Muitas felicidades e longos anos de vida aos vegetarianos… mas chamar “Francesinha” ou “Tripas” a esta adulteração de pratos da gastronomia da Cidade Invicta é insultuoso para um Tripeiro. Não é desta forma que se arregimenta gente para uma causa, acho eu.
(“Na cidade das tripas, há cada vez mais soluções para vegetarianos” – in jornal Público)
Comentários no Facebook
«Jose Riobom» >> Os oportunistas.... os chico espertos... Francesinhas Vegetarianas?.... chamem-lhes lá o que quiserem ..... agora Francesinhas?
«Mário Santos» >> Não comem animais por pena deles? Esquecem é que as plantas estão, na verdade, a cultivar-nos, fornecendo-nos oxigénio até morrermos e nos transformemos em adubo, para então elas nos possam consumir.
«Jorge Veiga» >> Francesinhas vegetarianas já vi. Um pouco magras, mas sempre com "glamour". Tripas que são tripas, sem tripas que raio de tripas são?
«Maria Vilar de Almeida» >> Bem... deveria ter VEGA a seguir à francesinha ou às tripas... também há bacalhau fingido, em restaurantes vegetarianos, já provei e não é que sabe mesmo a bacalhau?! deve haver batota! [Emoji wink] Quanto à nossa alimentação... o Homem é omnívoro, como há outros animais que também o são. O nosso aparelho digestivo não é semelhante ao de um herbívoro assim como a nossa dentição não é igual à de um carnívoro. A Natureza lá sabe! DEVEMOS é consumir menos carne (consome-se muito mais do que o NECESSÁRIO) porque a mesma consome MUITA água... e o planeta agradece!! De resto, enquanto os animais são criados com destino à alimentação, depois transportados e mais tarde na altura do seu abate... DEVEM SER RESPEITADOS em todos e cada um desses processos. É LAMENTÁVEL tudo pelo qual são obrigados a passar! O ideal seria APENAS consumirmos peixe de alto mar e caça (exactamente como o homem primitivo)... se ninguém fosse ALARVE, chegaria para todos!!
«Albertino Amaral» >> Invenções bacôcas.......!
«Conceição Oliveira» >> Dois excelentes pratos da gastronomia típica da cidade do Porto. Sou contra adulterarem a excelente gastronomia tradicional portuguesa!.. criem novos pratos vegetarianos sem adulterarem o que é tradicional ...
«David Ribeiro» >> Acho muito bem que se opte por gastronomia vegetariana por motivos de saúde e que para uma melhoria e maior variedade dos hábitos alimentares da população seja dado a conhecer os seus benefícios, mas já tenho muita dificuldade em entender que a opção seja por motivos espirituais ou por questões ideológicas, argumentos que muitas vezes aparecem em artigos deste tipo.
«Renato Rodrigues» >> Questões espirituais e ideológicas? Budistas p ex. E eu sou mais ou menos "do campo", os meus pais sempre tiveram animais comestíveis em casa, etc, mas temos que reconhecer que a forma como os animais são tratados é um bocado bárbara. Acho que uma matança do porco faz confusão a qualquer pessoa. E se formos a falar de questões ambientais é inequívoco, é determinante que o consumo de carne diminua, dado que especialmente a carne de vaca tem um impacto brutal no deflorestamento e nas emissões de CO2 - As vacas têm uma digestão problemática e soltam demasiados gases
«Jorge Veiga» >> A comida 100% vegetariana não é boa para a nossa saúde. Nós somos omnivoros e portanto temos de comer de tudo. Quem faz a dieta 100% vegetariana está sujeito a ter distúrbios alimentares greves, não de forma imediata, mas ao longo do tempo, sendo a principal a descalcificação grave.
«Renato Rodrigues» >> Estará a falar de veganismo? Não tenho a certeza que seja assim, mas de qualquer forma, creio que a não ser por motivos religiosos não faz sentido ser-se 100% alguma coisa. Como também é quase um tabú para muita gente comer uma refeição sem carne ou peixe, o que também me parece um pouco radical. A ideia dos nomes das comidas, deve ser uma questão de "marketing".
A Gramática, a Fonética, a Morfologia e a Sintaxe da Língua Tripeira
[Foi retirada a imagem que aqui estava a pedido do autor de um comentário a este post – ver abaixo]
A gramática da língua tripeira, dialecto que também pode ser designado por tripeiro, é, no essencial, a da língua portuguesa, especialmente no que diz respeito à morfologia e à sintaxe. Quanto à fonética, as diferenças são consideráveis.
Vamos, de seguida fazer breves comentários sobre estas questões, mas a primeira e mais importante regra de aprendizagem é a prática, razão que nos levou ter, previamente, apresentado um texto e, só agora, abordar, embora superficialmente, a gramática. Peguemos num exemplo que nos poderá ajudar:
Português: Vêm, ou não vêm?
Tripeiro: Se vindes, vindes; se não vindes, fodei-vos!
Se repararmos com atenção, verificamos que o tripeiro mantém a segunda pessoa do plural, enquanto o português começou a utilizar a terceira. Esta é a primeira questão a ter em conta.
Também na pontuação poderá haver diferenças, sobretudo com o ponto de interrogação, já que o tripeiro afirma frequentemente em vez de fazer a pergunta directa. Mas a grande diferença está, efectivamente, na pronúncia e no vocabulário. O tripeiro corrente é muito mais vivo e usa mais o vernáculo do que o português corrente. Qualquer das línguas usa “apoios” na linguagem corrente, mas a tradução não é directa e só se consegue aprender com sensibilidade e prática.
Enquanto dizemos em português: “Bom, vamos lá ver!”, em tripeiro poderemos dizer: “Vamos lá a ver, caralho”. O apoio “bom” é traduzido por “caralho”, sendo que esse mesmo apoio passa do início para o fim da frase. Ao contrário do que se pensa, o tripeiro não usa a palavra “carago”, (ou muito raramente a usa), para apoio final, mas a que indicámos que, eventualmente, pode ser substituída por “porra”.
Há muitas frases idiomáticas. Para já, atente-se neste exemplo: “O Grande Porto”. Esta expressão não tem nada a ver com um território, à semelhança de “A Grande Lisboa”. Em tripeiro significa, pura e simplesmente, “Futebol Clube do Porto”. Aproveitamos para chamar a atenção de uma curiosidade: a palavra “Ésseélebê” é traduzida para tripeiro por “Benfica”, mas na gíria das claques diz-se “filhos da puta”!
O restante, como ficou dito, só com a prática será assimilado. Quanto à fonética, deveremos ser cuidadosos no seu estudo, sob pena de não sermos entendidos ou de sermos acusados de ter um sotaque do sul, o que é muito mau.
Voltamos à nossa frase inicial, apresentando a respectiva transcrição fonética: “se bindes, bindes; se não bindes, fodei-bos!”
Regra: (que muito irrita os nortenhos que a negam e dizem, sem razão que só em Viseu é que se fala assim): O nosso “b” soa em tripeiro como “v”, sendo que o nosso “v” se pronuncia “b”.
Mais alguns exemplos essenciais a ter em conta (apresentamos em primeiro lugar o som em português e, de seguida, o seu equivalente em tripeiro):
- Ão = oum. Exemplo: cão = coum.
- Ãe = anhe. Ex: mãe = manhe
- som ô = ou. Ex: boa = boua
- I = ei (nos sufixos em inha). Ex: Amarrotadinha = amarrotadeinha
- Ou em final de palavra pode soar = “oue” ou “oua”, conforme as zonas.
Assim, se lhe atenderem o telefone ouvirá “’stoua” (o “a” soando como em “camisa”) ou “’stoue” (o “e” soando como em “se”.
Dado o carácter elementar deste estudo vamos parar por aqui, não sem que acrescentemos, ainda uma informação importante: Com pequenas variações, o tripeiro é falado no Porto e todo o Douro Litoral e, ainda, na Galiza, nos seguintes distritos: Viana do Castelo e Braga.
Não tentem armar-se em importantes, falando em português, se não querem correr o risco de ouvir um “olha m’este armado num xic’esperto do caralho. Bai-te foder, mouro da merda”!
(Encontrado na NET – Autor desconhecido)
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