foro político. Mas, nessa esfera, já foi feita a avaliação pelos cidadãos do Porto que, recentemente, lhe deram uma nova vitória eleitoral, acompanhada por perda de votos, de percentagem e de vereadores. Como democrata, confio no julgamento político dos portuenses. As pessoas fizeram o seu juízo e renovaram a confiança no Presidente da Câmara, embora de forma mitigada.
Encerrado o processo político, resta a questão jurídico-criminal. Nessa matéria, quero também ser claro: em meu entender, Rui Moreira não cometeu o crime de prevaricação. É fácil de ver, quanto à famosa procuração, que se esta tivesse sido assinada desde o início pela então vice-presidente o comportamento do advogado da Câmara teria sido exatamente igual, e exatamente idêntico o resultado final. Rui Moreira não deu em nenhum momento instruções aos serviços ou advogado e, como tal, não traiu os deveres do seu cargo e não abusou dele. Logo, digo-o com plena convicção: não deve ser judicialmente condenado.
Note-se, aliás, que foi com Rui Moreira na presidência da Câmara que os serviços municipais apuraram, sem condicionamento, que parte dos terrenos registados em nome da Selminho pertenciam, de facto, ao Município. Sei que em nenhum momento deste outro processo Rui Moreira procurou condicionar a atuação dos serviços. Ao contrário, comportou-se com isenção e dignidade que não pode deixar de ser reconhecida.
Espero, por isso, que o Tribunal o considere inocente, e estou convicto de que é isso que irá acontecer. Mas, também o digo, que como cada vez mais acontece neste tipo de processos, isso não apaga anos de exposição pública e uma marca injusta e indelével.
Sou manifestamente contra coligações prévias que nos retiram a possibilidade de saber qual o “peso político” de cada um dos intervenientes nos atos eleitorais. Se os projetos políticos de dois ou mais partidos são coincidentes, então que eventuais coligações sejam pós-eleições. A coligação CDU (PCP+PEV) nunca a entendi e a possibilidade de nas próximas Legislativas o PSD aparecer coligado com o CDS só poderá ser para salvar Chicão de uma catástrofe. Já nem falo da eventualidade dos sociais-democratas se coligarem com o atual PPM, que ninguém sabe muito bem o que é e quem são.
E no fim da tarde de ontem soubemos que a Direção do PSD decidiu não querer uma coligação pré-eleitoral com o CDS-PP nas Legislativas. E já há quem diga que o CDS pode passar do partido do táxi para o partido da trotinete.
Raul Almeida sobre "CDS - O último bastião"
Eu votarei CDS. Apesar da actual direcção. Apesar da oposição à actual direcção. O CDS, por si só, com a sua carta de princípios, com a sua história, é um chão comum para quem não se revê em tudo o resto. Não apoio proto-fascistas de terceira categoria, não me revejo no ultra-liberalismo que se afasta do modelo social que preconizo, não me entrego nas mãos de quem se envergonha da direita, nem sou animalista fanático, portanto...
Com toda a simpatia e consideração que mantenho com meus amigos filiados e/ou simpatizantes do CDS gostaria de saber com que direito o Chicão pode invocar Sá Carneiro… e estou à vontade para o fazer, porque além de nunca ter sido um “incondicional” das tomadas de posição políticas de Sá Carneiro, continuo a ter sérias dúvidas de todos aqueles que por tudo e por nada invocam o seu nome. E não, não estou ao "serviço" do PS, de Rui Rio ou de seja de quem for.
Acompanhei com muito interesse este debate na sessão de ontem à noite da Assembleia Municipal do Porto e estou de acordo com o encerramento da Feira do Cerco a partir de 1 de janeiro de 2022, pois, como disse o vereador Ricardo Valente, em "200 feirantes, só 25 estavam legais" e que os restantes "175 não pagavam taxa, nem estavam registados", além da feira ser, segundo a ASAE, “um dos maiores centros de contrafação do Norte do país". Mas há que se ser célere na escolha de um novo local – feiródromo - onde os feirantes sérios e cumpridores possam exercer a sua atividade e os clientes tenham segurança e as mínimas comodidades.
Raúl Almeida, deputado do grupo municipal 'Rui Moreira: Aqui Há Porto' afirmou na sua intervenção: “Aquela feira é um corredor de contrafação e só por contrafação intelectual se pode defender a continuidade de algo que é a negação do Estado de direito”. .../... O cenário naquele mercado “não é digno” e “o ‘feiródromo’ não é um castigo. Pôr ordem é estigmatizar? Só por má-fé estamos aqui a dizer que não há soluções”. Raúl Almeida não tem dúvida de que “quem não quer respeitar as leis não pode ter lugar na cidade do Porto”. “O Cerco, Campanhã, merecem respeito e que o que surja não tenha nada a ver com o que agora existe”, defendeu, com a certeza de que “o Porto faz-se com todos, no respeito da dignidade de todos, sem anátemas, sem ideias de ‘guetização’.”
Na sessão da ultima segunda-feira da Assembleia Municipal do Porto foi aprovada por maioria (9 votos contra dos deputados do PS) a não aceitação de competências em matéria de ação social para o ano 2021. Como bem disse o deputado Raul Almeida “não chamem a isto Descentralização”.
Infelizmente os deputados municipais do PS-Porto mais parecem "comissários políticos" do Largo do Rato. Nesta sessão da Assembleia Municipal do Porto a única voz favorável à aceitação das competências foi a da deputada socialista Fernanda Rodrigues: “Na apreciação do que está em causa importará pensar na descentralização enquanto processo. Há toda uma negociação a desenvolver. O papel dos municípios é insubstituível e julgamos que o Município do Porto terá vantagem em aceitar a transferência de competências”, afirmou a eleita socialista.
Um estudo da Universidade do Minho, desenvolvido pela equipa técnica coordenada por Linda Veiga, diz-nos que “o aumento estimado nas despesas decorrentes da transferência de competências na área da ação social situa-se um pouco acima dos 8,8 milhões de euros. Este valor é manifestamente superior à verba prevista pela Administração Central. Daqui resulta uma insuficiência de financiamento na ordem dos 6,9 milhões de euros que preocupa todos os municípios”.
Adao Fernando Batista Bastos - Tenho muitas dúvidas e certamente quem vota sim ou sopas sem conhecer os documentos e suas implicações também deveria ter. De resto o estudo, creio que da Universidade Católica , ditando que os custos serão maiores que os benefícios poderão induzir a ideia de que a Regionalização também ficará cara. Ora o que estará em causa é a maior capacidade para os municípios intervierem em tempo oportuno e com maioria de conhecimento. Ficam as minhas reticências.
David Ribeiro - O presidente da Área Metropolitana do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues, ilustre presidente de uma Câmara socialista, também recusou este "presente envenenado". Gostaria que me explicassem como é que as pequenas Câmaras Municipais, sempre com a tesouraria no negativo, irão aguentar isto.
Reuniu ontem à noite, em sessão extraordinária, a Assembleia Municipal do Porto com a seguinte Ordem de Trabalhos:
Pontos 1, 2 e 3 - Intervenção da deputada Maria Lacerda.
Declaração do vereador Ricardo Valente: "Temos todos os mercados com regulamentação aprovada, com equipamento novo e coerente entre todos os mercados e com programa de formação já iniciados para os feirantes que estão nos mercados da cidade. Temos que resolver a questão dos grandes mercados que necessitam de estar enquadrados nas novas normas de saúde pública impostas pela DGS. Para isso estamos a trabalhar na criação de um local apropriado e dedicado para as feiras de grande dimensão."
Ponto 5 - Intervenção do deputado André Noronha.
Ponto 6 - Intervernção do deputado Raul Almeida.
Sobre a política de dissuasão do estacionamento irregular no Porto, disse o deputado Raul Almeida: "Em contraste com Lisboa, e com o terrorismo da mobilidade da EMEL, o Porto aposta na pedagogia e na dissuasão, tendo o reboque como último e não como forma de angariação de receita. O reboque no Porto está dedicado a desimpedir lugares para deficientes indevidamente ocupados, passadeiras e passeios bloqueados por automóveis, garagens com acesso impedido, perigo no trânsito. Não há a caça ao infractor que vemos noutras cidades, há apenas regulação e pedagogia."
Vejam quais e quantos foram os motivos que provocaram reboques em 2020.
Ponto 7 - Intervenção do deputado Nuno Caiano.
“Fui atleta do Foz e tenho um afeto especial pelo clube. É uma ambição com décadas. É agora que se materializa. Isto vai além do futebol, incorpora ambição e programa deste Executivo: inclusão social, coesão, sustentabilidade”, congratulou-se Nuno Caiano, do grupo 'Rui Moreira: Porto, o Nosso Partido'.
Ponto 10 - Intervenção do deputado Miguel Gomes.
Realizou-se ontem à noite uma Sessão Extraordinária da Assembleia Municipal do Porto, solicitada pelo Grupo Municipal do Bloco de Esquerda, com o seguinte ponto único na Ordem de Trabalhos - Economia Local e Trabalho com Direitos no Porto.
Intervenção do deputado Raul Almeida, do grupo municipal “Rui Moreira - Porto, o Nosso Partido”.
Intervenção do deputado Nuno Caiano, do grupo municipal “Rui Moreira - Porto, o Nosso Partido”.
Enquanto não tivermos uma oposição válida e credível, não estou a ver quando e como remodelar.
O meu amigo Raul Almeida dizia, em janeiro deste ano, no seu artigo de opinião no Observador: “A história diz-nos que só com um PSD forte e um CDS simultaneamente forte, se reforma o país. Como ponto de partida, é preciso que cada um saiba primeiro onde está, só depois se poderá pensar em estar à altura da missão.” E cá para mim o Raul tem carradas de razão.
Filipe Lobo D’Ávila, vice-presidente do CDS, apresentou a demissão da comissão executiva do partido, deixando Francisco Rodrigues dos Santos mais isolado na direção. Com Lobo D’Ávila saíram também Raúl Almeida e Isabel Menéres Campos, também da direção do partido.
Disseram as notícias do fim da tarde de ontem que “Rui Moreira acaba de ser acusado, pelo Departamento de Investigação e Ação Penal Regional do Porto, de ter cometido, em autoria material e na forma consumada, de um crime de prevaricação, em concurso aparente com um crime de abuso de poderes, no caso ‘Selminho’". E eu recordo-me bem do que o Presidente da Câmara Municipal do Porto nos disse na sessão da Assembleia Municipal do dia 29mai2017:
Rui Moreira escreveu em finais de 2012 «Ultimato - O antes e o depois do 15 de Setembro» (Oficina do Livro / Grupo LeYa) e cada vez mais me convenço que é sempre necessário um certo distanciamento dos acontecimentos para se poder entender as coisas. Curiosamente Rui Moreira já nessa altura lá dizia: “Porque temos de acreditar que há sentido de Estado numa situação em que vivemos em economia de guerra, tem de ser possível ultrapassar querelas e divergências e de se conseguir consensos nacionais entre os vários órgãos de soberania e os partidos que assinaram o memorando da Troika. A política não se esgota neste espectro político e, por essa razão, é conveniente que os partidos que discordam desse memorando procurem, numa situação em que vivemos em economia de guerra, tem de ser também eles, dar um contributo positivo, que não pode passar pela algazarra ou pelos ataques «ad homine» que desvalorizam e deslegitimam os seus argumentos”.
Raul Almeida no Observador, em 20dez às 00h05
J’Accuse
O regresso do “caso Selminho”, um caso arquivado pela Justiça, sem que sejam conhecidos novos factos, é, à luz do que sabemos, preocupante. Preocupante, por Rui Moreira ser quem é, um Homem sem dono.
«Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice. Mes nuits seraient hantées par le spectre de l’innocent qui expie là-bas, dans la plus affreuse des tortures, un crime qu’il n’a pas commis. » – O meu dever é falar, não quero ser cúmplice. As minhas noites seriam assombradas pelo espectro do inocente que ali expia, na mais horrível das torturas, a de um crime que não cometeu.
Foi com estas palavras que Émile Zola deu voz à revolta perante aqueles que condenaram Dreyfus. O resto é história. Uma história que se vai repetindo. Apaixonei-me pelo caso Dreyfus ainda miúdo, através de um livro perdido entre muitos nos setembros quentes da Beira Alta na quinta da família. O drama de Dreyfus é um bom ponto de partida para a reflexão sobre o impacto da justiça mal conduzida sobre os inocentes. A perversão em que se torna, quando se abate sobre homens de honra.
Tenho a minha conta de amigos que sofreram a discricionariedade de agentes da justiça, de forma profundamente reprovável. Não se trata do exercício de fazer Justiça, trata-se de tentar construir casos apesar da justiça. Trata-se de fazer política selectivamente, em vez de alocar os recursos ao prosseguimento da Justiça, ao combate aos verdadeiros prevaricadores. Em todos estes casos, o procedimento é o mesmo, acusa-se, convoca-se a praça pública através da imprensa, faz-se render o caso e lesa-se o visado. Em todos os casos que refiro, o visado foi declarado inocente. Porque foi sempre inocente. Por isso, a minha repulsa em relação ao justicialismo é tão grande quanto o meu amor à Justiça.
Rui Moreira é dos políticos mais incómodos da actualidade. Um Homem sem dono. Não tem partido, não tem cumplicidades, não tem uma estrutura de apoio profissionalizada, não depende política ou financeiramente de organizações ou grupos de interesse. Tem um percurso pessoal conhecido, uma credibilidade inabalável, um projecto de cidade revolucionário e ganhou por duas vezes a Câmara da segunda cidade do país. Em termos muito simplistas, um tipo do Porto que não tem medo de afrontar Lisboa e os poderes instituídos, sempre que considera justo e necessário. Uma dor de cabeça para o sistema, portanto.
O “caso Selminho” tornou-se um clássico da política portuense. Convenientemente levantado pelo PCP, foi visto, revisto e tornado a ver por todas as instâncias judiciais competentes. Rui Moreira deu sempre a cara, pedindo o apuramento de todas a verdade e disponibilizando tudo de forma rigorosa e transparente. O caso foi arquivado, e o que conduziu ao arquivamento não deixa dúvidas. As únicas dúvidas que sempre nos ficam, resultam da enorme diferença de publicidade entre a acusação e o arquivamento. Do facto de vermos demasiadas vezes a acusação agir sem solidez, nem fundamentos estruturados, desmascarada por sentenças múltiplas, que aparentemente não a perturbam.
O regresso do “caso Selminho”, um caso arquivado pela Justiça, sem que sejam conhecidos novos factos no processo, é, à luz do que sabemos hoje, preocupante. Preocupante, por Rui Moreira ser quem é, por estarmos a escassos dias do encerramento do ano judicial que precede o ano das eleições autárquicas, em que a jurisprudência desaconselha este tipo de processos. Parece cirúrgico, e as aparências tanto podem causar dano ao visado como ao acusador que assim gere o processo e o tempo. Rui Moreira foi sempre sereno, transparente e, na hora de escolher, não hesitou em privilegiar o interesse da autarquia, salvaguardando sem mácula o interesse público. Para além dos Tribunais, o Povo do Porto também já julgou Rui Moreira, e o veredicto impressiona.
Não temo por Rui Moreira. Tem uma resiliência impressionante para lidar com a injustiça. O seu Pai, um visionário e um empreendedor notável, foi preso político, foi perseguido e acusado por ser quem era. O Rui pai, como o Rui filho, também era um Homem sem dono; dos que incomodam. Esta fibra não está, infelizmente, ao alcance de todos, não se constrói num caminho de conforto, suscita tanta admiração quanta inveja e incómodo, inspira os amigos mais sólidos e desperta os mais rasteiros inimigos, gosta-se muito ou não se tolera. Quando penso no Rui Moreira, lembro-me muito da passagem do Livro do Apocalipse “Conheço tua conduta: não és frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! Por que não és quente nem frio, mas morno, vomitar-te-ei da minha boca”. O Rui Moreira sempre se recusou a ser morno, independentemente do custo. O Rui Moreira não é só o homem cosmopolita, profundamente culto e o revolucionário construtor da cidade. É um pilar de coerência, dignidade e seriedade. Hoje e sempre.
Como já por várias vezes por aqui afirmei eu não morro de amores por Marcelo Rebelo de Sousa... mas Raul Almeida tem carradas de razão no que diz neste seu artigo no Jornal Económico.
Em face de quatro candidatos que, de diferentes formas, se afirmam pela divisão, a recandidatura de Marcelo representa exactamente o oposto. Mais do que nunca, o país precisa de estabilidade e unidade.
Aproximamo-nos das eleições presidenciais, num momento crítico para a nossa vida colectiva. A crise pandémica em que nos encontramos imersos pode desencadear uma cascata de outras crises, que terão sempre um impacto superlativo num país frágil como o nosso. É o pior dos momentos para sermos levianos ou caprichosos na altura de preencher o boletim de voto.
Será uma eleição onde teremos um único candidato a Presidente da República, em contraponto a cinco candidatos de nicho; dois populistas, um estalinista, uma trotskista e uma inexistência. A grande opção a fazer é entre entregar um voto de confiança e missão a Marcelo ou, neste momento crítico, desperdiçar o voto numa qualquer afirmação pessoal ou partidária inconsequente.
Mais do que nunca, o país precisa de estabilidade e unidade. Em face de quatro candidatos que, de diferentes formas, se afirmam pela divisão, pelo exacerbar da diferença, pela promoção da desconfiança e da conflitualidade, a recandidatura de Marcelo representa exactamente o oposto. Marcelo exerceu um permanente magistério de pacificação, exaltou a união que nos fortalece, combateu sem tréguas a conflitualidade e o divisionismo. Foi o Presidente de todos os portugueses, sem excepção. Os outros concorrentes assumem-se como os representantes da sua tribo contra a tribo inimiga.
O estilo dos Presidentes nunca é consensual. Apesar de gostar do estilo de Marcelo, compreendo perfeitamente que possa haver quem não goste. Por vezes, a hiperactividade do Presidente é difícil de acompanhar, por vezes, parece demasiado. Compreendo quem faz esta crítica. Mas, se também eu considero excessivo um telefonema presidencial em directo para uma entertainer televisiva, depressa o relevo em face de todos os telefonemas que levam uma palavra de conforto a muitos portugueses em aflição, ou de todos os que encorajam e exaltam as virtudes individuais ou colectivas do povo até agora invisível.
Marcelo não se cansa de puxar por tudo o que é bom, por tudo o que possa servir de exemplo, por tudo que reforce o espírito português. Nenhum Presidente o fez desta maneira. Não é qualquer síndrome de snobeira parola, apodando o Presidente de popularucho, que belisca esta aposta no melhor de Portugal e dos Portugueses. Sim, o Presidente também o representa, também tem um vínculo, com cada uma das pessoas com quem tira uma das inúmeras selfies. E, ainda bem que fica genuinamente feliz ao fazê-lo. Ainda bem que quebrou a distância, o hermetismo e, em alguns casos, a arrogância distante de alguns dos seus antecessores.
Tenho um enorme respeito pelo Presidente que troca o conforto lisboeta pelo Natal junto àqueles que em cada momento mais sofrem. O Presidente que sai à rua noite dentro para levar apoio aos que a sociedade esqueceu, confrontando-nos com as nossas próprias falhas. O Presidente que é Católico, mas investe seriamente no diálogo Inter-religioso como via para a paz social. O Presidente que está rigorosamente sempre onde é preciso, junto de quem mais precisa. O Presidente que partilha com uma acessibilidade rara a sua cultura, estimulando cada um a valorizar o conhecimento. Há quem diga que é uma banalização do papel presidencial; Marcelo será tudo menos banal.
Acredito na força e no potencial de uma nova Portugalidade. As visitas presidenciais à África que já foi portuguesa, e continua nossa irmã, foram um sucesso cultural e diplomático sem precedentes. Nenhum português pode ficar indiferente ao que aconteceu em cada sítio por onde Marcelo passou. O carinho infinito dos nossos irmãos africanos só encontrou rival na ternura sem reserva nem medida que Marcelo pôs em cada beijo, em cada abraço, em cada troca de olhares. Se quisermos ser honestos, facilmente admitimos que só Marcelo consegue construir este tipo de irrepetíveis pontes.
Por fim, no plano político interno. Marcelo fez o que prometeu. Promoveu a estabilidade possível em cada momento. Sim, foram dois governos maus, da esquerda coligada com a extrema-esquerda; mas não cabia ao Presidente demiti-los ou provocar crises de consequências imprevisíveis. A dura verdade é que, em momento algum, o conjunto da direita se constituiu como alternativa sólida, capaz de gerar uma maioria parlamentar em resultado de uma crise e consequente ruptura.
Nos momentos de fragilidade governativa, nunca houve indício de que a maioria dos portugueses estivesse com vontade de virar à direita com o peso que permitisse resgatar o país das esquerdas. O Presidente foi inteligente ao não abrir crises que pudessem resultar no reforço dos culpados por essas mesmas crises.
Não há memória ou registo de uma presidência com tantos vetos e devoluções. Todos eles sérios e pertinentes, todos eles manifestos políticos que sublinham um homem estruturalmente do centro direita humanista, mas consciente de ser o Presidente de todos os Portugueses.
Não há mandatos sem falhas. Não gostei do comportamento presidencial na crise da Procuradora Geral da República, na crise do Governador do Banco de Portugal, nalguma brandura com erros graves do governo socialista. Foram actos que me deixaram incómodo, nos quais não me revi. Mas, feito um exercício de memória, infinitamente menos e menos graves do que os que se podem facilmente encontrar em cada uma das anteriores presidências.
Por fim, recordo o resultado histórico da segunda eleição de Mário Soares. Recordo que Soares, no primeiro mandato, negou aos seus a formação do governo Constâncio, daí resultando a longa era cavaquista e uma enorme travessia do deserto para os socialistas. Recordo que na sua recandidatura, o MASP II era um verdadeiro albergue espanhol onde cabia tudo, da extrema esquerda à direita conservadora. Teve o apoio e o voto massivo do centro e da direita. Ao contrário das franjas da direita que hoje enjeitam Marcelo, a esquerda teve sempre a inteligência de fazer lembrar que Soares era o seu símbolo maior, a grande referência, a ponto de até a direita se render às suas qualidades e encantos.
Eu fico feliz por ver a esquerda rendida a um Presidente estruturalmente de centro-direita. Serão sempre bem vindos a votar nos nossos!
O autor escreve de acordo com a antiga ortografia.
Neste Conselho Nacional do CDS o "André Ventura foi o elefante dentro da sala", conforme lhe chamou Cecília Meireles. E de tudo o que li deste Conselho Nacional dos centristas não há dúvida que o caldo está entornado entre a direção do CDS e o seu grupo parlamentar.
O que se disse sobre as Presidenciais
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