Viajamos no Alfa até Lisboa, para mais uma visita ao Oceanário, desta vez com a nossa neta Alice.
Ontem turistamos por aqui...
Linha do Norte (171 km entre Porto-Pocinho) - Concluída em 1887 (troço de 30 km entre Pocinho e Barca de Alva abriu em 1887 e encerrou em 1988).
Pocinho é uma aldeia de Portugal, sita no concelho de Vila Nova de Foz Coa, distrito da Guarda. A sua estação ferroviária é actualmente o terminal da Linha do Douro. Perto da aldeia fica a barragem do Pocinho, no rio Douro. A montante da barragem, na margem esquerda do rio, está instalado um cais fluvial com capacidade para navios com porte até 300tdw. A povoação desenvolveu-se com a construção da estação ferroviária, que serviu de ligação entre várias regiões e se tornou num importante entreposto de mercadorias, especialmente minério e produtos agrícolas. Já anteriormente devia ser um entreposto importante pois havia aí um barca de passagem do rio, a "Barca do Possinho" na comarca de Moncorvo, pertencentes à Casa Real Portuguesa e cuja metade do seu rendimento teria sido feita mercê a D. Maria do Carmo Cabral da Cunha (mulher de Marcos Caetano de Abreu e Meneses), em 23 de Agosto de 1827, pelos serviços prestadas como açafata da infanta D. Isabel Maria da Conceição de Bragança. O Pocinho é um dos pontos de ligação entre os distritos da Guarda e de Bragança, ligando os concelhos de Vila Nova de Foz Coa e Torre de Moncorvo. Antes da construção da barragem a travessia era feita através de uma ponte rodo-ferroviária, que se encontra actualmente encerrada para ambos os tipos de tráfego. (in Wikipédia)
A Taberna da Julinha fica no Pocinho, numa das poucas casas habitadas junto do casario outrora existente para suportar a estação de caminhos de ferro do Pocinho. Com a antiga ponte sobre o Douro à espreita de um lado e com a Barragem a mostrar-se do outro lado temos a sensação de estar em casa de um amigo, que fomos convidados e tenho bem a sensação que é essa mesma a intenção. (in Comer, Beber e Lazer)
Após umas entradas altamente sofisticadas "atacamos" uma posta, na deslumbrante Taberna da Julinha. Juntamente com o tradicional café serviram-me um xiripiti daqueles que até fazem crescer pelos no peito... só por vergonha é que não me servi segunda vez.
Ferreira Regalado - Uma pergunta, para uma resposta de quem sabe da poda: Ando com a Julinha fisgada para lá ir, mas já li coisas que me tiraram a vontade de o fazer. Achas que vale a deslocação ( de comboio, obviamente )? Vá lá, sê sincero.
David Ribeiro - Eu gostei, Ferreira Regalado. Foi a primeira vez e o serviço foi impecável e a confecção no ponto. Mas há que ter em conta que não há qualquer alternativa ao menu: entradas com queijo, azeitonas, pão regional, alheira, tomate coração de boi e omelete de espargos. Depois servem uma generosa e suculenta posta. Doçaria variada e o tradicional café com um "cheirinho" de arrepiar os cabelos a um santo. Tudo muito bom... mas não há mais nada para se mastigar. E não esquecer de reservar.
E já agora... Constantemente ouvimos as forças vivas das localidades do interior profundo a queixarem-se de que ninguém os apoia e que se encontram entregues á desgraça... pois será verdade, mas por aqui onde fui ontem turistar nada vi que se pudesse considerar "trabalhar para o desenvolvimento"... temos que ter autarcas que sejam dignos do voto do seu Povo, senão estão a trabalhar para quê?
The Guardian de 3jun2021
How will Portugal’s removal from Covid ‘green list’ affect you?
Mas há sempre uma solução...
Ou seja, ainda há um terço de portugueses que vivem noutro mundo. Mas mesmo assim somos dos que mais se preocupam com esta situação nos países consultados (Alemanha, Dinamarca, França, Holanda, Itália, Portugal e Reino Unido).
Ontem de manhã tive que ir à Baixa do Porto - Hospital de Santo António, Leões, Carmelitas, Torre dos Clérigos – e já dá gosto ver a VIDA que os turistas dão à Cidade Invicta.
Fala-se numa provável “corrida europeia” à reabertura do turismo e estando a economia portuguesa à espera dos turistas, como de pão-para-a-boca, teremos no entanto todos que ser muito cautelosos e responsáveis, não deixando as decisões unicamente para os políticos e associações laborais, mas chamando também à discussão a comunidade científica, nomeadamente os ligados à virologia.
E já agora: Acho bem o que disse António Costa…
Na sessão de ontem à noite da Assembleia Municipal do Porto foi APROVADA POR UNANIMIDADE a suspensão da autorização de novos registos de ESTABELECIMENTOS DE ALOJAMENTO LOCAL nas áreas de contenção condicionada.
Vai agora para discussão pública a proposta de regulamento. 'Bora lá participar neste importante debate.
A minha contribuição para a discussão pública
É forçoso fazer-se uma clara e forte distinção entre Estabelecimentos de Alojamento Local que tenham reabilitado edificado abandonado e outros que estejam a ser implementados em edifícios onde havia inquilinos.
(Exposições Caninas Internacionais de Lisboa - Night Show - no Hipódromo do Campo Grande. Estiveram presentes 1.354 cães na sexta-feira e 1.560 cães no sábado)
Viajei na sexta-feira de manhã do Porto para Lisboa no Alfa Pendular. Calhou-me uma composição com aspeto exterior a necessitar de reforma e o interior não primava pela limpeza. A NET estava sempre intermitente (rede ligada mas limitada) o que impossibilitou qualquer trabalho on-line… e eu até tinha um trabalhinho para fazer. Chegamos a Santa Apolónia no horário e foi fácil apanhar táxi para o hotel. Depois do almoço uma soneca… é que a 133ª Exposição Canina Internacional de Lisboa teve início pelas 18h00 e só terminou depois das duas horas da madrugada de sábado. A 134ª E.C.I., também uma “Night Show”, só acabou já passava das três horas da madrugada de domingo.
No regresso à Invicta não consegui lugar no Alfa e tive que viajar no Intercidades, mas curiosamente esta composição estava muito mais asseada que a do Alfa que me levou à capital e até tinha NET com excelente cobertura.
Já agora… viajar de táxi numa grande cidade dá sempre para curtas mas simpáticas conversas com os “chauffers” e nas duas “corridas” que fiz neste fim-de-semana, da estação de Santa Apolónia para o hotel e uma outra do local onde fiquei hospedado para a estação de comboios, em ambas fui conduzido por duas amáveis senhoras, tendo a conversa versado o Turismo. Uma dizia maravilhas dos turistas e da vida que dão à cidade… a outra estava contra tantos estrangeiros, que “até já não se ouve falar português”. É nisto que o nosso Povo é maravilhoso… há sempre gente contra e a favor, todos com argumentos mais ou menos válidos.
É desta que se acaba com este execrável local público de "portofobia aguda" ?
Nos últimos tempos um bando de vinte a trinta ciganos romenos tem atazanado a vida dos residentes na zona da Rotunda da Boavista, não só pela lixeira que todos os dias espalham pelos passeios e jardins, mas também pelos pequenos roubos que fazem nos estabelecimentos da zona, principalmente em supermercados. E durante o dia lá temos mulheres romenas na mendicidade sentadas á porta das lojas e à noite a dormirem junto da estação do metro da Casa da Música ou na passagem de peões por baixo do viaduto de Domingos Sequeira.
E como a Praça Mouzinho de Albuquerque é muito frequentada por turistas, e ainda bem, nomeadamente os que visitam a Casa da Música, temos que admitir que não é um bom cartão-de-visita para uma cidade reconhecida como “Best European Destination”.
Por viver no “centro deste furacão” sou testemunha do grande esforço que o executivo camarário do Porto tem vindo a dedicar a este assunto, nomeadamente com um reforço de patrulhamento por parte da Polícia Municipal e um aumento considerável das acções de recolha de lixo, mas tudo isto parece inglório, pois horas depois lá estão os ciganos romenos a conspurcar e a importunar tudo e todos.
Reconheço que não tenho solução milagrosa para esta “praga” e muito provavelmente tudo deverá passar por decisões do Governo Central, mas o que sei é que a situação não pode continuar pois corremos o risco de começarem a aparecer respostas de cariz xenófobo, que de todo repudiamos.
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«Jose Riobom» - As tuas queixas são iguais às minhas... embora por motivos diferentes... vamos ver se os resultados das queixas de um deputado municipal serão tratadas da mesma forma das dum simples cidadão... isto é ninguém liga nenhum...
«Raul Vaz Osorio» - Vão-me desculpar a franqueza politicamente incorrecta, mas não há qualquer xenofobia em correr com eles, não por serem ciganos, não por serem romenos, mas por serem ladrões, porcos, incómodos e ocuparem sem permissão e sem respeito espaços que são públicos
«David Ribeiro» - Em Franca, durante o mês de Agosto de 2010, efectuou-se o repatriamento de cerca de 950 ciganos romenos, fazendo na altura não só correr rios de tinta mas até se levantaram várias questões jurídicas e morais que alimentaram o debate europeu nos meses seguintes. Hoje não sei como está a situação por terras gaulesas. (O meu querido amigo Fernando é que nos podia dizer como é que as coisas estão por lá).
«Fernando Duarte» - pagaram-lhes uma viagem de avião para a Roménia, deram 300 euros a cada um e 2 meses depois regressaram todos acompanhados do resto da família
«Cecilia Santos» - E depois que se queixem do populismo... façam o favor de não "nos empurrarem"... Por que é que sempre vamos relatar algo que está errado do nosso ponto de vista... sentimo-nos quase na obrigação de dizer: não é xenófobia, racismo ou outra coisa qualquer do género? Não concordo com esta situação dos ciganos romenos e quero lá saber que digam que dou racista ou xenófoba... É para o lado que eu durmo melhor.
«Maria Amélia Taborda» - David, é bom nem falar... de perto... a visão é terrível...
«Albertino Amaral» - Pois bem, se o executivo camarários abrir uma petição para colectar as despesas desta gente para os recambiar para a sua santa terrinha, cá estarei para contribuir… Boa viagem...
Hummm!... Qual será o verdadeiro motivo?... Esta malta não costuma dar ponto sem nó e a explicação dada que é para "melhorar a pontualidade" é difícil de engolir… mas até pode ser que seja, que disto eu percebo pouco.
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«Gonçalo Moreira» - O motivo é muito simples: erro de cálculo nas necessidades de pessoal, como a própria Ryanair assume no seu comunicado, enviado por e-mail a todos os clientes registados e difundido no site. Como todos sabemos, a Ryanair tem crescido muito a sua frota de aviões e de destinos. Isto coloca-lhe uma necessidade enorme de contratação de novos pilotos e assistentes de bordo. O facto é que a Ryanair não tem conseguido contratar à velocidade que desejava e, num período em que se vê forçada a dar férias aos seus pilotos, fica com tripulações a menos.
«Simão Santos» - Juntamente com um êxodo de pilotos para a norwegian e o médio oriente
«Gonçalo Moreira» - Exactamente Simão Santos. Não conseguem contratar a ritmo suficiente para compensar as necessidade e perdas de pessoal. O cenário, neste momento é muito penalizador para a Ryanair. O número de voos que estão a ser obrigados a cancelar, por dia, em toda a Europa é enorme. Mas pelo menos falam e dizem a verdade. Respeito isso.
Uma bela manhã esta que passei hoje com a minha neta no Parque Biológico de Gaia, uma estrutura situada na periferia da cidade de Vila Nova de Gaia, nas freguesias de Avintes e Vilar de Andorinho, estendendo-se pelo vale do rio Febros, um afluente da margem esquerda do Douro, em cuja proximidade se disseminam velhas casas rurais, moinhos e engenhos de buchas. Este Parque desempenha uma das mais importantes funções das zonas verdes, o contacto com a natureza fonte de equilíbrio psicológico. Esta função é potenciada pela aparente desorganização espacial do Parque, resultante da recusa do modelo de jardim ou parque formal. De facto neste Parque Biológico procura-se preservar a paisagem típica da região, ao tempo em que ela era essencialmente um grande espaço agrícola. Os elementos dessa paisagem – as bouças, os campos de cultivo, os caminhos vicinais, as casas rurais, os moinhos, o ribeiro, os muros, as noras, os açudes, a fauna selvagem e a flora espontânea, o homem e a sua cultura – estão representados no Parque Biológico e são preservados e explicados ao visitante que ali revê o moinho da sua infância ou a poça de água do ribeiro onde aprendeu a nadar.
Os aviões da mais importante competição internacional - Red Bull Air Race World Championship – já começaram a chegar ao aeroporto Sá Carneiro. Voltamos a ter uma etapa portuguesa nas competições deste ano e será novamente no Rio Douro, entre as cidades do Porto e Gaia, a 2 e 3 de Setembro.
Contado por quem tão bem o sabe fazer, o meu Amigo facebookiano Rodrigues Pereira.
Turista na própria cidade
Quis o acaso que tivesse que vir à Ribeira entregar uma papelada...
Esperei uns bons 20 minutos para aceder ao parque subterrâneo, fronteiro ao Palácio da Bolsa... Depois - e com o fôlego de gato escaldado, após quatro enormes lanços de escadas, sempre a subir, deslizei - vontade não me faltou que fora literalmente - até à frente ribeirinha.
E começou o meu estupor (de Barbosa du Bocage, entenda-se)...
O final de manhã estava claro como água de nascente e a brisa que subia pela rua de S. João parecia um túnel de ensaio de ventilação.
Arribado na beira-rio, depara-se-me um quadro de civilidade babeliana, entrecortada por sons do rio, de barcos que iam e vinham...
Na torreira do cais havia guarda-sóis e até uma latada recém-implantada, já com abundante sombra.
Cruzavam-se turistas com locais, sorrisos nos lábios.
Um grupo de quatro adolescentes, sentado num banco em frente ao rio, elaborava umas sanduíches com produtos adquiridos numa mercearia ao lado.
As esplanadas estavam cheias... Muitos turistas, mas muita gente a falar português de Portugal.
As fachadas renovadas luziam cores desgarradas e de algumas pressentia-se o cheiro a sabão azul, das roupas penduradas nos estendais...
Vagueei por ali um pouco e - como de costume e porque a fome apertava - estuguei o passo até à Adega São Nicolau. Esplanada cheia, regredi uns metros e aterrei no Terreiro Mar e Terra.
Do mesmo e velho Amigo Coelhinho (o Senhor Coelho - que o respeitinho é muito bonito - para quem não comparte charutos)...
Se havia polvo... É claro que havia... E que polvo! À Lagareiro, mas dócil à faca (podia ser colher) e com os complementos exigíveis, o pimento e a cebola no ponto, o ovo cozido e as magníficas azeitonas.
Pelo meio deste almoço solitário, agregaram-se grupos de estrangeiros, mas também famílias portuguesas, algumas tão locais que se levantavam no final da refeição e diziam "põe na conta”.
No silêncio repartido com alguns gritos estridentes de gaivotas, surgiu como que por encanto o som de uma viola.
E consegui ver (e ouvir) o Manuel de Falla a olhar para o Douro e a rever a sua Andaluzia da alma.
Tocado por um irmão brasileiro, que evoluiu suavemente para um chorinho e depois Genesis e Procol Harum e John Lenon...
Não vi "pés-descalços", nem caramelos, nem brigas, nem pedintes.
Vi um Porto que desconhecia, porque nunca me tinha dado para vir ao Coelhinho durante o dia...
E que vale a pena, lá isso vale !!!
MRP, 26 de Julho de 2017
PS - Dedicada ao meu "irmão" Rui Moreira
A convite da minha filha mais nova e acompanhando um grupo de jovens empreendedores do Grande Porto, visitei hoje mais uma vez a Quinta da Aveleda (em Penafiel), importante património arquitectónico da “Aveleda S.A.”, uma empresa que há mais de três séculos é dirigida e orientada por gerações da família Guedes, cujo talento foi desde sempre devotado a produzir vinhos com a qualidade que se lhes reconhece e cuja fama desde há muito ultrapassou as nossas fronteiras. É líder de mercado na Região dos Vinhos Verdes e um dos maiores produtores de vinho em Portugal, exportando anualmente mais de metade da sua produção para mais de 70 países em todo o mundo.
A história da família Guedes passou sempre pela Quinta da Aveleda, que já faz parte da identidade da família. Além do seu importante património arquitectónico, a Quinta da Aveleda é também conhecida pelos seus parques e jardins, onde florescem raras espécies de árvores, algumas das quais centenárias, como o cedro japonês, o cipreste dos pântanos ou a sequóia americana. A sua estrutura decorativa, não funcional, excêntrica e simbólica, erigida por alguém que se alimenta da simples paixão de construir, é manifestações de pura arte de que a Aveleda se orgulha, como por exemplo:
Janela Manuelina do séc. XVI: janela, onde, segundo a tradição, D. João IV terá sido aclamado Rei de Portugal e que foi, mais tarde, oferecida a Manuel Pedro Guedes da Silva da Fonseca, que a transportou para os jardins da Quinta da Aveleda.
Fonte das 4 Irmãs: erguida na década de 1920, a fonte foi finalizada pelo Mestre João da Silva, ao gravar nela os perfis em mármore das 4 irmãs Guedes, filhas do proprietário da Quinta. Cada perfil personifica uma das quatro estações do ano.
Torre das Cabras: numa ode à natureza e às antigas gerações da Quinta da Aveleda, foi edificada uma torre de três andares para albergar cabras anãs. Símbolo de fertilidade e abundância, a cabra protagoniza o mito de uma terra que soube sempre dar o seu melhor fruto.
Fonte de Nossa Senhora da Vandoma: imponente Fonte de Granito dedicada a Nossa Senhora de Vandoma, padroeira da Cidade do Porto.
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«Fernando Moreira Sá Monteiro» - Os enfiteutas de origem da Quinta da Aveleda são os Moreira, da Gandra, Paredes (casa da Lousa). Que logo entroncam com os Meireles Freire de São João de Covas, Lousada. A entrada dos Guedes na Aveleda somente se verifica mais tarde. No século XVI, Gonçalo de Meireles Freire, licenciado em Leis pela Universidade de Coimbra e Desembargador no Paço, institui por testamento um Morgadio na Quinta da Aveleda a favor de sua irmã Dona Catarina de Meireles, que lhe sucedeu na Casa e suas pertenças. Por sua vez, a sua neta Dona Mariana, casou com Manuel Guedes da Silva da Fonseca, fidalgo da Casa Real e senhor da Casa de Gradiz, dando assim início à varonia Guedes no senhorio da Quinta da Aveleda.
«David Ribeiro» - Excelente e oportuna informação, Fernando Moreira Sá Monteiro.
«Maria Helena Guimarães» - A Quinta da Aveleda é conhecida há mais de 60 anos!!
«Fernando Moreira Sá Monteiro» - Maria Helena Guimarães, a quinta da Aveleda é conhecida há muito mais do que 60 anos; é conhecida há séculos!
«Maria Helena Guimarães» - Não é verdade. Sabe que antes de 1850 eram várias quintas não pertencentes à mesma família e, tanto quanto vi, só mesmo depois de 1946 iniciou a sua saga vinícola de exportação de vinhos verdes. Como eu nasci por essa altura e na zona conheço-a dessa altura. Quanto a séculos só mesmo como exagero de marketing
«Ze De Baião» - O "novo norte" está sair do Porto (cidade) e a andar pelo norte. Mais um bocadinho e o "norte" chega até Baião. Também há lá bom vinho, boa gastronomia e até famílias Guedes. Que o norte seja mais que o Porto e muito mais que a Cidade.
«David Ribeiro» - Ainda o Ze De Baião andava de cueiros e já eu percorria o Norte de Portugal de lés-a-lés, bebia bom vinho e comia do melhor que há nesta região.
«Ze De Baião» - Então tem o dever de direcionar mais um bocadinho "um novo norte para o norte", ou seja, para todo o norte. É que quando se defende, por exemplo, uma melhor mobilidade e acessibilidade dos de fora à Cidade, são muitos os que dão a entender que a Região é só a Cidade do Porto, esquecendo-se o quanto as cidades dependem de toda a Região. Espero por isso que "um novo norte para o norte" caminhe mais para a coesão e solidariedade regional e abandone a ideia de Cidade Região.
«David Ribeiro» - Primeiro que tudo os concelhos do interior (por exemplo: o de Baião) têm que se deixar de bacoquices parolas e admitirem que a Regionalização cá pelo Norte só terá viabilidade com a liderança da cidade do Porto, núcleo duro do Conhecimento Científico e Cultural desta Região.
«Ze De Baião» - Amigo David, a gente de Baião ou de qualquer outra pequena localidade pode ser humilde, mas parola acredite que não somos. Esse é um estigma dos citadinos, mas só quem vive e conhece as cidades e as problemáticas mais escondidas poderá perceber que afinal a gente das aldeias está muito evoluída.
«David Ribeiro» - Humildes não serão quando me dizem: "Lá vêm os gajos do Porto querer mandar em nós". Depois chorem que são eternamente esquecidos.
Tivemos hoje uma manhã fria e com chuviscos, alguma neve até, condições algo desagradáveis para a realização do Concurso Canino da Raça Cão de Gado Transmontano, que tem lugar anualmente na Moimenta, integrado na Feira Franca desta linda aldeia no limite norte do Parque Natural de Montesinho. Depois de um retemperador almoço na Casa da Corujeira, em Vinhais, e tendo deixado de chover, fomos dar um passeio – o Tour dos Castanheiros Milenares – onde fiquei deslumbrado com os dois soberbos exemplares de Castanea sativa Miller que se podem ver nas fotos que aqui publico. O maior destes exemplares tem uma altura total de 14 metros, um perímetro à altura de 1,3m de 12,8 metros e um diâmetro médio da copa de 17 metros.
Parque Natural de Montesinho
“A riqueza natural e paisagística do maciço montanhoso Montesinho - Coroa e os valiosos elementos culturais das comunidades humanas que ali se estabeleceram justificam que urgentemente se iniciem ações com vista à salvaguarda do património e à animação sócio-cultural das populações”. Constitui este parágrafo o início do preâmbulo do Decreto-Lei nº 355/79, de 30 de agosto, que classificou a parte norte dos concelhos de Bragança e Vinhais como Parque Natural. Este estatuto justifica-se, tal como se pode ler no texto, face aos valores naturais, paisagísticos e humanos da região, à recetividade das autarquias locais para a salvaguarda do património dos seus territórios e às potencialidades de recreio e desporto ao ar livre que a região possui. Com a publicação do Decreto-Lei n.º 19/93, de 23 de janeiro, que criou o novo quadro de classificação das áreas protegidas nacionais, impôs-se a reclassificação do Parque Natural de Montesinho segundo os critérios aí estabelecidos. O preâmbulo do Decreto Regulamentar n.º 5-A/97 de 4 de abril, justifica essa reclassificação com a existência na área do Parque Natural de Montesinho de populações e comunidades animais representativas da fauna ibérica e europeia ainda em relativa abundância e estabilidade, incluindo muitas das espécies ameaçadas da fauna portuguesa, bem como uma vegetação natural de grande importância a nível nacional e mundial, que associadas à reduzida pressão humana verificada em quase todo o seu território permite que grande parte dos processos ecológicos evoluam em padrões muito próximos dos naturais. Referindo que todos estes valores, exemplares em termos de conservação da Natureza, justificam a aplicação de medidas de proteção adequadas a uma zona que constitui património nacional e europeu.
O que é um Parque Natural
Caracterização: Superfície - 74 229 ha
Localização: Situado no extremo nordeste português, o Parque Natural de Montesinho ocupa um quadrilátero bem encaixado na Sanábria espanhola, englobando as áreas das serras de Montesinho e Coroa, abrangendo a parte setentrional dos concelhos de Bragança e Vinhais, fazendo fronteira a nascente e a poente com Espanha.
Está confinado pelos meridianos 6º 30' 53'' e 7º 12' 9'' de longitude oeste de Greenwich, respetivamente a este e a oeste. A sul está limitado pelo paralelo 41º 43' 47'' de latitude norte e a norte pelo paralelo 41º 59' 24'' de latitude N.
Região Norte, Alto Trás-os-Montes, Distrito de Bragança, concelhos de: (*Só parte do território dentro da Área Protegida)
Bragança - freguesias: Aveleda, Babe*, Baçal*, Bragança (Sé), Carragosa, Castrelos*, Castro de Avelãs*, Deilão, Donai*, Espinhosela, França, Gimonde*, Gondesende*, Meixedo*, Parâmio, Quintanilha*, Rabal, Rio de Onor, S. Julião de Palácios*;
Vinhais - freguesias: Edral*, Fresulfe, Mofreita, Moimenta, Montouto, Paçó, Pinheiro Novo, Quirás, Santa Cruz, Santalha, Sobreiró de Baixo*, Soeira*, Travanca, Tuízelo*, Vila Verde*, Vila de Lomba*, Vilar de Ossos, Vilar Seco da Lomba, Vinhais*.
Esta área é constituída por uma sucessão de elevações arredondadas e vales profundamente encaixados, com altitudes que variam entre os 438 m e os 1481 m. Situado na terra fria transmontana, os xistos são as rochas dominantes, mas podem ainda ser encontrados granitos, rochas ultrabásicas e pequenas manchas calcárias.
A enorme diversidade da vegetação pode ser observada em percursos de poucos quilómetros, encontrando-se carvalhais, soutos, sardoais, bosques ripícolas, giestais, urzais, estevais, lameiros, etc.. Os carvalhais situados no Parque, dominados pelo carvalho-negral Quercus pyrenaica fazem parte de um continuum que se prolonga até à serra da Nogueira, constituindo uma das maiores e mais importantes manchas desta espécie. A flora é muito variada, devido à grande variabilidade geológica e climática que caracteriza esta zona, sendo de destacar as plantas que ocorrem em solos derivados de rochas ultrabásicas, onde se encontram espécies que no mundo apenas aqui podem ser observadas.
Em termos faunísticos, observa-se uma elevada diversidade biológica, resultante da diversidade de habitats que ocorrem nesta área de montanha. Com mais de 110 espécies de aves nidificantes, é uma área importante para as aves de rapina, como a águia-real (Aquila chrysaetus, existindo 3-4 casais desta espécie, correspondendo, aproximadamente, a 10% da população portuguesa. Estão referenciadas para o Parque Natural de Montesinho 70% das espécies de Mamíferos terrestres ocorrentes em Portugal, apresentando cerca de 10% destas espécies estatuto de ameaçado no Livro Vermelho dos Vertebrados Portugueses. É de destacar a presença de uma das mais importantes populações de lobo-ibérico Canis lupus. Em relação aos répteis e anfíbios, podem ser observados nesta área 50% dos endemismos Ibéricos existentes em Portugal continental.
O Parque Natural de Montesinho possui um rico património sociocultural com práticas quotidianas vindas de usos e costumes ancestrais, embora já marcadas pelas crescentes mobilidades das gentes e pelas inovações tecnológicas. As festas, são um exemplo disso, sendo um elo de ligação entre as aldeias e um pretexto para o reencontro de famílias e amigos. Têm especial valor as antiquíssimas "Festas dos Rapazes", realizadas principalmente na zona da Lombada por altura do Natal ou dos Reis, segundo o costume de cada aldeia. Outra das facetas da cultura regional é a música tradicional, que acompanha sempre as festividades e onde se destacam as sonoridades da gaita de foles.
São notáveis ainda os exemplos de arquitetura popular, que utilizando os materiais característicos de cada região, resultam de milhares de anos de aperfeiçoamento e adaptação ao meio ambiente. Há também aspetos exclusivamente funcionais na arquitetura popular dignos de destaque, como os pombais, os moinhos e as forjas do povo.
Por onde eu ando...
Nova Crítca - vinho & gastronomia
PINN (Portuguese Independent News Network)
Meus amigos...
A Baixa do Porto (Tiago Azevedo Fernandes)
Antes Que Me Passe a Vontade (Nanda Costa)
Caderno de Exercícios (Celina Rodrigues)
Cerâmica é talento (Pataxó Lima)
Clozinha/and/so/on (Maria Morais)
Do Corvo para o Mundo!!! (Fernando Pimentel)
Douro de ouro, meu... (Jorge Carvalho)
Douro e Trás-os-Montes (António Barroso)
Escrita Fotográfica (António Campos Leal)
Let s Do Porto (José Carlos Ferraz Alves)
Life of a Mother Artist (Angela Ferreira)
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Matéria em Espaço de Escrita com Sentido (Mário de Sousa)
Meditação na Pastelaria (Ana Cristina Leonardo)
Memórias... (Boaventura Eira-Velha)
Mente Despenteada (Carla Teixeira)
Nortadas (Francisco Sousa Fialho, João Anacoreta Correia e outros)
O Portugal Futuro (Tiago Barbosa Ribeiro)
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