"Devido à velocidade da luz ser superior à do som, algumas pessoas parecem inteligentes até as ouvirmos."
Terça-feira, 30 de Julho de 2024
Tovi vs António David... e Julião vs Julião Filipe
Como todos os meus Amigos sabem eu sempre fui conhecido por DAVID, embora o meu nome de batismo e de registo seja "António David"... e a minha mãe sempre me chamou "Tovi", mas quando se "zangava" comigo lá vinha o "António David" na repreensão. E isto veio-me à memória perante o facto da minha filha mais nova, cujo seu companheiro de vida se chama Luís Filipe, trata carinhosamente o seu Teckel Cerdoso por JULIÃO... mas quando o repreende passa a ser chamado de "Julião Filipe". Vá lá saber-se porquê.
Terça-feira, 2 de Julho de 2024
Faz hoje 47 anos que casamos
Conhecemo-nos em maio de 1973;
E passados quatro anos a Bilé perguntou-me: E se casássemos?...
E eu respondi: Está bem!...
E somos muito felizes.
Quinta-feira, 25 de Abril de 2024
Foi assim há cinquenta anos
Campo de Instrução Militar de Santa Margarida
Batalhão de Engenharia n.º 3
Quarta-feira, 24 de Abril de 1974, 22h55
São quase 11 horas da noite e já entreguei no gabinete do oficial de dia ao QG do CIM (Campo de Instrução Militar) o relatório da ronda acabada de efetuar aos paióis. As temperaturas estão registadas, os cadeados das portas foram verificados, o pessoal está nos postos.
A caminho do nosso quartel, o Martins, o brioso condutor da Land Rover, desafia-me para uma partida de snooker: “Só uma partidinha… Hoje estou com uma fezada que lhe ganho”. Concordo e lá vamos para a messe de sargentos. O “barista” dormita encostado ao balcão e, com cara de quem já não esperava mais clientes, diz-nos: “Depressinha que tenho que fechar antes da meia-noite”. Duas minis fresquinhas escorrem-nos pelas goelas abaixo e começo eu. Nas duas primeiras tacadas entram a “1” e a “5”. Giz no taco, aponto à “3”, preparo o efeito… e aparece o Sargento da Guarda ao Quartel. “Quem é o Sargento de Dia ao Piquete?” pergunta ele. Com uma tacada brusca meto a bola no buraco do canto. “Sou eu, porquê?” – respondo-lhe com maus modos. Com o ar mais importante do Mundo diz-me: “O Nosso Segundo Comandante está à tua espera no edifício de Ordem Pública do QG. Vai lá depressa”. Prontos… lá se foi uma vitória certa. Boina na cabeça, blusão apertado e lá vamos a caminho do Quartel-General. Em 10 minutos estamos lá. À porta de armas informam-nos que deveremos ir imediatamente para a Sala de Operações. Entro, faço a continência e com um olhar rápido inventario os participantes na reunião: Um Major, o meu Segundo Comandante; três Capitães, dois do meu quartel e um de cavalaria; seis Alferes, todos do QG. Com ar grave diz-me o Major: “Ó Ribeiro, vamos entrar em prevenção rigorosa e quero que você me organize a defesa e proteção dos paióis. Ponha todos os seus homens do piquete a interditar as estradas de acesso e, a partir de agora, reporta diretamente a este grupo de oficiais. Vá lá organizar as tropas e depois encontramo-nos na messe de oficiais do Batalhão”. Faço novamente a continência e respondo: “Sim senhor, meu Comandante. É para já”. Meia volta e em passo rápido dirijo-me para o jeep. O Martins, com o ar mais aparvalhado que já lhe tinha visto pergunta-me: “Então?! Vai haver merda?”. Sem lhe responder entro na viatura e com a mão aponto-lhe a direção do quartel. Não me apetece falar… Ainda não digeri a ordem que acabo de receber. Tenho a certeza absoluta que aquilo que andamos a falar há uns tempos vai ser hoje.
Entro na caserna da 2ª Companhia de Sapadores e acordo o pessoal: “Está a formar rápido… Quero todos na parada em 5 minutos… Levantem rações de combate e encham os cantis de água… Quero toda a gente municiada e de capacete… Hoje não é exercício noturno… É mesmo a sério”. Tenho absoluta confiança nos meus homens. São Sapadores de Engenharia, habituados a acompanharem-me em operações de interdição de pistas de aviação e desativação de explosivos. Gente de barba rija.
Passam vinte minutos da meia-noite. No programa Limite da Rádio Renascença é transmitida a canção "Grândola Vila Morena" de Zeca Afonso. Está a começar o meu 25 de Abril.
A mulher que fez do cravo o símbolo do 25 de Abril (Fonte: RTP)
Em 1974 Celeste Caeiro tinha 40 anos e vivia num quarto que alugara no Chiado, com a mãe e com a filha. Trabalhava na rua Braancamp, na limpeza do restaurante Franjinhas, que abrira um ano antes. O dia de inauguração fora precisamente o 25 de Abril de 1973. O gerente queria comemorar o primeiro aniversário do restaurante oferecendo cravos à clientela. Tinha comprado cravos vermelhos e tinha-os no restaurante, quando soube pela rádio que estava na rua uma revolução. Mandou embora toda a gente e acrescentou: "Levem as flores para casa, é escusado ficarem aqui a murchar". Celeste foi então de Metro até ao Rossio e aí recorda ter visto os "chaimites" e ter perguntado a um soldado o que era aquilo. O soldado, que já lá estava desde muito cedo, pediu-lhe um cigarro e Celeste, que não fumava, só pôde oferecer-lhe um cravo. O soldado logo colocou o cravo no cano da espingarda. O gesto foi visto e imitado. No caminho, a pé, para o Largo do Carmo, Celeste foi oferecendo cravos e os soldados foram colocando esses cravos em mais canos de mais espingardas.
Sessão parlamentar comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril
Ouvindo a intervenção de Paulo Núncio na sessão parlamentar das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril e não tendo nada contra a inclusão do CDS na atual AD, até porque a lei o permite, no entanto gostaria de saber qual seria o peso político do CDS-PP se tivesse ido a eleições isoladamente.
Mario Pinheiro - Zero. Mas andam empertigados. Deve ser por causa das afirmações de PPC.
Jose Luis Veiga Dias - Talvez zero mas a sua participação é merecida pois relembra o sequestro do Palácio de Cristal feita pelos pseudo democratas da esquerda totalitária E eu estou linde de partilhar as ideias do CDS
Paulo Teixeira - Teria tido os deputados que tem. E foi um grande discurso
Fernando Peres - E qual o peso dos verdes na CDU? Quantas vezes foram os verdes a votos sozinhos? Com todo o respeito nunca o vi a contestar essa coligação!!!
David Ribeiro - Fernando Peres, os Verdes na CDU há muito que não existem e nem me parece que façam alguma falta, o que até justifica que não se fale desta aberração.
Fernando Peres - David Ribeiro pronto está resolvido.Mas se o PCP entende fazer coligação com os Verdes e colocar em lugares elegíveis para deputados, o que temos nós a ver com isso?
David Ribeiro - Fernando Peres, o que deveríamos ter "a ver com isso" deveria ser termos o direito a saber o peso político de cada partido com acento parlamentar. E os Verdes não têm acento parlamentar.
Fernando Peres - David Ribeiro não tem hoje , mas tiveram no passado!!! No meu entender só diz respeito aos partidos visados!!!
Caramba!... Ouvindo a intervenção de Rui Rocha da Iniciativa Liberal, na sessão parlamentar das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, até parecia que estava a ouvir um membro do já quase defunto MRPP.
José Alberto Calvão - Este não me convence
Estou a ouvir André Ventura na sessão parlamentar das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril... e não há dúvida, é o rei da demagogia e de um populismo irreverente.
Albertino Amaral - Quer gostemos quer não, quer queiramos quer não, é disto que o meu povo gosta. Isto é falar para um povo que precisa ouvir verdades. Os outros discursos são actos de fingimento e atitudes hipócritas.......
Júlio Gouveia - Pior que este só mesmo o Presidente da República. Este perdeu completamente o juízo
Fernando Peres - Populismo é deixarmos nas comemorações de Abril e da liberdade levarem bandeiras com a foice e o martelo ( PCP). Será que existe algum País no mundo onde os comunistas foram governo e houvesse liberdade, eleições livres? Será aceitável ir para as comemorações com símbolos de partidos contrários ao espírito da liberdade e eleições livres?
Paulo Teixeira - Fernando Peres és um senhor.
Gonçalo G. Moura - Por acaso o Ventura esteve bem, depois das infelizes declarações do PR...
Altino Duarte - Demagogia, populismo... e má-criação !
Biblioteca do Conservatório de Música do Porto / Prof. Fernanda Oliveira em 24abr2024
"Avô conta-me como foi ...?" - Testemunho do avô da Alice do 5ºC sobre a sua experiência / memórias do 25 de abril.
Antes da sessão de poesia (que envolveu a leitura de poemas sobre o 25 de abril, entre as turmas do 6ºA e 6ºB, da professora Conceição Meira, e do 5ºC, da professora Helena Vouga), o sr. David Ribeiro deu o seu testemunho sobre a revolução dos cravos e respondeu a algumas questões dos alunos.
Esta partilha intergeracional foi muito enriquecedora para todos os envolvidos.
A Biblioteca agradece a disponibilidade e simpatia do avô da Alice!
David Ribeiro - Grande honra tive eu em poder partilhar com estes jovens a minha experiência na madrugada de 25 de Abril, data que estamos agora a festejar o 50.° aniversário. Caríssima professora Fernanda Oliveira (responsável pela Biblioteca do Conservatório de Música do Porto), depois desta minha experiência junto destes jovens alunos, estou convencido que todos nós que fizemos o 25 de Abril de armas na mão, têm como missão histórica prestar testemunho nas escolas da experiência vivida, incentivando os jovens a exercerem um pensamento crítico que os leve a agir. Muito obrigado a todos.
Domingo, 25 de Fevereiro de 2024
Casal de Pegas Rabudas a reconstruir o ninho...
...em frente da minha janela
Rui Lima - Tem aparecido várias na zona de Ramalde.
Sexta-feira, 23 de Fevereiro de 2024
Já encomendei...
...é que o verão não tarda e eu gosto de andar de t-shirt
E também há para quem não é barrigudo.
Carla Molinari - Vai ficar um pin up
Domingo, 24 de Dezembro de 2023
Um Bom Natal para todos
É comum dizer-se que o Natal é a Festa da Família... pois cá em casa a época natalícia é mesmo a GRANDE FESTA DA NOSSA FAMÍLIA, pois não só duas semanas antes faz anos a minha mulher, como no dia de Natal de 1978 nasceu a minha filha mais velha, a Joana (a mãe da Alice). Vocês já deverão estar a imaginar a festança que é cá em casa nestas semanas... e dura até ao Ano Novo.
Os Presépios cá de casa... um é meu o outro é da minha mulher
Rafael Fernandez de Zafra - Parabéns e muitas felicidades meu amigo, abraços. Me encanta el africano. Es angolano?
David Ribeiro - Sim, meu querido amigo Rafael Fernandez de Zafra... trouxe-o de Angola em 1986 e comprei-o a um artesão "Zairota", assim eram chamados os angolanos que tinham fugido para o Zaire no período colonial português e regressado após a independência.
Rui Gonçalves - Muito bonitos!
Agarrem-me senão eu mato-os
Terça-feira, 28 de Novembro de 2023
Esta gata só quer mimos...
...e interrompeu-me a leitura que estava a fazer
Fernando Festas - Enorme abraço para bom amigo. Parabéns á gata, estavas a dormita. Forte abraço
Alexandra Magalhães - Oh que maravilha é tão gira essa gata.
Castro Ferreira Padrão - ABRAÇO
Fernando Barros - O Rock e a amiga... Forte abraço.
Elisa Rodrigues - Os anos não passam por si Sr David! Beijinhos
Manuel Monteiro - Tenho um igual, não me larga. Um abraço
Jose Rodrigues Rodrigues - Olha que bem que se esta na quentura do lar com a gatinha a ronronar ehhhehheh
Jorge Veiga - Tenho 2 cá em casa. Uma gata que é desse género. Colinho é com ela (mal habituada pela minha filha...). Agora começam a ter frio, é um ver se te avias para cima de nós...
David Ribeiro - Jorge Veiga... esta gata desde que veio cá para casa, já lá vão oito anos, sempre dormiu com o meu whippet que morreu em julho deste ano. E desde então tem andado um pouco carente.
Jorge Veiga - David Ribeiro pois não me admira nada. Falta-lhe alguém na casa
Ana Alyia - David Ribeiro mantenha-se atento David porque os gatos são muito sensíveis a perdas. Quando o Willy morreu quase perdemos também a Dryka ela miava desesperada deixou de comer arrancava o pelo só acalmava um pouco no meu colo mesmo com a ajuda do veterinário não foi fácil ultrapassar durante quase 2 meses e ainda hoje ao fim de tanto tempo continua carente
David Ribeiro - Ana Alyia... segundo já me disseram é típico nos gatos quando têm uma forte ligação a um cão e a Cassilda era "apaixonada" pelo Baltazar. Curiosamente ela nunca me ligou grande coisa, era muito mais a "menina" da minha mulher... e agora só está bem comigo, pois é capaz de ainda ter a noção que o Baltazar era o "meu" animal de estimação. (Na foto os dois há algum tempo)
Ana Alyia - David Ribeiro parece a história do Willy e da Dryka
Colinho de Alice é muito bom... diz a gata Cassilda
Isabel Sousa Braga - Tão crescida a Alice
David Ribeiro - Para os avós, minha amiga Isabel Sousa Braga, o tempo passa demasiado rápido. Parece que foi ontem que eu tive uma grande dor de barriga quando a minha filha entrou para a sala onde se fez a cesariana... até parecia que era eu que ia parir.
Isabel Sousa Braga - David Ribeiro é mesmo a minha neta já vai fazer 8 anos
Ana Alyia - Se a Cassilda diz é porque é verdade Estás tão crescida Alice
Teresa Mtv - A Alice não tem aparecido no face do avô, ó para ela tao gira e crescida com a sua amiguinha peluda
Sexta-feira, 10 de Novembro de 2023
Os meus tempos de “mercenário” - V
Incongruência ou rebeldia juvenil?... Não sei, mas foi isto que aconteceu na festa de aniversário do filho do meu diretor quando eu trabalhava na capital de Angola nos anos 1985 e 86. Fui convidado para a festa e quando me aproximei da vivenda do meu chefe notei vários soldados armados do corpo privado de segurança da Presidência da República e apercebi-me logo que a Isabelinha, filha de José Eduardo dos Santos e colega de turma do aniversariante, estaria entre os convidados. Com efeito lá estava ela no terraço da vivenda dançando freneticamente com todas as outras meninas e meninos. Só que... para espanto meu a Isabelinha, filha de um presidente de um país marxista, envergava uma t-shirt igual à da foto.
Quarta-feira, 8 de Novembro de 2023
Também já vos disseram isto?
Pois é!... Nada mais apropriado para o dia de hoje
Obrigado a todos que fizeram o dia do meu septuagésimo terceiro aniversário mais feliz.
É bom ter Amigos como vocês.
Domingo, 29 de Outubro de 2023
Os meus tempos de “mercenário” - IV
Todos se recordarão de num passado recente a empresária Isabel dos Santos, filha do ex-Presidente de Angola, ter dito que tinha um sentido muito especial para os negócios desde muito nova e que até vendia ovos quando tinha seis anos. Pois não sei se foi desde tão tenra idade, mas no início de 1986, estava eu a trabalhar em Luanda como responsável pela logística de importação de produtos alimentares para um supermercado privativo de funcionários estrangeiros da Fina Petróleos, quando uma arreliadora avaria inutilizou todos os artigos que se encontravam num contentor frigorífico, incluindo umas centenas largas de dúzias de ovos. Como o próximo contentor de produtos lácteos e ovos só chegaria a Luanda dentro de três meses havia que resolver o problema recorrendo à importação por avião (usando o voo semanal de carga da TAAG que fazia Ostende - Luanda) mas os custos eram elevadíssimos e o espaço de que dispúnhamos neste avião era limitado. Foi então que uma das frequentadoras da Loja Fina, Tatiana Kukanova, mãe de Isabel dos Santos na altura uma adolescente de 12 anos, me disse que sua filha criava galinhas poedeiras e que me poderia vender ovos. Educadamente disse-lhe que as minhas necessidades de ovos eram no mínimo de 100 dúzias/semana e que dificilmente a Isabelinha teria capacidade para tal. Que não, que sua filha tinha uma enorme produção e que estavam à vontade para as quantidades que eu desejava, disse a Tatiana. E assim ficou combinado: Uma sua empregada viria semanalmente entregar-me 100 dúzias de ovos (quantidade que poderia ser alterada em qualquer altura) e o pagamento far-se-ia por créditos em compras. E assim funcionou até ao meu último dia de trabalho em Luanda, finais de outubro de 1986.
Jose Bandeira - Obrigado pela partilha deste lampejo de vida real, David Ribeiro. A História faz-se com pessoas e estes testemunhos na Primeira Pessoa do Singular são extremamente importantes para ajudar a validar, ou não, a informação provinda da comunicação social que nos soterra. Um óptimo exemplo de cidadania!
Jose Riobom - Devias era ter "comido" a galinha depois de gorda ....
Rui Lima - Uma grande empresária que muito fez por Angola e Portugal.
Terça-feira, 24 de Outubro de 2023
Os meus tempos de “mercenário” - III
Como durante a minha estadia em Luanda [anos de 1985 e 86] sobrava-me algum tempo para o lazer e porque as ofertas não eram muitas, resolvi inscrever-me no Clube de Ténis dos Coqueiros, onde se podia bater umas bolas nos vários "courts”, ainda em razoável estado de conservação. Eu não era nem de longe nem de perto um grande jogador e nos primeiros dias ficava-me por bater bolas contra a parede, mas um belo dia o recepcionista do clube veio ter comigo e perguntou-me se eu não me importava de jogar com o Embaixador da Zâmbia, dizia o rapaz que ele estava mais ao menos ao meu nível de jogador. Dito assim, concordei... e lá fui conhecer o tal senhor. Acabamos por ficar amigos e praticamente todos os fins de tarde batíamos umas bolas. Ao sábado de manhã é que a coisa era interessante... depois do jogo e de um banho retemperador, íamos para a sumptuosa vivenda do embaixador, onde se comia e bebia excecionalmente bem, e onde ficavamos a “preguiçar” toda a tarde.
Joaquim Diniz - Bons tempos Amigo
Castro Ferreira Padrão - Saudades, não é?
Isabel Pires - Boa vida!
David Ribeiro - Tinha dias Isabel Pires. Quando era preciso desalfandegar contentores no porto de Luanda a coisa era complicada. Se tínhamos cais para acostar o "supply boat", não tínhamos guindaste... se tínhamos cais e guindaste não tínhamos camiões. Juntar tudo no mesmo local e à mesma hora era coisa complicada e nem sempre uns "cadeaux" resolviam a situação.
Mário Santos - O célebre inferno de Mário Soares...
Altino Duarte - Também passei alguns dias em Luanda mas não posso dizer o mesmo. Outros tempos,talvez...
Rafael Maciel Oliveira - E o candeeiro de caçador que te ofereci quando foste fez-te jeito?, bons tempos!!
David Ribeiro - Lembro-me bem, Rafael Maciel Oliveira... mas nunca fui à caça, que era coisa que só lá para os lados do Parque Nacional de Quiçama é que havia e já era zona de guerra.
Joaquim Figueiredo - A parte melhor... o após. Abraço
Quinta-feira, 19 de Outubro de 2023
Os meus tempos de “mercenário” - II
Na época a que este meu relato se refere [anos 1985 e 86] ainda havia guerra entra o MPLA e a Unita, com tropas cubanas a combaterem ao lado das forças governamentais e Luanda sob um arreliante recolher obrigatório da meia noite às seis da manhã. Não havia qualquer estabelecimento público onde se pudesse comprar ou beber uma simples cerveja e os angolanos eram unicamente abastecidos pelas Lojas do Povo em sistema de senhas de racionamento ou em pequenos mercados de rua onde se revendia parte do que se tinha recebido no racionamento. Claro que quem trabalhava para os estrangeiros era pago em bens, muito mais importante do que os “oficiais” quanzas. No que à “liberdade de movimentos” dizia respeito estávamos expressamente limitados à cidade de Luanda. Cacuaco a norte, Viana a leste e Barra do Cuanza a sul, eram os limites e para além destes locais só com autorização escrita da Direcção Nacional de Emigração e Fronteiras de Angola (DNEFA). José Eduardo dos Santos (*) ainda não tinha abandonado a ideologia marxista e continuava o senhor todo poderoso de Angola com o apoio da União Soviética e de Cuba.
(*) José Eduardo dos Santos na imagem no discurso de encerramento da 1.ª Conferência Nacional do Partido em 1985.
Sexta-feira, 13 de Outubro de 2023
Os meus tempos de “mercenário” - I
No início de outubro de 1985 aterrei pela primeira vez na minha vida em Luanda para cumprir um contrato de trabalho de dois anos da Eurest com a empresa belga Fina Petróleos de Angola, uma das várias empresas petrolíferas ao serviço do Ministério dos Petróleos angolano. O meu trabalho consistia essencialmente na gestão e supervisão de toda a logística dos abastecimentos de um pequeno supermercado que a Fina tinha na capital de Angola e de uso exclusivo de todos os funcionários expatriados ao serviço desta empresa belga. A adaptação foi rápida e muito facilitada por todo o apoio recebido, quer da Direção da Eurest Angola quer dos quadros superiores da Fina. Passei a viver num simpático apartamento no décimo andar de um edifício conhecido por “Mini Pet” (abreviatura de Ministério dos Petróleos) na praça onde está localizada a Igreja de Nossa Senhora da Nazaré (*), muito perto da Marginal de Luanda.
(*) A pequena igreja da Nossa Senhora da Nazaré foi construída em 1664, quase sobre a água. A fachada ficava em frente à baía. O Governador André Vidal de Negreiros, um dos heróis da libertação do Brasil do jugo holandês, construiu a capela para agradecer a Deus ter sido salvo de um naufrágio, numa viagem do Brasil para Angola. Em 1922 a Igreja foi considerada como monumento nacional.
Mário Paiva - ...e esta foto é do tempo do Kaparandando...
David Ribeiro - Sim, Mário Paiva... mas o prédio onde vivi já lá estava.
Mário Paiva - ...já sim... foi cedido à ImporAfrica - representante da KIA - penso que por 20 anos, e foi completamente remodelado/alterado... o acesso aos apartamentos deixou de se fazer pela varanda trazeira - que desapareceu - e é feito por corredor central com apartamentos à esquerda e à direita... também do "teu" décimo andar já só se vêem nêsgas da Baía, que os vizinhos cresceram bwé...
Domingo, 1 de Outubro de 2023
A todas e a todos o meu MUITO OBRIGADO
Minhas Amigas e meus Amigos do "Mundo Canino".
No início deste ano de 2023 decidi não voltar a comissariar exposições caninas, única e exclusivamente por considerar que já não tenho as capacidades físicas necessárias para prestar um bom serviço, coisa que penso ter feito nestes últimos perto de trinta anos. Mas continuarei, obviamente, a desempenhar com todo o meu saber e dedicação no Conselho Disciplinar do CPC as tarefas para as quais fui eleito para o triénio 2021-23.
Licinio Lourenco -
Rafael Fernandez de Zafra - Un abrazo.
Miguel Sabino - Grande abraço!
Joaninha Matos Correia -
Paula Cardoso - Muito obrigada eu pelos ensinamentos. Beijinhos.
Juanma Lopez - Gran comisario
Isabel S Sousa - Uma grande perda para os Comissários do CPC! Mas espero continuar a vê-lo, nem que seja a fazer visitas nas exposições caninas! Um abraço Caro David!
Fernando Lucas Martins - Caro amigo tive previlegio deste ano estar consigo e desfrutar excelente fim de semana monografica do Rottweiler Clube Portugal este tipo decisões custam tomar e ouvir mas temos respeitar aceitar nada mais do que agradecer tudo o que deu em prol Canicultura ao longo tantos anos sempre na esperança de o rever um grande abraço saúde felicidades para si seus abraço Fernando Lucas Martins
Maria Amélia Taborda - Boa lucidez...há um tempo para tudo
Maria Manuela Cameira Cardita - Maria Amélia Taborda exatamente há um tempo para tudo! Também tomei essa decisão há uns anos.
Francisco Silva - Grande abraço
Joaquim Figueiredo - É preciso saber sair. Parabéns
Isabel Pires - Abraço amigo
Joana Lbird Gonçalves - Vamos ter saudades suas, obrigada por todos estes anos.
Jorge Rodrigues - Forte abraço de gratidão Bem haja
Francisco Salvador Janeiro - Esqueceste de referir que também continuas a aceitar ser Delegado do nosso CPC. Obrigado
David Ribeiro - Claro quer sim, Francisco Salvador Janeiro. Terei sempre muita honra em representar o nosso CPC.
Paulo Filipe Louro - És um. SENHOR!!!! Estamos aí meu amigo! Grande abraço
Maria Manuela Cameira Cardita - Parabéns pelo trabalho
Luis Gorjão Henriques - Caro David, espero que repenses. Temos muitos Comissários, mas não temos muitos Bons Comissários e tu fazes parte desse grupo restrito
Teresa Mtv - Luis Gorjão Henriques é um facto
Isabel Oliveira - Obrigada por o ter conhecido
Helena Lopes - Obrigada nós sempre pela sua dedicação e simpatia.
Emanuel Moura Portugal - Muitos parabéns pelo excelente trabalho!
Sergio Freitas - Anos a aturar a sua SIMPATIA vou sentir sua falta nas exposições onde sempre teve um carinho especial de todos os canicultores Um grande abraço
Yoan Marques Tânia Marques - Você é daquelas pessoas que quando deixa de fazer a função, todos ficam a perder.Das primeiras pessoas que tive o privilégio de conhecer, desde que iniciamos na canicultura! Onde quer que o David Ribeiro esteja envolvido é uma mais valia!!! Grande abraço.
São Bernardos de Moazares - Quem me dera poder tomar essa decisão e voltar para a minha casa no Brasil, agora que o frio ameaça voltar ! Grande Abraço.
Maria Teresa de Villas-Boas - Sempre um Grande Amigo... desejo muitas felicidades e espero sempre encontra-lo nas Exposições do Porto. Um grande Abraço.
Amadeu Pereira -
Filipe Vilhena - Orgulhoso de ter sido um dos responsáveis por o iniciar na Canicultura a nível de CPC quando o Joao Sá (uma pessoa tb já retirada do Agility mas que teve um importante e decisivo papel no agility nacional independentemente de se gostar ou não) me pediu alguem para auxiliar na prova de agility da Exponor em tal remoto ano que já nem me lembro exactamente qual (1995-1997???) ... sei que já estavamos nos finais da Educacao do Porto) depois disso o David Ribeiro continuou o seu caminho e fez um percurso invejável à custa de muito trabalho e disponibilidade em prol da Canicultura...!! PARABÉNS
Vale Dos Princípes - Hoje quando falamos pedi-lhe que repensasse, mas a decisão é obviamente sua, o que não aceito é perder o companheiro de viagem. Pelo menos às exposições do Norte, tem que ir, aguardo a sua companhia já para a próxima. No mais, você é aquilo que no Norte designamos por “Um Senhor“. Obrigado amigo David. Um forte abraço.
Inês Sottomayor - Nós é que temos que agradecer!!
José Olímpio - Um abraço
Eduardo Pina - Grande abraço, David Ribeiro
Isabel Sousa Braga -
Vitor Almeida - Grande abraço foi um prazer o ter conhecido nestas andanças. .abraço grande
Carla Molinari - O David é um icone , e sempre muito bem vindo entre nos
Miguel Félix - Mestre Ribeiro, a sua capacidade como comissário ultrapassa completamente a parte física pois qualquer expositor terá todo o gosto em auxliá-lo a uma passagem em ringue imaculada. Qualquer ringue organizado por si, foi e será um exemplo a seguir.
Mario Sonia Marques - Grande Abraço, caro David Ribeiro , nos e que agradecemos tudo o que nos deu ao longo destes anos todos. Um grande Senhor.
Joana Matos Correia - Um grande beijinho David, mas vai continuar a aparecer espero!!
Costa Fontan Agustin - Eres una gran persona un gran aficionado y necesario en este mundo del perro
Ilson Suzart - Forte abraço
Pedro Delerue - Saber sair com dignidade é um sinal de grande inteligência !!! Parabéns e obrigado!
Rui Medeiros Teixeira - Abraço e muita saúde e força...
Carlos Costa - Orgulho me de ter partilhado contigo algumas aventuras.
Joaquim Diniz - Caro Amigo e parceiro no CD permita me discordar totalmente acho que ainda tinha muitos bons anos a dar o seu exemplo aos mais novos no comissariado. Grande Abraço
Jose Rodrigues Rodrigues - Um Senhor que sempre soube estar bem na canicultura !!! Um grande Abraço e saudades dos tempos que vinhas ler os meu jornais de borla
Rui Lima - Muito bem há um tempo para tudo .....
Alexandra Magalhães - Um dos melhores Comissários que conheci obrigadaaaa por tudo Que orgulho ter estado consigo tantas vezes em ringue. Admiro imenso a sua dedicação e profissionalismo. Espero vê-lo em breve Um grande beijinho
Sexta-feira, 11 de Agosto de 2023
É esta juventude que me faz velho...