Segui ontem pela tv a audição do Ministro da Administração Interna no Parlamento sobre o espancamento brutal de Ihor Homeniuk às mãos de três inspetores do SEF, nas instalações deste órgão de polícia no aeroporto de Lisboa, e que ditou a morte deste cidadão ucraniano em 12 de março deste ano. E tendo em conta o que ouvi não consigo compreender como é que Eduardo Cabrita AINDA faz parte deste Governo.
O Ministério Público (MP) deduziu no dia de ontem a acusação contra três inspetores do SEF (Bruno Sousa, Duarte Laja e Luís Silva), detidos em março passado, pela morte de um imigrante ucraniano no aeroporto de Lisboa. A investigação da PJ conclui que os inspetores do SEF mataram à pancada Ihor Homeniuk, com 40 anos, casado, com dois filhos menores e que queria trabalhar em Portugal. Os três inspetores estão acusados de homicídio qualificado consumado, como coautores, e pelo crime de detenção de arma proibida - o bastão que foi utilizado para espancar o ucraniano. Diz também o MP que os inspetores sujeitaram Ihor "a um tratamento desumano”, durante cerca de 20 minutos violentamente agredido, quando estava no chão amarrado e algemado, “violando gravemente os deveres inerentes às suas funções".
No SEF, nas Finanças e na Segurança Social a esmagadora maioria dos funcionários são gente séria e por isso é URGENTE "limpar" a casa e desmascarar os corruptos que vivem à custa da máfia da imigração.
Operação “Rota do Cabo”
A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional Contra-Terrorismo (UNCT), no âmbito de inquérito titulado pela 4.ª Secção do DIAP de Lisboa, desencadeou, no dia de hoje, uma vasta operação com vista ao cumprimento de Mandados de Busca e Apreensão e de Mandados de Detenção, com a finalidade de desmantelamento de uma organização criminosa responsável pela introdução ilegal em Portugal e na Europa, de milhares de imigrantes.
No decurso da operação, a PJ realizou dezenas de buscas domiciliárias e não domiciliárias e deteve dezenas de pessoas suspeitas de integrarem esta estrutura criminosa, constituída por indivíduos com vastos antecedentes criminais e com ligações a redes internacionais que determinam e controlam os fluxos migratórios irregulares com origem em diversos países da Ásia Meridional e África.
Os detidos, com idades compreendidas entre os 28 e os 64 anos, são suspeitos da prática dos crimes de associação criminosa, auxílio à imigração ilegal, de casamento por conveniência, de falsificação de documentos, de abuso de poder, de corrupção ativa e passiva, de branqueamento, de falsidade informática e acesso indevido, atividade criminosa que permitiu obter elevados proventos financeiros.
Entre os detidos encontram-se funcionários da Autoridade Tributária, do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e do Instituto da Segurança Social, cumprindo destacar a melhor colaboração institucional por parte destes Serviços do Estado. Os detidos serão presentes amanhã no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa para primeiro interrogatório judicial tendo em vista a aplicação das respetivas medidas de coação.
A bomba rebentou ontem, quando foi conhecida a detenção de 11 suspeitos de crimes de corrupção, tráfico de influências, peculato e branqueamento de capitais, tendo tudo a ver com a atribuição de vistos Gold (programa do Governo de autorização de residências a estrangeiros para captar investimento não comunitário), segundo afirma a Procuradoria-Geral da República. Ainda é cedo para haver culpados, mas estas detenções já indiciam que há vontade de acabar com impunes perante a lei, sendo que é a primeira vez que um dirigente máximo de forças policiais e serviços de segurança é preso. Os nomes mais sonantes destas detenções são: Manuel Jarmela Palos, director nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF); Maria Antónia Anes, secretária-geral do Ministério da Justiça; e António Figueiredo, presidente do Instituto dos Registos e Notariado. Albertina Gonçalves, secretária-geral do Ministério do Ambiente e também sócia do escritório de advogados de Miguel Macedo, ministro da Administração Interna, foi ouvida, o seu gabinete foi alvo de buscas, mas não ficou detida. Há também três cidadãos chineses entre os detidos.
Comentários no Facebook
«Loja Do Pecado Guimaraes» >> Querem fazer deste pais um depósito de gente duvidosa que esta disposta a tudo para comprar um visto e deram se com uns funciinarios que também estao dispostos a tudo para serem iguais ao ricardo salgado. Vamos ver quem vai ser condenadi e a quem vai tirar os vistos resultado desta corrupção.
«David Ribeiro» >> E andamos nós a “bater” em Jean-Claude Juncker quando rebentou o escândalo em torno dos acordos fiscais entre centenas de multinacionais e o Luxemburgo. Será que não estamos a fazer muito pior com os Vistos Gold?
«Loja Do Pecado Guimaraes» >> Acho que pior so mesmo a mafia
«Jorge Veiga» >> Os vistos gold há em muitos paises da europa. Alguns portugueses é que estão a aproveiterem-se da finalidade para que foram criados (e que não foi por nós).
18Nov2014 – Medidas de coacção no processo “Labirinto”
O Tribunal Central de Instrução Criminal aplicou a prisão a cinco dos onze arguidos detidos na 'Operação Labirinto', no âmbito da investigação aos vistos gold, o programa de atribuição de autorizações de residência a estrangeiros não comunitários. Para três destes, a medida pode ser convertida para pulseira eletrónica. As medidas de coação mais graves foram decretadas a António Figueiredo, o presidente do Instituto dos Registos e Notariado (IRN), e Zhu Xiaodong, um dos empresários chineses. Vão ficar em prisão preventiva. O juiz Carlos Alexandre entendeu que a prisão preventiva deveria estender-se também ao diretor do SEF, Manuel Jarmela Palos, à antiga secretária-geral da Justiça Maria Antónia Anes e ao empresário Jaime Gomes, todavia, a mesma poderá ser convertível em pulseira eletrónica. Maria Antónia Anes está proibida de contactar com pessoas do SIS. Dois empresários chineses não podem sair de Portugal. São eles: Xaubau Liang, sujeito ainda a caução de 500 mil euros e Zu Baue que terá de pagar 250 mil euros. Abilílo Gomes, Paulo Vieira, José Gonçalves e Paulo Eliseu foram suspensos de funções no IRN.
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