É assim que eles começam... há pouco menos de cem anos era o bücherverbrennung (queima de livros em praça pública), agora invadem apresentação de livros.
O que aconteceu
A apresentação do livro “O avô Rui, o senhor do Café”, da autoria de Mariana Jones, foi interrompida no sábado [22jun2024] na Fnac do NorteShopping, no Porto, por membros da associação de extrema-direita “Habeas Corpus”. Em declarações à comunicação social, a escritora de livros infantis, que está com estatuto de vítima devido a ameaças e intimidações de que é alvo desde outubro por causa do livro “O Pedro gosta do Afonso”, lamentou que em pleno século XXI não consiga apresentar as suas obras. Mariana Jones contou que quando ia apresentar o livro “O avô Rui, o senhor do Café”, sobre o percurso do empresário Rui Nabeiro, o ex-juiz Rui Fonseca e Castro, que preside à “Habeas Corpus”, autodenominada associação de defesa dos direitos humanos, interrompeu-a imediatamente fazendo perguntas em voz alta. “A partir daí não consegui falar mais e fui retirada do local por seguranças”, explicou, acrescentando que depois chegou a PSP. A escritora contou que já imaginava que tal situação pudesse acontecer porque, há dois dias, o ex-juiz publicou um vídeo nas redes sociais a avisar que ia estar na apresentação da obra literária. Este episódio não é uma situação isolada dado que, a 01 de junho, na Feira do Livro de Lisboa, Mariana Jones estava a apresentar este mesmo livro quando foi diretamente interpelada por um membro da “Habeas Corpus” que a apelidou de “promotora da homossexualidade infantil e pedofilia”. Nessa sequência, a escritora apresentou queixa na PSP contra “ameaças e intimidações, estando o caso já na posse do Ministério Público. Mariana Jones referiu que, após o que aconteceu hoje, vai fazer um aditamento ao processo.
Manuel Pizarro no Facebook em 23jun2024 - Ontem na FNAC Norte Shopping um grupo de arruaceiros de extrema direita impediram a apresentação de um livro para a infância, da autoria de Mariana Jones. O livro é uma homenagem ao comendador Rui Nabeiro. Mas, os ditos arruaceiros fascistas estão zangados com um livro anterior da mesma autora, o Pedro Gosta do Afonso. Querem limitar a liberdade da autora e querem proibir os pais de escolherem os livros que os filhos leem. Desde outubro perseguem e ameaçam a escritora. O que se passou ontem ultrapassa todos os limites. Espero que as autoridades policiais e judiciais atuem com rapidez e diligência. Entretanto posso garantir-lhe que não vamos baixar os braços. Pela santa liberdade! Obrigado, Mariana Jones.
Ena pá!... Só agora fiquei a saber que o ex-juiz Rui Fonseca e Castro, que foi expulso da magistratura em 2021, é o cabeça de lista às eleições europeias pelo partido ultranacionalista Ergue-te. É só vedetas nestas Europeias2024.
Isabel Sousa Braga - Um idiota
Mario Pinheiro - No sítio certo. Nunca disfarçou
David Ribeiro - Quando me recordo da forma como este ex-juiz se comportou perante polícias em funções de ordem pública, fico cada vez mais convencido que ainda há por aí muito fascista saudosista do Estado Novo.
Albertino Amaral - Toda a gente tem que fazer pela vida, que diabo......
Segunda-feira 20mai2024
Um grupo de manifestantes do Ergue-te e do “Habeas Corpus” agrediu violentamente um homem numa avenida de Lisboa, em frente à sede do Bloco de Esquerda. O partido vai formalizar uma queixa-crime contra os manifestantes que eram liderados por Rui Fonseca e Castro, o ex-juiz negacionista que é candidato às europeias pelo Ergue-te. A PSP informou o Ministério Público destes incidentes. Já na semana passada, Fonseca e Castro, acompanhado de três elementos da associação que lidera, invadiu uma sessão sobre questões de género e orientação sexual em Cabeceiras de Basto. A associação defende que esta sessão pública estava a “promover a homossexualidade, a degeneração e a desconstrução da família”. A GNR foi chamada ao local e identificou quatro pessoas que retirou do auditório onde o evento decorria.
Renato Ferreira - Anda tudo doido
P i m b a ! . . .
O juiz Rui Fonseca e Castro, conhecido pelas suas posições negacionistas no âmbito da pandemia de covid-19, foi ontem demitido por decisão unânime do Conselho Superior da Magistratura (CSM). Rui Fonseca e Castro, que atualmente estava colocado no Tribunal de Odemira, encontrava-se suspenso preventivamente desde março. A decisão do Conselho Superior da Magistratura em demitir o juiz, ou seja, a expulsão da profissão, foi tomada por unanimidade e é a medida sancionatória mais grave. Rui Fonseca e Castro fica proibido de exercer qualquer atividade na Função Pública. O juiz pode recorrer da decisão ao Supremo Tribunal de Justiça mas o mesmo não suspende a decisão do Conselho Superior de Magistratura.
Factos apontados a Fonseca e Castro pelo CSM
Ter nove dias úteis consecutivos de faltas injustificadas e não comunicadas que implicaram o adiamento de audiências de julgamento já agendadas;
Ter emitido instruções contrárias ao disposto na lei no que respeita às obrigações de cuidados sanitários no âmbito da pandemia Covid-19;
Ter publicado uma série de vídeos em várias redes sociais, nos quais, e não deixando de invocar a sua qualidade de Juiz, incentivava à violação da lei e das regras sanitárias, bem como proferia afirmações difamatórias dirigidas a pessoas concretas e a conjuntos de pessoas.
O presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP), Manuel Soares, considerou que, com a demissão de Rui Fonseca e Castro pelo Conselho Superior da Magistratura (CSM), foi "colocada uma pedra sobre o assunto" do juiz negacionista, "Agora, é um assunto de ordem pública, de polícia e dos tribunais. Já não é um assunto da Justiça", sublinhou Manuel Soares, referindo ainda que o "CSM fez o que tinha a fazer, que é o que toda a gente esperava e era inevitável".
Da série "Está a perceber?!?!"
No mês de agosto passado Rui Fonseca e Castro passou a ser investigado pelo Ministério Público depois de ter chamado "pedófilo" a Ferro Rodrigues e de ter sugerido que o presidente da Assembleia da República se matasse. Dias depois o juiz negacionista apresenta queixa na PGR contra Marcelo e Costa por crimes contra humanidade.
Ontem, terça-feira 07set2021, o juiz Rui Fonseca e Castro, que nega a existência da pandemia covid-19, insultou os membros do Conselho Superior da Magistratura (CSM), quando estava a ser ouvido por estes na sequência do processo disciplinar de que é alvo e que propõe a sua expulsão. "Os senhores sabem, são cúmplices, deviam ter vergonha. Contribuem para a corrupção que existe neste país", declarou. Sempre num tom de voz elevado e arrogante, foi várias vezes chamado à atenção, mas em vão. "O doutor está mais próximo de ser presidente do Supremo Tribunal de Justiça de Marrocos ou da Guiné Equatorial. É esse o prestígio que tem. A sua vaidade e o seu narcisismo não lhe valem de nada. E o mesmo se aplica a todos os outros como é óbvio", afirmou, dirigindo-se ao presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Henrique Araújo. Acusou ainda um membro do CSM de ser da maçonaria. "O senhor está a rir-se, mas provavelmente já andou em rituais bizarros de avental com outros homens".
O Conselho Superior da Magistratura tem agora dois meses para decidir se o juiz negacionista volta a exercer.
À entrada para a audiência, o juiz já tinha provocado os polícias que vigiavam os seus apoiantes. "Não me toque e ponha-se no seu lugar. Eu sou uma autoridade judiciária e o senhor está abaixo de mim", disse a um agente. A PSP não comenta, mas já se sabe que será feita participação ao Ministério Público (MP). A Associação Sindical de Juízes Portugueses "repudia o comportamento de desafio ostensivo e gratuito" do juiz.
Cartoon de Antero Valério, 08set2021
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