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Presos nas suas trincheiras, os voluntários ucranianos viviam de uma batata por dia enquanto as forças russas os bombardeavam com artilharia e mísseis Grad numa importante linha da frente oriental. Em menor número, destreinados e unicamente com armas ligeiras, os homens rezaram para que a barragem terminasse – e para que seus próprios tanques parassem de atacar os russos. “Eles [russos] já sabem onde estamos e quando o tanque ucraniano atira do nosso lado entrega nossa posição”, disse Serhi Lapko, comandante da companhia, relembrando a recente batalha. “E eles começam a atirar de volta com tudo – grads e morteiros. “E nós apenas rezamos para sobreviver.” Os líderes ucranianos projetaram e nutriram uma imagem pública de invulnerabilidade militar – de suas forças voluntárias e profissionais enfrentando triunfantemente o ataque russo. Vídeos de ataques a tanques ou posições russos são postados diariamente nas redes sociais. Artistas estão criando cartazes patrióticos, outdoors e t-shirts. O serviço postal chegou a lançar selos comemorativos do naufrágio de um navio de guerra russo no Mar Negro. As forças ucranianas conseguiram frustrar os esforços russos para capturar Kiev e Kharkiv e conquistaram vitórias no campo de batalha no leste. Mas a experiência de Lapko e seu grupo de voluntários oferece um retrato raro e mais realista do conflito e da luta da Ucrânia para deter o avanço russo em partes de Donbas. A Ucrânia, como a Rússia, forneceu poucas informações sobre mortes, ferimentos ou perdas de equipamento militar. Mas depois de três meses de guerra, esta companhia de 120 homens caiu para 54 por causa de mortes, ferimentos e deserções.
Al Jazeera, 28mai2022
O correspondente da Al Jazeera, Zein Basravi, em reportagem de Kiev, diz que o plano da Rússia de reposicionar as suas forças no leste e sul da Ucrânia parece estar funcionando, tendo em conta o facto das unidades militares russas terem assumido o controle total da cidade de Lyman. “Lyman… não é um lugar muito grande. É uma vila, cerca de 20.000 pessoas no total viviam lá antes da invasão… mas representa uma localização estratégica”, acrescentou Basravi. “Se Lyman, como dizem os russos, caiu no seu controle total, então o que eles poderão fazer é usar Lyman como base para avançar mais ao sul e ao leste para cercar as tropas que estão atualmente lutando por Severodonetsk, potencialmente isolando mais de 8.000 ucranianos e forçando uma retirada tática.”
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse ontem [28mai2022] que a situação no leste da Ucrânia é "muito difícil" e que já há combates em plena cidade de Severodonetsk. E continua à espera de “boas notícias” sobre entregas de armas pelos seus aliados. Na noite deste sábado, na sua comunicação habitual à nação ucraniana, o chefe de Estado ucraniano disse também que não acreditava que todas as regiões anexadas pela Rússia desde 2014, incluindo a Crimeia, pudessem ser reconquistadas militarmente.
A batalha pela principal cidade do leste ucraniano, Severodonetsk, está a ser travada neste domingo [29mai2022], com forças russas a realizarem operações de assalto que levaram a combates de rua com os defensores ucranianos. Não é no entanto claro se Severodonetsk – o foco de semanas de combates ferozes – foi cercada e se tropas do governo ucraniano repeliram soldados russos durante combates de curta distância. Autoridades regionais relataram que as forças russas estavam “invadindo” esta estratégica cidade oriental. Severodonetsk é uma cidade da Ucrânia, situada no Oblast de Luhansk. Tem 50 km² de área e sua população em 2020 foi estimada em 102.396 habitantes [comparando... no Censos2021 o Município de Viseu tinha 99.274 habitantes]. Seu nome vem do rio Seversky Donets. É uma das cidades ucranianas de maioria russa. Desde a conquista da cidade de Lugansk pelos seperatistas pró-russos em maio de 2014, Severodonetsk serviu como capital do Oblast de Lugansk. Em 22 de julho de 2014, as forças ucranianas retomaram o controle da cidade.
O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse neste domingo [29mai2022] que tinha despedido o chefe dos serviços de segurança de Kharkiv por "não trabalhar na defesa da cidade" desde o início da invasão russa. "Vim, descobri e despedi o chefe dos Serviços de Segurança da Ucrânia da região (Kharkiv) pelo facto de não ter trabalhado na defesa da cidade desde os primeiros dias da guerra em grande escala, mas apenas pensava em si próprio", disse Zelensky no seu discurso nacional diário, depois de visitar pela primeira vez desde a invasão russa o leste do país, em plena guerra. Zelensky afirmou também que toda a infraestrutura crítica de Severodonetsk, onde pelo menos 1.500 pessoas foram mortas esta sexta-feira, foi destruída no decurso da invasão russa. "Tomar esta cidade é, agora, o principal objetivo da Rússia". A visita marca a primeira aparição oficial do presidente ucraniano fora da região de Kharkiv desde o início da invasão russa da Ucrânia em grande escala. Entretanto, funcionários regionais ucranianos relataram que as forças russas estavam a "invadir" a cidade oriental de Severodonetsk.
Adoraria estar completamente errado, mas as últimas notícias da situação na Ucrânia levam-me a acreditar que estamos perante a mais que provável queda do Donbas nas mãos das tropas de Putin. Disse-o na altura que a rendição das tropas ucranianas refugiadas nas instalações siderúrgicas de Azovstal, onde também se encontrava grande parte do Batalhão Azov, era o início do fim para as aspirações de Volodymyr Zelensky em “correr” com o invasor. E agora, como também já venho dizendo, há que sentar à mesa das negociações e conseguir uma paz minimamente “honrosa” para ambas as partes. Henry Kissinger é uma puta velha da política internacional (pardon my french) e estava com carradas de razão quando no Fórum Económico Mundial de Davos defendeu a urgência da paz, antes que se criem "tensões e dificuldades que depois serão mais difíceis de ultrapassar".
Raul Vaz Osorio - David, está enganado. O que se passa no Donbass é que os russos perceberam que, em combates de proximidade, os ucranianos lhes arreiam forte e feio. Por isso, optaram por combate de artilharia a 40km de distância, em tapete, como fizeram em Mariupol. Isto porque a Ucrânia não tem armamento para combate a essa distância. Por isso é que os ucranianos têm sido tão insistentes nos pedidos de lança rockets americanos, que lhes dariam a capacidade para esse combate em profundidade. Só que os americanos sabem que isso daria à Ucrânia a capacidade para atacar território russo e têm medo das consequências, pelo que se estão a cortar. Se os ucranianos conseguirem ultrapassar os receios americanos, a situação pode virar muito rapidamente. Se não, estão em desvantagem, mas os russos só vão conquistar ruínas. Portanto, sim, neste momento a Ucrânia está em desvantagem, mas isso nada tem a ver com o regimento Azov.
David Ribeiro - Meu caro Raul Vaz Osorio... aos russos é indiferente se o Donbas é só ruinas ou não. Depois das tropas de Putin não terem conseguido colocar em Kiev um governo fantoche só lhes resta o leste e sul da Ucrânia e, acredito eu, não vão ter contemplações. Quanto à ajuda militar aos ucranianos por parte dos EUA ou de UE, a existir, temo que já venha tarde, pelo que seria interessante, no meu entender, que ambos os beligerantes se sentassem à mesa das conversações. De qualquer forma não se vê grande "salvação" para o Donbass, que irá ter o mesmo fim da Crimeia.
Raul Vaz Osorio - David Ribeiro tudo isso será verdade, apenas disse que não tinha a ver com o regimento Azov, mas sim com armamento.
David Ribeiro - ... mas o "Regimento Azov", pelo qual não tenho nenhuma simpatia, dá muito jeito à propaganda russa.
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